Cinzas
Um quase lamento de domingo
Naquela madrugada, juntei todos os meus cacos
com os restos da imensa tristeza que me consumia
e tranquei tudo junto com os meus sonhos
em um envelope branco sem selo.
Junto com as cinzas do meu corpo cansado
e com o pranto que inundava meus olhos de lágrimas na ocasião.
Por todos os lados que eu olhasse
só via os insetos (todos) caminhando sem rumo,
perdidos pelo chão da cozinha.
Na pia, os pratos sujos, com os restos da janta de ontem.
Despedaçado por dentro,
vesti a dor que o caminho pintava d’ouro.
Caminho amargo e duro que se precipitava.
E bem em meio a este meu lamento,
vi refletido no espelho do móvel de subir ratos lá de casa,
dois ou três segundos do mais puro desespero
e da mais singular desilusão.
Fragmentos IV
Beijo-te os lábios como aquele que morre...
Desejo teu corpo como o doente deseja a cura...
E assim cremo meus sentimentos no fogo da paixão
E jogo suas cinzas sobre as flores que tem o nome de amor-perfeito.
ERAMOS COMO UMA FENIX, MORREMOS E RENASCEMOS, MAS QUE DE TANTO SOFRER, MORRER E RESSUSCITAR HOJE SOMOS APENAS CINZAS AO TEMPO...
Gostaria que o mundo acabasse em um buraco bem fundo para eu e minhas lágrimas se atirarem abaixo... Pra se esconder da dor que me ronda... Pra diluir todas minhas angustias, meus medos... Morrer não desejo e sim renascer das cinzas...
Ela tinha uma alma,
Uma alma totalmente diferente
Uma alma a qual me fez me apaixonar
E logo então, amar.
Ela tinha uma alma
Quebrada, porém, brilhante.
Tão brilhante que me cegou,
Me deixando totalmente perdida.
Teus cacos, me cortaram
Teu brilho, que na verdade era fogo,
Me destruiu por dentro
Me deixando então, em cinzas
E queimando amargamente
Nossas lembranças para sempre
Você não tinha o direito
A ira é como o arder de uma chama, que em seu furor destrói e queima tudo a sua volta. Todavia, ao apagar-se, seu resultado são cinzas e arrependimentos.
Quando chega a paixão,
ela vem toda avassaladora,
consumindo em brasas um coração,
e quando tudo vira cinzas vai embora.
<< O amor é paciente, implora e chora,
perdoando a pobreza da traição >>
Quando tudo indica que perdemos a fé e mergulhamos nas profundezas da amargura, eis que ressurgimos das cinzas como a fênix.
RECONSTRUÇÃO
Trepidante terremoto
Não me faz perder o foco
Pé no chão eu te suplico
Em tua força eu convoco
A firmeza de estar vivo
Mais atento ao alicerce
Invocado em minhas preces
Argamassa lá de cima
Sustenta fé inabalável
Não te peço menos ruínas
Ensinamento inefável
Das cinzas à obra prima.
Embora as frequentes quedas da vida nos causam desconforto e gera em nós profunda frustração, há sempre uma maneira aceitável de se reerguer das cinzas e dar a volta por cima.
As frustrações servem para forjar nosso caráter e despertar em nós a força que por vez, costuma se esconder na zona de conforto.
Somos fortes!
Talvez muito além daquilo que pensamos.
Quando somos confrontados somos estimulados a mostrar o melhor de nós.
Nunca perca esta oportunidade de descobrir quem realmente é em meio as fornalhas da vida.
Você tem a chance de sair purificado como ouro.
Pense nisso!
Ele habita sua alma, semeando o medo e a desconfiança.
ele quer controlar seus passos, mas ela sempre renasce das cinzas retomando o controle do própio coração
Estava observando a lua agorinha no céu. E notando que vez por outra ela estava sendo coberta por nuvens cinzas... então comecei a pensar que as vezes a nossa vida é assim, as nuvens cinzas da vida tentam cobrir a nossa alegria de viver, mas se pararmos para refletir ela ainda continua lá, ainda que escondida por nuvens cinzas, mas esta lá!
Acredite que essa nuvem cinza vai passar e você voltará a refletir a alegria de viver. Não olhe para as nuvens olhe para alem delas. E mais uma coisa a lua reflete o brilho do sol, entenda que você não é auto suficiente.
Autor: Eliseu Fernandes Laurindo
Data: 10/09/2016
Alguns dias não são fáceis, quando o cinza cobre tudo e a nostalgia vem de mansinho tentando se instalar...mas calma, que logo ali depois da curva, as cores te esperam alegres, prontas para pintar seu sorriso e iluminar seu olhar... Desanima não...o cinza também é necessário para compor um quadro belo!
Enquanto trago o cigarro, o cigarro me fuma.
Enquanto fumo o cigarro, o cigarro me traga.
Quando morrer quero minhas cinzas depositadas em um cinzeiro.
Quarta feira, em cinquenta tons de cinza...
O mar ficou cinza.
A linha do horizonte, nesta manhã de quarta feira tem um fundo cinza.
A areia, confete colorido, também ficou cinza.
Passou o carnaval, e o amor de carnaval também virou cinza.
Mas, cinza não é fim de nada.
Cinza é o início em cor, como gota de orvalho, nuvem de chuva,
É tempo de espera entre o preto e o branco na cabeleira dos avós.
Foto antiga que mata saudade também é cinza.
Até o amor no cinema moderno tem tons de cinza.
E nós hoje coloridos de preto, branco, amarelo, marrom...
Seremos um dia cinzas,
Em todos os tons de cinza.
E quando já não havia mais forças
para lutar, ela simplesmente se
entregou e deixou o seu corpo
queimar. E das cinzas suas asas
novamente se ascenderam, e como
uma fênix todos os seus poderes
renasceram.
Me refaço
Volta e meia entro nesta escuridão.
O dia que não se faz jamais dia.
A noite que se repete livre pra ser noite todo dia.
Eu sei que vale a pena... esse vale da morte.
Desafios, incompreensões, períodos de crise...
Fatalidade do destino: perder meu tino.
Vai secando o meu mar...
Estou prestes a me afogar... no desespero e confusão... dessa profusão de tristeza.
Mas eu dou a volta por cima... volta e meia respiro o ar viciado ao meu redor
e me liberto... um novo balão de oxigênio... um riso belo de aconchego... a certeza da tua beleza.
Tal Fênix... renasço... assopro as cinzas pra longe...
Dos laços me desfaço.
Faço-me nova...
Mais uma vez minha vida se renova.
De gota em gota me refaço.
Somos Deuses
Somos cinza e fogo no ventre da história,
eco de estrelas na carne que sangra,
nossos passos moldam a glória —
mesmo caídos, a alma não manca.
Erguemos mundos do barro e do sonho,
na palavra, no gesto, na dor que renasce.
Mesmo no abismo mais medonho,
um deus em silêncio ainda se faz.
Não por coroa, nem por trono ou ouro,
mas porque criamos, curamos, amamos...
Somos deuses — de barro e de couro —
mortais... mas imortais quando ousamos.
Patrono: Mateus Sebastião Kilola
