Cartas de Tristeza
Consigo te ver
Tão próxima
Mas também tão distante
Não és mais a mesma
Será se tudo o que você sentia
Passou em um instante?
Mal a vejo sorrir
Será se sou tão decepcionante
Para te causar infelicidade constante?
Ainda estou a te esperar
Para tomarmos aquela xicara de chá
E falar
Falar sem parar sobre tudo que a vida nos fez passar
Quem estou tentando enganar...
O chá já esfriou e toda vez fico a esquentar
Dia após dia
Em um desejo constante
De enfim poder te olhar
Quem estou tentando enganar...
Você não vai mais voltar.
Adeus
Onze anos luta e como todos sabemos uma hora quem sempre luta também tem quer perder, onze anos sendo forte e apanhado caindo levantando, colocando mas caras e dizendo que está tudo bem, ajudando ou outros sempre sorrindo onze anos colocando uma máscara que hoje não me cabe mais, o peso dessa máscara já não me convém onze anos apanhando e dizendo é só uma fase ruim uma fase que nunca chega ao fim mas talvez esse seja o fim deixar as máscaras cair e dizer não sou tão forte como imaginei não sou tão resiliente como pensei a dor vem e vai mas toda vez que volta me destrói e a sensação diferente física e emocionalmente onze anos quem suporta tampo tempo assim sem colo sem um ombro amigo o sentimento é de estar de pé em frente a um abismo sem coragem de pular mas na esperança da terra em baixo dos pés desbancar e por fim em todos esses onze anos tenho raiva de mim mesmo por não ter a coragem de pular no abismo pois é até uma ironia se sentir abandonado por Deus e ter que aguardar algo divino pra por fim nisso tudo.
Perdida em lembranças
Tem dias que me perco nas lembranças,
de tempos de alegrias e esperanças,
do teu jeito de me fazer rir o tempo todo,
de tudo que éramos juntos
das coisas que somos tão iguais,
e da maioria que somos tão diferentes.
Minha inspiração para escritos profundos,
meu descanso para as agruras do mundo,
a certeza que tinha um apoio a todo segundo.
Sinto-me cada vez mais baixo
Com um novo começo de solidão
Um leve preço por ser tão culpado
Entre derilirios e uma dor agonizante
Me sinto cada vez mais preocupado
O coração grita feito um berrante
O sangue vai escorrendo adiante
Pedindo para eu parar
Que tudo isso que sinto vai passar
E ganho um novo patrocínio Gillette
E algumas tatto nova!
Mais a depressão me abraça fortemente
Sussurrando que esta preste a me levar
Aguardo tudo isso ansiosamente
Com um falso sorriso no semblante
A saude ja não e mais a mesma
E tudo isso me prejudica
Não vejo a luz no fim do túnel
Estou cansado de esperar sem nenhuma dica.
E tudo que faço ninguém entende
E me questiono por que ser tão julgado?
Se tudo que aprecio é inapropriado...
Eu ja não me conheço mais
Estou no fundo do profundo desse mundo
A dor nao passa sobre nenhuma substância
Matei o velho eu, mais ainda sinto a sua essência
Desperto sobre o mofo do meu coração
E não ha distância
Que não me traga lembrança
De sua existência
Ja me abri demais e sai machucado sempre
Então não esquente
Decreto a falência dessa firma chamada "coração"
Agora é uma terra inabitável
Que se aposenta com todos seus vulgos e pecado!
Ainda me lembro daquela passagem:
"O choro pode durar uma noite, mais a alegria vem pela manhã."
Mais estou preso nessa eternidade
Reciprocidade ou sacanagem?
(...)
É isso, já faz um tempo, tempo demais que mal consigo lembrar
a última vez que sentei neste mesmo computador
e comecei a cuspir todo meu amor e também a dor.
A dor, no início, sempre foi algo fictício, porque meu hobby sempre foi amar.
Hoje a dor me consome, como uma chama intensa que não irá apagar.
A depressão bate à minha porta e não consigo afastar.
Sinto-me completamente inútil, circulando meu quarto sem parar,
procurando momentos felizes, algo para me agarrar.
Não quero me fazer de santo, não, eu tenho minha dívida, algo para pagar,
pois estive do outro lado da moeda e consegui falhar.
Isso me custou tão caro que me custou minha vida;
como penitência, só sobraram os resquícios de uma alma sofrida.
Me levei ao extremo por não me aceitar,
é como se desfizesse a amizade que tinha comigo mesmo,
e não conseguisse mais nos salvar.
Pergunto a mim mesmo quando foi que tudo isso começou,
quando foi que tudo mudou.
Eu realmente não sei dizer
o quão difícil foi tentar nos esquecer.
Sinto-me algemado aos meus próprios pecados,
estou tão cansado; as lágrimas que descem em meu rosto
não limpam a minha alma e têm o puro gosto do desgosto.
Mal nos vemos, mal nos falamos, dois idiotas que seguem calados.
Pergunto a mim mesmo onde está minha fé,
se fui ladeira abaixo e ainda estou de pé.
Cada ano que passa, fico mais velho.
Lembro-me quando escrevi meu poema "Espelho Vadio", este é meu eu externo.
Tão pouco se dá,
tão pouco se tem,
tão pouco se ama,
tão pouco refém.
O vazio incolor
que agora me inova
de um amor indolor
que minha alma desova.
Sempre que pego o carro, passo em frente à sua casa,
mas já se passaram muitos anos e vi que você queimou a largada.
Tudo bem, você é muito bonita e jovem, talvez nunca mais me enxergue;
o tempo se passou e não existe mais ninguém que me alegre.
Talvez eu esteja um dia mais perto da morte,
talvez amanhã será meu dia de sorte.
Talvez minha família não suporte
que eu achei o bilhete dourado e esse foi meu passaporte.
E eu me sinto triste por você nunca ver minhas páginas meio rabiscadas
e conseguir entender o quanto você foi amada.
Invicto no fracasso, invicto no sucesso,
como diz o Black, cansei desse retrocesso.
Entre o desespero e a esperança, eu vagueio perdido,
como um viajante sem mapa, no deserto do desconhecido.
A fé, uma chama vacilante, em meio à tormenta,
não sei se me guia ou se me atormenta.
O tempo escorre como areia entre os dedos,
cada grão um sonho desfeito, cada segundo um lamento.
Em meu coração, há um eco de promessas quebradas,
um lamento sombrio pelas oportunidades perdidas.
E enquanto a noite se estende, escura e sem fim,
eu me afundo nas sombras, perdido em mim.
O silêncio que agora me envolve é um reflexo do meu desamparo,
uma vida que se esvaí, sem futuro claro.
Não há redenção para este espírito quebrado,
não há consolo no crepúsculo de um sonho fracassado.
E assim eu permaneço, preso no eco de minha própria dor,
um ser perdido, afogado na tristeza, sem nenhum amor.
E assim permaneço, preso no eco de minha própria dor,
um ser perdido, afogado na tristeza, sem nenhum amor.
Mas talvez, nesse torpor, eu encontre algum alento,
ou será que apenas me deixarei levar,
neste confortável entorpecimento?
A dor de estar morrendo por dentro
Por fora, um sorriso disfarçado,
Por dentro, um grito abafado,
A alma em pedaços, sem chão,
Ninguém ouve o eco da escuridão.
Caminha sozinho, sem direção,
Nas sombras, se perde a razão,
O peito, uma tempestade sem fim,
O peso da vida, um fardo ruim.
Olhares que não veem a dor,
Palavras que não tocam o amor,
O silêncio, um abrigo fatal,
A dor de estar morrendo, é surreal.
Se ao menos uma mão se estendesse,
Se ao menos alguém percebesse,
Que viver é um ato de fé,
E que o amor pode ser a única saída de pé.
Mas a dor de estar morrendo por dentro,
É um abismo profundo, um tormento,
Que se esconde atrás de olhos cansados,
E deixa corações quebrados.
Que nunca falte empatia e cuidado,
Para quem está perdido e calado,
Pois às vezes, o maior grito é o silêncio,
E o socorro vem do amor intenso.
Qual é o seu maior medo?
O amor.
Pois ele transforma tudo em incerteza;
Pensamentos antes inimagináveis tornam-se reais.
A vida é reescrita com um toque de caos sublime,
Onde tudo é possível, tudo é assustador.
Amar de verdade é caminhar nas possibilidades do desconhecido,
E isso, meu amigo, é o que mais me assusta.
Onde é que andam os teus sonhos
E aqueles pensamentos risonhos
De mudar o mundo?
Senta aqui um segundo, vamos conversar
Eu quero ouvir da correria da tua vida
Da tua falta de tempo
Das lutas e das tretas
E também do fundo daquela gaveta
Onde eu sei que os teus sonhos foram parar
Onde é que anda aquela criança
Que via a vida como uma dança?
Hoje ela cresceu e se tornou você
Mas eu sei que de vez em quando ela te visita
E quando ela vem, você acredita
Ou prefere a esquecer?
E dizer que a vida adulta não dá margem
Tirar um dia pra ser criança é bobagem
Porque você tem muito mais a fazer
Quando foi a última vez que você andou de pés descalços?
Quando foi a última vez que surpreendeu alguém que ama com um longo abraço?
Quando foi a última vez que tirou um dia 100% pra você, sem pensar em mais nada?
E quando foi a última vez que você chorou… mas de tanto dar risada?
E aí tem aquela histórinha assim:
– Vamos marcar algo?
– Ah, não… Semana que vem, talvez!?
– Pô cara, eu tô com saudade tua!
– Eu também! Um dia desse ligo pra vocês…
– Faz tempo que a gente não se vê, né!?
– Ah, verdade, é que a minha vida agora tá uma correria!
– Pô, então aparece lá em casa!
– Claro… Logo, logo eu te aviso o dia…
Isso me lembrou de um grupo de amigos
Que ficou vinte anos se reunindo e sempre faltava alguém
Toda vez que estavam juntos era só:
– Ué, hoje o fulano não vem?
Se ia um não ia outro
Quando não cancelavam o encontro também
Mas no dia que o Marcão morreu
No velório não faltou ninguém
Você já parou pra pensar que o tempo com seus pais e avós é extremamente limitado?
Que o teu cachorro tão amigo não vai passar a vida inteira do seu lado?
Que os anos só vão seguir voando de um jeito cada vez mais veloz?
E que se você não tem tempo agora
Você vai arranjar tempo, mas vai ser naquele dia que te faltar a voz
Vinte, trinta, quarenta, cinquenta
Década após década, essa chance só aumenta
Com sorte… Com sorte a gente vive, sei lá, mais ou menos até os oitenta
Quando tempo você ainda acha que tem?
E mais do que isso: quanto mais você aguenta?
Quantas despedidas você ainda tem pela frente?
Quantas dores, machucados, decepções com todo tipo de gente
Quantas vezes você ainda vai votar pra presidente?
E será que a gente vive pra ver pelo menos um político decente?
A vida conta mesmo é nos pequenos momentos
Você vai ter derrotas, quedas, mágoas
Daquele nosso time rebaixamentos
Mas o mais importante de tudo e que eu acho que vocês estão esquecendo
Quantos pequenos sorrisos ultimamente você anda tendo?
E aí tem aquela histórinha assim:
– Vamos marcar algo?
– Ah, não… Semana que vem, talvez!?
– Pô cara, eu tô com saudade tua!
– Eu também! Um dia desse ligo pra vocês…
– Faz tempo que a gente não se vê, né!?
– Ah, verdade, é que a minha vida agora tá uma correria!
– Pô, então aparece lá em casa!
– Claro… Logo, logo eu te aviso o dia…
Isso me lembrou de um grupo de amigos
Que ficou vinte anos se reunindo e sempre faltava alguém
Toda vez que estavam juntos era só:
– Ué, hoje o fulano não vem?
Se ia um não ia outro
Quando não cancelavam o encontro também
Mas no dia que o Marcão morreu
No velório não faltou ninguém
A vida no "às vezes é assim":
Uma loucura sem fim
Montanha russa a todo vapor
Que sobe - que desce
Maré mansa
Amanhecer sem sabor
Caminhar sem sentir
Indiferente ser
Melindrado estar
Querer fugir
Gritar
Esconder-se
Não saber,
Não entender: as lágrimas descem
Histórias vão
Dores permanecem...
No vai e vem constante
Sorrisos camuflam a angústia que não quer desaparecer
Lágrimas suavizam e cicatrizam a fundo em meu ser
...
Mas o tempo, cruel e implacável,
Escorre por entre os dedos como areia fina,
Levando consigo a esperança, a força e a fé.
E a vida, antes um palco de sonhos e desejos,
Se transforma em um palco vazio,
Onde a melancolia dança em silêncios fúnebres,
E a alma, cansada de lutar,
Se curva sob o peso da solidão,
Em um lamento silencioso,
Um sussurro perdido no vento.
NO ÀS VEZES É ASSIM...
13/09/2024
... (a.c) ...
Como se explica o que não pode ser visto, apenas sentido? Essa pergunta desencadeia uma enorme dúvida em nosso coração, pois a ânsia de provar algo inimaginável consumido pelo absorto construído no interior do nosso corpo parece corroer todos os nossos órgãos lentamente, trazendo átona uma angustia que não pode ser transmitida apenas com palavras, mas talvez com gestos que nem sempre serão notados pelo simples fato de sua dor não possuir a proporção adequada para fazer com que o outro consiga senti-la na mesma intensidade que você. Então, como se explica o que não pode ser visto, apenas sentido?
Hoje, tenho mais facilidade de perceber o imperceptível, pois encontrei em mim tudo que buscava encontrar no outro, e quando assumo que sou falho, percebo que sou humano e que preciso me reinventar todos os dias para conseguir absorver a dor que dilacera o coração daquele que grita por socorro, mesmo que em silêncio... Desculpa.
APA - patú !
Mania da achar que sei de tudo, que tudo posso e que nada me impede...
Aí aparece vc... chega, hesita, mas cede!
Assustado, com medo do erro
mas sem força pra resistir,
abrindo meu peito no ferro
com tanto pra descobrir.
E a vida começa a ser doce,
e tudo fica mais leve.
Mas em sonho que é sonho bom, sonhar se torna breve.
o medo de acordar sufoca
e a verdade então se atreve.
Me diz como fica agora,
esse tanto daqui pra frente?
A madrugada fica sem luz
Sem a troca boa da gente?
E como eu guardo sem conseguir,
tudo que sai dessa mente?
Tudo que a gente apronta
Parece que já não importa
Me deixa invadir sua vida
Me deixa bater na sua porta?
Vem!
Percebe meu corpo triste!
Do toque que já não existe,
A dor que eu sinto aqui dentro vira choro em mim e resiste.
E mesmo que eu fuja pra longe, me segue, me fere e insiste.
É só saudade o que eu sinto
só o que eu sinto é a sua falta.
No som que de mim ecoa
Do sangue que de minha alma salta!!
Meu próprio algoz
Eu pensava sobre o futuro
O que queria fazer
Com quem queria viver
Do que iria viver
Até não mais, querer viver
O sentimento que era bom foi esfriando
O amor que sentia era difícil mostrar
Ou o carinho que gostaria de expressar
O eu te amo que eu desejava falar
Agora sentia minhas vontades e desejos me deixar
E fui vivendo essa transformação da alma.
E um vazio virou da cabeça o porta-voz
Uma angustia tão forte me tirava a voz
E hoje vivo lutando dia após dia
Com o desejo Amargo de me tornar meu algoz
???
Eu me sinto vazio, vagando por essa imensidão de oportunidades e sentimentos, eu ainda me sinto vazio. É como se me apertassem como uma pasta de dente e falarem: "Ops, está vazio." E descartarem, como se eu não existisse mais, como se as minhas dores não fosse realmente válidas, como se eu tivesse sofrido pouco, como se eu tivesse sentido pouco, mas afinal: O que eu sou? Se sou descartável, o que eu sou?
Ao ouvir meus raps de reflexão, percebo minha imaturidade, sou muito racional em certos momentos, mas isso é errado, meço o mundo com minha régua, e esqueço que somos 7 bilhões de pensamentos.
Tenho que amadurecer emocionante, e, por incrível que pareça, tenho que ser mais flexível com as pessoas, principalmente com quem amo e gosto, a racionalidade só serve no mundo ideal que existe em minha cabeça psicótica, na vida real, o mundo ideal é uma ficção.
O Coração Tem Prazo de Validade
O coração humano é uma obra-prima de complexidade e beleza, um órgão que pulsa não apenas sangue, mas também emoções, sonhos e memórias. Ele é o centro de nossas alegrias e sofrimentos, o guardião dos nossos segredos mais profundos. É nele que encontramos a essência da nossa humanidade, o reflexo das nossas experiências.
Desde o primeiro batimento, o coração inicia sua jornada, um relógio biológico que marca o tempo das nossas vidas. Cada batida é um lembrete de que estamos vivos, uma celebração silenciosa da existência. E, embora o coração tenha um prazo de validade, suas emoções são eternas, gravadas nas fibras do nosso ser.
O coração é o berço das emoções, onde o amor floresce como uma rosa em primavera. É nele que sentimos o arrepio da paixão, a doçura do carinho e a ternura dos afetos. Cada encontro, cada olhar, cada toque é uma nota na sinfonia que ele compõe. O coração é um maestro invisível, regendo a música das nossas vidas.
Mas o coração também conhece a tristeza. É o porto seguro das lágrimas não choradas, dos sonhos desfeitos e das esperanças perdidas. Em seus recantos mais sombrios, guardamos as cicatrizes dos amores que não foram correspondidos, das despedidas dolorosas e dos momentos de solidão. E, mesmo assim, ele continua a bater, incansável, resiliente, transformando dor em aprendizado.
Há momentos em que o coração parece carregar o peso do mundo. O sofrimento é um visitante inevitável, uma sombra que muitas vezes se alonga sobre os nossos dias. Perdas, desilusões, fracassos - tudo isso deixa marcas profundas, sulcos que o tempo não apaga completamente. No entanto, é através do sofrimento que o coração se fortalece, que encontra a profundidade da empatia e a capacidade de perdoar.
Cada cicatriz é um testemunho de superação, um lembrete de que, apesar de tudo, seguimos em frente. O coração humano é um alforge de resiliência, sempre pronçãoto a amar de novo, a acreditar de novo, a começar de novo.
E então há as alegrias, as pequenas e grandes celebrações que iluminam nossa existência. O coração se enche de luz com o sorriso de um filho, o abraço de um amigo, a realização de um sonho. As alegrias são os raios de sol que aquecem nosso espírito, as estrelas que guiam nossos passos na escuridão.
Cada momento de felicidade é um tesouro inestimável, uma joia que o coração guarda com carinho. E é essa coleção de momentos felizes que nos dá forças para enfrentar os desafios, que nos lembra do que realmente importa.
Sabedoria
Usar o coração com sabedoria é compreender que ele tem um prazo de validade, mas que suas emoções são eternas. É valorizar cada batida, cada emoção, cada experiência. É amar intensamente, viver plenamente e aprender com cada dor. É saber que, no final, o que realmente importa são os laços que criamos, as memórias que construímos e as vidas que tocamos.
Legados de Dor e Papel
Em um mundo paradoxal, é comum pensar que a felicidade plena conduz a uma vida repleta de realização e legados marcantes. No entanto, atravessando as páginas da história, observa-se um fenômeno curioso: pessoas felizes raramente deixam marcas profundas no tecido da história humana. É na tristeza, no isolamento emocional, que muitas almas encontram a força para criar obras de grande importância literária e emocional.
A tristeza, longe de ser apenas uma emoção negativa, atua como catalisador para a criação literária de um poder sem igual. Na solidão de seus quartos, escritores mergulham em profundezas emocionais inexploradas, tecendo com sua dor e melancolia, palavras que são capazes de tocar as almas de seus leitores. É o poder da tristeza que molda legados imortais em palavras, capazes de curar, de confrontar, e de conectar.
Os leitores, por sua vez, encontram um estranho conforto nos escritos impregnados de tristeza. Há uma sede insaciável por linhas que expressam sentimentos profundos, que descrevem a dor e a solidão com tal precisão que se tornam universais. Cada história de desespero, cada poema de saudade, alimenta a alma faminta por sentir, por entender que não está sozinha em seu sofrimento.
O legado deixado pela escrita impregnada de melancolia é indiscutivelmente mais profundo e duradouro do que qualquer recordação de sorrisos efêmeros. Enquanto a felicidade pode inspirar alegria passageira, é a complexidade da dor e da tristeza que escava poços profundos de reflexão e empatia no coração dos leitores. Esses legados emocionais, escritos às vezes com lágrimas, permanecem como faróis para as futuras gerações, ensinando mais sobre a condição humana do que qualquer crônica de felicidade ininterrupta poderia fazer.
Assim, estabelece-se o paradoxo: a realidade de que, embora a busca pela felicidade seja uma constante na vida humana, é frequentemente através da expressão da dor e do isolamento que os indivíduos deixam suas marcas mais profundas no mundo. A contradição entre a felicidade efêmera e a profundidade encontrada na tristeza revela que, de certa forma, são as almas solitárias e tristes que tecem os legados mais duradouros, e não aquelas que transbordam de alegria.
" O corpo do Poeta"
O corpo do poeta sangra versos
Quando ferido por palavras...
Chega a dar um aperto no peito
Quando a tinta da caneta acaba...
Escreve em folhas
Que se tornam árvores
E respira o universo
Valei me ave Maria
Minha vida que vira verso
Nas revoltas que viram
A volta do regresso
Tô perplexo
Com o rumo que tomaram
Aqueles que remam pro destino "certo"
Os que vão contra a maré
Transcenderam seu universo
Mas ...o corpo do poeta chora versos
Quando lágrimas de crocodilo
Escorrem manchando o papel
Borrando a vida desenhada
Milimetricamente pelo pincel
E o corpo do poeta é só um corpo que abriga o verdadeiro criador
desse seu mundo torto.
O Poeta...
Aquele que nos dias de solidão
Se envolve em solitude
Que incendeia em argumentos
Mas não discute
Quando abre sua mente
Sua boca fala bem alto
Shhhhh silêncio ...
...Escute..
Saboreia a leveza das letras
Mas não se assuste
Quando transformadas em palavras pesam uma tonelada
Então... que seus olhos e ouvidos desfrutem
Thibor
Linhas tristes
Em um canto escuro, sem esperança
Os olhos perdidos, buscando um sentido,
Um abraço, carinho, um gesto de amor
Mas só encontrava o vazio e o descaso,
A frieza de quem deveria me dar calor.
Cresci entre sombras e silêncios,
Com marcas profundas na alma,
Aprendi a ser forte na dor, ou a me calar
Não havia a quem gritar,
Ajuda não era uma opção para mim
Mesmo quando tudo desmoronava,
Eu era minha própria calma.
Quantas vezes me levantei,
Ferido, tantas vezes que já não sentia nada
Quantas vezes meu eu reprimido
Chorou em segredo,
Mas a cada queda, a cada ferida,
Eu me acostumava com o medo,
Com a ideia de solidão, mesmo sem entender
A pouca idade não me deixava compreender
Nesse mundo tão cruel, onde o sonho se desfaz,
Vou seguindo pelos trilhos, procurando minha paz.
Carrego em mim a dor de um tempo ausente,
Mas não deixo que essa sombra apague o presente.
Olho nos olhos dos meus filhos, vejo a chama da esperança
A mesma que me foi arrancada quando criança
E por eles que persisto, cada riso, cada abraço,
São pedaços que recolho,
Reconstruo minha alma, pouco a pouco, tijolo a tijolo.
Olho para aqueles que me feriram no passado,
Não consigo sentir nada além de um vazio gelado.
Não há ódio, nem vingança em meu coração,
Apenas uma ausência sem compreensão.
Por anos, sem rumo, direcionei minha raiva,
Para pessoa errada, de forma insana e esvaída.
Agora vejo claramente, a verdade se faz jus
Aprendi a me odiar com quem deveria ser minha luz,
Ainda há um caminho, mesmo em meio à escuridão,
Os poucos encontro forças, esperança, e direção.
Se a infância foi roubada, a esperança renasce,
na luz dos meus pequenos, meu espírito se refaz.
A vida pode ser dura, mas não me deixo sucumbir,
Pois na luta pela vida, encontro forças pra seguir.
Os pedaços que me faltam, se completam na divã,
e assim, mesmo cansado, sigo em frente.
Te perdi sem ao menos saber o motivo
Devo ter errado em algum momento
Estive ausente quando você mais precisou
Minha inconsequência te afastou de mim
Hoje estou consciente que errei muito
Mas também com a certeza que faria tudo diferente
Por amar demais te perdi
Me perdi nas atitudes por medo de te perder
Mas o amor maior do mundo em minha vida
Sempre será você.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp