Carta ao Meu Pai

Cerca de 576 carta ao Meu Pai

⁠"Meu pai era analfabeto. Não sabia assinar nem o próprio nome, mas
na escola da vida foi um mestre...
Agradeço a Deus, por ter tido um pai maravilhoso, que partiu deixando saudade, nenhum bem material, mas, excelentes lições de vida e lembranças boas,que superam qualquer fortuna.
Sempre a saudade vem colocar lágrimas em meus olhos.
Nunca vou esquecer aquele dia vinte de fevereiro de dois mil e seis..."

Inserida por evertonlimaoficial

⁠Livra-me de todo mal meu Pai Celestial

Às vezes, a gente pede que Deus nos livre de todo mal, como se num passe de mágica, ele fosse tirar do nosso caminho toda a maldade que estiver vindo ao nosso encontro e ficamos frustrados quando isso não acontece. A gente não para, para pensar que nos livrar do mal, pode ser simplesmente Ele nos dar sabedoria necessária para reconhecer a maldade, a fúria, a inveja, a vingança, a falta de respeito, a intolerância, o ódio disfarçado de bem querer e nos afastar, sem sair de perto Dele. Nos livrar do mal é receber de Deus discernimento para fazer boas escolhas, as que tiverem menos espinhos no caminho e saber escolher os melhores sapatos para cada trecho. Nos livrar do mal é não nos deixar contaminar pela ingratidão e ter olhos capazes de enxergar a grandeza de Deus em todas as coisas vivas do planeta. Nos livrar do mal também é administrar a paciência, confiar em Deus e esperar que no tempo certo a sua promessa se cumpra.

Inserida por ednafrigato

⁠Meu Pai, Meu Rei
Meu pai era um homem simples, mas sua presença era marcante. Ele tinha o hábito de chamar os amigos de “Meu Rei”, e essa expressão carinhosa se espalhava por onde passava. Sua alegria era contagiante, e todos se sentiam bem ao seu lado.
No entanto, ele tinha um defeito: a bebida alcoólica. Essa luta constante era parte dele, mas não definia sua essência. Sua qualidade mais admirável era a honestidade. Ele nunca escondeu suas fraquezas, mas também nunca deixou de ser verdadeiro consigo mesmo e com os outros.
Sua fé em Nossa Senhora era comovente. Ele rezava com devoção, e sua crença era visível em cada gesto. Era lindo de se ver alguém tão sincero em sua espiritualidade.
Meu pai partiu, mas deixou um legado. Ele me ensinou a ser autêntico, a valorizar a honestidade e a ter fé, mesmo nos momentos difíceis. Hoje, sigo seus passos, lembrando-me sempre de ser quem sou, com todas as minhas imperfeições e virtudes.
E quando ele me chamava de “Lambuzinha”, eu não entendia, mas agora sei que era um carinho. Como o pássaro “lambuzo”, que voa livre e contente, assim era nosso amor, simples e envolvente.
Saudades tenho de suas gargalhadas, as mais engraçadas, suas piadas sem graça mas que nos animavam, seu jeito tão sem jeito, sua braveza, sua energia. Meu pai, você se foi, mas tudo isso está vivo em mim. Você se orgulhava em dizer “essa é minha filha mais velha”, e eu me orgulho em dizer “esse é o meu pai, meu melhor amigo, meu herói”. Te amarei eternamente. 🌟❤️

Inserida por camarapaulaana

O Carneiro

Quando eu tinha 5 anos morava em Monchique. Estávamos na rua da casa. Eu meu pai, mãe e meus irmãos! De repente passaram pela rua um certo número das ovelhas de meu pai. Mas vinha um carneiro também. O carneiro avançou sobre mim às marradas, a mim. Eu me levantava, mas o carneiro me voltava a marrar. Aí eu caía e me levantava, mas o carneiro me marrava e eu caía. E isto só parou quando já não sei quem, alguém da familia me foi acudir! Aí eu ainda hoje penso no assunto!

Inserida por Helder-DUARTE

⁠Para Deus.

A benção meu Pai.
Senhor dos Senhores, digno de toda honra e glória e louvor.
Tu és Santo.., Santo..
Hoje vim descrever a carta que deveria ter escrito à muito tempo..
Tu sabes bem que eu preciso de um esposo. Então aqui está o que vem em meus sonhos .
Que ele seja Gentil e amoroso, sempre educado e calmo, bonito, olhos castanhos claros, cabelos negros e pele clara. Mais alto que eu. E um pouco forte para que possa me proteger.
Que seja atencioso, sincero
Fiel e carismático.
Também que seja prestativo, paciente, e honesto.
Que tenha condições financeiras boas e o principal. Seja temente e fiel ao Senhor. Que neste momento esteja orando tbm por mim. Para me encontrar. Que anseie pelo nosso casamento. Que vele pelo meu sono e que seja provedor.
Que me olhe nos olhos ee faça carinho. Que me encha de beijos e abraços . Que me faça surpresas e me leve pra jantar. Que seja romântico, que saiba cozinhar. Que se vista bem. Que aceite meus filhos, que me respeite e respeite os meus filhos tbm. Que seja presente em tudo o que eu precisar. Que seja incrível e que possamos viver juntos e fortes nos altos e baixos da vida. Que não tenha muito ciúme..mas que cuide de mim como uma pedra preciosa. Que ore ao Senhor e saiba ser grato. Que reconheça seus erros e seja sincero. Eu creio que Tu oh meu Senhor, podes me dar muito mais de tudo isso. Tudo o que eu penso, ou passa imaginar. Espero em Ti.

Inserida por Prigomez


SABEDORIA DO SILÊNCIO

Tenho mais recordações do som das chineladas do meu pai, do que o som da sua voz, mas aprendemos mais com atitudes do que com palavras e no silêncio da sua voz ele me ensinou 3 coisas.

1°= A família é a coisa mais importante na vida de uma pessoa
2°= A palavra do homem tem que ter mais valor do que dinheiro.
3°= Amizade tem que ser tratada com amor e respeito, porque podemos contar nos dedos quantos amigos fazemos ao longo da vida.

Inserida por Beto1978

⁠Meu pai
Meu pai me ensinou a ser forte e corajosa.
Me ensinou a ser firme.
Ele me deu escolhas e, com cuidado e amparo, ensinou que a vida é rica de possibilidades.
Me mostrou que o erro faz parte das conquistas, me ensinando a cair, sem vitimismo e com autorresponsabilidade.
Me ensinou que a dedicação aos estudos oportuniza e que o conhecimento abre portas e possibilidades. Me ensinou a ficar sempre atenta aos meus dons e me ajudou a descobrir quem sou e o que realmente é valioso ter e ser para caminhar pela vida.
Me ensinou que sou um ser imperfeito e foi duro nos meus erros. Mas, logo depois, com a mão estendida, me ensinou a ser paciente e tentar de novo, acreditando que eu poderia ser e fazer melhor.
Me ensinou a gostar de quem eu
sou, como sou, do meu jeitinho. Mas, me ensinou que a mudança faz parte do crescimento.
Me Ensinou que é possível ser mais e mais, que não devo nunca me limitar.
Me ensinou que eu posso ser melhor do posso imaginar.
Ensinou que é eu preciso me proteger e me preservar, mas que a exposição pode
me levar a lugares nunca imaginados.
Me ensinou que a energia da vida se alimenta dos sonhos.
E que para alcançar um um desejo é necessário garra, fé e persistência.
Me ensinou que sou livre, mas que no percurso da vida dependemos uns dos outros.
Me ensinou a correr atrás dos meus objetivos, a buscar a excelência, a acertar e vencer desafios.
Mas, que o erro e frustração são desafios da vida.
E, mais importante, meu pai sempre me
deu a certeza que, quando fosse preciso, estaria ali, com um abraço aconchegante para me abrigar.
Texto: Mariana Lavigne - 2024

Inserida por Lavignemari

⁠Em uma casa onde a traição era rotina,
Eu, criança, via o mundo de forma clandestina.
Meu pai, com outra, na rua, sorrindo em seu ritual,
E à noite, voltava pra casa, fingindo ser normal.

Meus irmãos, em disputas, um contra o outro na luta,
Enquanto minha mãe, com palavras brutas, me feria, impoluta.
Aos dez anos, palavras cruéis eu escutava, doía demais,
Mas na minha alma, uma força surgia, um raio de paz.

Mas cresci, encontrei força e luz no caminho, Transformando cicatrizes em meu moinho, Nesse lar turbulento, com carinho, Recebi asas e voei, sozinho.

Inserida por Amandamarttins

⁠Senhor Deus

Senhor, meu protetor.
Guarde a minha alma por favor.
Senhor, meu pai.
Ensine-me sempre com amor.
Senhor, meu guia.
Guie-me sempre com alegria.
Senhor, meu detentor.
Faça-me crescer em fé e sabedoria.
Senhor, meu salvador.
Perdoe todos os meus pecados.
Senhor, meu Deus.
Faça de mim um exemplo de fé.
Senhor, meu redentor.
Quero crescer no seu amor!

Inserida por RenatoFreitas

⁠Meu pai sempre me contava essa história, de uma Rainha linda e sua cobra.
Era uma vez uma cobra enorme que por onde passava, o homem se assustava, recebida com paus e pedras em toda cidade que passava.
Um homem parou a sua frente empunhando uma espada, ele a desafiava.
O homem lutou bravamente, mas o resultado já era esperado, ele morreu envenenado.
Todos os vilarejos que a cobra passava a história se repetia, um homem valente morria e o povo se escondia.

Em um belo dia, um famoso cavaleiro desafiou a cobra para um combate, o povo eufórico se reuniu para assistir a épica batalha. Um cavaleiro ambisioso que de muitas guerras só conhecia o sabor da vitória, iria cortar a cabeça da cobra para ficar na história.
E do outro lado havia a cobra, que para ela não passava de mais um homem que a incomodava, basta dar um bote e todo aquele alvoroço terminava.

Para a surpresa do povo, antes do primeiro golpe o cavaleiro veio ao chão, o povo ficou espantado, pois não era ela que devia ser o campeão.
Todos saíram correndo como era o costume, exceto uma garota, uma pequena camponesa qualquer que para a cobra olhava toda admirada. E a cobra por sua vez ficou sem entender nada.
Preparando mais um bote esperando que a garota fugisse assim como os outros, logo ela descobriu que como os outros ela nada se parecia, em troca de sua piedade, houve um gesto de amizade, a garota estica os braços e lhe entrega uma simples maçã vermelha.
O tempo passou e a fama se espalhou, a bela domou a fera.
A garota mostrou a cobra um sentimento que antes não conhecia, pois onde havia raiva e dor, ela mostrou que também pode se cultivar amor.

Uma pequena camponesa de nome incerto criava ovelhas com seu pai na encosta de uma montanha, toda manhã ela viajava até a cidade para vender lã, enquanto seu pai tinha uma tenda de maçãs logo mais na praça. E como toda manhã ela ia até seu pai pegar uma bela maça para seu café.
Em um dia qualquer, a jovem foi para a cidade vender suas lãs como de costume, e ao se dirigir para a tenda se deparou com ela vazia, seu pai não estava lá e para falar a verdade nenhum morador também estava deixando todas suas mercadorias a céu aberto.
Até que nesse momento passa duas crianças correndo para a entrada da cidade e ela sente que precisa ir naquela direção, atravessando um tumulto de pessoas que lá se encontravam, ela se depara com seu pai empunhando uma espada frente a frente com a serpente.
Essa foi a última vez que ela viu seu pai.
Alguns anos mais tarde, uma notícia diferente corria pelas ruas da cidade, um cavaleiro destemido que iria enfrentar a maior das feras. Com uma carruagem cheia de maçãs se dirigiu para está cidade tão falada, para vender maçãs e ver a luta tão aclamada.

Chegando lá, a luta já se desenvolvia, o tumulto aparecia e o cavaleiro sorria,
Por um breve momento ela lembra de seu pai e vê a historia se repetir, o povo fugindo, o cavaleiro morrendo, a espada bradando ao chão, ficando apenas uma menina com uma maça em uma das mãos.

Essa era a história que meu pai contava sobre nossa rainha, não à muitos registros de como ela chegou no poder, dizem que foi um presente de sua serpente.
Mas o que realmente importa é mostrar que nossa rainha é diferente, não por ter uma cobra gigante e sim por ter o dom, o dom de perdoar.

Inserida por willianmenin

⁠Quando era criança, meu pai sempre cuidava de mim porque estava afastado do trabalho devido a cirurgias em ambos os ombros. Ele me levava e buscava no ônibus e aproveitava os momentos comigo. Em uma cena, ao descer do ônibus, meu pai desceu primeiro e o ônibus fechou a porta, fazendo com que ele tivesse que caminhar acelerado. Eu fiquei paralisada, com os olhos e o corpo congelados, e vi meu pai assustado e correndo. Não consegui gritar nem chamar por ajuda; pensei que minha intimidade estava se rompendo naquele momento. Esforcei-me para mostrar a mão para uma pessoa sentada, e ele gritou. Desci abraçada de forma forte e quente, com meu pai dolorido por correr e sofrer com os tratamentos, e ele me pegou.

Enfim, o nome dele é Argeu Bezerra Lima, melhor herói.

Inserida por lglimadeaf

⁠Carta ao meu pai
É pai, às terças-feira e os dias 10, serão inesquecíveis pra mim. Deus escolheu o dia 10 de março de 193, uma terça-feira, para trazê-lo ao mundo, e coincidentemente, também escolheu a terça-feira dia 10, para leva-lo à morada eterna. Pai, por muitos anos, DE LONGE, o senhor foi a pessoa que mais amei, defendi e me espelhei. Talvez, motivada pela luta árdua que enfrentamos eu não tenha conseguido ser para o senhor o que eu mais queria. Se o senhor era um homem perfeito, longe disso... más talvez, por sermos tão parecidos na personalidade, eu te entendia e defendia mesmo quando eu tinha ciência de que o senhor estava errado. Pai, o senhor era um homem, fisicamente lindo e eu quando criança, tinha orgulho de dizer aos outros que era MEU PAI. Estudou tão pouco, era inteligente e, pra mim, graduado na escola da vida. Pai, hoje olho para as minhas mãos, tão parecidas com as suas e elevo aos céus, pedindo ao Pai Celestial um lugar especial para ser sua morada. Pai, com o Senhor, desde muito cedo, compreendi o significado das palavras lealdade e justiça. Muitas vezes, devido ao nosso temperamento, tão iguais, e falta de paciência, fomos confundidos como pessoas duras e ásperas. Más, só quem verdadeiramente, nos enxergou pela alma, sabem quem, verdadeiramente, somos. Carrego a certeza de que os seus valores e princípios eram inegociáveis, assim como os meus também, são. Viverei assim, os dias que me restam, sendo justa, leal e fiel a todos... até com quem um dia não nos comprendeu. Obrigada pai, pelos seus 62 anos, 115 dias e algumas horas de casamento com minha mãe, mesmo, após estar doente, cuidou e honrou o que prometeu a Deus. Hoje, choro a falta, imensurável, que o Senhor me faz! Pai, aí de cima, desejo que sinta meu abraço caloroso, que meu amor chegue até o senhor... Obrigada por tudo e até o dia que nos encontramos na eternidade. Sua filha, que o Senhor sempre se referia como sendo:" minha filha mais velha!"

Inserida por lourdes_de_paiva

Meu pai

Minha mãe me ensinou o que é o amor
Meu pai a forma como eu mereço ser tratada

Hoje em dia tenho minhas paixões
Que insistem em me tratar mal
⁠Na real...

Não me tratam mal
Papai me ensinou
Que mesmo batendo em minha cara
Não é para haver dor

Ele não para de me bater
Mas é tudo amor

Sorrio para ele
Queria realmente que fosse amor
Mas desde quando o amor
É demonstrado pela dor?

Obrigada papai

Inserida por Aprendendocomador

⁠Desesperança
Destemperança
Desassossego
Desaconchego
Mas eu me sinto bem.
A falta do meu pai
A bolsa de Xangai
O grito no sussurro
Ler Dom Casmurro
Eu me sinto bem.
A força do vento
O peso do tempo
As águas de março
A sobra de espaço
Mas me sinto bem.
O Furacão Milton
A Morte do Ilton
A cólera da vida
A cicatriz e a ferida
Me sinto bem.
A falta de certeza
Os ritos de beleza
O triângulo da tristeza
O fim da natureza
Me sinto bem.
Apesar dos pesares
Da fúrias dos mares
Da queda dos pilares
Do incidente em Antares
Ainda me sinto bem.

Inserida por ricaardomf9

Casa de meu pai e cinzas
*
⁠Adentro a casa habitada por meu pai desde menina
- agora espírito!
Estranho a sua ausência...
Onde está o ser vivo
de matéria carbonada de infinitos?
*
Dos céus, estrelas caem, cadentes,
sobre minha existência.
Deixam-me a pensar na vida:
__ Como pode, aquele ser,matéria viva,
ser hoje, espalhadas cinzas?
*
Enfim, a madrugada finda...
*
2024

Inserida por hidely_fratini

Entrego a Ti minha oração.

⁠Meu Pai e suficiente Deus, tem horas que eu penso em desistir de tudo e me sinto envergonhado em algumas situações que eu mesmo causo por presumir estar falando o que Deus quer que eu fale; quando, na verdade, são as minhas emoções ou o que estou vendo e o que acho ser.
Sinto-me triste; pela tristeza que sinto crescer em meu coração e toma conta de todo meu ser. Porque não queria ser ou agir assim, desta maneira. Vontade sinto de me isolar e ficar trancado em casa e não me comunicar com ninguém; isso é o que penso, sinto e procuro não fazer, para não constranger quem me rodeia, por acharem ou pensarem, serem eles os culpados por minha decisão.
Deus te pedirei mais está vez, me ajuda a ser educado e ensinado através do teu Santo Espírito, para não ser o que quero e muito menos o que desejo. Por hoje entender com clareza e tendo convicção, que só poderei ser o que o Senhor quer quem eu seja. Ajuda-me em tudo aquilo que ainda preciso aprender, também a aceitar, por saber que nada sou sem tua presença em minha vida.
Perdoa-me pelos e por cada erros; que tenho cometido sem a intenção de fazê-lo, também a cada um que fiz consciente do que estava praticando e suas consequências. Sei que se tentar querer encontrar justificativas para cada uma de minhas ações certas ou erradas. Estarei querendo apenas aparecer ou ter aparência de que sou perfeito e bom. E sei que nunca serei e jamais alcançarei a perfeição em mim mesmo; por saber que tenho muitas falhas, defeitos tão reais e notórios em falas, gestos e atitudes.
É por isso que procuro me achegar a Ti através de seu filho Jesus Cristo; e nesta busca diária e constante no decorrer de cada dia; tenho me apercebido o quão insignificante sou, o mais miserável entre os homens e necessitado de sua misericórdia e compaixão. Para que dos meus lábios possam sair o mais perfeito sacrifício de louvor, reproduzido e criado no coração, forjado nas profundezas da alma; para o engrandecimento e exaltação do seu Santo nome; obrigado por me ouvir; obrigado por me compreender e obrigado por aceitar meu simples e breve clamor.
Continua fazendo parte da minha vida, da minha família e tudo o que está em minhas mãos e também a minha volta. Por confiar e ter fé em tua palavra e em tudo o que me tem prometido, mesmo sendo cheio de falhas; entrego está oração em teu altar para eu poder ter a sua aprovação no que é dá sua vontade me ser concedido; amém...
Ricardo Baeta.

Inserida por RicardoBaeta

⁠AS MÃOS DE MEU PAI

As mãos de meu pai possuem calos e visíveis veias.
Mãos que seguraram meus braços, mãos de quem guerreia.
Que doem com os machucados da enxada, da picareta, de capinar terrenos.
De orar por provisão, de chorar quando só Deus estava vendo.
A vizinha se desesperou, matou os filhos e se suicidou, todos tomaram veneno.
Há coisas que nunca me contou, mas muito sofrimento aquele olho já viu.
Corajosas, aquelas mãos construindo a casa, chegou o inverno e a casa caiu.
Frustradas outrora, quando nada tinha para tomar café.
Faltou pão, faltou água e até eletricidade, não faltou a fé.
Nadavam em direção ao barco, para buscar o sustento no mar.
Câimbras musculares, língua embolada tentando gritar.
Socorro! Um barco, dois jovens aparecem e acodem.
Lágrimas e risos de alegria pela vida poupada eclodem.
Aqueles calos acompanhando um olhar para baixo de insatisfação.
O palito de dente, partido em milhões de pedaços, esmagado na mão.
Potente, resistente e exemplar. Um guia, um líder, um norte para imitar.
Foi o resultado, o produto de um labor daquela mão a sangrar.
No remo, na pá, no tijolo e cimento, buraco cavado, é mais um pilar.
Agora não é só início de derrame, braços formigando, joelho a cambalear.
É a guerra dos anos, afetando a rótula, o sangue, mas nunca o sorriso.
Pronto, soldado, amigo, professor se for preciso.
Voa sentado, andando, em minha mente vem me abraçar correndo, assim como o cavalo galopa.
As mãos de meu pai, criaram gaivotas, que voaram do Brasil, tiveram filhotes na Europa.
Lá dói a saudade, onde beira o frio que congela o rio e embranquece a montanha.
Conto para todo mundo, que lá no norte tem sol e praia, boa comida e peixe assado na banha.
E também tenho amigos, parentes, gente feliz, adultos e crianças.
Mas as mãos de meu pai, que me fazem tanta falta, é a minha maior lembrança.

Sergio Junior

Inserida por SergioJunior79

Em um belo sábado, meu pai me enviou uma imagem,
Ao abrir, uma flor radiante, a gerbera, em sua linguagem.

Perguntei-me qual seria o significado desse presente,
E mergulhei na busca por sua conexão envolvente.

Descobri que a gerbera é símbolo de alegria e vitalidade,
Um lembrete da beleza efêmera, da vida em sua plenitude.

Assim, entendi que essa flor era um convite à vivacidade,
Ao colorir meus dias com o brilho da felicidade.

Cada pétala, um lembrete do poder de renovação,
Uma inspiração para abraçar cada momento com paixão.

Desde então, a gerbera se tornou mais do que uma flor,
É um lembrete constante de viver intensamente, com amor.

Inserida por samiabemvindo

⁠O carroção e a bicicleta.
Meu pai, na década de quarenta, foi carroceiro. Trabalhava numa fazenda, aí em Santa Mariana. O serviço dele, conforme ele nos contava, consistia no transporte de cereais de Santa Mariana para Cornélio Procópio ou vice versa. A carroça ou carroção era tracionado por seis burros. Todos com nome. Muitos anos passados ele guardava o nome de cada um deles, Aquilo era um trabalho bastante pesado. Como ele dizia, cada "viagem" era uma aventura. Ele conduzia aqueles animais com um chicote que, dizia ele, tinha uns quatro metros de comprimento. Detalhe, estalava sempre próximo do animal, que respondia com mais força no trabalho. Ele nunca judiava dos animais.Uma vez, conforme a história dele, choveu o dia todo. A estrada praticamente deixou de existir, estava intransitável. A carroça já tinha atolado várias vezes, e como estava bem carregada de sacaria, chegava a encostar o eixo no chão. Naquela lida, barro, chuva,frio, trovões e raios, que não paravam, os animais já ofegantes, cansados e como dizia ele:. bufando fumaça, continuavam tentando tirar a carroça do atoleiro. Foi quando ele começou a escutar um barulho de alguém andando de bicicleta e o barulho foi chegando,mas dado a escuridão, um breu,dizia ele, nada se via, mas o barulho foi aumentando,e Quanto mais próximo, mais os animais ficavam inquietos e até zurravam, De repente um raio muito forte clareou grande parte do local onde ele estava e ele pode ver a bicicleta passando ao lado dele, normalmente, no barro e sobre ela um vulto todo de branco com umas luzinhas no lugar dos olhos. Bem difícil de pegar no sono,depois que ele contava essa história. Vai saber!

Inserida por IvoMattos

⁠O MEU PAI SALVOU UM HOMEM, O MEU TIO OUTRO


Por Nemilson Vieira de Morais (*)

Por ocasião das eleições municipais na minha cidade…
O clima político em Campos Belos, nessas disputas se elevava.
Era comum as discussões a cerca de um ou outro postulante a uma cadeira administrativa.
Nem sempre esses embates ficavam somente no campo das ideias: em dados momentos, os ânimos se acirravam, e as agressões deixavam de ser verbais e, iam às vias de fato.
O povo compareciam aos comícios, para apoiar e ouvir os discursos inflamados dos distintos candidatos.
Geralmente esses encontros eram realizados em carrocerias de caminhões posicionados em locais estratégicos, pelas ruas da cidade, distritos e fazendas.
Eu mesmo andei a discursar numa dessas ocasiões, na campanha do deputado José Freire, e outras lideranças políticas estaduais e locais.
Alguns candidatos passavam dos limites nas promessas que faziam. Não cumpriam o prometido. “Desde aquele tempo a ‘mentira’ no mundo da política comandava o espetáculo.”
Havia perseguições políticas por parte de alguns mandatários, principalmente quando o eleitor declarava publicamente outra opção do seu voto.
O ir e vir das pessoas nas ruas nos dias da votação eram intensos.
Alguns pais precavidos orientavam os seus filhos a não participarem daquela agitação toda, e muito menos das questões políticas. Opor-se ao governo (nos três níveis) não era recomendável. No dia da votação a minha mãe ficava a orar a Deus, para que tudo ocorresse em paz, naquela disputa; pedia a nós que não saíssemos de casa: era “perigoso!” Não dava para saber o que poderia acontecer.
Os candidatos a vereança e a prefeitos compareciam aos seus redutos eleitorais; a tirar fotos com o povo e ouvir as reclamações dos moradores. — Visitar escolas, comunidades, hospitais; inaugurar comitês, reuniões com apoiadores, fazer as suas últimas promessas…
Um dos candidatos a prefeito esbanjava carisma: o Adelino, filho da terra, já havia administrado a nossa cidade. O outro candidato não me lembro bem quem era, mas, a campanha ia num bom nível. Qualquer um dos ganhadores estávamos bem representados.
Ao aproximar-se o momento da prova dos nove. Em que as urnas iriam falar. Um dia à tarde próximo à votação o João (preferi assim o chamar) eleitor de um dos candidatos tomava uns aperitivos a mais e jogava conversa fora, no bar do Elias. O Lázaro eleitor dum outro andava armado sem uma autorização, e sem ser incomodado pelas autoridades competentes adentrou-se ao ambiente e logo começou a discussão política. Decisão que quase causaria uma tragédia maior: saltou para fora da venda, num respeito ao proprietário e convidou o João para resolver a questão na rua. — Na bala. O convidado não pensou duas vezes e mais que depressa atendeu o chamado. Como uma serpente a dar o bote na presa. O Lázaro negou o corpo e sacou da cinta um revólver de todo tamanho à vista dos nossos olhares atônitos, já pronto a cuspir fogo no ralar da espoleta.
O João ao ver a arma apontada na sua direção saltou no seu algoz como um atacante na hora de fazer o gol: perdeu o pulo e caiu.
Debruçado na terra fria e pedregosa, aos pés do inimigo só a misericórdia de Deus, e ela fez-se presente…
O Lázaro só teve o trabalho de mirar a arma na cabeça de João e apertar o gatilho. — Bam! — Ai!
O projétil do disparo cravou-se numa das suas mãos que, mesmo atingido levantou-se e atracou-se com o seu rival. O sangue esvaia-se…
João por cima de Lázaro quase toma uma facada de graça de terceiro…
Um sujeito miúdo, amarelo feita a goiaba madura, ao lado a observar tudo e com vontade de entrar na confusão tomou as dores de Lázaro: aproximou-se mais e puxou da cinta uma enorme peixeira, que parecia um punhal procurava o melhor lugar para sangrar o João. — Descia do alto da cabeça a sua mortífera lâmina fria na direção do vão da clavícula do pobre.
De repente o forte grito do meu pai ecoou pela Rua do Comércio afora: “Não faça uma coisa dessa com o rapaz!"
O homem voltou com a faca para a bainha imediatamente.
O João a lutar e relutar sozinho para tomar a arma do inimigo nem percebeu o tamanho do risco que correu. — Morreria sem saber do quê.
De tanto esforçar-se, com um joelho flexionado sobre Lázaro no chão, o João já o dominava.
A arma do seu inimigo político já estava na sua mão, quando o tio Elias entrou em ação e a tomou.
Salvou o Lázaro da morte e o João da prisão. — Por certo.

*Nemilson Vieira de Morais
Acadêmico Literário.

Inserida por NemilsonVdeMoraes

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