Cartas de Declaração de Paixão
Você se foi com a chuva de verão levando o sol e a luz
Pra mim paixão não foi e jamais será aquilo que seduz
Assim eu me pergunto o que é isso então que nada apraz
Sinto saudade e a felicidade eu penso nunca mais
Ficaram sim lembranças doces e jamais esquecerei
Nossos momentos e a cumplicidade que tinhamos em comum
O que vivemos juntos, a dimensão não sei
Mas algo igual jamais encontrei em sentimento algum
Sigo mais triste e mais sozinho embaraçado em meu viver
Tentando acreditar no amor ou algo similar
Eu sou teimoso, leigo e insisto nessa insensatez
O que de nós persiste ainda dá prazer
E isso me intriga e me faz acreditar
Que a chuva de verão que um dia te levou te trará outra vez
O COLHEDOR DE OLHARES
Os seres de orion sabem desta insensatez,
Desta paixão, dessa sensibilidade
De colhedor de risos e olhares
Desta mania de contemplar
O inquietante, o esplêndido, o luminoso...
Andrômeda sabe desta qualidade
De perceber o que me inquieta,
O que me fascina, o que ilumina
Sei perceber a noite caindo como uma aeronave,
Esplendida e luminosa;
O que me inquieta
É o gotejar incessante dalguma torneira...
O soluçar angustiante de alguma criança
Rasgando o véu da noite
Nessa eternidade, entre um pingo e outro,
Entre um soluçar e uma lágrima
Se fez ruir Pompeia e cair Babilonia;
Nesse universo os deuses desfalecem,
Os impérios tombam,
A bela e a fera se apaixonam
E a poesia se edifica
Alicerçada pelas constelações, pelas flores
Fazendo germinar risos e olhares...
Linda ilusão
Dolorosa paixão
Por que me abandonou
se era linda a ilusão
a falar dessa coisa infinda?
hoje fico a sonhar
com o que não me restou
e deliro com o prazer do passado
te vejo a caminhar
sobre o meu coração
governando o meu país
comandando a nação
me fazendo feliz...
lindo era o raiar do dia
teu corpo era o horizonte
onde a lua se punha
por onde o sol se erguia
a fonte desta energia
hoje fico a sonhar
sem nenhuma ilusão
não tenho força,
não tenho músculos
o horizonte sou eu mesmo,
sou eu esmo o crepúsculo...
SERVO
A tirania do amor me fez seu servo
Escravo da paixão e do desejo
Alimentado somente por sobejos
Pedindo um olhar , mendigando um beijo...
Sonhar, e, só sonhar é do que vivo
agarrando –me a mais ínfima da esperança
Iludido como a mais ingênua das crianças
Pra subexistir, me agarrando a qualquer motivo...
Querer-te, e, só querer-te , é minha sina
E, se existo é somente por querer-te
por querer-te perdi minhalma e o meu coração
Desejando tua presença que fascina
Desesperado por não querer perder-te
E alucinado por toda essa paixão...
TREM DA PAIXÃO
Não foi só paixão, foi muito mais
o que o rio leva e a cachoeira cai...
uma força além do que eu podia suportar
eu me perdi assim...
o meu lugar comum me guarda desse olhar
nem quero acreditar que o mundo é belo...
se uma andorinha só não faz verão,
verão que a dor do amor dói em qualquer estação
não quero nunca mais sonhar...
além desse ocaso o acaso deste além
o que nos conduz a dor, ao amor
é o trem dessa paixão, é o trem do teu olhar, é o trem...
DEVANEIO DA PAIXÃO
A paixão qu’eu vou viver
É uma belíssima poesia!
Que sempre me protege
Muito além da flama fria!
É uma amainada alegria
Que afeiçoa meu querer;
É uma fogosidade vivida
Que faz o tempo reviver!
É o esplendoroso querer
Que retoma a primavera!
É uma vivente formosura
Mui próximo da quimera!
Ó desejo precioso e vão!
És céu do ébrio coração!
++++++++++++++++++++
Texto da obra Literária: NO DESERTO
ISBN: 978-65-86408-68-3
Te amei
Antes eu olhava pra você e via paixão
Hoje te olho e vejo tanta ilusão
Eu estava perdida
Quando te encontrei
Não era o que eu buscava
Mas era o que eu achava que amava
No fim
Me enganei
Achava que você faria tudo por mim
mas me decepcionei.
Na proxima vez não me entregarei como me entreguei,
Não amarei tanto quanto amei,
Porque você se foi
E sequelas deixou
Agora irei buscar alguém
Que saiba tratar as sequelas que você largou.
Antiga paixão
Meus pedidos eram sempre os mesmos, minhas velinhas estavam cansadas de saber, os dentes-de-leão já se desgastaram de tanto serem assoprados, as pétalas nunca ouviram tanto "bem me quer", as estrelas cadentes então... já sabem seu nome de cor.
A lua me acha louca por sair desejando alguém tão desesperadamente "Como pode? Assim tão nova!" e respondo "Isso por que não contei nem a metade do que sinto..."
Dona Lua é muito cuidadosa, morre de medo de eu me machucar, como em meus antigos amores. Nem ligo, me entrego sem medo de futuras dores.
Entre nossas conversas, acabo soltando que te amo, mas que erro, revelei meu maior segredo. Jogo tudo pro ar, deixando essa antiga paixão rolar.Você fica confuso, deixarei que se resolva, para que sentimentos por mim, você talvez desenvolva.
Por enquanto, deixo meus lábios à espera de seu beijo, e pode ter certeza de que direi a lua que este foi meu maior feito.
CORAÇÕES DESGOVERNADOS
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Beto baba por Bia; paixão perigosa;
Rosa reza por Beto, por quem tem paixão,
mas Armando arma um plano pelo amor de Rosa,
por quem chora; respira; sonha; perde o chão...
Carlos cala o que sente pela Conceição,
que prepara um ardil para fisgar Feitosa,
porém ele não para de fazer canção
pra dizer como a Jéssica é maravilhosa...
Cabo Souza está louco pelo Malafaya;
esse outro já disse, não é sua "praia",
e garante amar Sheila, que só pensa em Nanda...
Desencontros de afetos; de sonhos; destinos;
são amores perdidos em seus desatinos;
coração é distrito no qual ninguém manda...
MUITO PRAZER
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Se não pode ser pele, paixão, labareda,
seja seda; mornura; contorno; aconchego;
não havendo explosão, arremate ou traslado,
serve sonho pautado; maresia d´alma...
O que temos não pode chegar ao não ter;
somos força do ser; muito acima do estar;
este afeto é de fato e não aceita o nada
em resposta ferida porque não é tudo...
De não termos a vida nos restam vivências
e não sermos o mundo nos faz mundo à parte,
um encarte que o tempo não descartará...
Nosso amor se recicla, se ajusta, se ajeita,
porque tem a receita de não ter que ser;
será muito prazer, seja lá como for...
OLHOS AO MAR
Demétrio Sena, Magé - RJ.
A discreta e profunda paixão daquele homem eram os olhos daquela mulher. Não era o corpo, já proibido mesmo pra ele, nem mesmo a alma, igualmente proibida, e sim, as janelas. Ele adorava ser olhado por aqueles olhos. Pelo menos ter a impressão de que o era. Embora devotasse grande amizade pela proprietária dos olhos e não tivesse qualquer intenção de pular os muros daquele afeto, aquele homem queria ser cada vez mais olhado. Ser a passarela, o pasto, a passagem obrigatória dos olhos daquela mulher.
Em nome dassa impressão - possibilidade mais próxima -, o escravo daqueles olhos passou a fazer empenhos para conquistar mais olhares. Passeios mais intensos. Incursões mais profundas e curiosas. Começou a disponibilizar imagens outrora escondidas entre os panos descuidados. Doravante, cuidadosamente mais descuidados. Abriu caminhos para visões bem secretas, paisagens bem escondidas e atalhos que apontavam para destinos que permaneceriam lá, em nome da probidade; ou do bom senso restante; ou do seu temor de perder até mesmo aqueles olhares do início, tão discretos e velados. Queria ser um roteiro turístico levemente mais radical, para se oferecer aos olhos que nunca saíam de seus olhos nem de seu pensamento.
Aquilo não era uma perversão. Não havia mesmo intenções ocultas ou escusas. Aquele homem não desejava tocar, possuir, ter prazeres palpáveis com aquela mulher, até porque isso quebraria o encanto, além de ferir a probidade ou a lei dos laços que já formalizaram outros contextos. A troca dos mesmos obrigaria um processo doloroso por algo inviável, previamente quebrado, e por isso mesmo vencido. Validade vencida já no começo. Sua culpa não tinha dolo. Era culpa sincera. Culpa inocente. Não seria capaz de qualquer ato que gerasse uma exposição além daquela, entre a dona dos olhos e seus empenhos. Nem à consumação do crime ou pecado, por mais seguro que parecesse. Sabia conter qualquer arroubo.
Com o tempo, a dona daqueles olhos pareceu decidir que já era tempo de retirá-los de cena. De cenário. De pasto. De passarela e roteiro. Delicada e sensível, teve o zelo de fazer isso lentamente. Não queria causar de uma só vez todos os ferimentos emocionais que sabia inevitáveis. Ela só não sabia que os olhos daquele homem não sabiam viver sem ver seus olhos. Eram dependentes dos passeios, das curiosidades, incursões discretas e delicadas daqueles olhos. Com a retirada, o pobre homem sofreu profundamente, chorou fontes, rios, mares, e quando a dor de não ver os olhos daquela mulher sobre ele não era mais suportável, resolveu não ter olhos.
Foi assim que os mares, criação final do choro dos olhos daquele homem tiveram a companhia de nada menos que aqueles olhos. Agoniados e deprimidos olhos, que se uniram na dor eterna e profunda - mais profunda que os próprios mares - de saberem que nunca mais o seu dono seria mapa; roteiro turístico... nem o simples pasto e a passarela dos olhos daquela mulher.
PAIXÃO EM GUERRA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Sei tão bem o que pensas, porque vivo aí;
moro em teus pensamentos; povoo saudades;
quando mentes verdades muito além das tuas,
vejo vãos reticentes; lacunas em branco...
Teu afeto negado é meu filme contínuo,
pois estou na plateia da tua emoção,
sou expectador que não sai da poltrona
desse teu coração que já faliu no meu...
Finges bem, mas nem tanto para quem já sabe
quem é quem desde o fundo à fina flor da tez;
fez um ninho durável nos teus devaneios...
Tenho todas as cotas das tuas ações,
emoções, fantasias, verdades ocultas
pela guerra forjada; raiva de festim...
PAIXÃO NO VAPOR
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Nunca tive a intenção de ser mais fundo,
ir além ou aquém da eterna linha,
nem expor os meus olhos para o mundo
e sequer uma vez te fazer minha...
Entretanto, alma e corpo estão na rinha;
dão seus golpes intensos por segundo;
nenhum deles supera nem definha;
não se rende nem fica moribundo...
Sei que devo guardar este conflito,
preservar o silêncio do meu grito
sob a farsa que veste a calma estampa...
Só não sei até quando essa pressão
terá como poupar meu coração
que já sente o vapor forçar a tampa...
A PAIXÃO
Antonio Sena, Realengo-RJ.
A paixão chega, rasga, entra, se apropria,
toma conta de cada minuto, sufoca deliciosamente,
se pendura no peito da gente, é incandescente
ao ponto de torrar lá na mente
toda ideia que não a inclua;
a paixão não se acalma um segundo,
não há nada no mundo pra tirar o seu foco,
pode o mundo ruir, desabar tempestade, ser distante a cidade,
léguas e léguas não vão impedir, será curto e sem perigo o caminho
para o alvo atingir;
a paixão é o álibi do que espreme, é a carne que treme,
é a alma que geme maravilhas de dor;
mas não se engane, nem sempre isso é amor!
MINHA NOVA PAIXÃO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Estou apaixonado. Irremediavelmente. Absurdamente apaixonado. Absurdamente, porque jamais vi a face de minha nova paixão. Sequer imagino qual é o seu nome. Conheço apenas a voz. Uma voz bela, macia e doce, que se aninhou aqui dentro como nenhuma outra que até então passara pelos meus ouvidos
Ironicamente, a culpada por meu coração estar assim é ninguém menos do que minha filha, Nathalia. Mesmo sem querer, foi a Nathalia que me fez ficar escravo da voz. Confesso que, no início, ficava muito irritado com a interferência remota e rotineira de uma estranha, cada vez que eu tentava falar com minha filha. Uma, duas, três, e até dezenas de vezes por dia.
Agora, não. Agora sinto profunda necessidade. Como já confessei, tenho vício. Sou escravo. Não consigo mais viver sem ouvir entre dez e trinta vezes por dia, essa voz bela, macia e doce, mas ao mesmo tempo impostada e firme, que diz: "Grave seu recado; você só será tarifado após o sinal...".
Canoinhas Tremenda
Nasceste maior do que imagina,
és amor e paixão para toda a vida,
Canoinhas tremenda, corajosa
foste centro da Guerra do Contestado.
Canoinhas gloriosa, ainda tu
abriga as araucárias do destino
que ainda resistem a tudo
e que eu tanto na vida venero.
Canoinhas profunda, o teu
aroma de erva-mate faz com
que eu cruze oceanos em busca de ti.
Canoinhas dos rios Iguaçu e Negro,
por te amar de longe e de perto,
todo o meu amor à ti eu entrego
e sem nenhum arrependimento.
Canoinhas dos afluentes lindos,
no Paciência encontro contigo,
no Canoinhas celebro junto
o teu povo diverso e amigo,
no Tamanduá eu confirmo:
Canoinhas da minha vida,
melhor do que tu ainda não há!
Canoinhas até dos menores rios
que os versos fluem por cada um
deles, seja no do "Alemão, Água Verde,
dos Pardos, dos Poços, Fortuna,
Preto, Timbozinho, da Areia,
Santo Antônio e Arroio Grande",
eu honro o teu povo de alma gigante!
Em Benedito Novo
hoje é dia de celebração
do orgulho tremendo
que cultivam com paixão
pelas heranças alemã,
italiana e polonesa,
com músicas, danças
e pratos típicos na mesa.
O meu poema ali a luz
do dia é carro alegórico
deste Médio Vale do Itajaí,
e olha que ele vem direto
da cidade de Rodeio para ti.
Benedito Novo é terra
orgulhosa dos antepassados
celebrando a Festa das Tradições
e honrando todos os dias
com incansável patriotismo o Brasil:
a sua gente generosa esbanja a honra
a História que é imensa inspiração
que cativou carinhosa o meu coração.
Você me levando pela mão,
e a gente se deixando
levar por nossa paixão,
E eu levando a minha
saia para lá e para cá,
Nós dois girando com
toda esta forte energia
na Dança do Camaleão,
Sem querer li nos teus
olhos a mais linda poesia
e que não é de hoje que
tenho morado no seu coração.
A paixão nacional muda
de nome dependendo da região,
Começou como Concertina,
uns chamam de Acordeona,
outros de Gaita e no Nordeste
é consagrada como Sanfona;
A verdade é que esta paixão
tem nome e se chama Acordeão
um instrumento que lembra
o meu coração sempre quando
você passa e põe ele no tom.
Aqui em pleno verdejante
Vale Europeu Catarinense
que mexe sempre com
a paixão de toda a gente,
A Lua no Céu despontando
sobre o Pico do Montanhão
desafia com o seu lindo
sorriso dourado a escuridão.
Não nego intimamente
que continuo pensando
em você o tempo todo
e nos seus jogos de sedução,
Bem aqui na silenciosa
cidade de Rodeio neste
momento está batendo
forte por você o meu coração.
Porque em você encontrei
tudo aquilo que me provoca
interesse, desejo e devoção,
É você que chegou de surpresa
para morar no meu coração,
De ti só me interessa tudo
que nos une ao amor e a paixão.
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