Castro Alves

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Castro Alves (1847-1871) foi um importante poeta brasileiro, o último grande poeta da Terceira Geração Romântica no Brasil. “O Poeta dos Escravos”.

Meu travesseiro é quem sabe da minha vida e em silêncio enxuga minhas lágrimas.

Cuidado ao virar as costas para uma pessoa que precisa de sua ajuda, o mundo gira e um dia essa pessoa poderá está "por cima” e aproveitar, as costas virada, para dar um "tapa", bem forte, no meio dela! Essa tapa será forte, pois, virá em forma da "Ajuda" q um dia foi negada!
Faço o bem, não importa a quem, nem importa quem seja, ou se vai merecer... Entre o topo e a base existe o tempo, a "translação" e a "rotação" da vida!

"Súplica"

E os meus joelhos doem:
pelas preces pedidas,
pelas provas vencidas, pelas dores sentidas,
pelo arder das feridas, e sentido da vida...

E meus joelhos doem:
pelo afago sincero,
pelo amor que é o mais belo, e pelo sorriso
que quero quando de longe te espero...

E os meus joelhos doem:
em meio a correria, entre versos e poesias,
do sentimento que ardia, sem dó e em demasia, que em mim existia...

E meus joelhos doem, doem, doem...
Ainda doem e eu vejo que há contigo um segredo,
escondido entre os beijos, cheiro tentado do desejo que camuflado sucumbia.

E os meus joelhos doem:
doem e faz festa, lateja e me testa,
na dor que me resta desse amor que sedia...

E os meus joelhos doem:
doem no cimento, doe no lamento,
doe mas aguento, e nem ligo o tormento
de um chão frio molhado em sofrimento.

E eles doem:
doem cravados na preza, clamando na dor
e na reza o que a Deus pedia...
Doe mas tem que doer, pois, todo amor que viver,
do nascer ao morrer, ai de aprender ser respeitado até o seu ultimo dia!

(Franklin Lima)

Ela é tão linda, que nem Manoel Bandeira a achou em Passárgada.
Porem Castro Alves em "Amar e ser Amado" Quebrou a Cara.
Até O Boca do Inferno se rendeu ao Anjo Bento, pois sua beleza é tão incomparavel e indecritivel.

As serenatas rompem os silêncios !
É madrugada , Varela e Castro Alves ,
Líricos , após tragos e mais taças
De cervejas vão abraçados com

Duas donzelas ! Byronismo é lâmpada
De postes nas ruelas ! A Veneza
É um mundo à parte , eles estão
Na comarca de São Paulo , garoa

Bastante e nessa graça ambos os gênios
Declamam os versos na orla da cidade
Adormecida, ao sabor de Baco !

Os trôpegos passos, as mentes lúcidas!
Nos ocidentes, os faróis dos mares
Ascendem idéias na mocidade !!!

"Seguimos na busca incessante por um meio termo entre Shakespeare, Castro Alves, Lima Barreto"...

A praça é do povo, disse Castro Alves. O poeta não disse que a praça é dos larápios, dos psicopatas institucionais, dos vendilhões do templo e negociadores da pátria.

Inserida por leo_da_silva_alves

Deveria recitar Castro Alves, falar mais do meu amor, apresentar minha loucura a sua sanidade.
Eu poderia ser vaidoso mas na verdade eu sou um louco, bebo muito e durmo pouco.

Inserida por Rafiq

Não dar pra ser só proza.
Eu sei ser poesia.
Sou a métrica rica, decassílaba de Castro Alves
Sou também o fogo ardente de Camões.
Sou um soneto, maltrapilho, vestido de sensações

Inserida por Tigotss

CASTRO ALVES

A forma que me informa, o tempo gasto a ler bons livros do escritor Castro - o Alves !Amigo íntimo, de escritas suaves... Que me prende e ostenta um ar de contentamento.Uma vez que o sentimento, que desperta em mim, a todo momento...Enquanto viajo entre a terra e o céu, no desnudo de um universo que pode ser traduzido num verso,
ou num texto bem elaborado, onde o escritor deixa o seu recado, fruto de um legado, digno de ser observado, comparado, admirado !
Quizera eu, pobre homen! Inculto, de pouco saber, também escrever:Belos textos, versos e poesias. Que embora leigo; me seduz e contagia...Não sou um Castro Alves, o mestre da escrita, dotado de saber e inspiração.
No entanto; sou prisioneiro da emoção...
- Que me prende e me domina;- Que me inspira e diz:"se vira!"E é assim! Que na veste de mero admirador
Faço jus, uma homenagem a um escritor
Que o Brasil conhece, respeita e reconhece:Ser dentre os mestres, aquele que mereceaplausos, a ser sempre lembrado
pelo bem deixado.
Obrigado! Castro Alves, meu caro escritor.O qe escreves... È fruto de seu amor.Jóia rara, de um grande educador.

Inserida por nilduarte

Castro Alves em sonhos me disse,amor não existe apenas crendice,só em sua fantasia ela é real.

Inserida por ediliosactrus

Levantai-vos, Castro Alves
Do túmulo onde dormis,
Vinde já nesse momento,
Com vossa lira feliz
Permutar as Vozes d’África
Pelas de vosso país.

Inserida por cordel_na_rede

MINHAS SAUDADES

Eu já namorei jogando pedras
Na janela de minha amada.
E recitava Castro Alves,
Para chamar a atenção dela,
Mostrando-me um revolucionário
Um contra-ponto, nas ordens do dia.
Eu já namorei empunhando um violão,
Dando-me em segundo plano,
Pois ela prestava atenção
Mais as canções do que a mim.

Tempo, tempo, aonde vamos nós?
Tu apressado, nós correndo,
Pra onde?
Hoje eu tenho o meu amor,
Mas por mim ainda andava vagando
Nas ruas seguras da minha cabeça.
Ainda chorava, escrevia cartas
Com caneta tinteiro.
Ainda levava ao meu amor um cacho de jasmim,
E não saia te seguindo, tempo,
Me segurava abraçado ao peitoril da casa dela
Quando visse apenas uma ameaça de vento.
E ficava por lá, contando estórias,
Ouvindo os pássaros nas matas,
A começar pela madrugada
Quando devagarinho voltava pra casa
Como o coração cheinho de esperança.

Inserida por naenorocha

⁠Sempre foi por você;
Por seus olhos lindos e tristes como uma poesia de Castro Alves;
Por seu olhar aleatório para qualquer lugar, a fim de disfarçar sua timidez;
Por seu jeito doce de tratar as pessoas.
Por sua fé e sua paz que deixa qualquer lugar mais leve;
Por seu sorriso lindo que se mostra mais lindo quando está ao encontro do meu.

Inserida por EvaCordeiro

Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! … Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!

Castro Alves
ALVES, C., Tragédia no Mar

Nota: Trecho do poema "Navio Negreiro"

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Inserida por Marialins

Os Três Amores

I

Minh’alma é como a fronte sonhadora
Do louco bardo, que Ferrara chora...
Sou Tasso!... a primavera de teus risos
De minha vida as solidões enflora...
Longe de ti eu bebo os teus perfumes,
Sigo na terra de teu passo os lumes...
— Tu és Eleonora...

II

Meu coração desmaia pensativo,
Cismando em tua rosa predileta.
Sou teu pálido amante vaporoso,
Sou teu Romeu... teu lânguido poeta!...
Sonho-te às vezes virgem... seminua...
Roubo-te um casto beijo à luz da lua...
— E tu és Julieta...

III

Na volúpia das noites andaluzas
O sangue ardente em minhas veias rola...
Sou D. Juan!... Donzelas amorosas,
Vós conheceis-me os trenos na viola!
Sobre o leito do amor teu seio brilha...
Eu morro, se desfaço-te a mantilha...
Tu és — Júlia, a Espanhola!...

Castro Alves
ALVES, C. Espumas Flutuantes. São Paulo: Atelie Editorial, 1998.
Inserida por pensador

Existe um povo que a BANDEIRA empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa FESTA
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que BANDEIRA é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto! .. (
. AURIVERDE PENDÃO de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança..
. Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha
, Que servires a um povo de mortalha!...

trecho de Navio Negreiro

⁠Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!

Inserida por joana_adrina

CASO VOCÊ NÃO SAIBA.

Não! Não ouvirei o sussurro da sanha
De temer a luta — e não ser temido
De temer o luto — sem ao menos lutar!
De temer sanhas, façanhas e artimanhas
De uma vez por todas, daqueles que tentam amiúde fazer o auriverde, pendão auriverde, brado auriverde sangrar.

Não sou Aquiles tampouco Heitor
E Não serei o fígado de Prometeu...
Quero Atena atenuando a quase calefação do meu sangue, vermelho sangue, suado sangue — enquanto párias jogam xadrez

Macabras aritméticas
Tenebrosas equações
Quinhentos e treze é morte, é monturo e azar
Malfadado português falado por quem desconhece os verbos, incluindo o SER!
Preferem à revelia de milhões,
E em milhões o verbo Ter...

Poder? O que é poder?
Onde começa? Onde termina
Poder é não querer e poder não sucumbir à besta e suas quinhentas e treze cabeças

Línguas bifurcadas, perdidas, enroladas, perdidas e ensimesmadas.

Poder?

Prefiro não discorrer sobre tal verbo
Tão procurado da mais vil forma subsidiado pelo mais vil metal.

Quero o sonho, o pão e a arte
Quero a vida comungada em qualquer parte
Quero a lucidez da comunhão
Quero a loucura do sim e do não
Quero abrigo para os meninos
Quero abrigo para as meninas
Quero água do sertão
E a brisa beira-mar
Quero o rio doce em minha língua
Quero minha pátria
Tabaréus, cafuzos, mamelucos, mulatos – nação vira-lata!
Sim! Vira-lata!

Prestem atenção! A besta jamais dirá sim
Sem algo em troca.
Quinhentos e treze cabeças
Bilhões de Aves Marias

Amém .

Luciano Calazans. Salvador, Bahia.
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Inserida por Maestroazul

ANÓDINAS

O que sou?
Sou um cão
Um grão
Um não
Um tudo
Um nada
Nada é talvez
Tudo é talvez

Mal-passado
Passado o mau
Peço anódinas
Quentes, frias, mal-passadas
Mas que cheguem depressa

Pois a depressão inútil e controversa
Está aqui, latente
Dentro de mim ou em forma de gente
Cercando minha casa de palha
Meu jardim de plumas
Meu viver de sonhos.

O que sou?

Um fruto de um ventre
Um soprar de um vento leste
Uma ponta de icebergue
Uma semibreve

Preliminar de uma vida seca
Linha torta desenhada pelo tempo
Que caleja e que ensina
Que somos o que não querem
Que fomos o que queriam
Seremos uma pergunta [sempre]

Quem sou?

A tépida face que gargalha
A funesta sílaba de uma fala
A sábia águia a voar
Na vastidão de mil tormentos
Em segundos, meses, momentos

Que voam em uníssono
Em diferentes cores e firmamentos

O grão germina
É da sua natureza
Quem enxergar tal grandeza
Há de ser sempre a tal águia

A grandeza de um grão está em sua morte
A grandeza do sim é suportar
Um simples não
Com ou sem anódinas

Passado mau
Leite derramado
Mal-passado.

Quem é você?
O que é você?

Outra luz a acender...

Inserida por Maestroazul