Coleção pessoal de camilacustodio

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Momento narcisista sim, admito. Admiro o reflexo no lago, as ondas de minha alma abastecendo-se de si própria. Lambo os beiços saciada!

Conto de fadas contemporâneo: Ando virando abóbora muito tarde! Antes, meia noite e agora só lá na alta madrugada! Alô, fada madrinha? Alô?

Gesto: guarda em si vastidão de pensamentos e sentimentos, verborragia na sutileza estática.Guarda todas as histórias em si, basta sentir.

Ser a mesma, viver do mesmo, tira-me o encanto de lutar pela vida e redescobrir esse mar imenso e perfeito a desnudar meus olhos...

E ele sempre me repete com gestos sutis que sou apenas um caso, um mero acaso, que é casualidade caseira e passageira...

E ele sempre me desbaratina, mais que a fluoxetina ingerida para esquecer de suas íris tão ingratas e gastas em tantos olhares alheios...

Nem um, nem outro... Além ou ninguém. (Ponto)

E se quer me ter, tente se ter nas mãos. Se escapando pelos dedos assim, consegues sempre o pior de mim...

E se quer me entender, não tente. O que lê, é casca. Minha polpa é profundamente multifacetada. Não cabe aqui. Não cabe em mim.

Bebo goles gigantescos do instante. Cansei de beber o amanhã. Bebo ao presente, presenteio-me com o sublime minuto que desaflora sentidos.

Desabrocho em perfume ao te ver passar e você insiste em me despetalar. Transformo lágrima em orvalho. Sorrio comum. Sorrio rosa carmim.

A noite se fez dia e hoje mais claro que nunca a certeza: além.

A boca entope-se de palavras não ditas. Entre ele e elas, em abismos de sim e não, entre rosa carmim de meus brincos que alguém enxergou...

Essa efemeridade, essa liquidez, essa palidez de dias rasos me faz querer ir além, mergulhar fundo, construir solidez nos afetos-reflexos.

Da poesia ao desbaratinamento.
Jogo tudo para o ar? Rodopio em redemoinhos estonteantes de sons, magia, melodias, bobeira...

Se venho repetindo que o instante é o bem mais precioso, é coerente e justo que eu o viva intensamente e despretenciosamente...

Passei muito tempo desembaraçando meu cabelo. Agora vou desembaraçar minhas ideias...

Desculpe, fui-me. De tão pouca gula, de tão inexistente ronco como sinais de fome convenci-me que não sou uma pílula para abrir apetite...

Não te devo. Nem meu pranto, nem meu acalanto. Nem aquele tanto que um dia existiu.Se esvaiu.

E cada vez que te vejo ergue-se um tijolo de desejo...