Branco
“GUARDANAPO BRANCO”
Rauzi de Carvalho Pereira
Convidei-a prá jantar, chequei ansioso, e feliz, ao local combinado, esperei- a saboreando uma taça de vinho, o tempo passando e eu focado na porta de entrada, por vezes, brincava comigo mesmo e forçava não olhar, só prá ser acometido pela surpresa da sua chegada, olhar no celular, brincava com os apetrechos da linda mesa de jantar, sentido-me deslocado e já tímido ante a tantos casais, mão no queixo, cotovelo, já, por sobre a mesa, a palpitação me dava sudorese, as lentes do óculos embaçavam, comecei a ser acometido pela irritação e desânimo, percebi que já esperara demais, sempre esperei demais, pinguei, propositalmente três gostas de vinho em forma de triângulo no guardanapo branco, nãos sei o porquê, e nele escrevi com o bico da faca: “eu te odeio”, instintivamente, jurei neste momento nunca mais revê-la, levantei-me e parti, isso foi ontem, hoje não repetiria mais este ritual.
Qual?
O de dizer que a odeio.
Afastado de seus valores originais, representados fundamentalmente por sua herança religiosa, o negro tomou o branco como modelo de identificação, como única possibilidade de “tornar-se gente”.
A sociedade escravista, ao transformar o africano em escravo, definiu o negro como raça, demarcou o seu lugar, a maneira de tratar e ser tratado, os padrões de interação com o branco e instituiu o paralelismo entre cor negra e posição social inferior.
O papel mais branco; a lã mais clara; a neve mais pura; jamais poderão se comparar com tão alva que são as vestes lavadas no sangue do Cordeiro de DEUS. Que padeceu por as mancharmos, mas ressuscitou para que se tornassem imaculadas.
Preto no Branco,
focando na verdade,
realçando a essência,
revelando a falsidade
e formando uma imagem
com a devida coerência.
Enquanto ficarmos presos aos extremos sem querer enxergar para além do preto e do branco não haverá harmonia entre os povos.
Não há espaço para o moderado na sociedade pós-moderna.
"Quando alguém transforma as cores preto e branco do mundo em uma vida colorida, se torna um artista."
“Há quem queira enxergar o mundo em branco e preto e há quem faça do branco em preto um mundo colorido.”
Todos nós nascemos como uma folha em branco, nós somos os autores dessa folha, rodeado de atores que viverão ao longo do tempo a nossa história; umas muito boas...outras, nem tanto...
Faz parte do drama.
"Quão impressionante é o amor de Yauh dos exércitos! ele não faz distinção de pessoas, ama o branco o negro, o pardo, ama o amarelo, pois somos suas criaturas, e assim como todos os pais que amam sua prole ele nos aceita como somos."
E daí se eu ainda escuto Legião Urbana, ou de uma hora pra eu vou para Matanza sem perder a pampa. E oque que tem se eu me embriago com cerveja e o meu primo com destilado? O que você tem a ver com minha pele morena e a do meu irmão branca? também vai implicar com o meu cabelo crespo e bajular o cabelo liso aos ventos da minha tia? Oque eu tenho a ver com os teus dentes tortos e esse nariz de tucano? Será que também devo criticar teu tamanho alto ou falar mal do teu chegado por ser tão baixinho?
As diferenças não nos menospreza, ou nos deixa inferior, elas nos torna oque somos, “diferentes". E o respeito nos aproxima dos outros, o amor nos une. Oque você pensa sobre mim não mudará oque sou.
Preto e branco. Mal e o bem. Diabo e Deus.
Cinza cinza cinza cinza cinza cinza não existe.
Branco e preto. Bem o o mal. Deus e o Diabo.
Poesia
Poesias são adornos colocados
em páginas em branco.
São enfeites diferentes,que
transmitem, amor graça e paixão.
São palavras especiais, vindas
direto da alma, para dentro de
um coração.
Roldão Aires
Membro da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
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