Chico Xavier Poesia de Amizade
O beija-flor-de-orelha-violeta
emprestou a cor das orelhas
para escrever este poema
para dizer que quando você
acha que ninguém te vê
é quando por todos os lugares
você anda sendo mais visto,
ou melhor, 'bem mal visto'.
Dos parreirais de Rodeio
as uvas são adquiridas
até na porta de casa,
Canto de passarada,
Tarde de flores azuis
do nosso tempo com
direito a nuvens beijos,
as uvas estão lavadas,
Se você não vê poesia
nisso da vida ainda
não compreendeu nada.
Sublime e adorado
Beija-chifre-de-ouro
que me fez lembrar
de uma península distante
com o nome similar,
Venho com este romance
me vestindo e me calçando,
Não vai demorar
para ali eu ver o Sol deitar e raiar,
O amor virá imparável
com todo o seu oceano dominar:
(Assim é e assim será,
não tenho pressa para começar,
embora eu tenha a urgência de amar).
Meu Beija-flor-dourado,
confesso que namoro
com ele todos os dias
de um jeito diferente,
O meu amor tem a beleza
deste nosso continente
e o tamanho do Universo,
Não há outro destino
a não ser os braços dele.
Coreografam nos tepuis
os ruivos colibris
o seu pedido de volta
pelo paraíso perdido,
Dia e noite eles pedem
sem parar que resgatem
a origem do Esequibo.
Com letras vermelhas,
azuis, amarelas
e a honra de oito estrelas,
existem muitos poemas
em defesa desta terra
onde a Via Láctea pode
ser melhor avistada.
Os imparáveis colibris
voaram até Kuai-Mare
para buscar companhia
porque não aguentam
mais da Humanidade
tanta maldade e covardia.
Divino topetinho-vermelho
que posou na árvore
do meu caminho de sempre,
Aprendi com você
a ter leveza e ser valente.
Beija-flor-magnífico
poema divino,
Que beija esta flor
com amor e carinho,
O meu coração
ao teu a cada dia confio.
Ao Colibri-de-leque-barrado
tenho o meu segredo de amor confiado e sei que com
ele está muito bem guardado,
Todos os dias percebo as suas
pistas de coração apaixonado.
Beija-flor-topetinho-vermelho
só você sabe do meu segredo,
que para o amor eu guardo
um saboroso e doce beijo.
Ausência.
Antes nos viamos dia a dia
Hoje já não espero o teu ver
Agora a noite é tardia
Insônia no anoitecer
Dedico a fina
Camada de adormecer
Que tu seja sina
Quando não mais
Te ter
O Besourão-de-sobre-amarelo
é meu bonito confessor,
Ele guarda o meu segredo
de o quanto te quero com amor.
Beija-flor-de-rabo-branco
sobrevoando os jardins do destino,
Assim sou eu poeticamente
em busca de amoroso abrigo
desde que seja somente contigo.
Hoje está um dia chuvoso e dias como este, às vezes, fazem-me imaginar que o céu quiçá esteja desabafando através da chuva que vai caindo, externando suas emoções, qualquer emoção que esteja atuando fortemente no seu íntimo, o que é indispensável para o alívio do seu coração e logo, o seu aspecto celeste estará limpo, pois terá trazido tamanha renovação.
Aparenta nesta minha via de pensamento querer acompanhar-me temporariamente com a inspiração dos desabafos que alimento alguns dos meus versos, expressando em palavras o que estou sentindo em determinados momentos de paz ou de conflito, sempre sincero de um jeito muito claro ou implícito, senão, não teriam o mínimo de significado e assim, não estariam verdadeiramente vivos.
Companhia agradável, muito tempestiva, duas formas distintas de desabafar, a poesia que ganha vida, o chover que faz renovar, somas de letras e gotas, uma genuína sensibilidade para colocar para fora a verdade que se guardada por muito tempo, sufoca, então, a vividade não é restaurada, o amor não transborda, a calmaria não se instaura, a grata euforia demora, uma compreensão necessária que tanto transforma.
20 de agosto de 2023
Em uma das vezes em que a cortina do tempo se abre, o presente irá compensa-lo com alguém que falará seu dialeto. Pois, não será necessário uma totalidade pura e completa de tal existência soletrando sua alma para outra pessoa.
@poeticainterstelar
Voa Beija-flor-de-bico-curvo
diga à ele que não o esqueço
nem por um segundo,
E todos os instantes
o meu peito tem cultivado
este amor profundo.
Os meus desejos serão
realizados sempre que
um Beija-flor-tesoura-verde
cruzar no meu caminho,
E da mesma maneira
será assim o seu destino;
Para ter certeza é só
plantar ao menos uma flor,
preparar uma garrafinha d'água
que a boa notícia irá aparecer
quando menos você imaginar
o Beija-flor haverá de anunciar.
O Beija-flor-rajado
cruza o dia ensolarado,
Você sabe que tenho
calado o meu coração
que anda querendo
o seu comigo colado.
Em meio ao verdejante
Médio Vale do Itajaí,
sou eu a Laelia Purpurata
regada pelo Rio Itajaí-Açu
dos meus idílicos poemas,
E nessas correntezas
tenho escrito a coragem
de manter-me inspirada
aconteça o quê aconteça
para que com toda a poesia
ninguém mais desapareça.
Brasilaelia purpurata semi-alba
sob o Sol e o Céu azul do Sul
poema deste torrão de América,
Onde aguarda a noite para ler
nos quadrantes do Hemisfério
o poema secreto e confesso
destes teus olhos universais
que me pertencem e os celebro.
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