Chico Xavier Poesia de Amizade
Pecados da língua portuguesa.
Transformar baronesa em Barão.
Chamando em vão, no masculino...
Aquilo que por essência é feminino.
Um erro chamar de O MAR...
(Aquilo, que com efeito)
Deveria ser chamado, com jeito...
... de A MAR.
Alvorecer
Não menospreze a doçura do seu trilar
Faça florescer a ternura oculta
Regue noites perfumadas,
e enterneça dias nublados
Cuide das dores,
plante silêncios em florestas feridas
Que os velhos e surrados medos
não ofusquem a beleza do seu cuidar
Não deixe migalhas no caminho,
tampouco desatinos
Que transborde amor por toda sua alma deserta
Flutue por vales e sinta a "brisa gentil"
E eu?
Ah, eu estarei aos pés da poderosa montanha colhendo frutos proibidos...
"Epílogo"
Poeta de mão cheia
e bolso sempre vazio...
Adulado por mil tapinhas nas costas,
açodado por aplausos e elogios.
Na alcova, em cima da cama,
descansa enterrado vivo
sobre os fósseis amontoados
das capas de seus próprios livros.
Essa é nossa jornada
"(...)Quando a morte chegar
Ainda poderemos estar vivos
No pensamento de alguém
Na leitura de um livro
Ou então numa bela canção
Que representa uma forma de oração."
Somos Um
Somos um, as vezes dois, mais de um, mais de uma vez,
as vezes três, as vezes passa, a gente conta,
de ponta-a-ponta.
Somos um de muitos, somos poucos de milhares,
apenas um de nós se destaca, um de poucos,
um de outros.
Um, dois, três, somos todos um, cada um de uma vez,
todos no jogo da vida, xadrez.
Somos peões,
reis e rainhas.
Somos colunas, bases,
espelhos, espinhas.
Vento
Oh vento, que grande brisa,
oh vento!
Vento que corre sobre as dunas do âmbito.
Vento que passa pela fronteira,
que contorna o cenário florido.
Vento de guerra, que bate sobre o soldado
de joelhos feridos.
Vento imundo, que sobre os moribundos
acaba em desgraça.
Vento, vento que recebemos de graça.
Sem paciência
Como o mais lindo sorriso
E a mais triste lágrima
Eu vivo
Numa angustia danada
Achando que sou o único com a vida lascada
E com a Terra ao meu lado, lamento
Pois logo noto, que a vida é momento
E nesse momento, estamos lascados como sempre
Alguns dirão que essa é a graça da vida
Mas estou cansado de tal graça
Talvez por isso sou tão triste, sem graça
E mais que eu faça, nada apaga, minha tristeza
O trem partiu, já estava atrasado
E por isso não estou mais presente
Partiu por meu querer
Estava cansado
Eu só quero paz
E as vezes a paz pede uma viagem
Sem data para voltar
Não eterna, pois tudo eterno é ruim, aliás, o tempo voa.
- Oliveira RRC
Fotografia de Casamento
Abraço apertado e um sentimento
No horizonte do medo.
O que virá...
Columba e seu protetor.
Fecunda hostes que repetindo,
vôos de aves. Desde o começo.
Muitos não terminarão juntos.
Mas se assumiram em nome de Amor.
A voarem juntos, por esse sentimento.
Não entendendo, de inicio.
Mas pendido apenas, as bênçãos do céu.
E quantos acertos e erros. Quantas confusões.
Passaram pelo céu. Levando o tempo nas costas.
Deixando seus frutos. E Coragem vinda,
Desse sentimento.
Que os fizeram voar.
Nova descendência, habitando a terra.
Como poderia ser pecado...
Erraram.... acertaram.....
Responsabilidade da criação.
Sem saber, o caminho de chegada.
Foram heróis.
Não , não há nada a lamentar.
Fizeram a melhor parte.
Te deram um corpo. Uma Vida.
Algum dia já agradeceu seus pais....
O dom da vida que jogas aos pouco,
No tempo, no posso, que continuas a cavando...
Desejas culpar mais alguém.....
Quanta injuria. Porque até para culpar
Precisas da força. Que gasta açoitando os ventos
da sua ingratidão.
Quem não agradece aos pais,
Estão órfãos.
Não possuem alma. Paz. Amor.
Não sabem de onde vieram, e nem
Tão pouco, para onde vai.
Assim como. Um pássaro perdido
Numa ventania sem fim.
Lamentando a falta, daquilo que nunca precisou.
Obrigado meu Pai. obrigado minha Mãe.
Marcos fereS
O sorriso do vento...
O vento sorri por entre as rochas...
E na sua impulsividade pisa na alma de quem
O sente... E de quem também lhe sorri...
E na vastidão das florestas rasgando o silêncio
Daquele lugar...
Sopra-me a boca como se quisesse beijá-la
E eu em delírios... Sufoco um lamento
E deixo fluir aquela gota de lágrima...
E sinto uma coragem enorme...para entregar-me...
Não há rocha que resista a violência do vento...
Não há ventos que destruam um grande amor!
Eu sou o olhar que penetra nas camadas do mundo,
ando debaixo da pele e sacudo os sonhos.
Não desprezo nada que tenha visto,
todas as coisas se gravam pra sempre na minha cachola.
Toco nas flores, nas almas, nos sons, nos movimentos,
destelho as casas penduradas na terra,
tiro os cheiros dos corpos das meninas sonhando.
A música do espaço pára, a noite se divide em dois pedaços.
Uma menina grande, morena, que andava na minha cabeça,
fica com um braço de fora.
Alguém anda a construir uma escada pros meus sonhos.
Um anjo cinzento bate as asas
em torno da lâmpada.
Meu pensamento desloca uma perna,
o ouvido esquerdo do céu não ouve a queixa dos namorados.
Não aguardas
Nenhuma "iluminação" particular
Nem assento e clavícula de nenhuma deusa
Que te percutisse — gong —
Nem de nenhum Van Gogh
Que súbito te tornasse
Eterna
O Pão de Açúcar é um cão de fila todo especial
que nunca se lembra de latir pros inimigos que transpõem a barra
e às 10 horas apaga os olhos pra dormir.
como eu odeio doença, é como uma preocupação
que se torna realidade
e simplesmente não deve ser capaz de acontecer
em um mundo onde você é possível
meu amor
nada pode dar errado para nós, diga-me
ANIMAIS
Você se esquece de como nós éramos antes
quando ainda éramos de primeira classe
e o dia veio gordo com uma maçã na boca
de nada adianta preocupar com o Tempo
mas nós tínhamos alguns truques nas mangas
e fizemos umas curvas fechadas
todos os pastos pareciam nossas refeições
não precisávamos de velocímetros
de gelo e água nós fazíamos coquetéis
Eu não iria querer que fosse mais rápido
ou verde que agora se você estivesse comigo Ó você
foi o melhor de todos os meus dias
Talvez seja para evitar alguma grande tristeza,
como em uma tragédia da Restauração o herói clama “Durma!
Ó pois o longo profundo sono e então esqueça!”
que se voa, flutuando por sobre as cidades sem costa,
guinando ascendente da calçada como um pombo
o faz quando um carro buzina ou uma porta bate, a porta
dos sonhos, vida perpetuada em amores coloridos em tons
e belas mentiras todas em línguas diferentes.
ESTRANHO TROFÉU
Era noite...
Como se fosse andorinhas
eu vi um bando de corujas,
voando sobre minha rinha.
Sobre a qual, lá eu estava...
Peleando com a morte
... Disputando a vida
e a dádiva taça da sorte.
Mas não sabia que:
O troféu da vida querida...
Era o abraço forte da morte.
Antonio Montes
Castelo de Areia
Você sonha
Você Constrói
Você modela
Você rega
Até que o vento bate tão forte
que os grãos de areia se vão
Você insiste
até perceber que não adianta
continuar, porque sem uma base
a onda sem avisar bate,
E a muralha cai.
Assim é o talento do artesão
que esculpe em troca de pão
Sonhador e construtor
Mas não conquista seu tostão.
O vento vem e vai
A lagrima percorre a maçã
de sua face até não existir mais!
MEU PAÍS
Onde esta você meu país...
Aonde você esta!
Infectado pelos ratos
que não param de te roubar
todavia te surrupiando
e depois vão desviando
pouco a pouco para lá.
Onde esta você meu país?!
Você aonde esta...
Com facínoras comandando
só calhorda no comando
o que será do seu futuro
e das crianças o que será?
Perdesse a credibilidade
diante dos olhos seus
nada mais em ti é verdade
cadê o olhar do nosso Deus?!
Onde esta você meu país...
Você aonde esta?!
Na cede... Ninho de cobras
enrolando o paladar
seu tempero eles te roubam
só para expor o gastar.
Roubar agora é desvio
ponte aera da perdição
esperança perdeu seu pavio
apagando a nação.
Onde esta você meu país
você aonde está?!
Me diga p'ra onde você foi
pois preciso te achar.
Antonio Montes
PÁSSARO PRESO
Esse pássaro na gaiola
prendido por seu enrola
esta ali sem aceitar.
Todavia ele esta insistindo
e você não dá ouvido
o que ele quer, é só voar!
Essa grade que tu fez
satisfaz, somente a sua vez
e você, não quer escutar.
Passarinho esta diluído
todos seus dias em perigo
já não contenta em chorar.
Passarinho, passarinho...
Eu sou assim como tu
tosaram as minhas asas
e quando eu cai em casa
me proibiram de voar.
Minha vida é brasa em tino
comandada pelas farras
dos carrascos de passarinhos.
Antonio Montes
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