Cidade
"Hoje, eu, andando pelas ruas vazias, na madrugada silenciosa da cidade, percebi que alguém iria sofrer de amor, só fui descobrir quem, quando eu cheguei em casa e me olhei no espelho.
Amor é paixão, paixão é desejo.
Meus olhos, refletem a imagem do sofrimento, e é só você que eu vejo.
Minha boca, ainda guarda cada beijo.
Minha pele, ainda grita seu nome, implora seu toque, o vento ainda tem seu cheiro.
Cada lembrança, cada memória, ainda me acelera o peito.
Ainda acordo assustado, lembrando nossos momentos, me recobrando do pesadelo.
Ainda amo o seu jeito.
Ainda sou aquele sujeito.
Que uma vida a seu lado planejou, tudo, nós, por inteiro.
Quisera eu, que meus planos, sonhos, se materializassem, mas, para o meu desalento, meu viver é sofrimento e devaneio.
Tento te encontrar em outra voz, outro olhar, outro seio.
Aqui um beijo; acolá, outro aconchego.
Mas é impossível, você é única, e, lembrado demais de ti, que meu Gólgota está feito.
Hoje resolvi sair, para tentar afastar você da minha mente, já que é impossível, do peito.
O frio da madrugada já anunciava, que alguém sofreria de amor, mas não sabia quem, um arrepio veio.
Só pude descobrir quem fora destroçado pelo venenoso sentimento, ao chegar em casa e me deparar com a deplorável e sofrível figura, refletida no espelho..." - EDSON, Wikney
Boa noite, Ouro Branco, cidade serena,
teu silêncio é canto, tua paz é plena.
Nas ruas tranquilas, o vento passeia,
a lua acarinha cada centelha.
As luzes brilham feito estrelas no chão,
refletindo sonhos, carinho e união.
Que o descanso venha suave e profundo,
renovando as forças pra encarar o mundo.
Que cada morador encontre sossego,
na noite macia que traz aconchego.
Boa noite, Ouro Branco, jóia reluzente,
teu nome já guarda um brilho presente.
Com planejamento, transparência e o equilíbrio entre os poderes, construímos a cidade do amanhã, transformando a gestão pública em um legado de compromisso e eficiência para todos.
"Cidade de sonhos, de invernos gelados, da luz natalina e do chocolate. Gramado dos apaixonados, da felicidade e da hospitalidade."
A cidade, à noite, respira como um animal ferido: suas janelas acesas são olhos que não dormem, vigias de uma solidão partilhada em silêncio; e quem ousa escutar esse murmúrio subterrâneo descobre que toda vida urbana é feita de fantasmas que caminham ao lado dos vivos, pedindo apenas a dignidade do esquecimento.
Brilhe, lindamente, porque sempre haverá outro amor, outro emprego, outra cidade, outras pessoas, mas nunca outra vida.
Rafadancemix
Olhando para os jovens desta cidade
Vejo como é bom ter liberdade
Gritam "para tudo", sem pensar
Um eco vazio a ressoar
Mas é uma ilusão, esta miragem
Parecem estar de sacanagem
Com fumo nos olhos, riso forçado
Estão destruindo o meu mundo pintado.
Por isso cuida de mim
E não me faça sofrer
Eu sou apenas uma criança
Que precisa viver.
Por isso cuida de mim
Com tudo que há pra ter
Eu sou apenas uma promessa
Que quer florescer.
Eu quero saber onde é que vamos chegar
Com tanto barulho neste lugar
As cores das ruas a desbotar
Ninguém tem mais tempo para olhar
Promessas de festa e euforia
Que morrem com a luz do dia
Eu fecho os meus olhos e tento entender
O que eles procuram sem nunca se ver.
Por isso cuida de mim
E não me faça sofrer
Eu sou apenas uma criança
Que precisa viver.
Por isso cuida de mim
Com tudo que há pra ter
Eu sou apenas uma promessa
Que quer florescer.
Na minha imaginação, o céu é mais azul
Na minha imaginação, não há norte nem sul
Tudo é lindo se eu desenhar
Com um lápis de cor, posso recomeçar
Um sol que não queima, um rio a correr
Um mundo seguro pra eu poder crescer.
Cuida de mim...
Não me faça sofrer...
Eu só preciso viver...
Só preciso viver...
Cuida do meu mundo.
Na cidade maravilhosa,
Conheci gente famosa.
Conheci a mulherada,
Mulheres lindas e formosas.
Bem arrumadas e maquiadas,
Comunicativas e educadas,
No mar, na terra e na areia,
Mulher sereia, mulher avião,
Mas,meu queixo caiu no chão,
Me apaixonei de alma e coração,
Me casei com a morena do sertão.
28/10/25 na Cidade Maravilhosa
Vai chegando a eleição
O Rio de Janeiro entra em operação
Cláudio Castro não fez nada
Foi assim com o Cabral
Mas a culpa é federal
Sofrem e morrem civis inocentes
De mãos atadas fica a nossa gente
Baixa nas família e nos batalhões
Pra campanha, haja vídeo de lacração
Isso é o bolsonarismo da salvação
Deus, Pátria, Família e liberdade
Mas não se preocupam com a desigualdade
O voto é sempre proporcional aos vivos
Nas urnas, nada muda sem o povo
Que em 2026 não venham os inúteis de novo.
Pensei em você por toda a cidade. A cada passo que dei, pisando em terra, pedra, grama ou asfalto, se deixei alguma pegada impressa ou apenas solado, não me importa. Mesmo que meus passos, por tantas vezes, me distanciem de você, sinto, todo o tempo, sua presença por perto.
Sob o céu cinza e molhado da cidade,
Odores de almas abandonadas,
Mulheres tristes, como tardes encharcadas,
De uma cidade cheia de gente perdida,
E outras que nunca foram encontradas.
Um espaço que se move, dissimulado,
Ela veio, mas nada mudou,
A nave parada no vasto espaço,
A estrela quase se apaga, no fracasso.
Hoje mesmo, sob o céu de cinza,
Vi uma estrela, no contraste da sala Grande Otelo,
Parecia triste, como atriz em desgraça,
Era a faísca que acendeu meu olhar sem selo.
Olhos que amaram, mas não foram amados,
Tentaram se encaixar na máscara requerida,
Ela veio só com a alma revelada,
Esqueceu a fala, quis ser a própria vida.
Ela derramou uma lágrima, silenciosa,
Dor contida na língua de guerra,
No fronte, firme, em sua causa silenciosa,
Enfrentando a batalha verdadeira.
Sob o mesmo céu de chuva, molhado,
Ela era a gota que cai do céu,
Na terça-feira cinematográfica, em pranto,
A estrela ruiva, com voz, corpo, alma e fala.
PRESENÇA ADVAITA
A travessia do ser que deixa de lutar contra si
A cidade ainda não dormiu.
O ar tem cheiro de chuva e café esquecido.
Há buzinas, passos apressados, vozes cansadas atravessando a noite.
Aqui dentro, a casa fecha as pálpebras e o corpo desaperta os ombros.
A respiração desacelera, como se o tempo, por um instante, perdesse a pressa.
Não é iluminação, é pausa.
Não é milagre, é o cansaço que aprende a sentar.
No intervalo entre o que se esgota e o que começa, algo desperta.
É mais sopro que ideia, mais pele que palavra.
Viver é sentir.
Sentir é o único gesto que não mente.
É quando você acontece.
Não chega, se revela.
Nada em você exige lugar, mas tudo muda à sua volta.
O ar fica mais leve, as sombras perdem pressa.
O silêncio ao seu lado tem temperatura.
Parece uma mesa posta no meio da alma.
Você toca o lugar em mim que sempre esperou,
e algo, enfim, consente.
Ainda com medo, eu consinto.
Não há urgência, há respeito.
A ternura não anuncia sua entrada,
ela simplesmente chega e fica.
O medo, visto de perto, se torna pequeno.
A dúvida, cansada, adormece na varanda do peito.
O que antes era abismo agora é chão molhado,
com marcas de quem passou e ficou.
O ser é o campo onde o medo e o amor se escutam.
Ali, o humano e o eterno se olham sem querer vencer.
Quando há escuta, o silêncio deixa de ser muro e vira ponte.
Antes da calma houve deserto.
Antes da ternura, ferida.
Já temi o que mais amava,
já fugi do que me curaria.
Até que o orgulho se desfez,
e a suavidade entrou pela fresta da noite.
Nem tudo em mim é paz.
Ainda há grito guardado,
e o eco às vezes volta sem aviso.
Mas ele já não fere, apenas me devolve à carne.
O amor que prende é medo disfarçado de zelo.
O amor que acolhe tem mãos abertas e chão firme.
Nele, dois seres se olham sem truques.
Ambos feridos, ambos atentos.
Sabem que o outro teme, e ainda assim permanecem.
Eu tropeço.
Duvido.
Às vezes quero trancar a porta e esquecer o mundo.
Mas é a dúvida que me devolve à fé,
essa fé pequena, feita de respiração e paciência.
Só quem sente profundamente aceita não entender tudo.
Com você, o tempo não desaparece, ele respira.
A casa continua casa, o mundo continua áspero.
Há contas, filas, injustiças e gente que carrega o dia nas costas.
Mesmo assim, algo em nós encontra um ritmo bom,
um espaço simples onde a ternura sobrevive.
Não busco eternidade, busco verdade.
Prefiro o instante vivido à promessa que não cumpre calor.
O que é real não morre, apenas muda de rosto.
A presença é o milagre discreto que sustenta o mundo enquanto ninguém vê.
Não há promessa, há encontro.
Não há destino, há travessia.
Você não chega, acontece,
como chuva breve em tarde quente,
lavando o pó do que restou.
A plenitude não está em domar os sentimentos,
mas em atravessá-los inteiros.
Quando compreendo o medo, o amor deixa de ser fuga
e vira casa com portas que abrem por dentro.
Nem tudo que acalma cura.
O silêncio também corta,
mas é corte que limpa,
como mar depois da tempestade.
Às vezes a luz arde antes de iluminar.
Às vezes o amor desmonta o que eu usava para me proteger.
Se o tempo nos afastar, a presença não parte.
O sentir muda de tom, como maré que recua
só para lembrar que voltará.
Você é travessia,
o agora entre duas incertezas,
a prova de que o amor pode existir sem fazer barulho.
Se o silêncio for tudo o que restar,
ainda assim haverá amor.
O que é verdadeiro não precisa ser dito.
O toque fica mesmo quando a mão já se foi.
A lembrança não pede voz,
a pele ainda sabe o caminho.
Ser forte não é erguer muralhas,
é continuar sensível quando o mundo pede dureza.
É olhar o outro e ver o mesmo espanto,
a mesma fome de não ferir.
Escolho te sentir.
Não para possuir, mas para reconhecer.
Não para vencer, mas para ser verdadeiro.
Se o sentir trouxer dúvida, que venha.
Que confunda e console.
Que assuste e cure.
Que desfaça o chão só para mostrar o céu que sempre esteve ali.
Entre nós talvez não haja nome,
e tudo bem.
O real prefere ser vivido a ser explicado.
O amor que nasce quieto é o que mais permanece.
Ele não disputa palco, respira.
É o som do ser se reconhecendo no outro.
Quando o ser se torna simples, o medo aprende a ouvir.
Nada precisa ser vencido quando é compreendido.
A sabedoria não nasce da força,
mas da entrega.
Do instante em que o ser para de fugir de si
e percebe que nunca houve vazio,
apenas verdade esperando espaço.
A cidade enfim silencia.
Uma janela apaga, outra acende.
O ar cheira a terra molhada.
E no reflexo do vidro, eu me reconheço.
O silêncio me olha,
e nele eu ainda vejo.
SANTO ESTEVÃO
Cidade de belas histórias
De um clima encantador
Tu és linda e majestosa
Povo honesto e trabalhador
Quem ama a sua terra
Sabe bem o seu valor.
De recantos fascinantes
Rodeada pela natureza
A paz desse lugar
É a nossa maior riqueza
Ouviro canto do bem-te-vi
Eita quanta beleza.
Parabéns Santo Estevão
Cidade do nosso agrado
Aplausos aos governantes
Por todo esse cuidado
A todos os que se foram
Deixando o seu legado.
104 anos de muitas glórias
De encantos e magia
Sua cultura e tradição
Trazendo essa alegria
Venho te parabenizar
Nos versos da minha poesia.
AUTORA-Irá Rodrigues
Santo Estevão-BA
Na penumbra líquida do entardecer,
pontilham lembranças, sombras flutuantes,
segue a cidade, labirinto de passos,
onde o invisível toca o silêncio guardado.
Gotas descem, sussurram segredos calados,
tecem véus entre o agora e o que escapa,
um fio tênue, quase esquecido, resiste,
na pausa entre o ruído e a espera muda.
As paredes bebem a luz quebrada,
e o tempo se dobra em revoadas lentas,
presente e passado, hinos imperfeitos,
dançam sob o véu molhado da saudade.
No murmúrio da multidão que não vê,
uma ausência se faz presença delicada,
na curva da chuva, no respirar da rua,
algo que não se diz, persiste em existir...
