Cartas de Amor com Humor
[CARTAS PARTE 2]
Cartas para João
Oi João, faz mais de mês que recebi sua carta.
Decidi hoje te responder após tanto tempo sem te ver.
Sabe, faz 2 anos já que tudo terminou,
Tive noites em claro,
Choros interminaveis,
Tristezas incontaveis.
Senti tua falta, chorei, sofri
Até não ter mais lenha para queimar.
Teu abandono me fez querer sumir, morrer e sei lá mais o que,
Mas no fim de tudo, cá estou eu
Do outro lado te escrevendo
Apenas pra te dizer que te esqueci.
Ficar sozinha me fez reaprender a gostar disso, a apagar a necessidade de você
Que era tão latente.
Fui lá e cá,
Foi te perdendo que me achei
E descobri a leveza de respirar a tranquilidade,
Saber que não teria de quem duvidar
E nem esperar nas segundas
Quem sumiu todo o final de semana.
Lembro da manhã que você apareceu
Como quem ia ficar pra sempre
E numa outra manhã distante, lá estava você me dando adeus.
Saibas que não te odeio,
Meu coração apenas seguiu em frente, lembra?
Todos dizem isso.
Depois do fim
Não há capitulos a se escrever.
É prolongar a dor, repetir a história que já venceu, ou melhor, se perdeu.
E sabe, fiz o mesmo que você...
Beijei, saí, tentei me doar a outro,
Parecia ser fácil porque você passou a imagem, mas não foi.
Soou falso, triste, desleal com o outro
Beijá-lo vendo o rosto do homem
Que era o amor e a magoa servido num mesmo prato de solidão.
Mas sequei as lágrimas até
Que "aprendi a aceitar o lado bom do adeus."
Como já diz uma música estrangeira.
E assim saio da sua vida, nas suas exatas palavras quando se foi a 2 anos trás:
Estou indo embora,
Adeus.
-Maria
Pensamento do dia
O jogo
Tentar dar as cartas em um jogo que acabou de aprender é o mesmo que entrar em um temporal achando que não vai se molhar. Portanto observe atentamente primeiro como funciona o jogo, seja obediente com os que já o jogam há mais tempo, caso contrário, estará somente arrastando correntes, identifique em você a diferença entre jogar e ser um jogador. Se não agir assim as cartas do seu dia a dia e de sua vida vão te engolir, e mais uma vez sairá da mesa vazio e como um perdedor, de cabeça abaixa,e cheio de auto piedade.
CARTAS A MINHA AMADA DONZELA
Viverá momentos
em que se conformará...
Persistindo por aquilo, poderá não ser seu.
Por favor, pare!
Viva o agora, sem pensar muito no futuro!
Então...
Ele escreverá cartas e mais cartas para a sua amada.
Ao futuro encontrará!
Cartas ditas no silêncio de um olhar....
Cartas com palavras doces e singelas...
Cartas a amada donzela;
Cartas do seu amor, amor, avassalador por ela!
Onde tudo pode ser permitido dizer...
É... ele a amava até mesmo antes de conhecer!
Vendo que perderá tempo ao escrevê-la....
Vendo que anos passaram-se, e nada dela!
Resolveu botar um ponto final...
Até que um dia ao sair de casa, para visitar seu padrinho, lá estava ela, moça donzela...
Sentada na capela!
Os dois se entreolharam e por fim...
A carta foi entregue, a sua amada donzela.
'Se não sabe jogar não coloque suas cartas a mostra
para que seu adversário veja que sua jogada está perdida.
Tenha descência ao menos de saber dissimular...ninguém tem obrigação de ter auto-piedade sobre você...
não seje sempre vítima de suas ações
mais sim protagonista de suas conquistas.'
—By Coelhinha
UMA CARTA PARA MIM...
No domingo, assisti a um filme onde o personagem escrevia cartas para ele mesmo, para que pudesse lê-las quando estivesse com 80 anos.
Ontem assisti a outro filme onde a personagem, na faixa dos 40 anos, começa a receber cartas que foram escritas por ela mesma quando tinha 07 anos.
Coincidência ou não, este tema me chamou a atenção. O que eu teria escrito para eu ler aos trinta e poucos anos quando eu tinha sete?
Tentei imaginar quais seriam os meus sonhos e aspirações para o futuro quando eu tinha 07 anos. Não consegui me lembrar. Talvez porque aos 07 a minha infância ainda fosse 100% infância e eu não tivesse preocupações adultas
Lembro perfeitamente de brincar muito de casinha com a minha irmã. Tínhamos nossas Barbies e vários móveis de madeira onde as bonecas podiam ser acomodadas. Tinha conjunto de quarto, de cozinha e de sala. Ainda outro dia comentei que eu adorava brincar com este brinquedo. Inventávamos nomes para as personagens. Gostávamos de Neuza e Cleusa. Mas não me lembro de ter atribuído uma profissão à personagem, ou se ela tinha marido, filhos, e o que ela poderia gostar de fazer além de pentear o cabelo e trocar de roupinhas.
Fico aliviada de saber que aos 07 anos eu não tinha preocupações com o futuro e não escrevi uma carta para eu mesma ler depois para checar se tudo o que eu imaginava havia se concretizado.
Já a outra carta, aquela que o personagem do outro filme escreveu para si mesmo, para ler aos 80 anos me intrigou porque me botou para pensar: Será que aos 80 quando eu ler a carta, eu vou colocar um "ok" na frente dos meus sonhos?
E como eu sempre vivo dizendo que o Plano B pode ser melhor, será que o fato de eu não marcar o "ok" vai me deixar mais tranquila por saber que eu não realizei alguma coisa, graças a Deus?
Somos mutantes, e da mesma forma as nossas aspirações.
Percebi isso ainda esta semana quando visitei o Salão das Duas Rodas. Em 2011 quando fui pela primeira vez, eu fiquei apaixonada por uma moto "X".
Na época não foi o que eu comprei por duas razões: Pouco dinheiro e muita potência para quem tinha acabado de tirar a habilitação.
Acabei comprando a Branquela, que eu adoro. Neste ano, quando olhei a moto que eu queria em 2011, pensei de imediato: Ainda bem que eu não comprei esta moto.
Uma coisa que muito se quer hoje, amanhã pode ser exatamente aquilo que você evitaria.
Foi então que pensei mais uma coisinha: Será que valeria a pena escrever a carta para ler aos 80 anos?
De repente, não por uma questão de checar se fomos bem sucedidos, se conseguimos realizar tudo o que gostaríamos. Mas principalmente para compreender o quanto somos capazes de mudar. Mudar de ideia, mudar de gostos, estabelecer outras prioridades.
Porque o que a gente mais faz é mudar.
O máximo que eu consegui me lembrar de aspiração aos 07, foi a vez que eu quis muito ir embora com o circo que visitou a cidade. Vejam só. Também consegui me lembrar que além de trapezista eu também já quis ser Paquita, modelo, dançarina de Axé e policial.
Tudo a ver com a estabilidade e a seriedade que eu escolhi para a minha profissão da vida real heim?
O bacana é que enquanto os sonhos existiram, foi muito bom sonhá-los, e melhor ainda é a realidade hoje.
Que venham os 80 com tudo de melhor e mais surpreendente que a vida pode me oferecer, porque de previsível já temos a nossa santa rotina de todos os dias.
Cartas á John...
Vontade que me cerca, que me toma. Quase um vício. Se depender de mim os terapeutas irão á falência. Minha terapia é escrever...só as letras me entendem. Não sei se escrevo bem. Só sei que me faz bem. Eu vivo entre as palavras, mas muito do que escrevo não consigo falar, sou refém de mim mesma, escrava do turbilhão de sentimentos que muitas vezes são tão grandes que se tornam imperceptíveis. Medo de não agradar, mania de tentar manter tudo bem, tudo sob controle. E desse jeito vou calando, vou sentindo, vou escrevendo. Ah,se a coragem de escrever fosse a mesma de falar. Ah, se a reciprocidade fosse a mesma. As palavras me calam, o sentimento me cala, a escrita me mostra que ainda pulsa, que ainda penso, que ainda sinto, mas só quem lê saberá. Escrevo para aliviar a vontade de falar,de fugir, de gritar, de tomar pra mim. Me distraio com minhas rimas, com meu pontos, vírgulas, com minhas exclamações e me torturo com minhas interrogações. Por que? É taõ mais fácil dizer adeus. É tão mais fácil fazer o caminho de volta...ja passamos por ele! Não, nada é fácil! Escrever também não é. Mas escrevendo não se olha nos olhos, não se perde uma lágrima e não se esquece de tudo que precisa falar. Escrever não é fácil. E quem disse que seria fácil?
Joguei fora suas cartas e eu queria ir mais alem.
Pensei que até podia me envolver com outro alguem.
Pois não me acostumei com esse nosso vai e vem.
Se eu fico sem você eu te vejo até em nota de cem.
Eu já te esnobei e hoje eu imploro seu perdão.
Me sinto um brinquedinho esquecido no porão.
Dou um passo para frente mais meu corpo vai pra trás.
Eu tento te esquecer mais só você me satisfaz.
Já fui em curandeiros pra quebrar a maldição.
Que enfeitiçou minha mente e hoje vivo na ilusão.
Tentei mapas e bussolas pra me dar a direção.
Por mais que eu insista eu sempre vou na contramão.
Ascendo uma vela e faço uma oração.
E eu peço para os anjos um pouquinho de atenção.
E me tragam de volta a parte que você levou.
No dia em que meu pobre coração você quebrou.
E eu não acho respostas pra essa minha equação.
Você me subtrai e eu quero a sua adição.
Me isolo no meu canto com um cigarro e o violão.
E todos os meus sentimentos se transformam em canção.
E eu fecho os meus olhos para não te ver passar.
E o frio na minha barriga me congela ao tentar dizer.
Que eu sou uma estrela triste e só na imensidão.
A lua sai de cena e o meu céu é um mar.
De escuridão
Talvez essa seja mais uma daquelas intermináveis cartas que eu sempre escrevo pra você. Talvez quando você abrir o envelope e olhar essa folha de papel meio amassada, imagine mais ou menos tudo o que eu escrevi aqui. Mas você está errado pensando assim. Pela primeira e única vez, acho, eu escrevo pra você sem medo de falar algo do que você não goste. Pela primeira vez não estou pensando em como seria bom ter você aqui do meu lado, e nem lembrando o quanto a saudade por ti dói.
Não sei direito o que aconteceu comigo. Acordei pra uma realidade muito diferente daquela que nós dois vivíamos. De sonhos intermináveis e fantasias perfeitas. Te chamei de amor da minha vida, e não me arrependo disso. Você foi sim, como foi também o meu príncipe mais perfeito. Não vou negar que sinto a sua falta, todos sabem disso...
Mas agora você se foi pra algum lugar onde não posso te trazer de volta. E pra falar a verdade, meu doce príncipe, acho que é melhor te deixar nesse lugar. Aí onde você está não tem tanta turbulência e nem perigo de alguém se machucar. Espero que tudo fique bem. Penso em você todos os dias sim, torço pra que tudo dê certo e pra que você seja muito feliz.
Sempre te disse que pra eu ser feliz, você teria que estar feliz também... lembra? É assim mesmo, como o ‘se você pular, eu pulo’. Nossas vidas continuam interligadas, querendo ou não. Você me fez feliz, você me fez sorrir e esteve sempre comigo (mesmo de longe). Você ainda continua por aqui, eu sei, eu sinto. Mas eu não consigo saber qual o lugar certo.
Se algum dia você encontrar algum caminho pra chegar até aqui, vêm. Vou te esperar na porta com um sorriso enorme no rosto, e com toda certeza, com os braços abertos pra te dar aquele nosso tão sonhado abraço. E dizer o quanto foi bom ter te conhecido um dia. Mas por enquanto faz só uma coisa pra mim: se cuida e não esquece que do outro lado do país tem alguém que nunca te esquecerá.
Rubem Alves disse, um dia, que as cartas são escritas para que as mãos dos apaixonados se toquem na distância...
A internet facilitou nossas vidas de muitas formas, mas também nos tirou pequenos prazeres como a carta...
Hoje nossas cartas de amor seguem via e-mail, via wallpost ou via SMS... Mas, as mãos não se tocam mais por meio do papel... Que geralmente era acrescido de desenhos, desejos e perfume...
A gente recebia a carta e apertava contra o rosto, para resgatar o cheiro do outro... para receber o beijo que foi mandado, para sentir a presença de quem estava ausente...
Não é que a funcionalidade não tenha suas conveniências... Mas, a gente sempre sente saudades do que se perdeu... Ainda mais do que se perdeu sem querer...
As palavras de uma carta são borboletas em crisálidas... Estão prontas para maravilhar o mundo, mesmo que seja o mundo de uma só pessoa, colorir e encantar a vida.
Despedida
Havia sorriso em toda casa
Na sala jogavam com muitos risos
e cartas nas mãos
Anoiteceu novamente o clarão do dia
que se despontava no horizonte
Ainda a continuar com risos constantes
e cartas nas mãos
Mais tarde um adeus ,quando apenas
dizia até mais
Pouco tempo se passou e escuridão
envadiu-se o dia ...
Passaros voavam sobre a casa
do riso de antes
Que tinha cartas nas mãos
Sozinho disse adeus
Pássaros pretos voavam
anuciando sua partida.
"CARTAS NA MESA"
"Pés no chão...
Mente nas nuvens...
É como me sinto agora, depois de ouvir o seu 'adeus'.
Então, percebo que o que nos trouxe foi apenas o passar do tempo.
Enquanto o ponteiro se movia, nós éramos levados.
Sem dar conta, me peguuei aqui, de frente pra você,
Me fazendo enxergar as cartas espalhadas na mesa;
Aquelas que relatam a história que hoje se vai,
E que, amanhã, servirão somente para ocupar o vazio que você deixou.
Nada mais...".
Mais em lavinialins.blogspot.com
"DE CORPO E ALMA"
"Cartas marcadas
Destino traçado
Predestinada a amá-lo
De corpo e alma
Corpo despido
Alma desprendida
Medos entregues
Em suas mãos
Conduza-me até você
Faça-me a seu modo
Desenhe-me em curvas
Eu sou seu rascunho
Aqui...
Sempre...
De corpo e alma...
Todo o corpo...
Além da alma...".
Mais em lavinialins.blogspot.com
"O TEMPO"
"Joguei as cartas na mesa, cortei o baralho
Enxerguei apenas números e desenhos em vermelho e preto
Desisti de buscar as respostas fora de mim.
É mesmo aqui dentro que eu as encontrarei, trazidas pelo tempo.
Ele, que seguirá o seu curso naturalmente...
Ele, que é o único dono dele mesmo...".
Mais em lavinialins.blogspot.com
CARTAS À MIM
A tarde da tarde se põe num céu quieto
E a noite já está chegando, eu não sei desse segredo.
Quero que me reconheçam por meu deserto
Distante e longe do lugar do meu degredo.
Marco o meu passado em um extenso mapa
Lugares onde fui e ultrapassei
O tempo com sua contagem, um desagrado
As balizas nos caminhos de mim herdei.
Não busco estrelas para saltar o pedágio
Os meu desígnio é de saber quem sou
E de num instante remoto, tempo ágil
Vejo os alaridos no tempo que vou.
Como tantos que se perdem na viagem
Jurei outros caminhos mais verdadeiros
E me retive na bifurcação que fazem
Alma perdida, coração aflito, de mim mensageiro.
Carrego o intrépido volume de cartas
E escritos ilegíveis mandados à mim
Num desaforo que vou desarmar
Meu espírito santo e louco assim.
Rasgo as cartas que eu, sonhei em escrever
Por castigo ou capricho já vivo tão só
Fecho os olhos, o mundo não quero ver
Tudo tão confuso, o laço virou nó
A lembrança me faz te querer
Bar, bebidas, cartas e dominó
Essa é a minha vida sem você
O castelo que construímos virou pó
Nós temos tudo a vê
Juntos, somos um só
Mas você não consegue ver
Como casal, somos melhor
O mundo é tão cinza sem você
As nuvens encobrem o sol
O cinza do asfalto é o contraste, contraste
Dessa solidão debaixo do lençol
Me ame só mais uma vez
Tira-me essa agonia
Encare comigo essa lucidez
E traga de volta a alegria
Digo-lhe, meu amor, outra vez
Por castigo ou capricho já vivo tão só
Tira-me essa insensatez
Dê me a mão, venha comigo, juntos somos melhor.
Crônica 02
Ontem eu encontrei as cartas que você me escreveu. Em poucos minutos vi acontecer nosso pequeno romance. Vi a minha pressa para escrever uma meia dúzia de termos carinhosos, porque eu sabia que ia você ia gostar. Nada que possa ser chamado de literatura. Eu já não sei o amor é paciente ou a solidão que é exigente.
Relembrei por que gosto de cartas. As imperfeições da letra de cada pessoa ficam marcadas pela tinta, e você não tem a ânsia de mandar o que acabou de escrever para alguém, como em um email. Você pode parar para pensar antes de entregar, mudar as palavras, apagar algumas frases. Quem sabe até nem entregar. Deve ser por isso que os amantes não mais mandam cartas. O silêncio perdeu seu lugar e o amor já virou notícia.
Após terminar a leitura, percebi que nosso romance era mais crônica que poesia. Percebi que algumas coisas mudaram. Agora eu me importo um pouco mais com a minha saúde, comecei a fazer exercícios físicos. Compreendi o real valor da liberdade, descobri que era eu mesmo que criava as minhas prisões, e já consegui sair da maioria. Não é tão fácil demolir uma obra que você levou tanto tempo para construir, e mesmo que você perceba que é algo que te faz mal, o orgulho se separa da razão no momento em que ela destrói suas convicções. Mas isso passa quando você descobre que existe sempre o outro lado.
Apesar das mudanças, algumas coisas continuam iguais. Ainda sou o mesmo bobo de sempre, quase um personagem de uma comédia romântica. As alças da minha mochila permanecem desajustadas, e de vez em quando caem, e eu tenho de arrumar. Continuo acreditando que vale a pena se arriscar por uma ideia, e acredito que se empenhar já é mudar.
A escrita e a fala têm a mesma pretensão tola de sintetizar as emoções, o calor e a frieza de um momento, o modo como você se sente quando o mundo te enxerga. Na escrita você tem a possibilidade de trabalhar as figuras linguagem, como um filtro ou uma lupa para os sentimentos, na inocente certeza de que está alcançando seu objetivo. O que é uma hipérbole comparada ao momento em que você está olhando dentro dos olhos da pessoa amada logo antes do primeiro beijo? Se alguém ironiza a vida, o que é mais irônico que escrever sobre algo que não vale a pena?
Guardei as cartas no fundo da gaveta, enquanto um pequeno sorriso me tomava o rosto pela lembrança do ponto final após o “infinito”.
Dizem ser a vida um jogo de cartas marcadas; nunca soube entender esse ditado.Acho que é porque eu nunca fui boa nisso, não somente de não compreender ditados, mas nunca fui boa com as cartas. Poderia jogar poker só pelo ato de blefar, persuadir, ludibriar, envolver, seduzir, todavia, quanto às cartas eu não saberia dizer, talvez nem saiba quantos naipes um baralho possui.
Na verdade acho que a vida observa o baralho “novo” e em ordem de cada um, embaralha todo ele e espera que nós possamos ou organizá-los de volta ou jogar com o que temos, com o que restou e com as cartas disponíveis.
Há como sentir-se como a Alice no país das maravilhas, no momento o qual as cartas do baralho discutem no jardim enquanto ela observa. Pode-se preferir um outro jogo, não um tabuleiro marcado e pré-destinado a um caminho ou rota, preferir uma mágica, a surpresa, o diferente, o inusitado o original.
Não obstante, existem cartas embaralhadas, às vezes curinga, carta importante saltada diante das outras cartas, eu novamente diria: não sei jogar, você saberia, você ousaria?
Temos que aprender a jogar (a viver) com as cartas que temos, com as que não temos, com as que vamos ter, e com as que perdemos (jogar com o baralho/vida incompleto) mas temos que aprender. Não há manual, mas há VONTADE e a atitude provém daí.
Que tal um poker agora?!
Então como eu pensava, sempre como um fogo de palha!
Você veio, embaralhou minhas cartas, minha vida. Como um furacão que passa e deixa marcas, DEIXOU. Agora não consigo me recompor, é cedo pra lembrar o caminho. Foi tão bom lembrar você, viver o sentimento que existia, imaginar coisas que poderia ser … Ah, eu queria mesmo que por poucos momentos ter a vida que imagino ao seu lado.
Os dias passam, daqui há uns meses, anos… Você vem, transforma minha rotina, muda meus pensamentos, meu foco, interfere nos meus sentimentos, revive o que você é pra mim, me vira do avesso e me mostra que o meu lado é esse e tudo o que faço é pra garantir minha sobrevivência.
Até lá, tento fingir a minha existência. Porque só me sinto viva com suas palavras, seus gestos, seus toques, sua presença.
Até.
Das cartas sem destinatário
Precisava te escrever alguma coisa. Por mais que eu nunca te entregue essas cartas que ainda teimo em fazer; por mais que a gente não se encontre no mesmo caminho. Eu quero te lembrar sempre, mesmo que seja por uma dessas coisas que te escrevo antes de dormir porque preciso te colocar pra fora de algum jeito para que eu não passe mais uma noite inteira com você dentro da minha cabeça. Já faz tanto tempo, e tudo continua sendo teu aqui. Sinto tua falta quase todos os dias: me preenche e nunca me deixa em paz. A gente nunca sabe o que se passa dentro do outro... e talvez continue sempre assim. Mas não minto: bem que eu queria poder entrar em você e ver com teus olhos, me sentir na tua pele, tentar decifrar tua mente, e fazer qualquer coisa mais que eu possa estando dentro de você. Eu quero te lembrar porque você me dói. E dor de amor, benzinho, talvez não passe nunca.
Com todo o amor que eu gostaria que já não existisse mais dentro de mim,
Aline.
Domínio
Tolo...
É aquele que pensa dominar...
Domínio é igual a pobres castelos de cartas...
Onde uma simples brisa; Faz tudo ruir...
Um dia acreditei dominar o meu destino...
Como fui tolo...
As linhas do destino são indomáveis...
Igual ao movimento do ar e da água...
Um dia tentei dominar meus versos...
Triste poeta fui... Quando tentei isso...
Meus versos são livres...E puros... Pois nascem do coração...
Um dia pensei dominar o mundo...
Como a maioria dos meus semelhantes já pensaram...
Como fui inocente em acreditar...
Que o mundo é dominável...
Quem domina o mundo...
É ele próprio...
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp