Brincadeiras Infantis
Mãe:
Consoladora de minhas lágrimas, cúmplice de minhas brincadeiras, ouvinte dos meus problemas, o refúgio das minhas necessidades, guia da minha vida, severa em meus erros, mas, quanto doce, carinhoso e verdadeiros seus abraços, fonte inesgotável do Amor.
Mãe, Fonte do Maior Amor do Mundo.
"Pessoas banais, que carecem de pudor e respeito, deveriam entender que só devem fazer brincadeiras, com as pessoas que se tem certo grau de intimidade e com o consentimento delas "
Banho às 18h, jantar a seguir.
Vinte e duas horas; suado de tanto brincar de pique, de "Roda" ou de "Passar anel", ouvia mamãe dizer: "Entra, lava os pés, faça xixi e vá para a cama." Eu ia satisfeito! Amanhã seria outro dia e eu "repetiria tudo novamente".
Eu era feliz e acho que no fundo, no fundo, eu sabia...
O educador deve lembrar que foi criança e a partir daí deixar reviver em si a criança que foi um dia e restaurar o gosto pelo fazer lúdico, resgatando as brincadeiras de sua infância, reciclando com as atuais e contribuindo, assim, para uma aprendizagem diferenciada.
Ele te chama de infantil sem saber que o mesmo também possui a infantilidade infinita quando ele "brincou"e "jogou" com os teus sentimentos
FAZ DE CONTA
Outro dia mesmo estava me divertindo,
assim meio descuidado, meio distraído,
e pelas brincadeiras de infância atraído.
Vieram outros dias, outras noites,
e, então, o tempo, sorrateiramente,
foi levando para longe de mim, dia após dia,
o pião que fazia girar as minhas fantasias;
as bolinhas de sabão, que eram meu alento,
foram desmanchando-se ao sopro do vento.
O faz de conta, os pés descalços, as ‘partidas’,
o ‘bate-bola’ nos campinhos de terra batida;
as alegres brincadeiras de ‘esconde-esconde’,
me escondiam do mundo adulto, não sei onde.
Enfim, até me dar conta que chegou o dia
de que esconder já não mais conseguia.
Eu não gostei de ter crescido, realmente.
Vez por outra eu me perco à minha procura.
Eu queria ter de novo aquela estatura,
aquela inocência, aquela candura.
Não queira esse mundo de loucura,
onde a verdade se vai e a mentira perdura.
Eu queria ser um menino eternamente.
Na verdade sou criança, apesar da aparência,
e luto para não ser adulto, com veemência,
para não adulterar de vez a minha essência.
O pião perdeu-se num mundo que continua a girar,
as bolinhas de sabão desfizeram-se de vez pelo ar
e nas ruas asfaltadas meus pés calçados vêm pisar.
Mas eu sigo brincando de esconde-esconde, contudo,
com o tempo que insiste em transformar tudo;
faz de crianças felizes, adultos sisudos.
Meu corpo de adulto pelo tempo foi esculpido,
embora me sinta criança, num corpo crescido,
com roupas de adultos, mas espírito despido.
Quanto mais ele muda, mais me contraponho,
pois muda um reino encantado de sonhos,
em um mundo ainda mais infeliz e tristonho.
Cresci e não gostei; isso me desaponta.
Por isso mantenho esse desejo oculto,
insistindo em brincar de faz de conta,
‘fazendo de conta’ que sou adulto.
Como a vida é engraçada. Lembro como se fosse hoje quando eu dizia que passaria o resto da minha vida ao lado de cada um de vocês. Mas infelizmente além de engraçada ela gosta de pregar peças na gente, e bem a minha foi um pouco dramática, olha só onde vim parar..
Eu era como um passarinho livre ao vento que pode bater suas asas pelo inacabável céu azul, eu era livre ao lado de vocês, mas um certo dia minha asa se quebrou, se quebrou e eu tive que me isolar do mundo para me recuperar.
Mas assim como um passarinho com a asa quebrada eu me recuperei, eu cresci e mudei mas o que ainda continua lá como sempre esteve, é a nossa amizade, é o amor que sinto por cada um de vocês.
Foi aos poucos que fomos nos conhecendo, conquistando com sorrisos, com palavras, com pequenos gestos, e foi de repente, em dia estava eu lá dando um simples "oi" e quando menos percebo vocês já tinham se tornado.. minha família.
E só lembrando: brincar com quem faleceu é um jeito de aliviar o sentimento de perda, uma forma de luto, e não necessariamente desrespeito
VELÓRIO
Chama aí uma carpideira
Para eu encomendar suas lágrimas
Embora te pareça besteira
Quero meu velório com lágrimas.
Pouco importa que sejam compradas
O que eu quero na verdade
É uma seleção de piadas
Estranhamente mórbidas e covardes.
Pranteadas pela carpideira
Que é para ninguém esquecer
Que a vida não é uma grande brincadeira.
Melhor se deixar levar para não enlouquecer.
Vendo alguns videos de crianças brincando em comunidades indígenas e rurais, percebo o quanto nossas crianças aqui de São Paulo não dispõem de espaços adequados para soltar a imaginação e serem elas mesmas.
A Internet não é uma fonte verdadeira e nem confiável de conhecimento.Quer saber mais, procure uma biblioteca.
Se eu soubesse, que aquela simples brincadeira seria nosso ultimo momento juntos, teria levado nossas brincadeiras mais a sério
Da bolinha de gude, do triangulo no chão,de jogar o pião na roda,e brincar com meu irmão,eu tenho saudade do tempo de criança,mas hoje eu vou roubar a bandeira,do pais da ignorância.
-Crianças virtualizadas-
"Ali, parado no banco da praça,
Vejo crianças a brincar,
Cabisbaixa elas vão passando.
Não vejo a pipa no ar,
Nem bolinhas de gude a rolar no chão,
Pique esconde não há, será medo da escuridão?
Nem mesmo o ligeiro peão fazem rodar,
Será que ele perdeu a graça em bailar?
Há como isso é estranho e mau!
Amarelinha e corda não querem pular,
A bola, há essa deixaram pra lá,
Só querem brincar no mundo virtual."
Rio Real
A cidade era pequena
Nós menores ainda.
Em hora e meia
Ela estava andarilhada.
Meio-dia almoçávamos
Na casa de vó Clarinda.
Depois brincávamos
Ela novamente.