Poems de natal

Os que têm tentado reformar os costumes do mundo, no meu tempo, com opiniões novas, reformam os vícios da aparência; quanto aos da essência, deixam-nos intactos, quando não os aumentam.

A maioria das mulheres quase não têm princípios: conduzem-se pelo coração e, quanto aos seus costumes, dependem daqueles a quem amam.

Considero a família e não o indivíduo como o verdadeiro elemento social (arriscando-me a ser julgado como espírito retrógrado).

O interesse explica os fenômenos mais difíceis e complicados da vida social.

Os preguiçosos têm sempre vontade de fazer alguma coisa.

Há males na vida humana que são preservados de outros maiores, e muitas vezes ocasionam bens incalculáveis.

Caso não ponha fim à guerra, esta não será uma vitória.

Neblina? ou vidraça
que o quente alento da gente,
que olha a rua, embaça?

Embora possamos ser sábios do saber alheio, sensatos só poderíamos sê-lo graças à nossa própria sensatez.

Perdoamos tudo a nós próprios e nada aos outros.

Não há livro tão mau que não tenha algo de bom.

Não falar para o seu século é falar com surdos.

A luxúria é como a avareza: quantos mais tesouros tem, mais sôfrega se torna.

Os conselhos dos moços derivam das suas ilusões, os dos velhos, dos seus desenganos.

As obras de caridade que se praticam com tibieza e como que a medo, nenhum mérito, nem valor têm.

A verdade literária nunca poderá ser a verdade da natureza.

Por que estás assim,
violeta? Que borboleta
morreu no jardim?

As pessoas vaidosas não podem ser astutas; elas são incapazes de se calar.

Asa quebrada
da triste gaivota
sonho de voar!

As pessoas importantes fazem sempre mal em se divertir à custa dos inferiores. A troça é um jogo, e o jogo pressupõe a igualdade.