Cálice
Mais Amor,
Menos Dor,
se possível for,
peço ao Criador.
E quando o cálice for meu,
Ele, o meu Deus,
me ajuda a suportar,
sem reclamar.
Com a pedra, eu te conheci.
Com a câmera, me aventurei.
Com o prisioneiro, eu fugi.
Com o cálice, me apaixonei.
Com a ordem, eu lutei.
Com o enigma, eu chorei.
Com as relíquias, ainda sinto dor.
Por saber que você acabou!
E o cálice transborda...
Em situação de stress: CUIDADO!!! Para bom entendedor ou mal entendedor, um pingo é tudo que faltava... E o cálice transborda...
No usufrui do cálice da vida, o brilho inconfundível de seu sorriso contempla o enxergar de um anjo em preencher o vazio do esquecimento de uma vida interligada pelas lembranças de momentos eternos em sua vida entorno de seu eterno recomeço.
Exibia o melhor de seu corpo atlético perfeito, como um requintado cálice disfarça o seu amargo ou até vazio conteúdo.
Exibia o melhor de seu corpo atlético perfeito, como um requintado cálice disfarça o seu amargo ou até mesmo vazio interior.
Nunca chores por alguém que não te merece, pois essa pessoa beberá suas lágrimas no cálice do desprezo.
De Gusto
A luz dos olhos são o cálice
O sabor dos lábios o vinho
Teu sorriso é a gota d´agua
Que transborda meu carinho
Sorriso que inspira poetas
Que faz o triste contente
E ao imaturo consertas
Imaturo meu eu, meu ser carente.
Olhar teu sorriso é degustar
Sorrir teus olhos é surreal
Tão puro e doce como um vinho [...]
Perigoso embriagar-me; Mas castigo irreal
É não provar teu carinho.
Vlad
O órgão ecoa aos quatros cantos do recinto; preparo o cálice de sangue para ela, ela sorri com um olhar lascivo, desejando minha carne, pois a alma não havia. Recitando poemas sem sentido, demonstrando que é sábia, queria convencer que era mais que as demais. Querida foi Justina, aos méritos peculiares, parábolas aos ventos vorazes. Fácil de transparecer ao foco pleno de desejo, serena, transmite a sintonia mais bela e clássica de fome aos meus ouvidos. Façam a alegoria, todos estão servidos, a noite não é tão escura como costumam dizer.
Agora bebo deste cálice inebriante que se chama vida e repouso no sepulcro escuro da morte, entre dois extremos não sei ao certo se estou vivo ou morto, mas a morte em vida é deverás uma incógnita incrível.
REGRAS BÁSICAS
Tente não falar demais
Seja justo nas palavras
Transborde seu cálice da humildade
Uma luz baixa é melhor que o holofote que afasta
O orgulhoso procura brigas e o sábio não se manifesta de forma indevida.
Quem começa uma discussão, já perdeu ela para o irmão.
Aviso de antemão.
Cuidado com a ignorância, ela é raiz de toda vingança.
Sua herança não é o dinheiro que está na sua mão.
São os ensinamentos que ultrapassam gerações.
Tenha boas colheitas, elas te darão uma vida perfeita.
Tudo no meio do nada, uma regra básica.
(Inspirado em provérbios 13)
As dores do "cálice" golpeam
até o intangível sossego das deusas.
Mas nunca desbotam
suas cores e nem as deixam feias.
Dédalo
Faça-me viver.
Invente de si,
a melhor proporção
e me dissolva em um cálice de amor.
Tenta-me compreender.
Descrevo meu ser,
fazendo com que você
conclua o labirinto
longo,
distante,
aventureiro da minha afeição.
Aprenda a visualizar
muito além do que possa avistar.
Desvende cada detalhe,
cada traço,
cada risco,
e se houver um chuvisco,
somente sorrie.
Pois à quilômetros
farei de você uma única cena.
Clicando apenas o replay,
para revê-lo em tua melhor performance.
IPÊ ROSA (soneto)
Cálice róseo de fugaz formosura
Donde vem teu matizado, o tom
Que o árido cerrado te escultura
No agreste, num veludo crepom
Sois volúpia em flor, tal bravura
Doidas da "sequia", audaz dom
Onde catou a tua cor, ó candura
Belo buquê em poema tão bom
Teus segredos ao olhar rouxinol
Em um canto dum verso e prosa
O teu frescor abrigo no avido sol
Ó almas feitas, casta, tal estriga
Copiosas a esvoaçar ipês, rosa
Na savana goiana toada cantiga
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto de 2017
Cerrado goiano
