Bolo
Tainan, desejo que tua vida esteja numa constante festa de aniversário, que o bolo do Amor, seja compartilhado com todos ao seu redor, que tenha muitos brigadeiros da Alegria, que a decoração tenha bastante branco da Paz, que os pastéis sejam recheados com bastante Bondade, os os canapéis com Benignidade, bastante suco de uva temperado com mansidão, muitas balinhas de Paciência, que a música da festa, seja transmitida com muita Fé e que você tenha Domínio Próprio, para não se aborrecer com os amigos que as vezes derramam doces no seu tapete. Que os anjos do Céu sejam convidados e que o maior convidado dessa festa, o convidado de honra, seja DEUS o SENHOR Todo Poderoso Criador do Céu e da Terra, que irá lhe conduzir, junto com sua família, por toda a festa. E eu sou uma das pessoas , que te dará muitos, mas muitos, beijinhos doces. Parabéns!
Não se pode oferecer uma fatia de bolo ao nosso próximo e depois comê-lo, como se a fatia nos pertencesse. Toda ajuda é voluntária e deve deixa-la voar livre a seu destino sem retorno!
Não sei mais o que dizer para com você que junta tudo o que lhe digo como uma receita de um bolo para deliciar-se sem o mínimo constrangimento;
Eu nem tenho para onde ir, prefiro ficar e te cultuar encontrando o meu tempo para te felicitar;
Hoje mamãe fez um bolo de chocolate. Acordou cedo, foi ao mercado, comprou todos os ingredientes e voltou disposta a depositar todo seu amor naquela prazerosa tarefa.
Sempre gostei quando mamãe fazia bolos. Ficava plantado ao lado dela do começo ao fim, observando-a adicionar cada ingrediente na batedeira.
Hoje foi diferente. Decidi ficar em meu quarto deitado na cama. Estava triste. Talvez mamãe tenha percebido isso. Talvez ela até soubesse que o motivo de minha melancolia fosse a ausência da minha irmã.
Nós sempre brigávamos para ver quem iria lamber a bacia e quem ficaria com os garfos da batedeira.
- A bacia é minha! - Eu gritava antes mesmo de minha mãe começar a fazer o bolo.
- Não! É minha! Desde ontem eu pedi a mamãe - Retrucava minha irmã para minha decepção. Ela sempre se antecipava.
Hoje eu nem preciso mais dizer isso. A bacia e os garfos da batedeira serão meus mesmo sem eu pedir. Porque minha irmã não está mais entre nós. Apesar de saber disso, de saber que tudo será meu, me sinto triste. Decidi ficar no quarto.
Mamãe ficou na cozinha fazendo o bolo.
Acho que ela acaba de colocá-lo no forno. Daqui do meu quarto, sinto o cheiro da massa de chocolate vindo da cozinha.
Recusei a bacia e os garfos. Isso não me traz mais prazer.
Mamãe agora tira o bolo do forno. Deixa esfriando.
Antes, nem deixava esfriar. Eu e Carol exigíamos que mamãe partisse o bolo assim que ele saísse do forno. Não importava o quanto ele estava quente. Queríamos a nossa fatia. E mamãe sempre cedia a nossa vontade.
Hoje eu não pedi. Mamãe foi quem perguntou se eu queria comer do bolo que ela fez.
Quando ela me entregou o pedaço de bolo, lembrei novamente de Carol. Brigávamos também nessa hora. Sempre achávamos que a fatia do outro estava maior. Mamãe ficava louca. Não sabia em que lado da história ficar e sempre dizia que as fatias estavam do mesmo tamanho.
Certa vez chegamos a medir as fatias com a régua.
Hoje, com o pedaço de bolo na mão, desejaria que minha irmã estivesse aqui.
Dessa vez não brigaríamos. Pelo menos eu não. Também não iria medir nossas fatias com a régua escolar. Eu só queria que ela estivesse aqui.
Eu daria a minha fatia de bolo a ela.
Você percebe que ta ficando velha(o), quando você ou sua mãe, faz um bolo, e você não sente nenhuma vontade de passar o dedo na vasilha
"Milhares de adultos neste momento estão comendo uma fatia de um bolo chamado tempo. Comem tanto que logo estarão com a pança cheia destas fatias e não terão mais tempo pra comer e então terão que comer outra comida. Verdadeiramente o único adulto que teve sucesso com as fatias de tempo foi Carlos Drummond de Andrade, embora tenha encontrado pedras no caminho."
Quando chegávamos ao bar ele era todo alegria com a gente, já tinha um café fresco, bolo de fubá, queijo branco e três fichas para a mesa da sinuca porque na realidade um dos motivos principais era eu e meu amigo paulista disputar umas partidas. E tudo regado a canto de canário da terra que vinha do outro lado da rua onde um bando comia canjiquinha de milho. Nós durante o ano disputávamos uma menor de três toda semana e ao passar dos meses não havia vitorioso o importante era subir a serra e brincar e respirar ar puro.
assopre a vela, corte o bolo, faça um pedido. Posteriormente se sinta mais velho, mais experiente, se sinta um filosofo pensando no tempo que ainda resta, no que vale a pena apostar suas fichas. Nessa hora abrace seus amigos, seus familiares, olhe seu cachorro, gato ou periquito como se soubesse que tudo e todos englobam o dom da vida, o dom de viver. Que tudo faz parte... Nessa hora, que a vela é apagada, depois do com quem será, é que vem a hora psicodelica, para quen sabe o que é se sentir mais velho, para quem sabe o que significa ficar mais velho e suas consequencias.... É aí que você lembra que tem brigadeiro para comer...
A esse horário de um domingo atrás eu estaria na sua casa com você, talvez comendo um bolo, ou almoçando com você…fazendo nossas trocas de olhares ou até mesmo com minhas pernas envolvidas na sua por debaixo da mesa. Ao acabarmos de comer, eu te ajudaria a guardar os alimentos, e logo após iriamos pra sala talvez ver TV ou ficar mexendo no nossos celulares..coisa que acostumávamos fazer…talvez eu estaria dormindo no seu colo, ou iria estar conversando com sua mãe. Hoje eu sinto falta dessas coisas, todos os meus domingos tem sido iguais, sinto frio anormais, sinto saudades de você.
Antes de tudo o respeito,como uma receita de bolo e os ingrediente a vida nos ensina ao passar do tempo,tendo a melhor cobertura que existe que é o amor!