Caçar
Agradeça-me por eu não fingir ser o que não sou. Caso não goste de mim, vá caçar a criatura mitológica de sua projeção pra lá- e saiba que, quando a encontrar, será como uma nota de R$ 1,99: falsa, pois não existe!
PRESA
Vejo desta penha
Pobres inocentes a cruzar a relva
Caçam sem notar
Que eu estou a caçar
Esta é a lei da selva.
Esta visão não me engana
E estas asas como raio corta o céu
Na velocidade
As garras invadem
As suas entranhas
Sem lamento levo
Sem notar que a dor
Aos outros é tamanha
No ninho os filhotes
Brigam e disputam
Uma vida inteira
Pra manter a minha
Águia que sozinha
Aprendeu viver
Com os ancestrais
Respeitar quem for
Bem maior que você. No demais, és presa
Que tão facil fostes, pra minha retina
Calculei o tempo e pro seu lamento
Salvei a rapina.
Tá colocando em todo lugar que vai pra Chapadinha para Cristo, mas só eu sei o que tu vai caçar por lá
Caçar as estrelas é como buscar seu coração no fim do horizonte. Apaixonante até o meu ultimo suspiro de vida!
Fui
caçar silêncios
e templos de ventos.
Se der inda volto
louca, lúcida, abafada ou carente.
Mas com a moldura
dos meus quintais
de nuvens
sempre presente...
Com águias em bando.
É que no
meu aquário de voos
inda borbulham amor próprio
presente e infindos
sonhos.
E eu que passei madrugadas e madrugadas a te procurar, horas a fio com afinco, a te caçar, e só quando tu quisestes tu vieste para me domar.
Eu não sabia que esta era a minha sorte. Ah! Sono maldito! Por que és tão forte?
Nos tempos das cavernas,
Os homens da tribo saíam para caçar,
As mulheres cuidando dos afazeres tagarelavam sem parar,
Os caçadores tinham que manter o silêncio,
Senão a caça escapava,
Agora entendemos por que elas falam tanto...
Não vou continuar a caçar e correr atrás das borboletas como todos os outros. Mas vou cuidar do meu jardim para que elas venham até mim e queiram ficar. Tenho certeza que fazendo isso eu não vou achar quem eu tanto procuro, mas vou achar quem estava me procurando.
Inventei de tornar
meu próprio astronauta,
para caçar toda as coisas
iluminadas que hoje eu sei
que existem dentro de mim,
em algum lugar no meio
desse universo de ser.
Não sei se eu saberia caçar as palavras da minha vida sem uma lista, mas também não saberia ignorar as expressões e vivências aleatórias que me aparecessem pelo caminho. Pois, quero a liberdade de navegar, criar, descobrir, encontrar, agregar… Mas não, não quero agregar tudo… Quero a liberdade de deixar passar, também. Gosto de listas, mas gosto de ir além delas. E quero assim… Quero navegar por entre os portos, mergulhar em águas profundas, agregar – mas não tudo, porque nem tudo me serve ou, pelo menos, pode não servir para sempre – e, então, desagregar.
Por quê arrancar uma árvore se podemos plantar?
Por quê caçar se temos outros meios de nos alimentar?
Por quê poluir os rios se precisamos da água para tomar?
A natureza é a riqueza que Deus deixou para nós cuidarmos, mais somos tão gananciosos que essa riqueza logo vai se acabar se não fizermos alguma coisa para mudar.
Então ela me perguntou:
"o que é uma guerra?"
"É a arte de caçar e matar seres humanos para satisfazer a fome de um soberano."