Carta de Carinho
Palavras ao Vento
Eu sempre acreditei na vida, desde muito pequeno, que existem pessoas na nossa história que elas são tão fundamentais, mas tão fundamentais que a gente não pode mais dizer um nome sem que a gente lembre do nome dela. A gente identifica os verdadeiros amigos, as pessoas essenciais na nossa vida no momento da muita alegria ou no momento de muita tristeza: são esses dois extremos que são capazes de revelar quem a gente ama de verdade. Quando você está alegre demais, aquelas pessoas que você gostaria de tê-las ao seu lado vendo as coisas que você está vendo. Quando você está triste quais são as pessoas que você gostaria que estivessem ali segurando a sua mão? Aí você verifica os seus verdadeiros amigos. Agora, por quê que eles ficaram? É um mistério! A gente nunca sabe dizer porque aquela pessoa ficou amiga da gente. Talvez porque ela tenha tido uma sensibilidade maior que os outros não tiveram, talvez porque elas olharam pra gente de um jeito mais aperfeiçoado, porque tiveram mais paciência com a gente, tiveram mais calma. Não é assim? Os amigos que vão ficar pro resto da vida, a gente pode ter sido enjoado, mas eu sei que na hora que precisar deles eles vão está do meu lado. Só por isso a gente suporta os defeitos dos outros...porque a gente sabe que mesmo que eu esteja na miséria ela vai está ali do meu lado; mesmo que eu perca tudo que eu tenho (...)
Eu achava engraçado porque as novelas mexicanas tem umas frases dramáticas (...) Tem uma frase de novela mexicana que eu sempre recordo, é uma que falava assim: “Meu filho, aconteça o que acontecer nós nunca vamos deixar de te amar”. E eu achava engraçado aquilo, mais cheio de significado. Dramático, né? Aconteça... Gente o que poderia acontecer de tão sério? Sei lá. De repente, você já não é o ser humano que você gostaria de ser. Que tenha dado tudo errado. E eu acho bonito isso, né? Não há condição para o amor nessa casa, aconteça o que acontecer. É aquela velha história: eu briguei com você,eu fiz tudo errado, eu te tratei mal, te destratei...eu fui injusto com você, eu te abandonei, mas de repente no meio da noite meu filho morre e você é a primeira pessoa pra quem eu tenho vontade de ligar. Isso é amor, não há outra chance! Eu não tenho medo que o outro não vá me receber, eu não tenho medo de que o outro vá me tratar mal, do mesmo jeito que o tratei. Eu não tenho medo de que o outro lado tenha resistência a mim. Não! O amor que eu sei que ele tem por mim é que me dá coragem de ligar no meio da noite e dizer: “Eu preciso de você agora, mesmo que você não tenha tido a oportunidade de me ter ao seu lado no momento em que você precisava!” (...) Isso é ser amigo de verdade, é quando não depende do tempo, de quantas vezes eu liguei pra você, quantas vezes eu fui atrás. Não, não, o laço que permanece, que independe do tempo. Que às vezes na correria da nossa vida, às vezes você não tem aquele tempo de cultivar, mas você sabe que ele está lá (...) Eu tô aqui!
Cada vez que eu me recordo a necessidade de ter alguém ao meu lado eu me lembro dessa frase:” Eu tô aqui!” Eu não faço estardalhaço, eu não crio muito barulho, eu não tô dando notícia, mas eu estou aqui!!! O tempo vai passar, as coisas vão ficar diferentes, pode ser que eu não tenha oportunidade de está aí, pode ser que eu não tenha oportunidade de chegar a tempo, mas fique sabendo que eu estou aqui! Que bom que essa frase tem o poder de repercutir em quem ama e talvez quem ame nem sabe o quanto isso repercute, porque experimentar da misericórdia pelo lado dos fortes não sei se tem muita vantagem... Eu quero ver a gente saber experimentar a misericórdia pelo lado dos fracos, quando você precisa ser amado, quando você precisa ser elogiado, quando você precisa ser aquele que sai do lugar para pedir ajuda. Aí nessa hora, neste momento você possa ver que as coisas poderão ser resolvidas com aquela presença que você sabe que não muda, que está ali, alguém que lhe assegura está ali (...) Não sei qual a possibilidade que eu tenho de está na sua vida, não sei de que forma eu possa está na sua vida...pode ser que de uma forma concreta, pode ser que você me conheça (...) eu gostaria de dizer pra você (...) que eu gostaria de continuar estando aqui e dizer: ”Eu estou aqui (...)!”
Todo mundo fica para baixo de vez em quando. Desanimar é próprio do ser humano, porque ninguém é de ferro nem pode ser forte toda vida. A fragilidade faz parte do crescimento, ajuda a gente a se fortalecer.
Mas desanimar não é desistir. Como uma onda que passa, o desânimo pode deixar uma devastação, mas sempre é tempo de se reconstruir. É a lei do progresso. Quando você se sente para baixo, pensando em desistir, algo na sua vida acontece que lhe dá uma mexida. É Deus falando com você, lembrando que tudo tem solução. Pode parecer que não, mas nada é definitivo, nem a morte, que é só um estágio de transição. Tudo pode ser refeito, desfeito e perfeito, porque a perfeição depende das suas expectativas.
Permita-se aceitar que você pode desistir. Isso dá um conforto danado na gente, porque retira de nossos ombros aquela cobrança que a sociedade impõe de que temos que ser persistentes. Você pode desistir, se quiser. Só não desista da vida, porque, sem essa, não dá para se fazer mais nada. A vida é nosso repositório de experiências. Sem elas, não avançamos.
Jogue tudo para o alto, mas lembre-se de que tudo o que sobe há também de descer. Quando isso acontecer, deixe cair o que não lhe serve mais e agarre o que lhe pertence. Você vai ver que isso não é desistir, mas usar a inteligência para se libertar do que pesa na alma para depois prosseguir com confiança, serenidade e, aí sim, persistência.
Não: devagar.
Devagar, porque não sei
Onde quero ir.
Há entre mim e os meus passos
Uma divergência instintiva.
Há entre quem sou e estou
Uma diferença de verbo
Que corresponde à realidade.
Devagar...
Sim, devagar...
Quero pensar no que quer dizer
Este devagar...
Talvez o mundo exterior tenha pressa demais.
Talvez a alma vulgar queira chegar mais cedo.
Talvez a impressão dos momentos seja muito próxima...
Talvez isso tudo...
Mas o que me preocupa é esta palavra devagar...
O que é que tem que ser devagar?
Se calhar é o universo...
A verdade manda Deus que se diga.
Mas ouviu alguém isso a Deus?
Elegia
Ganhei (perdi) meu dia.
E baixa a coisa fria
também chamada noite, e o frio ao frio
em bruma se entrelaçam, num suspiro.
E me pergunto e me respiro
na fuga deste dia que era mil
para mim que esperava,
os grandes sóis violentos, me sentia
tão rico deste dia
e lá se foi secreto, ao serro frio.
Perdi minha alma à flor do dia ou já perdera
bem antes sua vaga pedraria ?
Mas quando me perdi, se estou perdido
antes de haver nascido
e me nasci votado à perda
de frutos que não tenho nem colhia ?
Gastei meu dia. Nele me perdi.
De tantas perdas uma clara via
por certo se abriria
de mim a mim, estrela fria.
As arvores lá fora se meditam.
O inverno é quente em mim, que o estou berçando
e em mim vai derretendo
este torrão de sal que está chorando.
Ah, chega de lamento e versos ditos
ao ouvido de alguém sem rosto e sem justiça,
ao ouvido do muro,
ao liso ouvido gotejante
de uma piscina que não sabe o tempo, e fia
seu tapete de água, distraída.
E vou me recolher
ao cofre de fantasmas, que a notícia
de perdidos lá não chegue nem açule
os olhos policiais do amor-vigia.
Não me procurem que me perdi eu mesmo
como os homens se matam, e as enguias
à loca se recolhem, na água fria.
Dia,
espelho de projeto não vivido,
e contudo viver era tão flamas
na promessa dos deuses; e é tão ríspido
em meio aos oratórios já vazios
em que a alma barroca tenta confortar-se
mas só vislumbra o frio noutro frio.
Meu Deus, essência estranha
ao vaso que me sinto, ou forma vã,
pois que, eu essência, não habito
vossa arquitetura imerecida;
meu Deus e meu conflito,
nem vos dou conta de mim nem desafio
as garras inefáveis: eis que assisto
a meu desmonte palmo a palmo e não me aflijo
de me tornar planície em que já pisam
servos e bois e militares em serviço
da sombra, e uma criança
que o tempo novo me anuncia e nega.
Terra a que me inclino sob o frio
de minha testa que se alonga,
e sinto mais presente quando aspiro
em ti o fumo antigo dos parentes,
minha terra, me tens; e teu cativo
passeias brandamente
como ao que vai morrer se estende a vista
de espaços luminosos, intocáveis:
em mim o que resiste são teus poros.
E sou meu próprio frio que me fecho
Corto o frio da folha. Sou teu frio.
E sou meu próprio frio que me fecho
longe do amor desabitado e líquido,
amor em que me amaram, me feriram
sete vezes por dia em sete dias
de sete vidas de ouro,
amor, fonte de eterno frio,
minha pena deserta, ao fim de março,
amor, quem contaria ?
E já não sei se é jogo, ou se poesia.
Menino chorando na noite
Na noite lenta e morna, morta noite sem ruído, um menino chora.
O choro atrás da parede, a luz atrás da vidraça
perdem-se na sombra dos passos abafados, das vozes extenuadas.
E no entanto se ouve até o rumo da gota de remédio caindo na colher.
Um menino chora na noite, atrás da parede, atrás da rua,
longe um menino chora, em outra cidade talvez,
talvez em outro mundo.
E vejo a mão que levanta a colher, enquanto a outra sustenta a cabeça
e vejo o fio oleoso que escorre pelo queixo do menino,
escorre pela rua, escorre pela cidade (um fio apenas).
E não há ninguém mais no mundo a não ser esse menino chorando.
(...) e aí estás tu privado de Deus. E recusado. Vejo-te sentado no portal, tendo atrás de ti a porta da tua casa fechada, totalmente separado do mundo, que não passa do somatório de objectos vazios. Porque tu não comunicas com os objectos, mas com os laços que os ligam.
Como é que havias de subir até aí, quando te desprendes disso com tanta facilidade?
DIANTE DAS FOTOS DE EVANDRO TEIXEIRA
A pessoa, o lugar, o objeto
estão expostos e escondidos
ao mesmo tempo, sob a luz,
e dois olhos não são bastantes
para captar o que se oculta
no rápido florir de um gesto.
É preciso que a lente mágica
enriqueça a visão humana
e do real de cada coisa
um mais seco real extraia
para que penetremos fundo
no puro enigma das imagens.
Fotografia-é o codinome
da mais aguda percepção
que a nós mesmos nos vai mostrando,
e da evanescência de tudo
edifica uma permanência,
cristal do tempo no papel.
Das lutas de rua no Rio
em 68, que nos resta,
mais positivo, mais queimante
do que as fotos acusadoras,
tão vivas hoje como então,
a lembrar como exorcizar?
Marcas de enchente e de despejo,
o cadáver insepultável,
o colchão atirado ao vento,
a lodosa, podre favela,
o mendigo de Nova York,
a moça em flor no Jóquei Clube,
Garrincha e Nureyev, dança
de dois destinos, mães-de-santo
na praia-templo de Ipanema,
a dama estranha de Ouro Preto,
a dor da América Latina,
mitos não são, pois que são fotos.
Fotografia: arma de amor,
de justiça e conhecimento,
pelas sete partes do mundo,
viajas, surpreendes, testemunhas
a tormentosa vida do homem
e a esperança de brotar das cinzas.
Eterno! Eterno!
O Padre Eterno,
a vida eterna,
o fogo eterno.
(Le silence éternel de ces espaces infinis m'effraie.)
— O que é eterno, Yayá Lindinha?
— Ingrato! é o amor que te tenho.
Eternalidade eternite eternaltivamente
eternuávamos
eternissíssimo
A cada instante se criam novas categorias do eterno.
Eterna é a flor que se fana
se soube florir
é o menino recém-nascido
antes que lhe dêem nome e lhe comuniquem o sentimento do efêmero
é o gesto de enlaçar e beijar
na visita do amor às almas
eterno é tudo aquilo que vive uma fração de segundo
mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma
[força o resgata
é minha mãe em mim que a estou pensando
de tanto que a perdi de não pensá-la
é o que se pensa em nós se estamos loucos
é tudo que passou, porque passou
é tudo que não passa, pois não houve
eternas as palavras, eternos os pensamentos; e
[passageiras as obras.
Eterno, mas até quando? é esse marulho em nós de um
[mar profundo.
Naufragamos sem praia; e na solidão dos botos
[afundamos.
É tentação a vertigem; e também a pirueta dos ébrios.
Eternos! Eternos, miseravelmente.
O relógio no pulso é nosso confidente.
Mas eu não quero ser senão eterno.
O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.
Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus,
se sabias que eu era fraco.
Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.
Voltou-se e mirou-a como se fosse pela última vez, como quem repete um gesto imemorialmente irremediável. No íntimo, preferia não tê-lo feito; mas ao chegar à porta sentiu que nada poderia evitar a reincidência daquela cena tantas vezes contada na história do amor, que é história do mundo. Ela o olhava com um olhar intenso, onde existia uma incompreensão e um anelo, como a pedir-lhe, ao mesmo tempo, que não fosse e que não deixasse de ir, por isso que era tudo impossível entre eles.
Viu-a assim por um lapso, em sua beleza morena, real mas já se distanciando na penumbra ambiente que era para ele como a luz da memória. Quis emprestar tom natural ao olhar que lhe dava, mas em vão, pois sentia todo o seu ser evaporar-se em direção a ela. Mais tarde lembrar-se-ia não recordar nenhuma cor naquele instante de separação, apesar da lâmpada rosa que sabia estar acesa. Lembrar-se-ia haver-se dito que a ausência de cores é completa em todos os instantes de separação.
Seus olhares fulguraram por um instante um contra o outro, depois se acariciaram ternamente e, finalmente, se disseram que não havia nada a fazer. Disse-lhe adeus com doçura, virou-se e cerrou, de golpe, a porta sobre si mesmo numa tentativa de seccionar aqueles dois mundos que eram ele e ela. Mas o brusco movimento de fechar prendera-lhe entre as folhas de madeira o espesso tecido da vida, e ele ficou retido, sem se poder mover do lugar, sentindo o pranto formar-se muito longe em seu íntimo e subir em busca de espaço, como um rio que nasce.
Fechou os olhos, tentando adiantar-se à agonia do momento, mas o fato de sabê-la ali ao lado, e dele separada por imperativos categóricos de suas vidas, não lhe dava forças para desprender-se dela. Sabia que era aquela a sua amada, por quem esperara desde sempre e que por muitos anos buscara em cada mulher, na mais terrível e dolorosa busca. Sabia, também, que o primeiro passo que desse colocaria em movimento sua máquina de viver e ele teria, mesmo como um autômato, de sair, andar, fazer coisas, distanciar-se dela cada vez mais, cada vez mais. E no entanto ali estava, a poucos passos, sua forma feminina que não era nenhuma outra forma feminina, mas a dela, a mulher amada, aquela que ele abençoara com os seus beijos e agasalhara nos instantes do amor de seus corpos. Tentou imaginá-la em sua dolorosa mudez, já envolta em seu espaço próprio, perdida em suas cogitações próprias - um ser desligado dele pelo limite existente entre todas as coisas criadas.
De súbito, sentindo que ia explodir em lágrimas, correu para a rua e pôs-se a andar sem saber para onde...
Tudo é expressão.
Neste momento, não importa o que eu te diga
Voa de mim como uma incontenção de alma ou como um afago.
Minhas tristezas, minhas alegrias
Meus desejos são teus, toma, leva-os contigo!
És branca, muito branca
E eu sou quase eterno para o teu carinho.
Não quero dizer nem que te adoro
Nem que tanto me esqueço de ti
Quero dizer-te em outras palavras todos os votos de amor jamais sonhados
Alóvena, ebaente
Puríssima, feita para morrer...
CÂNTICO
Não, tu não és um sonho, és a existência
Tens carne, tens fadiga e tens pudor
No calmo peito teu. Tu és a estrela
Sem nome, és a morada, és a cantiga
Do amor, és luz, és lírio, namorada!
Tu és todo o esplendor, o último claustro
Da elegia sem fim, anjo! mendiga
Do triste verso meu. Ah, fosses nunca
Minha, fosses a idéia, o sentimento
Em mim, fosses a aurora, o céu da aurora
Ausente, amiga, eu não te perderia!
Amada! onde te deixas, onde vagas
Entre as vagas flores? e por que dormes
Entre os vagos rumores do mar? Tu
Primeira, última, trágica, esquecida
De mim! És linda, és alta! és sorridente
És como o verde do trigal maduro
Teus olhos têm a cor do firmamento
Céu castanho da tarde - são teus olhos!
Teu passo arrasta a doce poesia
Do amor! prende o poema em forma e cor
No espaço; para o astro do poente
És o levante, és o Sol! eu sou o gira
O gira, o girassol. És a soberba
Também, a jovem rosa purpurina
És rápida também, como a andorinha!
Doçura! lisa e murmurante... a água
Que corre no chão morno da montanha
És tu; tens muitas emoções; o pássaro
Do trópico inventou teu meigo nome
Duas vezes, de súbito encantado!
Dona do meu amor! sede constante
Do meu corpo de homem! melodia
Da minha poesia extraordinária!
Por que me arrastas? Por que me fascinas?
Por que me ensinas a morrer? teu sonho
Me leva o verso à sombra e à claridade.
Sou teu irmão, és minha irmã; padeço
De ti, sou teu cantor humilde e terno
Teu silêncio, teu trêmulo sossego
Triste, onde se arrastam nostalgias
Melancólicas, ah, tão melancólicas...
Amiga, entra de súbito, pergunta
Por mim, se eu continuo a amar-te; ri
Esse riso que é tosse de ternura
Carrega-me em teu seio, louca! sinto
A infância em teu amor! cresçamos juntos
Como se fora agora, e sempre; demos
Nomes graves às coisas impossíveis
Recriemos a mágica do sonho
Lânguida! ah, que o destino nada pode
Contra esse teu langor; és o penúltimo
Lirismo! encosta a tua face fresca
Sobre o meu peito nu, ouves? é cedo
Quanto mais tarde for, mais cedo! a calma
É o último suspiro da poesia
O mar é nosso, a rosa tem seu nome
E recende mais pura ao seu chamado.
Julieta! Carlota! Beatriz!
Oh, deixa-me brincar, que te amo tanto
Que se não brinco, choro, e desse pranto
Desse pranto sem dor, que é o único amigo
Das horas más em que não estás comigo.
Ao coração,
Os dias voam se arrastando, como quem quer e não quer acabar depressa. Suplico saber se todos eles serão assim. Com os mesmos traços, com o mesmo fim. Imagino de relance que tudo terminou, e antes do final tudo se reitera mais uma vez. No meu calendário não consta emoção, paixão e intensidade. Por onde andam? Se por acaso souberes, diga que venham aqui me aliviar desses dias vadios. Se puder também, traga junto com eles uma dose de sexta-feira com uma beira de sábado, pretendo acordar noutro fim de semana.
Porque isso, porque eu, porque assim ?
Me doi te ver triste, como se eu estivesse ligada a você, sentindo tudo junto e com a mesma intensidade.
Doi mais ainda te ver presa a alguma coisa que não esta te levando para frente e fazendo você se afundar no meio de um oceano de tristeza.
Vamos.. Reaja.. Eu sei que você é forte, sei que você ainda tem forças e que você não desiste fácil.
Eu sei que esquecer doi, que muda é mais dificil ainda e se afastar é pior.
Mas as vezes temos que fingir que esquecemos, temos que mudar o percurso da vida e afastar tudo aquilo que já não te faz bem.
Vamos.. Se levante dai.. Você esta quase ilhada de tristeza e afastando quem deseja o seu bem.
Você já conhece a pessoa e que para ela mudar, basta a própria pessoa querer.. E isso é o mais dificil.
Mudar ? Nunca vai ser fácil.. Ter que deixar algo para trás e modificar todo o caminho com novas escolhas.
Conhece aquele ditado.. Tudo que é bom dura pouco ?
As vezes tudo que é bom, pode durar segundos, minutos e até mesmo dias..
Mas tudo o que e bom dura o tempo necessário para ser inesquecível.
Ass. Silvia Godoi
Nestes poucos e dolorosos dias que você partiu para eternidade mamãe Sisi confabulando com minha dor cheguei a uma simples conclusão que nunca sabemos onde está uma despedida. Maravilhosa e cruel à vida! Tudo pode acontecer... Separar-se contém sempre a hipótese da despedida. Por isso, uma dor sempre se infiltra em cada afastamento.
Ainda que para ir ali pertinho e logo voltar... Um simples "até já" pode conter inimagináveis “nuncas”...
Tenho descoberto nestas mais de 50 horas que você partiu deste mundo minha mãe, que nada é mais importante que a atenção que damos para aqueles que amamos. Ao receber a noticia que você não estava mais aqui na “escola terra”, a vontade de ti abraçar foi tão grande que senti você em meus braços e meu coração se encheu de esperanças e mais certezas, que um dia voltaremos a estarmos juntas e com nossas almas mais preparadas e dispostas a viverem a plenitude do amor e da compreessão.
Em tão poucas horas que você fez a viagem mamãe consigo perceber como perdi tempo com brigas e discussões bestas... Com sua partida minha “mamita bebota”, Consigo perceber agora neste exato momento mamãe (28/01/214 as 4:42) tentando organizar,avaliar e expressar meus sentimentos em palavras que precisamos da destruição para renascer e se regenerar, por que o que pensamos ser destruição não passa de uma transformação. As minhas lágrimas de tristezas são inevitáveis minha florzinha mamãe, no entanto sinto que sofrer é uma opção, depois das 3 maiores despedidas de minha vida ( papai avô Tobias, Mamãe avó Dilma e agora a mamãe Sisi) consigo perceber que a separação representa um estado momentâneo que não significa o corte de uma relação ou ruptura de um vinculo afetivo, mas uma interrupção necessária para seguirmos o nosso próprio trajeto, na minha humilde opinião de alma atrasada que precisa e quer muito evoluir, definitivamente não existe perda! Como disse um grande filósofo: “ na natureza nada se perde tudo se transforma”. Segundo os ensinamentos espíritas que há muitos anos eu tento aprender e usar na minha vida (infelizmente a maioria das vezes sem sucesso) é preciso apreendermos a nos despedir do apego, aprender o desapego das coisas, das pessoas, dos costumes,das vontades, creio que desapego não é desprezo, e sim aceitar de boa vontade, essas transformações em nossas vidas, designadas por Deus.
O conhecimento espiritual que durante anos venho tentando absorver mostrou-me a necessidade do fim, que na realidade não é fim e sim o recomeço, ou um novo começo! A REGENERAÇÃO...O corpo orgânico morre, porém a alma liberta-se, e torna-se espírito livre, portanto, para mim, MORRER SIGNIFICA UMA NOVA VIDA! COMO ESCREVEU KARDEC “O QUE CHAMAIS DESTRUIÇÃO NÃO PASSA DE UMA TRNSFORMAÇÃO ...
Mamãe fica tranquila aí onde você está, que esta dor que eu estou sentindo vai passar, e logo vai dar espaço para recordar as lindas pérolas que nos deixaste... Te amo muito e sempre te amarei até o amor não conseguir lembrar dos começos e dos temporários finais....
No mais...
No mais do que se pode falar
O Amor é muito fascinante
Ele é a única força capaz de mudar
Tal é curioso muito interessante;
No mais do que se pode imaginar
Ele é incrível, é infinito
É esplêndido poder provar
Quem o faz, de certo não possui inimigo;
No mais tem tantos tipos de amor
Tem aqueles ciumentos
Ora tem aqueles que curam a tamanha dor
De estar só, e de repente rodeado de ternura vivendo;
No mais o que se encontra em meu peito, é pura intuição
Tipo, aprendi com mamãe não pode brincar de amar
Afinal vale muito um coração
Pra qualquer um entrar;
No mais... só quero declarar
Que meu coração ta aí pra fazer morada
Primeiro Jesus já esta e sempre vai morar
por isso te peço não seja só minha namorada
Mas seja aquela que um dia eu sonho em pra sempre amar
Tanto faz.... mas no mais!?
Lembro-me de quando nos conhecemos, parece que foi ontem.
Você restava com sua farda do colégio com o nome escrito em sua costa. Confesso que fiquei curioso sobre essa pessoa, e então fui puxar assunto para conversar, ficamos a aula inteira jogando algum jogo (acho que era Geometry Dash), e desde desse dia não paramos de conversar e ficar longe um do outro.
No entanto tínhamos somente amizade, eu queria algo a mais, mas éramos novos demais para termos algo, mas eu sempre pensei em você do meu lado e hoje eu posso tê-la comigo.
Confesso que já tivemos nossos altos e baixos, e estamos tentando recuperar bastante tempo perdido. Portanto, estamos conseguindo, pois em cada abraço seu, cada beijo seu, cada cheiro seu, cada som que sai de sua boca, e cada movimento que você faz... Eu os observo e aproveito cada momento que se tem para que fiquem em minha memória.
Sei que sua situação não é fácil, mas sabes e conheces a minha pessoa, nunca que eu iria deixar você enfrentar tal situação sozinha.
Você teve a maior sorte do mundo, e nem tinha se tocado, mas ela voltou e eu estou de volta para você.
Não deixe de acreditar no amor, mas certifique-se de estar entregando seu coração para alguém que dê valor aos mesmos sentimentos que você dá, manifeste suas ideias e planos, para saber se vocês combinam e certifique-se de que quando estão juntos aquele abraço vale mais que qualquer palavra.
Nota: Trecho de texto muitas vezes atribuído de forma errônea a Luis Fernando Verissimo, mas que é de François de Bitencourt
...MaisSeja. mas antes de ser por inteiro seja dos outros.e antes que se entregue por completo á alguém saiba que ninguém pertence a ninguém, e que você é seu. Você não é aquilo que sua vida é. Você não é o momento que você vive nem o amor perdido. Você é aquilo que ninguém vê. Uma coleção de histórias, estórias, memórias, dores, delícias, pecados, bondades, tragédias e sucessos, sentimentos e pensamentos. Se definir é se limitar. Você é um eterno parênteses em aberto. Enquanto sua eternidade durar.
Muitas vezes os nossos relacionamentos de amizade são uns fracassos porque somos imaturos. Amigos não são o que imaginamos, mas o que eles são e com todos os defeitos. Amizade é processo de maturidade que nos leva ao verdadeiro encontro com as pessoas que estão ao nosso lado. Elas têm todos os defeitos, mas fazem parte da nossa vida e não a trocamos por nada deste mundo. Isso porque temos alma de cristão e aquele que tem alma de cristão não tem medo dos defeitos dos outros, porque sabe que aqueles defeitos não serão espelhos para nós, mas seremos um instrumento de Deus para ele superar esse defeito.
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