Cartas se te Fiz algo eu te Peco Perdao
Hoje me bateu tanto a falta de você que eu fui beber. Ser humano tem essa doce mania de tentar esquecer dos problemas com a bebida.
Paguei o maior vexame.
Bebi tanto que sai do bar quase caindo. Nesse momento de insana lucidez, já que beber não tinha dado jeito, pensei em matar a saudade batendo a tua porta. E foi lindo.
Eu bati, você abriu, você não me esperava mas, enfim. Se assustou por me ver assim, louca. Falei que estava bêbada de amor -conversa de bêbado- sabe como é. Você riu.
Lindo como sempre, cabelo bagunçado pós-banho, com aquela camiseta que te dei de presente ano passadoe aquela bermuda que só fica perfeita em você. Me convidou a entrar, mas estava paralisada. Ali. Bem ali. Você estava ali. Tudo culpa sua, você tem essa mania no olhar que me faz cambalear. Então me pega pela mão, arruma meu cabelo, me beija, me ama, na tua cama, nós dois. Numa noite que parecia não ter mais fim e que não acabaria por mim.
Foi cena de novela. Foi a melhor noite de inverno, eu e você, quentinhos sobre a lareira, no Edredom, eu no teu colo, rindo a toa, feliz e...
-Ô, acorda!!! Isso é que dá beber demais!
Era o garçom querendo fechar o bar.
Então acordo, só não te devoro.
Levanto, vou embora.
A partir de hoje, nunca mais bebo.
Eu nunca mais falei de você para as pessoas. Quer dizer, sempre tem alguém que pergunte sobre o amor, por um namorado. Eu respondo que está por aí, em algum canto, só pra não dizer seu endereço, telefone, email... Mas não falo de você que é o meu amor verdadeiro, que está tão bem guardado aqui dentro que nem mesmo acho. Até tenho com quem falar, mas a verdade é que ninguém quer ouvir. Escuta uma, até duas, mais na terceira já fala: " ainda nessa? Fala sério!
Por isso resolvi não falar mais de você pra mais ninguém. Só para os papéis. Eles me ouvem, entendem e não me condenam por falar todo dia a mesma coisa. Toda hora sobre o amor. A todo momento sobre você.
A ficha caiu.
Te amo.
É isso.
Eu te amo.
Mas não quero.
Me pergunto até quando agirei como tola.
Vou me culpar até que meu coração desista.
É burrice te amar, insistir com essa loucura de amor.
Eu fujo, eu corro, eu luto com todas as minhas forças, só não consigo.
Porque para onde fujo você me segue, para onde corro você me persegue.
Onde descanso você lá está.
Então percebo que não posso fugir de você, não adianta fugir de você porque você está em mim.
No meu coração, na minha mente, em tudo que sou.
Você tomou conta de tudo e a verdade é que não posso fugir de mim mesma.
Consequências de se Sonhar na Terra
Autor: LCF
1
Em torno da Terra eu caminho;
Sabendo que a minha pessoa, indefinida, me persegue.
Tenta-se criar novas expetativas;
Contudo, o mundo todo as despreza.
2
A vontade da mudança, o prazer da presença;
Sem a minha existência, também não ocorre a minha morte.
Mas sou um espectador dos desastres.
Mas sou um interveniente das catástrofes.
3
Padeço de uma contínua obsessão;
De tornar tudo de bom para a minha vida.
Sei que quando alcançar a felicidade;
A verdade revelar-se-á, (apenas fora um sonho, um desejo).
4
Não há vontade sem dor prévia.
E, de certa forma, é revoltante viver aqui.
As ambições desabam, a humanidade altera-se.
E os sonhos não passam de escassos.
Eu a vi além do corpo torneado;
Vi-a aborrecida, com os olhos desconcentrados, desanimada com o mundo. Garganta seca pelo egoísmo dos que lhe machucaram, olhos marejados sonhando por uma vida com mais amor, eu a vi além do resultado da academia, das estampas, além do que queria mostrar. Quando parei de olhar ansiosamente o quanto faltava para chegar até você, passei a olhar o quanto já me aproximei e com gentileza descobri, de verdade, que sabia mais de você do que imaginava. Não reparei nas dobras da sua barriga, mas sim nas do seu rosto ao sorrir. Não reparei no tamanho de calça, mas na profundidade que o seu olhar era capaz de alcançar. Você é uma mulher interessante já a vi trocando de cidade, de projetos, de trabalho, de sonhos, de medos, de amores. Você vai se completando a cada dia, vai crescendo em cada despertar da aurora, aprecie mais. Aceite o meu convite para ser feliz, esforçarei-me para isso. Vou te mostrar que basta um sorriso e o dia vence a noite, a vida vence a morte, a coragem vence o medo, a fé vence a enfermidade, basta confiar, acreditar e, principalmente, sorrir. Eu sei a sua cor preferida, seu prato predileto, seus medos, suas vontades e sei como te encontrar. Eu sei as palavras que gosta de falar, mas tome cuidado com aquelas que sussurra para si mesma. Tome cuidado com o rancor que guarda, com o coração que blinda, com tantos que afasta, talvez, dentre tantos, esteja alguém disposto a ser como ninguém ainda foi com você. Por isso, acostume-se com as chegadas, partidas, com as distâncias, com as mágoas, mas nunca esqueça que dentre tantas coisas nessa vida, chegará os momentos de paz, e principalmente, de amor, confie, pois a vida lhe reserva momentos incríveis.
ILUSÃO
Eu não quero o mundo, não amo o mundo
que se faz solitário aos meus sentidos,
aos meus amores, e aos jardins benditos
que me são fiéis, e que me são profundos...
Não quero parar, nem pensar, – oh! no fim!
que tudo poderá acabar sem reconhecer
a estrada em que eu caminho, sem perder
as ilusões que se rogam dentro de mim...
Nostálgica me é a vida, o amor me é existir;
sem saber que aos corações nunca pude
o prender, nem mesmo, com ele me iludir.
Estranho me diz a transparência: estranho!
como é que eu verso o amor em atitude
se dentro de mim, eu apenas com ele sonho...
Fui pro pronto socorro
A enfermeira me perguntou:
O que você ta sentindo?
Eu não sei...
Ta sentindo alguma dor em algum lugar?
Sim...
Aonde?
Não sei, todo lugar?
Tem alguma alergia, reação a medicamentos?
Não...
Toma algum remédio?
Sim, leio livros
De farmácia?
Também, ler bula é importante
Você usa algum tipo de droga?
Sim, uso bastante televisão e vou toda semana no culto...
Bom senhor, tenho más notícias
O que será que eu tenho? Hipocondria?
Não, o senhor sofre de um mal diferente
O que é então?
Saudade
Tem cura?
Não...
Me lembro do tempo em que eu implorava por um convite do Orkut.
Queria fazer parte desse mundo, conhecer pessoas e sonhos.
O MSN tava meio que pequeno pra mim.
Eu frequentava uma lan house como qualquer pobre que não tinha PC nem Net.
Caramba como eu era babaca.
Hoje eu não teria feito o que fiz na época, pedi para um molequinho que estava no computador ao lado que enviasse um convite pra mim, o moleque riu e pediu que eu pagasse a hora dele na lan, aceitei e gastei dois reais e por dois reais eu fui apresentado ao mundo onde tudo era perfeito, eu ria com os gatinhos doidos, entrava em toda comunidade que me interessava e conheci muita gente, tinha até uma horta onde cheguei comprar moedas para ser o melhor.
Caramba o tempo passou e ainda sou o mesmo babaca de antes.
Mas cá entre nós sou um babaca que tem 3800 amigos no facebook que possuí 20 paginas e administra mais umas 80, hoje você pode pesquisar meu nome no google e tenha certeza de que vou estar lá afinal tenho uma pagina nele com quase 16 mil visualizações.
Digo isso não por egocentrismo mas sim para dizer que amo isso aqui e não quero ser comparado com quem não tem sonhos e nem opções, fico aqui pois posso e quero, tenho vida, compartilho vida conheço pessoas e reencontros outras que se fazem presente numa caminha de sonhos e esperanças.
Não costumo postar palavrão mas quero deixar um FODA-SE para aquelas pessoas que dizem e comentam que eu só escrevo "merda".
E como sou um idealizador de sonhos vou realizar um dos sonhos daqueles que sem eu nem precisar não gostam de mim vou excluir quem acho e deve não gostar de mim........
Não preciso ser normal
a sociedade não merece.
Nunca tire conclusões de mim
Eu não sou simples o quanto parece.
Ser feliz pra mim
não é um acaso, e sim uma busca.
Ficar sozinha, não significa se sentir solitária,
e sim fugir um pouco da complexidade.
As pessoas pensam que me conhecem
mas na verdade elas estão profundamente enganadas.
Não sou boa o quanto parece, afinal sou um enigma da sociedade.
Quero viver grandes perigos
ser diferente é uma consequência do destino.
Só com o tempo eu...
Aprendi que falamos muitas coisas sem pensar, apenas no calor das emoções, coisas que depois nos arrependemos de ter ditas...
Aprendi que é melhor esperar passar a tempestade dentro de nós e falar apenas quando os ventos se acalmarem...
Aprendi que não importa quantas coisas boas faça para quem amamos, ela ainda, vai dizer que é pouco, vai te cobrar e querer mais...
Aprendi que o amor não requer sacrifício algum e sim demonstrar fazendo algo com amor e carinho para o nosso amor...
Aprendi que mesmo depois de tudo que fizestes para demonstrar o seu amor a pessoa amada ela ainda vai dizer é pouco... Vou procurar outro!
Aprendi que a pessoa que diz isto, nunca mereceu uma estrofe dos meus versos... Muito menos a tinta da escrita que gastei para escrever estes pensamentos...
Aprendi que mesmo não querendo e nem concordando, tudo acaba! Acaba a vida e junto leva os amores e sonhos não realizados...
Aprendi que depois do termino sempre haverá um novo recomeço, este é apenas um trecho do caminho a percorrer... Nada termina aqui!
Aprendi que às vezes é bem melhor se estar só em vez de estar com alguém que ama, mas, ao invés de paz lhe traz desassossego!
Aprendi que um verdadeiro amor nunca vai embora, pois, mesmo longe esta nos pensamentos em todas as horas...
Aprendi que querendo ou não, temos que aprender a conviver com a saudade, pois, esta é quem irá ser a nossa companhia por toda essa vida...
Aprendi que o remédio para a decepção e para a ingratidão é o perdão, que não existe outra forma, perdoe assim como se perdoa um irmão! Com amor...
Aprendi que muitas vezes os pensamentos ficam confusos, turvos e tristes, mas, sempre há algo lindo para se pensar...
Aprendi que o amor é a mais linda matemática, pois, é a subtração da dor, a soma dos desejos, a divisão dos problemas e a multiplicação do amor...
Aprendi que assim como os meus pensamentos este texto pode ser infinito, pelas as experiências vividas, por estar vivo e por estar sempre me descobrindo...
Aprendi que só com o tempo reconhecemos os nossos erros, aprendemos a olhar direito e passamos a amar as pessoas mesmo com os seus defeitos e ainda as admiramos, ainda é tempo... É tempo de aprender...
Por: Igor Barros
Eu acredito que tudo tem uma razão pra acontecer. Muitas vezes podemos não entender e nos culpar por certas coisas, mas depois...lá na frente, tudo começará a fazer sentido. E não desanimar, não se deixar abater e acreditar que tudo vai dar certo, é ter fé! Por isso eu levo a vida de uma forma tão leve e procuro sempre ser feliz apesar dos trancos e barrancos....porque eu tenho Deus que me guia e uma família e amigos maravilhosos que me amam.
Então, aproveite da melhor forma, porque da vida a gente só leva, a vida que a gente leva!!
E o DOMINGO chegou! O ciclo se renovou e a semana recomeçou!
E eu, na minha simplicidade vou agradecendo a Deus pela oportunidade de iniciar mais uma semana, pela oportunidade de abrir meus olhos e viver mais um dia, pela graça de escrever mais um capitulo no livro da vida... Deus abençoe meu dia, o seu e de todos! Bom Diaaaaaa e Feliz Domingo! Priscilla Rodighiero
Eu te amei. Da forma mais simples e
pura. Te amei com vontade de gritar
ao mundo. Te amei da maneira mais
bonita de se amar. Amei gostando,
querendo, vivendo. Te amei dedicada,
inspirada, acolhida e não mais
solitária. Te amei em cada detalhe. E
hoje em dia já nem sei mais o que é
amar.”
NUNCA TE VI, SEMPRE TE AMEI. não passas de
umas fotos mas eu te adoro. Não passas de
umas frases escritas na tela de um
computador mas me apaixonei por ti. Não
passas de uma voz atravessando o éter
chegando aos meus ouvidos, mas eu adoro
tua voz. Não passas de uns versos colocados
num site qualquer. Nunca te toquei, nunca te
abracei, nunca te beijei. Nunca fizemos amor.
Mas pelas fotos, pelas frases, pelas conversas,
pelos versos, pelos torpedos.. Pelo tudo o que
estás representado. Nunca te vi, sempre te
amei.
Fuga
Eu sei de suas lutas
Do que guarda em seu silêncio
Conheço suas dores
E compreendo sua solidão
Seus olhos são tristes
Mostram a dor de sua alma
No seu rosto um sorriso
Que não me engana
Levar a vida assim,
Como uma formiga que,
Sozinha carrega o dobro de seu peso
Sem parar e nem reclamar
Quem me dera eu tivesse a chave
Sim, para te livrar dessa cela
E arrancar essa faca de sua alma
E pudéssemos junto fugir
Seria libertação
Seria sonho realizado
Uma fuga, doce fuga!
SOBRE A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE...
Eu sou totalmente contra a Teologia da Prosperidade. Isolar versículos e pregar que o nosso tesouro é nessa terra é algo anti-bíblico e incoerente. Nós somos peregrinos e forasteiros desse mundo, ou seja, esse mundo não é o nosso lar. Deus pode sim nos abençoar com bens materiais e assim o faz com muitos de seus filhos, mas pregar algo que só se promove bens e riquezas? Muito errado isso!
Não vejo uma passagem da Bíblia mostrando Jesus rico, ou até mesmo pedindo em oração bens materiais, pelo contrário, tudo o que Jesus possuiu aqui, não foi pro céu junto com Ele. E também não vejo nenhum discípulo testemunhando o ganho de bens materiais ou riquezas financeira. O testemunho de vida daqueles homens era que eles não tinham vida, mas através de Jesus, ganharam (imerecidamente) a vida eterna. Fuja dessa chamada 'teologia da prosperidade'. Essa 'teologia' vai pregar o que você quer ouvir e não o que você precisa ouvir.
C. S. Lewis disse: "Tudo o que não é eterno, é eternamente inútil".
Além disso, a Palavra de Deus também diz acerca disso: "Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno." (2 Coríntios 4:18)
Se algum brilho eu tiver é… com toda a certeza neste céu azul e transparente que o encontro,agora que me vergo à sua luminosidade estática.
Mesmo quando me defronto inesperadamente com nuvens ou neblinas, é o sol que me espreita sedenta que está a minha alma mais do que nunca de se alimentar dessa energia positiva.
Por isso vos asseguro que deixei de me sentir só… já não me fazem falta as pessoas que se afastaram do meu caminho abruptamente e muito menos penso nelas porque a obscuridade onde se encontram agora dentro de mim é o fim dum circulo que dia após dia me abre novas expectativas.
Reencontrei-me no exato momento em que me dispus a vencer quaisquer dificuldades
com paciência mas determinação.
“Eu queria caber num segundo teu.
Naquele sorriso bem demorado, assim como na palma da tua mão. Queria fazer parte das entrelinhas dos teus versos, entre as linhas tortas do teu caminho. Ah como eu queria! Ah como eu queria entender como consigo acomodar tanto de ti no meu um metro e sessenta e três de altura. O problema dos encontros são os desencontros ao final de tudo. E agora passo pela cena difícil te desenhar em uma máquina de escrever. Se eu te dissesse que a palavra despedida tem exatamente o formato das tuas mãos, você ficaria para mais uma valsa? Que a meia-luz da sala me incomoda. Que o sofá não está aonde eu queria nem com quem eu gostaria. Adiantaria? Prender a brisa do teu perfume em porta-retratos, o sorriso na cabeceira da cama, os teus cotovelos na mesa de jantar. Eu desabafo com a televisão ligada, trocando os canais como se fosse encontrar teu rosto em algum comercial de margarina. Bebo café para sentir teu gosto, tomo banho quente para murmurar junto ao vapor sobre as curvas do teu corpo. Descobrindo que quanto mais o tempo passa mais tudo perde a graça, que até tuas palavras eram macias e confortáveis. E acho que, sinceramente, eu me acomodaria até num “bom dia” seu. O que me consta que tenho acordado tarde para evitar esses tais “bom dia” que há muito não me confortam. Tenho também um bocado de sotaque bonito preservado no canto do ouvido ecoando na primeira hora da manhã na varanda. O chimarrão me arrepiava a nuca e eu percebia, enfim, que estava num inferno e ele era o meu próprio corpo. As lembranças eram bombas relógio, a explosão unilateral de um afeto platônico. Moreno, só queria te dizer que eu apostei todas as fichas em você e perdi. E talvez as casualidades do universo ainda te recoloquem no meu jogo. E você vem. Claro que um dia vem. Primeiro escuto os teus passos, logo após a essência do perfume, o corpo provocativo, contudo nunca a alegria das pulsões. Pergunto-me então se a tristeza lhe acompanha a qualquer segundo. Se for assim, fique por aí. A monomania de sentir a tua tristeza como um ombro amigo que me puxa para dançar em dias difíceis, que rodopia meus sentidos até eu cogitar ser algo bom. Tua tristeza acena pra mim e eu me conforto. Qualquer sensação compartilhada do teu corpo é navalha e, sinceramente, eu me acostumei com o latejar das ideias e dormência da alma. Convencendo-me, pra variar, que não é pecar errar pelo excesso, mas sim pela falta. Encarava-me com meio sorriso, dois tapas nas costas e um "Acalme-se, menina, essas consternações acontecem nas melhores almas.".
Mas e as tremuras do corpo?
Falência múltipla dos sentimentos, um AVC de remorso e o latejar do silêncio.
♦Um dia ele me disse: “Vamos ser mais do que montinhos de areia no tempo?”
E eu não fui.
O LABIRINTO DA VIDA
É como eu se tivesse acordado
em um extenso labirinto, cheio de atalhos
tortuosos, e armadilhas infindáveis.
É como se falseasse cada suspiro
E roubasse momentaneamente o ar,
O oxigênio seco, a mistura com outros
Causadores dos formigamentos indesejáveis.
É como se andasse descalça,
Num mar de espinhos prontos
Para perfurar, sangrar os pés
As camadas de meu próprio eu,
Foram rompidas.
É como se a fortaleza que segura
Desabasse, descesse lentamente,
Machucando as últimas esperanças.
Dos obstáculos, desviavam-se, mas
A válvula de escape se rompia
A cada nova tentativa.
A saída se perdera no instante da entrada
O labirinto da vida se fechava,
A inconstante vontade de fugir,
Empurra o corpo que jaz na forma física
Da persistência.
Pelo suor gasto no caminho galgado,
Nada surge para salvar, para mostrar
Que a labuta estava valendo apena
Que no final do labirinto,
Uma luz iluminaria a saída.
É como se tudo transcendesse
a realidade, o reflexo da imagem
no espelho transformasse a face num
Místico mistério que já não suporta a pressão.
Afastou-se o cansaço, e convidara-se o descanso
para terminar a jornada, os sentidos que dantes
Furtara o ar, já não tem sede de respirar.
É como se a luz tão desejada,
Surgisse para mostrar finalmente,
Uma rota de fuga, toda via, sucumbiu-se
O corpo desfaleceu, a frieza tomou conta.
Avistou-se o fim do labirinto, a vida,
O roteiro de existência chegara ao
Seu desfecho final percorreu-se todas as
Curvas, cada espaço planejado.
A única verdade que jamais
Refuta-se é chegar à saída do labirinto
E não encontrar a liberdade.
Deparar-se com a certeza que
Viver é um labirinto.
MEMÓRIAS DA MINHA DOCE INFÂNCIA
Eu vivi no paraíso onde tudo tinha cor
Mata verde, céu azul, nuvem branca e sol laranja
Formava um lindo arco-íris, belo emaranhado de cores
Que se enlaçavam no brilho do dia.
Eu vi os sorrisos mais sinceros e repletos de felicidade
Nasci no interior, no leito do rio Gurupí
Cercada por águas doces e cachoeiras que se debruçavam
Nas correntes nervosas do rio.
Tinha sonhos inocentes que não se realizavam,
Mas vivia tão feliz que nunca me importava,
Continuava dormindo sem me preocupar,
Sem me magoar, sonhando num suspirando sonante
Esperando ansiosamente o desejável dia do amanhã
Pois sabia que acordaria para uma nova aventura começar.
Ah, como eu brincava! Corria como em um desespero
Mas ao contrário de buscar socorro, procurava diversão
Na areia ou na terra preta do quintal, descalça deslizava
Sobre a maciez da lama, tudo, tudo com a mais pura emoção.
Sob as sombras dos cafezais eu pulava, subia em mangueiras
Apanhava frutas, não tinha temor à altura, embalava-me no
Balanço fechando os olhos sentido o vento suavizando minha pele
Nos dia de verão. Quando o suor escorria sobre meu rosto
Descia para beira do rio Gurupí, me jogava, mergulhava
Ficava alguns segundos submersa, como quem tivera saído do
Deserto e encontrado uma fonte, maná de sensações,
Ah, como era bom o barulhinho da água que me molhava,
Aquele arrepio frio que percorria meu corpo!
As tardes no sítio dos meus avós eram deliciosas
Amava aquela simplicidade, o silêncio que nos
Permitia ouvir o canto dos pássaros, o som que
Ecoava dos troncos e galhos das árvores
O toque leve e sedoso dos dedos da minha avó
Passando óleo de coco babaçu que exalava um
Cheirinho de carinho, enquanto ela penteava e
Massageava com todo cuidado os fios do meu cabelo.
À noite, permutava-se a soluta da escuridão pela luminosidade da
Alegria presente nas rodas de amizade. Ouvia- se versos, histórias
De assombrações, mais principalmente, contos da gente que despertava
curiosidade. Quem não se lembra das brincadeiras de rodas, ciranda-cirandinha
e das cantigas? Que acalantava o sono dos pequeninos, dos anjinhos!
Tinha liberdade de aprender, de errar, de brincar,
Liberdade de ter medo, medo dos olhos ofuscante da coruja que
Assustava-me por noite, deixando-me com sono por dias.
Pura superstição dos velhos sábios da aurora de minha vida
Nossa! Quantos valores e saberes me transmitiram!
Vejo-me agora como uma boba em companhia de lembranças dos
Anos maravilhosos que vivi, mas sinto-me livre para reinventar os
caminhos de hoje para alcançar, talvez, novas e esplendorosas
aventuras amanhã, sem esquecer-me da minha doce infância vivida.
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
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