Cartas de Criança

Cerca de 2856 cartas de Criança

Memórias

Me apeguei nas lembranças,
algumas até de quando era ainda criança.
Me prendi, de tal modo, nas memórias,
que hoje minhas semanas são monótonas.
Eu não vivo, eu revivo.
Repenso e releio.
Volto e me revolto ainda mais,
parece que não consigo sair do cais.
Dou a volta no mundo,
e sinto que nem dei um "pulo".
Vivo remoendo minhas angústias,
vivo lembrando de minhas lamúrias.
Os dias passam, mas o tempo parou,
o relógio não mais andou, ele apenas voltou.
De meu futuro enxergo apenas páginas velhas,
de um livro que já li e vivi, um livro de linhas megeras.
Passado? Ah meu velho amigo,
amigo esse que se tornou meu único abrigo.
Abrigo também que caiu,
que desmoronou, que me afligiu..
Amigo esse que me confortou,
mas também me julgou.
Amigo que me cuidou,
mas que também me maltratou.
Passado, vivo nele enfim,
mas ele não vive em mim...

28/05/19

Inserida por OrtsacAlimac

Tenho saudades...

Da criança pequena,
da bela inocência.
Do caminho da roça,
que fez aquela moça.
Da grama molhada,
da poça espelhada.

Do cheiro que vem da cozinha,
das brincadeiras com a vizinha.
Das loucuras de minha tia,
e do carinho que ela me tinha.
Dos abraços calorosos,
que nos deixavam esperançosos.

De correr ao encontro do pai,
para ver o granizo que cai.
De escrever um carta,
de dizer o que "farta",
de ir ao encontro da barca.

De com minha mãe brincar,
e com o futuro sonhar.
De com trilhas me alegrar,
de sorrir ao cantar..
De saber que no pouco eu veria muito,
de saber que tudo tem um intuito...

01/04/19

Inserida por OrtsacAlimac

O fato de ser criança, não quer dizer que ela seja incapaze de ajudar a mãe nos a fazeres da casa.
Criança quer varrer casa...
Criança quer lavar louça...
Criança quer lavar roupa, e deois estender no varal do quintal da casa dela.
Criança vai sempre querer o melhor para sua família.
Pois criança não é pequena, quando ela é grande nos esforços.

Inserida por EdivaniaSantos670

Lembra?
Quando você era criança e cantava, pulava mostrava que era feliz? Quando caia, ralava o joelho? Chorava, mas depois... sorria e voltava a brincar como se aquela queda não tivesse acontecido. Só se lembraria dela, talvez pela cicatriz que ficou.
Lembra de quando saía para o campo jogar bola, ou até mesmo na rua? Depois de um bom "baba" havia sempre uma resenha...
Pois, agora é só uma breve lembrança, tudo mudou, o mundo evolui... as crianças não brincam mais nas ruas. Não como antigamente.
Lembra das promessas que fazíamos quando éramos crianças? "Quando crescer vou mudar o mundo, vou fazer o diferente". As promessas ficaram lá atrás... crescemos e esquecemos de cumpri-lás...
Lembra dos amores de infância?? Das cartinhas, dos bilhetinhos?? Nossa.... Um amor tão puro... infelizmente hoje não existe mais esse romantismo.
As cartas? Não são mais escritas à mão, mas sim digitalmente, por sms, Whatsapp entre outras.
O mundo evolui, não sei se para melhor ou pior.... as coisas mais simples perdeu o significado. Um mundo moderno, entretanto um mundo caótico.
Só quero olhar para as calçadas e ver as pessoas conversando, rindo... olhar nas ruas e ver as crianças jogando bola, correndo, brincando de bolhas de sabão, de pular corda... de não se preocupar se vem carro, ou preocupar com o amanhã. Sinto falta do meu mundo, no qual o que era importante era a inocência e a felicidade das crianças. E não as responsabilidades atuais.
O que resta agora são lembranças!!

Inserida por jamylle_santos

Desligue a TV e assista de perto a vida
assista criança que não tem para quem chorar
Assista o ancião, que aspira a hora da sua ida
que tem os braços findados, e não vê como abraçar

Dizemos "NÃO"
à opressão e as diferenças
Não há status sociais, cor da pele
não há crenças

Fazer o bem
é a melhor religião
Liga-te ao "não ao ódio"
é a nossa congregação

Venha!
Sejas tu de Cristo ou Maomé
o amor faz-se com ação
e a paz depende da tua fé

Inserida por dikamba_wa_ufolo

Ela era apenas uma criança que só queria ser amada! Ela queria ouvir músicas no lugar de gritos...suplicava por dentro para ter uma família feliz como de seus amiguinhos. Seria ela a culpada de todas as frustrações de sua mãe? Seus pais que deveriam amar e proteje-la ,não a poupava de ver todas as agressões físicas e verbais. Sua mãe que quando nervosa com as situações que ela escolheu, desferia nela palavras de tormenta e a espancava, deixando-a com medo e muita dor ,seu coração sangrava... Naqueles momentos de terror ela só queria ouvir EU TE AMO! ESTOU AQUI COM VOCÊ, VAI PASSAR... DEUS ESTA CONOSCO. Mas ao contrário disso, os gritos eram ouvidos, ela ia embora, e a deixava ver o seu pai aos prantos com lágrimas nos olhos implorando para ela não ir. Que ele iria mudar...a bebida iria ficar de lado e uma família feliz iríamos nos tornar. Ela chora pois quer voltar para o seu lar e ter o seu pai ao lado para amar. Acredita que com muito amor e paciência isso tudo poderia mudar...mais um aninho se passando, será que esse ano vai dar para ter um bolinho e poder chamar os amiguinhos? Mas com o coração aperdado deixava de lado o seu desejo de aniversário, mais um ano de sua infância roubado.
E nessa tormenta toda ela descobre que vai ter uma irmazinha, seria ela uma nova amiguinha? Ela toda feliz ouve que irá perder seu trono( mas que trono?) Ela ainda suplicava para ter aquele amor que não teve...e sua mãe lhe dá a missão de cuidar da casa e de sua irmã para que ela possa trabalhar. Mas ela era apenas uma criança cuidando de outra criança. Mesmo assim esta disposta a ajudar.
Com isso ela perde sua infância, e as coisas continuam a piorar. Oh Deus! Quando irá me escutar?

Inserida por p1n2b3

A inocência de uma criança pode ir além do que se possa acreditar;
Diga a uma criança que animação não é realidade, que a dimensão dela não tenta compreender a expressão;
Mas diga que a animação (desenho) está triste ou está feliz em ser assistida, que a mesma se debulha em reações imensuráveis;
E seus limites se tornam plausíveis ao que vêem lúdico ou sentimental...
Por fim o mundo de uma criança tem o respaldo do imaginável, construindo a sua própria realidade;

Inserida por JULIOAUKAY

Alegria perdida
Grande eram alegria de uma criança que brincava e encantava com seu sorriso grandioso sorriso que se apagou sorriso que morreu com essa grande dor que se prevaleceu dor que já mais desapareceu que sempre permaneceu e nunca morreu dor que ninguém entendeu dor guardada dor enterrada mais nunca esquecida mais jáz superada

Inserida por 1LMP

-A – CRIANÇA É AMOR
É sempre festança
Alegria de criança
Afeto que se alcança

Criança bem feliz
Sem amor é infeliz
Ame-as Jesus diz

Criança espanta a tristeza
Aonde está há a beleza
Em suas faces de pureza

Crianças tão sublimes e amorosas

B- CRIANÇA É
Um pedaço de luz
O brilho que reluz
E alivia a nossa cruz

Ela vem para alegrar
Pedaço de gente para amar
Brincar, conviver e cuidar

A criança é importante
Tão inocente, puro semblante
Com alegria a cada instante

Precisa de amor para viver
____________
decanatos poéticos
3 tercetos rimados + 1 verso branco

FÉ COMO DE UMA CRIANÇA

Os impossíveis 
dos homens são possíveis para Deus. 
—Lucas 18:27

Ao retornar para casa após um acampamento familiar, a menina de seis anos Tânia e seu pai eram os únicos ainda acordados no carro. Enquanto Tânia olhava para a lua cheia através da janela do carro, ela perguntou: “Papai, você acha que eu posso tocar a lua se eu ficar na ponta dos meus pés?”


— “Não, eu acho que não,” ele sorriu.

— “Você consegue alcançá-la?”

— “Não, eu acho que também não consigo.”


Ela ficou em silêncio por um momento, então com confiança disse: “Papai, talvez se você me colocasse em seus ombros?”


Fé? Sim — a fé das crianças de que os papais podem fazer qualquer coisa. Entretanto, a fé verdadeira tem como fundamento a promessa escrita de Deus. Em Hebreus 11:1, lemos: “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem.” Jesus falava muito sobre a fé, do começo ao fim dos Evangelhos lemos a Sua resposta àqueles que tinham muita fé.


Quando os amigos de um homem paralítico trouxeram-no a Jesus, Ele “vendo-lhes a fé, perdoou os pecados do homem, e o curou” (Mateus 9:2-6). Quando o centurião pediu a Jesus “…apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado” 
(Mateus 8:8), Jesus “admirou-se” e disse “Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei fé como esta” (Mateus 8:10).


Quando temos fé em Deus, concluímos que todas as coisas são possíveis (Lucas 18:27). —CHK

A fé como de uma criança destranca 
a porta para o reino do céu. Cindy Hess Kasper

Inserida por pao_diario

Imagine a cena de uma criança, sentada em um sofá de apenas um lugar, com uma laranja na mão, todos olhavam para ela, mas, de que importava?
Tudo o que ela queria estava com ela naquele exato momento, era praticamente impossível algo chamar sua atenção naquela hora.
Toda lambuzada, mas não importava, e é exatamente essa a melhor parte, a felicidade em pequenos detalhes.

Inserida por david_alves_2

Dá dó de uma criança carente
Dá dó de um doente
Dá dó de quem se finge de inocente
Dá dó de quem só mente
Dá dó de ver uma mãe insistente
Dá dó da hipocrisia de um crente
Dá dó de um assunto incoerente
Dá dó de uma vida imprudente
Dá dó de uma tragédia em frente
Dá dó de um trabalho indecente
Dá dó de quem quer o mal da gente
Tenho dó, infelizmente!

Inserida por SuelenCardosoFranca

⁠Eu nu desde criança.
Sonho.
Dor.
Angústia.
Medo.
A moedinha raptada.
Meu caráter se formando.
Direção do torto.
Da qual não estou domando.
Inocência.
Incoerência.
Flerte com um mundo febril.
Carência.
Confusão.
Mágoa.
Incompreensão.
Volto a sonhar.
O mar.
Como sou.
Talvez má.
Assim.
Delirante.
O que pensar.
O freio da língua se perdeu.
O preconceito.
A ausência do Conselho.
O sol amarelo que ficou vermelho.
O fogo do desprezo.
Da indiferença.
A dor lateja.
Meu grito pra que veja.
Socorro.
Chicote estala.
Ganha estrada.
Vai a luta.
Enfrentar labuta.
De sentido a vida.
Tudo se repete.
A infância.
A adolescência.
O orgulho.
A vaidade.
O topete.
A ignorância.
A viagem na lama.
O caráter no fétido esgoto.
Um dia eu escroto.
A vida sacode.
Turbilhão.
O que eu roubei e o que a vida me roubaste.
0x0, recomeço.
Criança aos 40.
Jovem coroa.
Uma velha criança atoa.
O sonho não para.
Delírio na cara.
Cozinhado, frito e cru.
Eu desde criança nu.
Giovane Silva Santos

Inserida por giovanesilvasantos1

⁠A MORAL ESPIRITUAL
O adulto é uma criança mimada que não sabe fazer as coisas sozinho, precisa sempre de ajuda e se for questionado por uma pessoa mais nova acha que está com razão e manda ela ficar quieta. É muito interessante isso, o que leva a pessoa achar que está com razão só porque tem mais idade que a outra? Filmes? Livros? Conta bancária? Gente vamos entender uma coisa, nós além de ser matéria somos espíritos, porque isso prova que alguém é mais evoluído moralmente do que o outro, até que você pode ver, crianças, por exemplo, que sabe fazer cálculo de matemática em 1 segundo, ou seja, ela nasceu com um dom, mas não é só ela que nasce com algo especial, todos nós nascemos, mas nós precisamos de tempo para saber qual é o nosso dom e a gente tem isso justamente por causa do nosso espírito, que passou por diversas encarnações, e isso é louco e incrível. Além disso, quando vamos em uma igreja evangélica e cantamos louvando a Deus muitos se entregam, porque talvez na vida passada gostava de cantar louvando a Deus e também quando a gente vai na missa e o padre faz a homília diária, muita gente se identifica, mas não sabe porque, talvez viveu nas vidas passadas a mesma passagem da homilia. É incrível juntar todas as religiões em uma só, porque assim não terá desigualdade. Enfim, o que eu quero dizer é que independente se a pessoa é um adulto, idoso ou uma criança, o que importa é o nível de espiritualidade, o nível da moral da pessoa, assim dizendo.

Inserida por magleyson

⁠⁠" Criança do interior"
O lugar onde nasci tem muito da minha infância. Gangorra, quintal grande, amigos e pés-de-manga.

Vi meu avô construindo carrinhos de Madeira e bonecos como Pinóquio. Meus irmãos e meus amigos olhando o horizonte pelo binóculos.

Minha infância colorida de aves no interior.
Bolo de tardezinha, a noite olhando a lua só.
Era tão divertido que às vezes eu repito ser a criança do interior.

Inserida por RafahelRamos

⁠Ser mãe...

É viver um mundo mágico constante
É voltar a ser criança involuntariamente
É você olhar para sua cria e mesmo no ápice do seu Cansaço é você ceder ao seu capricho, tudo por UM sorriso!
É você se doar diariamente por amor, sem querer nada em troca
Ser mãe é proteger sua cria com todas as suas forças
É querer vivar eternamente e ter a certeza que já são "donos do seu nariz"
e dizer agora pode ir.

Inserida por souza_gabriela

⁠Simplicidade de olhar
A simplicidade de um olhar, uma coisa de se admirar
O olhar de uma criança, que te dá uma pura esperança, e vontade de sonhar
A simplicidade que te faz ir e voltar, num mero piscar
Que te motiva a querer ver o que tem neste simples Olhar
É o simples olhar que te faz lembrar do carinho de mãe
Das brincadeiras de escola ou aquela famosa torta, que te maravilha só de imaginar
Simplicidade aquela que dá para sentir, que te emociona e faz viajar
Sem importar o lugar que lhe traz o sentimento de amar essa simplicidade
De olhar.
É essa pequena simplicidade que te faz acreditar que um dia as coisas possam melhorar
É simplicidade de sonhar mesmo sem dormir, rir em meio ao choro, e ate mesmo de perdoar quem te machucou
É ver e poder crer que cada um é único da sua maneira, mas iguais por diferenças
Mesmo que impossível faço ser possível acreditar
E por mais simples que for levo tudo com muito amor para que todos posam sonhar e mais uma vez acreditar na simplicidade de olhar.

Inserida por marcospaulosouza

⁠Ao piscar da luz matutina
Nasceu Delcina
Uma flor menina
Criança curiosa
Traquina como uma felina
Quebrando regras da natureza.
Mas foi crescendo com o tempo
Perdendo às pressas a inocência
Numa façanha para sobreviver
Ao frio noturno
E a crueldade da fome
Aprendendo a lutar desde a infância
Para conquistar cada sonho.
Sendo o primeiro da lista
Sepultar a pobreza de sua rotina.
Com a força divina foi plantar
Com coragem tratar e colher
Suar rotineira na labuta
Buscar a água na fonte
Lascar a lenha para a fogueira
E na canseira da noite
Assar a caça para o jantar.
Como uma peregrina sofreu
Na cabruca da mata selvagem
Machucada padeceu
Debruçada de joelhos
Fervorosa rezou ao céu
Ele imediatamente a ouviu.
Descobriu que o amar
Vive em sua doce alma como um dom.
Conheceu um certo moço
Brotou um forte sentimento feminino
Amou intensamente o cheiro daquele homem
A flor desabrochou em desejos
Tornou-se mulher
Como uma cápsula expelindo sementes
Vivenciou a maternidade
Uma contemplação de mãe
Nesta grande mudança humana.
Na vida em ampla liberdade
Delcina descobriu o símbolo de sua sina
Amar como mãe, perpetuamente
Numa realização ideológica feminina.
Marivaldo Pereira Mperza

Inserida por Marivaldopereira

⁠Alma de Poeta.



Ainda criança...
Renunciei um verso antigo....
Cresci com minha herança....
Tenho brilhantes ideias....
Vôo como pássaro....
Bato asas e não sinto cansaço....
Em minha ilusão ótica....
Faço poemas com fetiches...
Nas preces clamadas....
Mudo tudo pra não ficar na mesmice...
Minha juventude ficou perdida...
Mas ela sobrevoou...
Nas montanhas e pradarias....
Verde campo rasteiro....
Sou um lisongeador da natureza....
Aprecio a escrita...
Descrevo o verso chorado...
Só pra ver o que acontece...
Azul cintilante....
Amarelo e verde do agreste....
E sigo avante no restante...
Ahooo madrugada fria...
Bom dia pra quem acordou...
Quem vai sair de casa...
Toma café com seu amor...
Amores a amoras...
Ahooo , nobres senhoras....
Faço poemas e não faço rascunhos...
Cabe a mim usar os dedos...
Movimentando meus punhos...
Se é pra versejar....
Sou uma ave no céu a cantar....
Os perfumes estão por aí....
As flores nos jardins...
Gansos no remanso...
Estados do sul...
América Central...
Ou Sul ou do Norte....
Fuso horário modificado...
Falo daqui de Manaus...
E se não me levem a mal...
Até para aqueles que não gostam de mim...
Mando um beijo e um mando um tchau...
Até outro dia...
Aceno pra vocês com minhas mãos....
Nessa despedida deixo também...
A minha saudação...
Adeus Canarinho pequenino...
A pegada aqui é segura....
O sistema aqui é bruto...
Sou versátil e eficaz...
Escrevo com a alma de menino...
Não bebo água no prato...
Sou chato por uma parte...
Mas nesse verso...
Exijo que me sirvam...
Em copo cristalino....


Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.

Inserida por JoseRicardo7

⁠Era uma Vez.

Era um vez....
Ah muitos anos atraz...
Era eu..
Era a poesia...
Ainda criança..
O pequenino menino...
De Alma Boêmia...
De Alma poética...
E de Alma sertaneja....
Iria na vida...
Ser um Poeta...
Ali...
Criado por meus pais...
Duas irmãs...
Parentes e amigos....
Na época...
Um Poema foi começado...
Mais anda não ficou definido...
Tornou-se um texto corrompido...
Traços escritos ficaram...
Traços serranos foram guardados....
Traços sertanejos se esconderam....
O futuro do pequeno menino...
Estava bem elaborado...
Mais o menino não sabia...
Que os vássaros voavam...
Em busca de respostas...
A saracura nas grutas...
Gritavam apenas amarguras...
Algo se perderam...
Tudo se escafederam...
As pastagens...
Verdes como arenas...
As estradas...
Eram de chão batido...
Só ouvia pisoteados...
Da boiada que iam passando....
Equinos relinchando....
E o berrante tocando....
Fechava os olhos...
E começa a chorar...
Difícil mesmo...
É apagar o poema...
Mesmo corrompido...
Mas ao longo dos anos...
As letras foram se juntando...
E hoje...
O Berrante continua ecoando...
A boiada...
Ainda levanta o poeira no estradão...
Atravessavamos os rios...
Buscando outros gramados...
Enquanto o gado e a tropa iam pastando....
O café e o almoço...
Nós peões...
Iam improvisando...
A viola...
A gaita...
Fazia parte...
Daqueles dourados momentos..
Canaviais e roçado de milhos...
Tomavamos cuidado...
Para não serem destruídos...
Ah sertão do meu chão...
Mesmo a galope...
Ouvia o chiado da gaita...
E os ponteios da viola...
Que até hoje...
Chora em meus ouvidos...
Que sombra essa...
Sinto que me acompanha....
Acho que...
Talvez seja ela que está me ajudando...
Cada passo que eu dou..
Sinto que o poema corrompido do passado
É ela que está me trazendo de volta..
A primeira pagina....
Rasgou-se...
Algumas depois amarelaram-se..
Desbotadas ficaram....
Pois se essa sombra...
For o meu pecado...
O poema rasgado...
Quero dele então...
De volta minhas escritas...
Que descalço lá atraz..
Calejei os meus pés...
E não sei como...
Rasgou-se...
A agora se uniram -se...
E fiz essa Melodia...

Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.

Inserida por JoseRicardo7