Coisas que Voce Aprende depois dos 40
Com o passar dos anos a gente quer mais é paz,
O amor próprio renasce e floresce.
Um florescer novo em calmaria,
Já não se tem tanta pressa, porque sabemos que com pressa não tem perfeição.
Caminhamos mais devagar, porque sabemos que a caminhada é mais bela se observarmos os detalhes.
Pois é nos detalhes que a vida tem brilho,
nos detalhes os olhos enxerga a perfeição.
Nos detalhes que sabemos quem caminha conosco,
quem não caminha e quem se perde pelo caminho.
Nos detalhes vemos que a caminhada vale a pena.
Vemos quanto peso se perdeu, peso que não era nosso. Vemos também quem realmente caminha conosco, que transforma os embaraços em laços.
Laços esses que fica na história, marcando memória de união, companheirismo de quem realmente ficou.
Ficou do nosso lado em um tempo marcado.
Marcado de afeição e valorizado de coração.
Um dia a gente aprende que errar é bom, que rir faz bem, que fazer alguém sorrir é melhor ainda.
Um dia a gente aprende que dormir demais não é bom, que perder faz parte, que a mentira não compensa, e que o orgulho só te faz sofrer.
Um dia a gente aprende, aprende que a amizade não tem preço, que o amor é mágico e que ao se apaixonar, tudo torna-se perfeito, porém temos que lembrar que a perfeição tem defeitos, e que o tempo não volta, que oportunidades não podem ser perdidas, e que depois das tempestades aparecerá sempre a luz do sol, que o pra sempre terá um fim, e que o impossível não existe, que recordes existem pra ser batidos, pois é.
Um dia aprendemos que o nunca sempre terá um início, que os planos precisam ser tirados da gaveta um dia, que o passado é passado e que o viver é curtir, mas que o curtir tem seus limites.
Um dia aprendemos... Ah se aprendemos que o mundo é um desafio, e que ao encontrar aquela que te faz aumentar e ao mesmo tempo despencar carinhosamente as batidas do seu coração, cuidado ela pode ser a oportunidade de sua vida, que um olhar pode dizer mais que palavras, que atitudes devem ser revistas, que se superar é realmente necessário, e que sentir saudade foi algo que valeu a pena, um dia a gente aprende que junto com a mágoa vem o choro mais a cura para ambos é o perdão, que ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade, e o que realmente importa é ser feliz, feliz com suas escolhas e reconhecer seus erros e correr até consertá-lo antes que seja tarde; tarde pra dizer até mesmo eu te amo!
12 O que agora vemos é como uma imagem imperfeita num espelho embaçado, mas depois veremos face a face. Agora o meu conhecimento é imperfeito, mas depois conhecerei perfeitamente, assim como sou conhecido por Deus. 13 Portanto, agora existem estas três coisas: a FÉ, a ESPERANÇA e o AMOR. Porém a maior delas é o AMOR.
Depois, penso também naquele quase velho poema do John Lennon: “I don’t believe in yoga/ I don’t believe in mantra/ I don’t believe in God/ I don’t believe in Freud/ I don’t believe in drugs/ I don’t believe in sex/ I don’t believe in Beatles” e termina com um acorde profundo de guitarra e um “I just believe in me”. Mas nem isso.
Na hora do acontecimento não aproveito nada. E depois vem uma ilógica saudade.
A felicidade é como uma gota de orvalho numa pétala de flor... brilha tranquila depois de leve oscila e cai como uma lágrima de amor.
É muito bom finalmente me dar essa segunda chance, depois de ter dado tantas pra quem nem valia à pena.
Mulher projeta o futuro no primeiro encontro, o depois vem antes. A realidade disputa corrida com sua idealização. Quando namora já pensa se ele serve para casar. Quando casa já pensa se ele serve para cuidar dos filhos. Por sua vez, homem é de alma retroativa; quando namora e casa, só lembra a sua mãe
Retorno
Somente depois de ter andado por terras estranhas
É que pude reconhecer a beleza da minha morada.
A ausência mensura o tamanho do local perdido
Evidencia o que antes estava oculto, por força do costume.
Olhei minha mãe como se fosse a primeira vez,
Olhei como se eu voltasse a ser criança pequena
A descobrir-lhe as feições tão maternas.
Abri o portão principal como quem abria
Um cofre que resguardava valores incomensuráveis.
As vozes de todos os dias estavam reinauguradas.
Realizar a proeza de ser gerado de novo.
Suas mãos sobre os meus cabelos pareciam devolver-me
A mim mesmo.
Mãos com poder de sutura existencial...
Era como se o gesto possuísse voz, capaz de dizer:
Dorme meu filho, porque enquanto você dormir
Eu lhe farei de novo.
Dorme meu filho, dorme...
Depois de ter cortado todos os braços que se estendiam para mim; depois de ter entaipado todas as janelas e todas as portas; depois de ter inundado os fossos com água envenenada; depois de ter edificado minha casa num rochedo inacessível aos afagos e ao medo; depois de ter lançado punhados de silêncio e monossílabos de desprezo a meus amores; depois de ter esquecido meu nome e o nome da minha terra natal; depois de me ter condenado a perpétua espera e a solidão perpétua, ouvi contra as pedras de meu calabouço de silogismos a investida húmida, terna, insistente, da Primavera.
Entrou na minha vida sem pedir licença, bagunçou meus sentimentos e depois foi embora sem nem me avisar. Por que?
Cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.
Espiou sem ver a monotonia quieta do domingo, depois voltou-se para dentro, ficou ouvindo o silêncio.
Amo-te muito, meu amor, e tanto
que, ao ter-te, amo-te mais, e mais ainda
depois de ter-te, meu amor. Não finda
com o próprio amor o amor do teu encanto.
Que encanto é o teu? Se continua enquanto
sofro a traição dos que, viscosos, prendem,
por uma paz da guerra a que se vendem,
a pura liberdade do meu canto,
um cântico da terra e do seu povo,
nesta invenção da humanidade inteira
que a cada instante há que inventar de novo,
tão quase é coisa ou sucessão que passa...
Que encanto é o teu? Deitado à tua beira,
sei que se rasga, eterno, o véu da Graça.
A cura causou-me mal. Tudo o que depois me aconteceu causou-me mal. Mas quando vez por outra encontro a chave e desço em mim mesmo, ali onde, no sombrio espelho, dormem as imagens do destino, basta-me inclinar sobre a negra superfície acerada para ver em mim a minha própria imagem, semelhante já em tudo a ele, a ele, ao meu amigo e meu guia.