Charlie Chaplin Dor
O mundo deu tantas voltas que neste mesmo momento onde notei ter me livrado, você apareceu sorrindo dizendo querer ficar. E eu apenas sorri de volta, porque já é tarde demais pra você voltar.
Eu vou agradecer (um dia) por essa maré ruim ser momentânea. Mas mesmo sendo dolorosa, me fará crescer. É apenas uma onda. Uma onda que assusta, mas que eu consigo ultrapassar – basta fechar os olhos e acreditar. E eu sei que quando ela vem, leva algo ruim e deixa algo melhor. Ensina na marra, doendo como for, levando quem for, deixando o que for. Eu só preciso me conformar que ela sabe o que faz. Eu só preciso aguentar firme e aguardar, com paciência, até que ela vá embora. É só uma maré ruim, com o tempo, ela melhora.
Eu demorei a crer que poderia me sentir bem com alguém outra vez, sabe? O tempo ia passando e eu comecei a colecionar decepções. Uma seguida da outra. Uma mais dolorosa que a outra. E, mesmo assim, nenhuma capaz de superar a dor que você deixou quando partiu meu coração em milhares de pedacinhos.
Toda separação, rompimento, perda trás um processo de luto é necessário vivenciar mas, se a saudade persiste em doer ao passar do tempo ela vira um dos piores venenos;
Se meu amor não é suficiente;
Se o que faço é pouco;
Se o meu erro do passado pesa mais que tudo que temos hoje;
Eu só tenho a lamentar.
Quem perde é você.
Por que quando o amor não é maior que a mágoa, ele realmente não vale a pena ser vivido.
O sentimento amar, é igualmente a uma flor,
Mesmo que seja um leve toque
Um simples manusear,
Assim como a uma flor, pode machucar,
Ainda que não seja a intenção de quem lhe possa tocar.
Também se pode machucar a um sentimento de verdade,
A desilusão que é como espada,
Cortante...
Afiada.
É também como tempestade,
Que exploram as flores, deixando as sem pétalas...
Desperdiçadas.
O amor é um sentimento sem defesa quando ignorado,
Fere a razão e deixa dores enraizadas;
Apaga as restes de luz e gera profunda escuridade.
Espessas cortinas, a um resto de esperanças e surge o abismo de largas incertezas,
E revela a mais clara ilusão.
-Porque amar?
-E porque não?
Este sentimento que machuca e fere por dentro,
Deixa profundas cicatrizes que não consegue apagar com o tempo.
Mesmo assim queremos a qualquer custo amar à alguém,
Porque queremos respirar,
Na esperança que algum dia,
O amor que tanto machuca,
Seja o remédio a nos cicatrizar.
O amor que machuca ao querer amar!
Ray leite.
A era de Saturno veio varrendo tudo.
Nunca pensei que também seria afetada, mas como tantos, também fui derrubada.
Entretanto aprendi com a vida a ser resiliente e faço de todo esse ciclone um momento de reflexão, esperando o arco-íris depois da tempestade.
Confiei errado e sofri, enchido de orgulho insisti. Fui até aonde nem dava para ir.
La no final então eu percebi, quem eu era. Quem eu não era, e que não deveria estar ali.
Acordei com a dor, descobri a importância do aprendizado e o peso da consequência.
Amadureci.
Qdo eu amo sinto no meu sangue a pessoa pulsando. Materializada dentro de mim com consistência e cor.
A falta da pessoa causa tremor, insônia, ausência de fome. Um cientista uma vez fez uma analogia com droga quando deixada de usar de repente.
Com isso concluo: "Amor causa dependência".
Eu te fiz minha casa,te fiz meu abrigo,pois pensava que juntos podíamos suportar qualquer tempestade,mas acabou que com uma simples garoa,tudo se foi e com tudo você foi junto,e me deixo sozinho para me reconstruir tudo do zero. p-p-s-m
Eu aprendi sozinho que preciso segurar o espinho até doer fundo, porque só quando fica marcado é que as cicatrizes começam a fechar.
Tenho andado dias sem saber que horas são, sem saber que dia é, se é fim-de-semana, se é o aniversário de alguém. Dias em que nem troco de roupa, dias em que troco de roupa mais do que o necessário só para sentir que o tempo passa. As horas passam bem mais devagar quando não se tem ninguém para falar. Coisas como tomar banho e pentear o cabelo são descartadas, eu quero ter-te aqui, nada mais importa. Eu quero ir embora, apenas isso; e já passaram semanas desde a última vez que pude respirar fundo e rir livremente sem a imagem do teu sorriso na parte mais funda da minha mente. Todos os aparelhos que tenho dizem-me horas diferentes e eu pergunto-me há quanto tempo estou neste semi estado de ser, neste quase respirar profundamente mas nunca o conseguir porque o peito dói, bem na zona do coração, e é físico. Então respiro de forma suave, superficial, lutando por ar rarefeito quando o meu corpo se resigna que o oxigénio não me fará bem algum. Respirar para quê? Eu quero conseguir viver. Tenho passado horas a encarar o teto do quarto, tenho acordado sobressaltada, de lençóis molhados por um suor sem razão e eu não lembro mas tenho acordado tão cansada que a maioria das vezes apenas volto a dormir mesmo empapada em suor. As horas passam bem mais depressa quando tenho os olhos fechados e uma garrafa ao lado da cama. Tem dias que não levanto, tem dias que abro a janela, mudo de roupa, de lençóis, de tudo e tem dias que apenas estou ali, num ato entre levantar, viver ou permanecer enterrada entre cobertas quentes de mais para o calor que faz. E está frio mesmo no verão porque eu não sei mais o que fazer, está frio pelo simples facto de eu não conseguir colocar uma pedra sobre certas coisas, ou esquecer, ou superar. Nada.
Tem dias em que não saio da cama, tem dias em que a “cama”, áspera e quente e perigosamente confortável, não sai de mim. E eu, ainda, não sei qual o pior.
