Cartas de Tristeza
O que machuca não é a queda, mas quem lhe dá a rasteira. Dói. Principalmente quando logo esse alguém é tão importante para ti. Dói mais ainda inclusive quando esse alguém decide friamente, com as mais sólidas convicções e sem sombras de dúvidas de que não estender a mão para te levantar, seria uma atitude saudável para ambos. Sim, ambos. A dupla condição tem explicação: Esse alguém já te magoou no passado, mas logo por amor, ele foi perdoado. Todos erramos, mas um erro não justifica o outro. No entanto, nem todo erro é digno de severa condenação. Por conta disso, esse alguém, nos momentos de aflição com você, opta por se mutilar com as lâminas da culpa que um dia causou. Na tentativa de fugir dessa dor, esse alguém decide ir para longe e torce para que a distância e o tempo seja capaz de criar uma cicatriz... Quando na real, ao invés disso, se abre mais a ferida que ainda não totalmente se fechou. É como se esse alguém sentisse que tem um impagável débito com você e então prefere acreditar que é melhor deixar a dívida cair em esquecimento ou ficar com o nome negativo do que negociar de maneira justa. O efeito pode ser reverso ou mais doloroso.
É angustiante. Logo alguém quem sempre jurou te querer tão bem. Te larga de mão estirado ao chão. Te dá as costas sem lhe dar respostas. Pois, você não é capaz. Você não é capaz mais de lhe trazer felicidade. Mesmo que esse alguém acredite não ser autossuficiente. Então o que lhe resta é agir como se ao te largar ao chão, fosse a solução viável; o ideal a ser feito, independentemente de quaisquer boas considerações que esse alguém uma vez prometera ter com você. Sim, isso mesmo, diante de qualquer consideração, a mais viável foi não te estender a mão e crer que a plenitude é impossível com você por perto. Afinal é mais fácil.
É mais fácil agir mal do que tentar ser justo. Na hipótese de esse alguém optar pela opção justa, ele causaria outro tombo. Mas dessa vez, naquele que fez por merecer, naquele que agiu mal e por justa consequência deveria ter levado uma queda. Mas uma queda exclusivamente por esse alguém tão importante para ti. Dói... Pois sei que até mesmo medidas absolutas são interpretadas como relativas para alguns. Não é um clamor por vingança e sim a tristeza de um injustiçado e fatalmente esperançoso: caiu quem não deveria cair e ficou de pé, sólido e bem postado ao lado desse alguém, quem de fato merecia ter caído.
►E se?
Se eu te contasse como me sinto,
Você ainda ficaria comigo?
Se eu te contasse meus delírios,
Você ainda me daria sorrisos?
.
Se eu não fosse assim,
Você me deixaria sozinho?
Se eu não detestasse tanto a mim,
Você ainda me daria seu carinho?
.
Se eu sucumbisse ao meu pensamento,
Você me salvaria da depressão?
Se eu te pedisse um tempo,
Você se afastaria em compreensão?
.
Se eu entrasse em pânico,
Você me apontaria um cais seguro?
Se eu ficasse sem ânimo,
Você se tornaria o meu mundo?
.
Se eu tivesse pesadelos horríveis,
Você me abraçaria em afeto?
Se eu chorasse dias em crises,
Você apalparia meu ego?
.
E se?
Como dizer para alguém que mesmo o amando de toda a alma você tomou a decisão de ir embora?
Penso e repenso em todos os motivos para ficar, pois esse é o desejo mais intenso de meu coração. Mas sei que o melhor é ir embora enquanto existe esse amor que me da o ar, eu não sei como te dizer isso, mas peço aos céus que um dia volte a nos unir, pois sei que hoje você não pode me dar o que preciso e eu não posso ser quem você quer que eu seja. Ao pensar em todos os motivos que me fazem ficar e não sair percebo que sou quem mais engana nessa relação, pois engano a mim mesma ao ter a gota de esperança de que existira a mudança.
Se falar fosse suficiente, você já teria mudado essas atitudes que eu cansei de pontuar que me deixam mal. Sumiços, descasos, mentiras e comportamento de quem está solteiro e não em um relacionamento, sua indiferença a eu ter me cansado de falar o quanto isso me afeta e me faz perder a confiança em você pouco a pouco.
É sempre o mesmo ciclo vicioso: você vacilando, me pedindo perdão, prometendo mudanças e o ciclo se repetindo.
Eu lutei por nós durante muitos anos e quando chegou a sua vez você não conseguiu fazer o mesmo. Então mesmo te amando eu terei que ir embora e isso faz meu coração sangrar e lagrimas caírem de meus olhos. Espero que um dia o destino nos junte novamente.
Te amo para o todo o sempre.
Quando se passa em frente a um espelho e vê teus olhos vermelhos de tanto chorar, olheiras gigantescas de tanto noites virar, teus olhos sem vida alguma já sem amor algum pra dar.
É ai que não se reconhece mais aquela criança feliz e animada que já foste um dia, agora só uma casca tentando conquistar mais um dia.
Á uma da madrugada a imagem chuviscada e estática do televisor que provinha do pequeno cômodo adentro me sugeria que a hora de dormir havia passado, sentado no gramado eu absorvia reflexões que me eram trazidas através do vento em meus cabelos. Observava o céu, Lucky Strike em minha boca desajustado em quanto lia Journals of Sylvia Plath.
Na bancada de mármore da cozinha ao lado do meu datilógrafo o velho e empoeirado telefone toca, estava sem blusa, andava descalço sentindo a liberdade e a grama macia em meus pés. É verão e o clima árido me causa um leve desconforto.
R&B nos ares, despretensiosamente atendo ao telefone e lá estava você dando um olá casual depois de tanto tempo, o timbre em sua voz era deletério, a situação sardônica.
Me mudei para o Kalabansas na expectativa de deixar tudo para trás, de ver o litoral sem derramar lágrimas e mesmo estando há 1508Km de mim, você ainda encontra formas nada subjetivas de ressurgir. A promessa do amanhã, a troca de afeto por simples gestos, o dedilhar, o afago, e logo as desilusões ambientadas em noites dais quais dançávamos no chão amadeirado num ambiente lânguido. Dançávamos até morrer para ressuscitar depois, éramos selvagens dentro de nossos próprios corações.
Você me transformou no híbrido do intrépido com a solitude, sua voz me traz o pragmatismo, a memória, a intuição de me ferir mas preferi continuar. Eu não morri por não ter a amor a vida, mas porque a dor se tornou idiossincrática, vida sorumbática de altos e baixos, a guisa de inércia.
Meu maior erro foi te engendrar aos meus modos simplistas, conjecturei seu ápice, me moldei a sua forma e extraviei meu ser. Você agora é um fantasma e eu um idiota.
Eu percebi, essa noite você não disse que me amava... Você acabou de me mandar mensagens, acabou de dizer boa noite. Eu quero muito me abrir, mas e se você enjoar? Não é como se eu estivesse surtando pela ausência de uma simples locução - "Eu te amo" - você sabe o significado dessa frase pra gente, nunca me deixa esquecer, mas dessa vez, você quem esqueceu.
-plr
HORA EXATA DO PERECER
Engraçado
Morte é simbologia
com aquelas licenças poéticas,
na falha de dar algum sentido
Juram sempre que nada é para sempre
Recheiam sermões com histórias de
“Depois que vai embora que nos damos conta”
Mas se nada, nem ao menos uma coisa é digna de durar todo sempre
Qual a hora da morte afinal?
Se nada tem permissão a durar sem fim
Existe uma premissa que nos permite saber o momento final?
Se aquela roupa que não me serviu mais
Foi assim doada a outro alguém
Foi morte, pausa ou continuação?
Como que pode escutarmos todos os dias
Relatos para aproveitar algo,
porque aquilo suma hora se vai
Por que não sabemos ao menos identificar a ida?
Qual a justificativa do mistério que não tem outro objetivo
sem ser perturbar a mente de um que disse um suposto adeus
Nada ao menos ressoa explicação dessas retoricas descabidas
Um relógio quebrado mostra hora exata da morte
E este olhar descrente mostra hora exata do perecer
Hoje ela leva lírios onde outrora havia sua alegria
A menina acreditava e rugia
Mas viver e seus iguais
Seus iguais e seus sorrisos
Sorrisos gentis, mas que escondiam questões
Arrancaram-lhe a poesia
A poesia tomada aos poucos
Aos poucos com a esperança
E a esperança foi cedendo
Cedendo lugar para consternação
A consternação não durou
Não durou e fez-se realidade
Menina, menina mulher
E hoje, aliviada, ouve o cantar do rouxinol
A menina leva lírios onde outrora
Outrora havia sua alegria
O Pântano
Submerso no espesso e escuro liquido
Meu corpo de madeira é minha certeza
Sem tomar rumo do meu remo
A insensível correnteza é minha guia
Me aconchegando nos ventos mórbidos
De meu caminho, a familiar melancolia
Percorrendo galhos rígidos e ramos mortos
Cercado da lama, só me resta uma via
Avisto peculiar figura, que aflige-me na agonia
Um ser de turbante a mim se prostra
De face não se mostra, envergonhado se faz
Oferecendo-me a pálida mão em socorro
Eu em resposta repulsiva, o ignoro
De sua aura fétida, atrai compaixão cega
Mas de mim só causa cautela
Pois sinto os seus olhos frios
E entendo os seus sussurros inaudíveis
Me tentando a jogar a consciência fora
E tomar o que um dia, o pertencia
Isolado em meu barco, a tendência é agonia
Encantado pelo brilho esverdeado
O ar não favorece, me dando em troca
A morte que antes residia
Gentileza nunca existiu
Dado a luz nesse mundo sem alegria
Me perdi na monotonia, pois o brilho nunca muda
Tento alcançar seu clarão esverdeado
Para isso eu devo abandonar a mim mesmo
E sem mais nada a perder, assim o faço
Jogado sem mais medo, ouço vozes em doce alegria
Indo a loucura, tomando violentamente o que me pertencia
Destroçam minha pequena e desgastada certeza
Lançando-me ao tenebroso obscuro
Perto do escondido fulgor, eu finalmente a seguro
Inerte e indefesa, cega e com medo
Do céu nunca mais viu, pois não mais existe
Acorrentada acima, acorrentada abaixo
Diferença não faz, para miseras criaturas
Nos perdemos na intenção
Na tentação de livrar-se da condenação
Vencidos, fomos engolidos e absorvidos
Tornados um só com esse maldito pântano.
AMOR GLOBALIZADO
Paro... Vejo o mundo globalizado...
E, quando nele às vezes circundo,
Vendo toda esta invasão, me confundo,
Fico inseguro e até mesmo assustado!
De qualquer lugarejo ao fim do mundo,
Qualquer noticia ou assunto focado,
Quase sempre de modo exagerado,
Chega até nós apenas num segundo!
Assim foi com este amor que acalento,
E que vivia comigo em degredo...
Porém, não é por isso que eu reclamo...
O que me entristece e faz meu tormento,
É que todos sabem deste segredo,
Só você não percebe que eu te amo!
Nelson de Medeiros,
"Já perdi as contas de quantas vezes flertei com a loucura e ela chamou-me de louco.
Perdi as contas das vezes que deitei-me com a tristeza e ela chorou ao olhar o meu rosto.
Continuo parvo e nessas histórias? Nada de novo.
Já perdi as contas das vezes em que me abracei com a razão e ela chamou-me de louco..." - EDSON, Wikney
"Se não nos merecemos, então quem nos merece?
Você foi o melhor sonho não realizado, aquele que o peito não esquece.
É perigoso falar de amor, quando o amor nos queima a pele.
Sentimento louco, não tenho seu abrigo, a vida é uma intempérie.
Cada palavra escrita, cada palavra não dita, corta a árvore da esperança e a saudade cresce.
Por ti, em silêncio roguei, implorei, fiz aos céus minha prece.
Em desespero, quando não atendido, entreguei-lhe a minha alma, rasguei minhas vestes.
Fria como gelo, bela como neve.
Talvez meu coração não seja digno e nesse jogo, só o meu não percebe.
Talvez, de mim, também não seja, por entristecer, quem lhe faz o coração alegre.
Mas se não nos merecemos, então, quem nos merece?" - EDSON, Wikney
Desde o dia em que me vi, me ofusquei entre felicidades incompletas, depois de tanto tempo encontrei-me em verdade a dor que não me cabia, é perca de tempo tentar se ver por completo no dia a dia, tentar ser é descaso, é resto, é aquele triste fim de tarde de todos os dias.
Escrituras de um Degradê de sentimentos.
Desutil?
Você é útil?
Você é empática?
Você se dedica?
Você se mostra disposta e disponível?
Ótimo você está sendo exatamente como as pessoas querem, não cobre, não peça, não deixe em momento nenhum que notem que você também é um ser humano e sofre pra caramba, eles não entenderiam, não aceitariam, não estariam lá por você da mesma forma e pelo.mesmo tempo. Por mais que as pessoas estejam dizendo sempre. "Conte comigo", até onde realmente você pode contar?
Sua dor sempre será menor, seu problema sempre será mais fácil e claro culpa sua, só sua, você procurou, você causou, você fez ele acontecer, AGORA??? Se vira, você gosta de resolver problemas, você sempre resolveu o deles. Porém nunca, nunca, nunca mesmo cite coisas que eles não queiram ouvir, porque se você magoa-los, eles tem todo direito , e sim tem todo direito de brigar com você, mas nunca exerça essa força ao contrário, porque ela vai voltar para você, mais forte e mais dolorosa.
Moral dessa história, seja como um aparelho celular, aceite tudo, receba tudo, aceite tudo, porém não trave, não pare, não tenha vírus e em hipótese nenhuma traga notícias ruins, porque? Porque eles vão te trocar por algo melhor, te deixar no canto e provavelmente num momento de raiva te tacar longe, porque se você não for útil, você é facilmente descartável.
Eu posso ser feliz,
e por não querer,
não devo tirar de você a sua felicidade...
Por que devo julgar tanto o seu olhar!? se é o meu que não reluz as estrelas.
Por que a brasa da minha fogueira cessa todos os dias? Por que a ampulheta do tempo, se tornou a minha praia!?
Por que as minhas nuvens sempre se tornam à precipitar? Por que eu não te deixo ser feliz? Se é o meu mar que não possui ondas.
Sempre lembro de um pássaro preso em uma gaiola. Sua vida se resumia a ficar pulando de um poleiro a outro, vai e vem, vem e vai sem parar. De vez em quando apanhava com o bico um grão de alpiste, ou seja o que for que tivesse para se alimentar. Bebia um golinho de água e voltava ao seu eterno vai e vem até que já cansado ficava bem quietinho em um dos poleiros.
Todas as vezes que seu dono apontava ao longe, erguia a cabecinha e começava a cantar, seu canto era belo e melodioso, lindo demais.
Ficava ouvindo e tentando decifrar o significado de seu canto, era a alegria de ver seu dono que o inspirava?
Podia ser, mas enquanto o ouvia encantado eu tinha um pensamento estranho, será que seu canto não podia ser bem mais do que aparentava ser? Podia ser um triste gemido, um pedido de soltura, uma suplica pela liberdade cantada em verso e prosa... e em sendo assim a sábia mãe natureza embora com muita ironia transformou tristes lamentos em maviosos acordes e notas musicais belas e afinadas, com certeza, para que todos que ouviam ou ouvissem aquele canto pensassem: - Vejam como ele é feliz, como canta bonito, que melodia mais bela. Pior de tudo é que penso em quantas pessoas vivem assim, aprisionadas porém em prisões sem grades, mas com claras delimitações, vão e vem mas nunca podem ultrapassar os limites a eles impostos, para outros cantam e gorjeiam e as vezes até discursos de serem livres fazem, mas no fundo, são tais quais àquele pássaro.
Os pássaros e as pessoas que estão em cativeiros de todos os tipos, acostumados a sua prisão, se conformam e se submetem a tudo porque acham que se forem soltos ou mesmo se vierem a dar seu grito de liberdade e efetivamente se libertar, não mais saberiam se defender pois há muito tempo estão presos, sonham com a liberdade, mas esta para eles é como um sonho distante.
Mal sabem essas pessoas, que, ao contrário do pobre pássaro, se quiserem mesmo transformar suas vidas e se livrar das amarras que de alguma forma lhes foram impostas ou que elas próprias se impuseram, jamais nosso criador os abandonaria.
Mas é preciso mais do que fé, é preciso coragem, é preciso orar, mas só isso não basta, tem que orar, mas também tem que agir.
Em meio ao caos, busque focar em algo que traga paz, que faça esquecer do mal que te cerca, que provoque a lembrança de agradecer, de tomar a atitude correta
pra que não venhas a esmorecer
esquecendo de que Deus é presente e fortaleza,
podes, por exemplo, admirar a Lua
que está sempre deslumbrante
e deixa a noite ainda mais encantadora,
pois acredito que com simplicidades como esta
é possivel reanimar o semblante
e afugentar o desespero e a tristeza.
EU
Eu costumava usar muito "eu",
Eu iniciava as frases com o "eu",
Eu lutava por eu,
Eu vencia por eu,
Eu me afundava pensando em eu,
Eu me perdia sendo eu,
E pelo excesso do meu eu,
Agora posso ser somente eu,
Mas viver no meu eu é deprimente,
E a cada dia eu me enterro no meu eu.
Temos que ir mais fundo mesmo com dor.
Temos que ir além de nós mesmos! Temos que ir mesmo não sabendo o que iremos encontrar.Temos que ir além de nós para que possamos ver o fim seja lá qual for o resultado final. Temos que fazer isto para que possamos ser livres, pois somente após uma grande batalha seremos, quem devemos ser.
Meu choro
Não choro, não, não choro...
Mas nem sempre fui assim,
houve épocas em que eu morria,
morria de pena de mim.
Eu chorava,
as lágrimas não controlava,
deixava-as correr pelo rosto,
mostrava todo o meu desgosto.
Hoje eu engulo meu choro...
não choro.
Prendo minhas lágrimas
com força dentro de mim...
e sorrio, sorrio sim.
Às vezes, não consigo todas controlar
e uma consegue escapar...
e eu finjo 'é apenas um cisco'
a me machucar...
Sabe o que é trágico?
Meu choro? Não...
Meu fingimento? Não...
O trágico é todo mundo acreditar...
que um cisco está a me maltratar...
Não há sequer um movimento no ar...
Sempre alguém se oferece pra soprar,
do meu olho o cisco tirar...
... assopra, e assopra, e vê o cisco sair (?)
junto com outra lágrima dos olhos cair...
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