Novembro azul
"Aqui a gente respeita quem gosta de verde, amarelo, vermelho, azul, o importante é gostar de Pernambuco'
Eu tiro o O da palavra amor e a transformo em mar, uma imensidão de águas de um mar azul tão bonito.
Amores sinceros e do tamanho do
Mar infinito.
Eu tiro a letra O do AMOR e a transformo em MAR, uma imensidão de águas de um MAR azul tão bonito. Amores sinceros e do tamanho do MAR infinito.
Agora sem o M de Menina, Moça, Mulher só ficou o AR. Sem o AR para respirar você não vive o AMOR e sem AMOR ninguém é feliz.
Pássaro azul,
Você pintou o céu com seu pequeno corpo?
Eu vejo pouco de ti enquanto o sol brilha sobre mim...
Rajadas de vento sussurram em meus ouvidos...
Você... é tão magnífico.
Pássaro azul,
Como está ai em cima?
Os anjos ajudaram você nos primeiros dias?
Diga-me o dia em que seus olhos brilharam ao ver o horizonte,
Quão rápido você foi?
Ainda mais que o trem que apostei corrida?
Pássaro azul,
Posso voar com você?
Eu quero sentir o cheiro do oceano antes de atingir o solo,
Você já comeu nuvens?
Eu vou sentar na praia e esperar por você aqui.
Céu azul
Vento do sul
Sol amarelo
Amar é um elo
Viver é amar
As águas do mar
Ficar tranquilo
Tirar um bom cochilo
À beira da praia
Da Marambaia
Amor sem dúvida
Você é minha saída
Do estresse
Que cada dia me cresce
Oh, meu Rio de Janeiro!
De céu azul, muitas vezes cinza
Com natureza deslumbrante,
de gente fina e elegante,
É um povo trabalhador
Que acorda de madrugada
Pega trem, ônibus, trânsito e passa raiva
Em uma aventura de muita dor
Sem perder o glamour
Oh, meu Rio de Janeiro!
De um povo trabalhador
sobrevive ano inteiro
em uma grande selva
urbana e de pedra.
Em um capitalismo selvagem
Que não tem pudor
Oh, meu Rio de Janeiro!
Capital mundial do samba
e das praias bonitas
Falta cultura, saúde, transporte,
segurança e educação
Mas o que não falta mesmo
É violência e corrupção
Oh, meu Rio de Janeiro!
De burgueses traiçoeiros
onde o Cristo parece
que abraça o mundo inteiro,
É a cidade do samba e do Carnaval
Mas também é a cidade do mal
Oh, meu Rio de Janeiro!
cidade maravilhosa,
dos contos, dos poetas, da Boêmia
Dos sambistas e de políticos corruptos
Será que não está faltando uma revolta?
Oh, meu Rio de Janeiro!
Que a saúde me garanta plenitude;
o verde das árvores me passe esperança;
e o azul do céu me favoreça na lembrança de uma tarde bonita que tive quando criança.
Viver sempre também cansa!
Viver sempre também cansa!
O sol é sempre o mesmo e o céu azul
ora é azul, nitidamente azul,
ora é cinza, negro, quase verde...
Mas nunca tem a cor inesperada.
O Mundo não se modifica.
As árvores dão flores,
folhas, frutos e pássaros
como máquinas verdes.
As paisagens não se transformam
Não cai neve vermelha
Não há flores que voem,
A lua não tem olhos
Niguém vai pintar olhos à lua
Tudo é igual, mecanico e exacto
Ainda por cima os homens são os homens
Soluçam, bebem riem e digerem
sem imaginação.
E há bairros miseráveis sempre os mesmos
discursos de Mussolini,
guerras, orgulhos em transe
automóveis de corrida...
E obrigam-me a viver até à morte!
Pois não era mais humano
Morrer por um bocadinho
De vez em quando
E recomeçar depois
Achando tudo mais novo?
Ah! Se eu podesse suicidar-me por seis meses
Morre em cima dum divã
Com a cabeça sobre uma almofada
Confiante e sereno por saber
Que tu velavas, meu amor do norte.
Quando viessem perguntar por mim
Havias de dizer com teu sorriso
Onde arde um coração em melodia
Matou-se esta manhã
Agora não o vou ressuscitar
Por uma bagatela
E virias depois, suavemente,
velar por mim, subtil e cuidadosa,
pé ante pé, não fosses acordar
a Morte ainda menina no meu colo..
Multicor
cinza
azul
vermelho paixão
tons pastel
preto e branco
verde esperança
os dias não são iguais.
Vou seguindo a vida com as cores que o destino pinta...
Céu azul, cristais no mar
forrozinho no pé de serra
chão arado pra plantar
OXE é meu grito de guerra
me perdoe quem não aceitar
que o nordeste é o lugar
mais bonito dessa terra.
A abertura central, começada pela claridade uniforme da praia, continuada pelo azul forte do mar esmaltado pelos ricochetes flamejantes do sol, terminada pelas transparências do céu dando as impressões contrárias de fechamento e de ilimitado, era rodeada pelos "décors" mais atormentados e obscuros de uma periferia feita de todos os castanhos da rocha avivados pelos esplendores da manhã, da sombria elegância dos troncos onde o cinzento e o castanho se transformavam por vezes em negro, dos verdes misturados das copas desiguais e esburacadas, cobertura esfarrapada pela dispersão das coníferas. O uniforme e o caos, o quente e o frio, a sombra e o brilho, o opaco e o diáfano, tudo se aliava para constituir a perfeição de uma inestricável paisagem pictórica e natural, uma imbricação infinita de tonalidades que a observação não podia fazer esgotar, e que no entanto oferecia à primeira vista uma composição nítida, cortada pelo efeito simplificador da sua luz crua.
[["O princípio da incerteza" estórias Editorial Teorema. "Le Principe d'Incertitude"; tradutora Magda Bigotte de Figueiredo.`Éditions du Seuil, Septembre 1993; página 9].
CRISTALINA
Pintei de azul marinho
um pedacinho do mar,
e dois seios desenhei,
livres ao frescor do ar.
Guardei na minha retina,
a imagem cristalina
de um encanto de lugar.
No azul que pinta o céu, na nuvem branca algodão
Na clorofila que faz o verde, no voo do pássaro, no clarão.
Vejo o quadro mais perfeito do autor da criação.
Para você!
Para você dedico esse dia
Amanheceu o sol
Um dia lindo nasceu
Lá fora o céu azul
Abriu feliz...
Rindo das coisas boas da vida
Os carros passam vem e vão
Bons momentos virão
Esses dias, meu bem, meu amor
Restam apenas uma razão
Ter você aqui
Aqui comigo para poder te amar para sempre!
O lirismo épico do poeta
Um belo céu azul se forma no infinito
As folhagens das árvores a balançar, fazendo cair ao chão
Pequenas folhas-filhas
O sol ardente expõe a claridade do dia
O vento forte sacode a frondosa árvore na minha frente
O ronco do motor do carro que desce
Desvairado, o declive do Iracema
Nem cisma em ofuscar
O belo dia de sexta-feira
O conflito das lagartixas na parece
Do muro, saltando em largo voo
Rumo ao jardim ainda em formação
Belas Mensagens bíblicas ecoam
Do Corcovado
A rede se coloca na minha
Companhia, solitário
E faminto de tudo, de imaginações
Líricas ao perceber o colibri riscando os céus
O chilrear sincronizado dos bem-te-vis
A descida lenta e calma
Das aves, colorindo o firmamento
Combinando beleza rara
Fazendo nascer do âmago do poeta
A exuberante raridade, reluzente
Mágica e extasiante suavidade do prazer
Fazendo florescer irradiante
Da mais excitante reminiscência
Fértil e louca
Que o presente é incapaz
De retratar em versos épicos
O sangue quente e exuberante
Que há de jorrar do meu
Peito rasgado
Palpitante e suavizado
Em razão da ternura que paira
Num momento de rara felicidade
No recanto belo e aconchegante
À espera do meu anjo
Que perambula nas vielas do Amor
Fraterno.
Flores de uma beleza rara
com suas pétalas num tom azul
que facilmente agradam
por seus lindos traços incomuns.
