Cartas de Morte
Pode parecer absurdo, mas se queremos, insistimos ou cobramos demais, exageramos.
O excesso é o que passa da medida, o que excede os padrões que consideramos ideais ou normais, é o exagero.
Quando nos entregamos demais, sem reciprocidade, corremos o risco de não fazer falta.
Embora isso não devesse ser aplicado nos relacionamentos, a falta ou escassez é o que gera a necessidade.
Então, no relacionamento a atenção, o afeto, o carinho, o ciúme ou a cobrança precisam de equilíbrio entre a escassez e o excesso, entre o amor pelo outro e por nós mesmos.
Vida
Nascemos e logo no início da vida queremos ser mas velhos, ao passar do tempo vem o entendimento da vida.
Como as responsabilidades chegam e como a vida é dura... O tempo passa e logo percebemos o tempo perdido, o roller que nunca aconteceu, aquele beijo que por falta de coragem ficou na lembrança de um dia e esse dia nunca chegou.
O tempo passa e passa rápido, temos filhos e vemos neles o vigor da juventude e da alegria, da falta de preocupação pois somos provedores.
O tempo passa, percebemos que as melhores coisas estão no simples, em apreciar a chuva se formar e o céu limpar novamente, as águas do mar se acalmar e o vento soprar suave, os pássaros cantando e voando livremente.
O tempo passa muito rápido, como um piscar de olhos nos deparamos com a nossa aparência mudar no reflexo do espelho, percebemos os nossos músculos se enfraquecer e as lembranças ficando longe.
O tempo passou e logo vemos nossos amigos partindo, pessoas que fizeram parte das nossas vidas, amigos e parentes nos deixando e pensamos logo chegará a minha vez.
O que eu fiz ou deixei de bom? O quanto foi valoroso o meu tempo na terra? Será que eu vivi ou apenas sobrevivi?
Perguntas que sussurram nossos pensamentos no silencioso tempo de vida que não sabemos quando irá terminar...
O tempo. Seria o tempo apenas um momento ou uma dádiva?
Séria um presente de Deus que erradamente custamos a enchergar como tal?
Aproveitem o tempo de hoje e plantem coisas boas para que o tempo de amanhã seja melhor que o de hoje.
Hoje a despedida de uma pessoa querida me fez pensar em tudo isso e compartilho com todos vocês.
Sejam a esperança que buscam e a mudança que almejam.
Sejam hoje o futuro de amanhã, para aqueles que hoje estão sejam felizes com momentos do tempo que você esteve presente!
REFLEXÕES SOBRE AS GUERRAS
Guerras: devem-se fazer? Valem a pena?
A guerra banaliza o valor da vida humana e supervaloriza os interesses escusos de poderosos e nações dominadoras.
Quanto vale a vida de um soldado? Morto, quanto vale? Morto, quem poderá devolvê-lo à sua família, à sua nação, e à humanidade?
Que dizer das centenas e até milhares de soldados que morrem diariamente nos combates das inúmeras guerras ao redor do mundo? Se a vida humana vale mais do que qualquer outra coisa, como se costuma dizer, existe alguma coisa ou causa que justifique sujeitar à morte tantas vidas preciosas?
Defender-se de invasores que não queiram retroceder de seu mau intento, creio eu, é o único motivo que justifica a uma nação expor seus cidadãos ao sacrifício, pois ou se morre lutando para defender a independência e liberdade de um país e seu povo, ou se rende à escravidão dos maus e dominadores.
Considerando-se as mortes, as destruições de casa e cidades inteiras, as elevadas perdas de equipamentos militares... com perdas na casa muitos bilhões e até trilhões, vale realmente a pena as guerras? O preço pago é alto demais para tão pouco que se venha conseguir!
O que se poderia fazer em favor da humanidade, se usássemos para o bem, as tão elevadas somas de recursos financeiros usadas nas guerras?
Voltar-se para algo que produz repetidamente uma espécie de
conforto dá as pessoas uma falsa sensação de segurança.Conseguimos afastar a dor de não conseguirmos satisfazer as nossasnecessidades mais profundas
"Trecho do livro "O livro das virtudes para geração Z e Alpha"
"As folhas do Outono, já davam aquele tom frio, escuro e lúgubre, ao solo do pequeno cemitério da cidade.
Foram poucos, os que apareceram, é verdade.
Mas de pouco adiantava, a presença dos que o conhecia, naqueles momentos de infelicidade.
Alguns transeuntes, paravam para confirmar, se era mesmo realidade.
Uns suspiravam de alívio, por pensar, que a pequena cidade voltaria à sua normalidade.
Outros, vislumbravam o caixão do velho, ao longe, com um misto de desdém e curiosidade.
Houve, também, alguns sorrisos, como se tivessem se livrado de uma praga, livrado a cidade da insanidade.
Não houveram lágrimas, não houvera luto, o que se percebia, era uma certa felicidade.
Ao fitar o velho, em seu eterno descanso, notei um uma expressão de serenidade.
Como se realmente, pela primeira vez em séculos, após uma vida tão tribulada, em seu leito de morte, finalmente descansasse.
Fiquei sabendo, alguns anos mais tarde, que morrera com os seus trinta e três anos, embora, não aparentasse.
As mazelas da vida, a ausência daquela mulher, fizera com que o algoz e inexorável tempo, o maltratasse.
Ela, pelo contrário, era somente três anos mais nova que ele, tinha uma pele que daria inveja a qualquer anjo, parecia, ainda, permear a puberdade.
Seria pecado, até mesmo vislumbrá-la, resolveria com o próprio Deus, o homem impuro, que a tocasse.
Quando no enterro, ela fora vista na cidade, chorando como uma criança, em uma antiga esquina, embaixo de um ipê rosa, que devido a estação, a muito já perdera a sua folhagem.
Narraram-me, posteriori, que foram a seu socorro, tentando afastá-la do pranto, tentaram descobrir qual o mal, acometera à tal beldade.
Ela não quis dizer, enxugou as lágrimas e nunca mais fora vista arrabalde.
Encontrei-a, cantando uma canção melancólica, em um velho teatro, anos mais tarde.
Perguntei-a: '- Não tentarás ser feliz novamente? Ele não iria querer assim, acabarás como ele, mergulhada nas amarguras, nas lembranças, nessa cacimba de insanidade.'.
Ela fitou-me, com aquele negror de olhos, mergulhados em lágrimas, que ela lutava para que nenhuma, se derramasse.
Era inenarrável, o belo e atemorizador rubor, em sua face.
Embalada em tristeza, ela me disse: '- Já fui feliz, hoje, minha felicidade, está enterrada naquele cemitério, com um véu de folhagens; fui feliz naquele casebre, naquela cidade.
- Não valorizei a minha felicidade, abandonei-a, das mulheres, fui a mais covarde.
- Então Deus a levara de mim. Céus! Que maldade!
-Restara-me, apenas, a viuvidade.
- Infelizmente, agora é tarde.'.
Ela saiu aos tropeços e esbarrões; não a segui, não existem palavras de conforto, para a alma presa à uma vã realidade.
Mas ela estava certa, para o desalento de todo aquele que ama, tudo o que dissera, era a verdade.
Hoje, rogo aos céus, para que Deus, dê à alma do velho, descanso e serenidade.
Prostro-me de joelhos, para que Cristo, daquela bela moça, tenha piedade.
E ao cair da noite, me indago sempre: Os amantes jazem nos cemitérios; e os amores, aonde jazem?- EDSON, Wikney - Memórias de Um Pescador, O Cemitério da Cidade
ÁRVORES, NOSSAS ÁRVORES
"Eu penso muito nas árvores, da pureza delas, fiéis sentinelas da paz e do caos. O escândalo do Silêncio delas, o ar que nos renova, o verde alaranjado de um punhado de luz do fim do dia.
Algumas tem espinhos, mas entre eles frutos.(à de valer a dor dos espinhos?).
Algumas tem flores, mas não vão além da sua beleza.
Algumas são amargas, mas nelas á o poder da cura, como são necessárias!
Algumas em sua grandeza, tocam o céu. (consegue ver? e aplaudir daí de baixo?)
Árvores nossas árvores, cuja sombra é livre da fome e da miséria.
Em suas raízes encontrei morte e vida. Em seus galhos lar e proteção para os que voam, que por tamanha gratidão, entoam canções em teu nome, toda manhã.
Felizes os que encontram paz e vigor, em tuas sombras."
Dos 16 aos 35 anos, a vida é uma festa ininterrupta. É a época em que buscamos experimentar tudo intensamente: desejamos conhecer todas as pessoas, vivenciar múltiplos amores, mergulhar em paixões avassaladoras, embarcar em aventuras sem fim, explorar o mundo em viagens memoráveis e descobrir quem somos de verdade. É uma fase de sangue nos olhos, risadas que ecoam eternamente, coragem ilimitada e uma energia vital que parece não ter limites.
No entanto, após os 35 anos, começamos a amadurecer de maneira profunda. A vida nos ensina a não dispersar energia em excesso e a valorizar cada momento com mais sabedoria. A convivência com a saudade se torna mais frequente, e entendemos o significado doloroso de perder alguém querido. O luto passa a fazer parte da nossa realidade, e mesmo vivendo momentos maravilhosos, somos confrontados com a fragilidade humana de maneira mais evidente. A vida se revela como um tecido fino e delicado, que a qualquer momento pode se rasgar, nos lembrando da impermanência de tudo.
Essa jornada nos transforma, nos molda em seres mais resilientes e compassivos. Apreciar cada fase da vida, desde a exuberância da juventude até a serenidade da maturidade, é um privilégio que nos ensina a valorizar cada experiência e cada pessoa que cruza nosso caminho.
CRIADO DE BORDO
Posso até sentir o mar, escutar o que tem a sussurrar, posso sentir sua força quando meus olhos se fecham… o grande oceano, soprando uma forte brisa sobre meu rosto, vem temporal aí.
As velhas tábuas do navio, rangendo sobre meus pés, as cordas a segurar tamanha força dos mares sobre as velas.
Quando der repente, uma grandiosa onda anuncia sua temerosa presença sobre nossos olhos.
É em momentos como esse, que separamos os homens das crianças.
Ela se aproxima como a morte dos homens.
Os céus mandaram um grande raio para
despertar o grande mar, que com a luz resplandecente do raio, por uma fração de tempo, uma onda tão grande quanto os montes da terra, é revelada sobre aqueles pobres marinheiros.
Os homem naquele dia já haviam desistido da vida, alguns lamentável suas vidas, outros pecadores, assassinos e ladrões oravam por perdão antes da morte.
Mas aquele dia ainda nos traria muitas surpresas.
Quando já não havia esperanças, e seus coração já haviam transbordado de medo e insanidade, por tudo que tinham vivenciado. O Sol anuncia sua presença, espantando a poderosa ventania entre as ondas.
Naquele dia aprendemos a viver.
CRIADO DE BORDO…
Carta de redenção
Dizem que nenhum homem pode se arrepender de seus pecados
E continuar como se não houvesse acontecido nada
Mas as coisas que ouço são diferentes
E sei que no fundo serve apenas para me lembrar
Que cada um terá seu dia, de glória ou julgamento
Percebo que os espíritos me intoxicam.
Observo-os infiltrarem-se em minha alma sem sucesso
Eles tentam dizer que é tarde demais para mim
Mas sei que todos acreditam que esse é o sinal
De que estou voltando para casa...
Eu juro que vou viver para sempre
Digam ao meu criador que ele pode esperar
Estou cavalgando em vida, para algum lugar ao sul do Céu
Talvez em busca de redenção.
É dia de julgamento lá em casa, por isso volto...
Uma vez me prometeram absolvição
Mas sei que no fundo há somente uma solução para os meus pecados.
Tenho que encarar meus fantasmas
E saber sem nenhuma ilusão
Que somente um de nós vai para casa de novo
E eu culpo este mundo
Por tornar-me um homem pecador, sendo eu um homem bom
Se o demônio fizer o que quiser
Vou acabar entrando no Céu
Por que este mundo é o culpado por me fazer um pecador
Mas juro que vou viver para sempre
Depois que voltar para casa
Por que tenho dívidas a pagar e um julgamento marcado lá em casa.
Peço ao Senhor, tenha misericórdia
E guardo uma prece nessa carta para quando mais precisar dela.
Para o Pai, Filho e o Espírito Santo
E a assino, PECADOR, Sem nome.
Quando eu encontrar meu criador
Será que ele fechará o livro dos corações que parti?
Ou será que ele irá embora e me deixará viver para sempre?
Quem ler amiúdemente essa carta assim, pode até parecer que é uma carta de redenção.
Mas na verdade é o primeiro passo para a transcendência.
Pecador, sem nome(Edgi Carvalho).
Na noite de verão, em que eu estiver na minha cama
E o clima se misturar com o vento frio feito pelo ventilador
Que os buracos no meu peito feitos pela faca
Se fechem com o sangue se secando
Que não escorra nada além de lágrimas do meu rosto
Que não seja deixado sujeira alguma
A não ser o rastro vermelho de quando meu corpo for carregado
E se o divino permitir
Que haja meu amor ao meu lado na mesma situação
Ai do meu bem se recusar a ir comigo
Pois será o único que me terá na consciência
E outros, não saberão nem dos meus pecados.
"Hoje, vai chover, eu sei; pois o vento, me lembrou seu cheiro.
Hoje, vai chover, eu sei; pois o gelado do vento, arrepiou-me a pele e me fez lembrar seu beijo.
Hoje, vai chover, eu sei; pois roguei aos céus que chovesse, para mascarar as águas do meu rosto.
Hoje, vai chover, eu sei; pois mesmo quando as lágrimas do céu, não recaem sobre mim, em sua ausência, será tempestade em meu eu, nada de novo.
Hoje, vai chover, eu sei; pois o rugir do trovão, não foi capaz de tirar da minha mente, o seu choro.
Erro, erro, erro sim, de amarguras, meu peito roto.
Avido, escritor, vívido, parvo, o tolo.
Penso em ti, o relâmpago acende o escuro do meu quarto e em um súbito luzir, vejo seu rosto.
O brilho do castanho dos olhos, me paralisa o corpo.
Sinto que estou morto.
Novamente, perdi jogando o seu jogo.
Odeio a chuva, por fazer-me lembrar de quem, destruira o meu todo.
Eu já sabia, hoje choveu; para o meu desalento, amanhã, eu sei; vai chover, de novo..."
"Todo homem já está morto, a diferença entre uns e outros: é que alguns, tiveram a sorte do jazer debaixo da terra; outros, perambulam por aí, tentando em vão, ressuscitar-se nos beijos e abraços, do sexo oposto.
Ao sentir-me tão vivo nos beijos dela, nunca estive tão morto.
Se Deus me desse a vida eterna, em verdade vos digo; com inenarrável prazer, morreria de novo..." - EDSON, Wikney - Reflexões
Um poeta, justo e sofrido, jaz ao lado; flores enfeitam o caixão.
Sem pressa, o ar seca à sua volta. As flores, quase mortas, exalam o cheiro da tarde fúnebre.
O choro se entrega ao vazio, misturado ao álcool consumido antes do velório — tédio, dor e ódio.
Para os que ficam sentados, olhando aquela cena, não haverá mais poemas, não haverá mais questões.
Chorosa, pensativa e discreta, a amante incerta recorda os momentos de amor.
Não haverá mais beijos, nem paixão, nem ereção.
Tenebroso, rancoroso e coeso, o cobrador ileso reflete sobre a dívida que não será paga.
Não haverá pagamento, nem provento.
Ao lado do caixão, calada, os olhos da mãe se desfazem em lágrimas.
Seu pranto não é ouvido, mas sua dor apavora a solidão.
A filha, aflita, não compreende; cede ao impulso de abraçar a carne morta.
Sem consolo ou alívio, esta dor também a sufoca.
Cala-se o poeta ao som da tampa que fecha a urna que será enterrada.
Dentro dela, nada mais restará.
VOCÊ SE FOI E ME DEIXOU PERDIDO
(RÉQUIEM A NATAN)
Assim que você partiu, meu mundo ruiu.
Minha vida virou de cabeça pra baixo.
Estraçalhado, despedaçado.
Fiquei em pedaços.
Perdi a cabeça.
Minha cabeça foi para um lado
e meu corpo para outro lado.
Eu me tornei um quebra-cabeças,
com peças espalhadas por todo canto.
Um quebra-cabeças difícil de montar.
Aliás, difícil não!
Impossível de montar.
Sabe por que é impossível?
Porque está faltando uma peça.
Esta peça é você, meu coração
Purgatório.
Garota criança
Você pode tocar o céu
Pode até ter esperança
Mas você esqueceu
De uma coisa
Que não há em livros
Só há na alma que habita em nós
Disso eu falo com direito
Para chegar no céu
Tu precisas chegar no estreito caminho
Para o inferno
Lá não terá amiguinho
Nem alguém fiel por perto
Porém, assim que chegar
Você verá o que é certo
Além de enfrentar o seu ego
Suas raízes ficaram fortes
E você terá chegado
No infinito céu azulado
Nossa composição química não é a mesma do pó da Terra, mesmo porque não nascemos para este planeta. É do pó das estrelas.
Deus é quântico!
Construa para si um bom campo eletromagnético praticando o bem e, quando deixar a matéria, voltará para sua estrela de origem.
Construa para si um mau campo eletromagnético praticando o mal e,
quando deixar a matéria pode ir, talvez, para um buraco negro, um sol de primeira dimensão, ou elementos que nem sabemos.
CéuS e InfernoS realmente existem.
Ecos da Existência
Na vastidão do ser, onde o tempo se faz poeta e a vida, sua musa, há uma melodia que ecoa, suave e constante. Ela dança nas sombras do passado, brilha nas promessas do amanhã e reside no calor de cada hoje. Esta é a sinfonia da existência, a canção que Vinícius poderia ter cantado, entre goles de poesia e suspiros de amor.
Na tessitura desse tecido chamado vida, cada fio é um instante, entrelaçado com a arte e a dor, o riso e o choro. Aprendemos a ter força na coluna não por rigidez, mas pela flexibilidade de saber dançar com o vento, de não quebrar quando a tempestade vem. Em cada curva, em cada esquina da existência, há uma história a ser contada, um aprendizado a ser abraçado.
O amor, ah, o amor! Esse sentimento que Vinícius cantou com tanta paixão, é o vinho que embriaga a alma, é o sol que nunca se põe no horizonte do coração. Amor que é rio, fluindo sem fim, amor que é mar, profundo e imenso. Em suas águas mergulhamos, buscando a pérola da verdadeira conexão. O amor é encontro, é a fusão de almas, é o toque que transforma o comum em extraordinário.
E a morte, essa inevitável companheira, que nos sussurra sobre a impermanência de tudo. Ela não é o fim, mas uma transição, um portal para um mistério maior. Nos ensina a valorizar cada respiração, cada risada, cada lágrima. A morte nos lembra que viver é um ato de coragem, um desafio constante para abraçar a plenitude do agora.
No espírito reside a essência, o imaterial que nos faz mais humanos. É a chama que arde, inextinguível, mesmo quando o corpo cansa. É a parte de nós que se conecta com o infinito, que toca o céu em momentos de pura alegria e profunda tristeza.
As lembranças são as páginas desse livro que escrevemos a cada dia. Algumas trazem sorrisos, outras lágrimas, mas todas são preciosas. Elas são o mapa do nosso caminho, as marcas deixadas na areia do tempo. Saudade é o preço que pagamos pelas boas memórias, é o doce-amar de ter vivido algo que vale a pena ser lembrado.
E a memória, essa artista caprichosa, pinta os quadros do passado com cores ora vivas, ora desbotadas. Ela é o museu da nossa história, o lugar onde revisitamos nossos amores, nossas aventuras, nossas perdas e conquistas.
Viver, portanto, é um ato de equilíbrio entre tudo o que foi, é e será. É ter força na coluna, sorriso no rosto e abraços apertados. É saber que, em cada fim, há um novo começo. É entender que, em cada adeus, há a promessa de um reencontro. Pois a vida, em sua infinita sabedoria, é um ciclo eterno de aprender, amar e, acima de tudo, viver.
Vê
Que mesmo em face da nossa dor maior,
O folião retorna ébrio deste carnaval
O cidadão exerce seu papel mor
Carros, buzinas, atletas, sacerdotes, putas
Mantém suas poses e rotinas
Alheios ao nosso coração que não combina
Não cabe
Não casa
Não bate no peito do planeta
Porque o mundo vive
Enquanto sobrevivemos
Na extra sístole
Da morte anunciada.
Lâmina afinada
A talhar nossa alma conjunta e emendada
Ainda que através da dor
Feito junção de peças de legos,
Estamos multicoloridos, encaixados, seguros e interdependentes.
Nos necessitamos nesta hora
Neste formato temporário
Porém imbativelmente forte.
Que força é essa que nos une tanto
E não consegue rodar as horas pra trás?
Não há mesmo tempo
Cada minuto passa a ter mais do que sessenta segundos
No lento arrastar do sofrimento
Em meio a essa Tissunami cruel
Onde nós,
Vítimas da avalanche imprevista e devastadora,
Nos encontramos na convergência dos contrários
Desejando absurdos impensáveis
Através de preces profanas
Apelos aos céus que mais parecem infernos
Quando pedimos que o mar recue,
Junto com a vida
Ainda que tenhamos que sair,
Pesadamente,
Recolhendo nossos inúmeros mortos.
TIta Lyra
*Zumbi*
Eu estou morto
Mas como posso fazer tal afirmação
Se vivo?
Na verdade sou um morto-vivo
Sou um Zumbi.
Vago por aí, sem rumo
Buscando algum coração
E variadas ideias de cérebros diferentes,
Para fazer a minha digestão.
Sou um Zumbi pois vivo no meu mundo morto.
Um esgoto cheiroso,
Uma paisagem desmatada.
Sou um lindo poço sem água
O tudo, o nada.
Todos nós somos zumbis
E um dia morremos da mesma forma
Por uma doença infecciosa,
Que se chama amor.
Outro motivo de me considerar um Zumbi
É porque o vazio preenche o meu ser.
Sou o único que se sente assim?
E em meio a todo caos de ser um Zumbi,
Pacientemente você se vê esvair.
É morto, oco
Não possui alma
Deixa os problemas irem.
O vazio é um leito de morte
E eu estou morto,
Mas talvez possa ser ressuscitado.
A mesma doença que te matou, e me tem matado
É aquela que fará nossos corações serem entrelaçados
Por que quando te vejo eu ressuscito?
Por que quando escuto teu canto me arrepio?
Por que quando vejo o teu andar me encanto?
Por que quando olho em seu olhar me paraliso?
Para mim, seu corpo é paraíso
E além disso, você é perfeita.
Como Zumbi dou um conselho, não se esqueça:
A ferida dói, mas sara
Aceite ser quem você sempre quis
Não busque o sentido da vida
Ele irá te encontrar
E quando menos esperar,
Você será feliz.
Rota do Tempo
Não existe maior responsável além de si
Quando todos conscientes disso o inferno dissipará
É improvável um plano inconsciente, céu inferno.
Mas é provável um plano consciente, vida sucesso.
Lutar por improbilidades ignorando os fatos diante de sí
Resultados são inevitáveis após a morte
O que resulta o futuro pode ser observado no presente que resulta do passado, e que resultará para sempre
Mas você não garante matéria consciente depois para saber disso
Portanto há chance única agora de se provar para Tudo
E depois conhecer mundos indescritíveis
Ou nascer no passado em guerras horríveis
No mundo hoje há parcelas indo para ambos extremos
Não crer na verdade é o mesmo que não aceitar a própria existência
Diante de sí um oceano vasto iluminado
Abaixo sangue de luxúria, abuso, arrogância
Cada um aprende o que quer, mas o que se sabe nunca refutará a verdade única indescritível.
O julgamento absoluto além do tempo
Quando o bem é diferente do bem, nenhum de fato é bom
Quando um grupo se destaca o absoluto, nada está certo
Como descrever a melodia de tudo se colocando no centro dele?
Impossível, todas a seitas erraram, pois
Tudo não gira em torno de Nada
Vida é Tudo
Morte é Nada
Compreender esse único fato é capaz
mas exerce-lo só impossível
Um motivo para viver com prãjna em mente
Um motivo para não sofrer por nada
Um motivo para lutar por tudo
Eu passo todas as pessoa na minha frente para a corrida
E chegarei por último
Toda filosofia tenta descrever Tudo ou Nada
Salvar-se de ti, é o mesmo que não ser você
O Ser absoluto está lá e aqui
O resultado é somente sobre você aqui
O julgamento sobre como foi lá
Todos profetas compreenderam isso
Todos cientistas começaram a escreve-lo
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