Bolero de Ravel Carlos Dummond de Andrade
Semana de Arte Moderna de 1922: Mário de Andrade era um idiota presunçoso, Oswald um picareta esperto. Do movimento, só sobrou quem não estava lá: Manuel Bandeira, Drummond, Jorge de Lima.
Não devemos servir de exemplo a ninguém
Mas podemos servir de lição
Já dizia Mário de Andrade
é só aprendermos
a observar os sinais
do universo
da linguagem
de fumaça
de amor
de compreensão
da bendita lição
a ser aprendida
ou aplicada
com fé em Deus
no fim tudo da certo!!!
Aceitarás o amor como eu o encaro?
Adaptação do poema de Mario de Andrade, por José Adriano de Medeiros
...Alvo e bem leve, lindo, suavemente como sua pele
Tudo o que há de melhor e de mais raro
"Vivo" em teu corpo nu de ardente
Meu olhar preso ao teu perdidamente.
Não me exijas mais nada, além do desejo
A realidade é simples, e isto apenas.
Também mais nada te exijo, só teu beijo
Então, pequena Amélie, os teus ossos não são feitos de vidro. Podes levar algumas pancadas da vida. Se deixares escapar esta oportunidade, eventualmente o teu coração vai ficar tão seco e quebradiço como o meu esqueleto. Então, vai apanhá-lo!
Existem quatro perguntas que você deve fazer para descobrir o significado da vida.
1° O que é espirito
2° Do que o espirito é feito
3° Por que nascemos
4° Por que morremos.
E todas as respostas se resumem numa só
"Amor"
Pode ficar irado como um cão raivoso da forma como as coisas acontecem... pode praguejar e amaldiçoar o destino... mas quando chega perto do fim... tem que perdoar.
A maioria das grandes religiões se originou ou alcançou o ápice de expansão e influência nos momentos da história em que as sociedades que as adotavam tinham uma base demográfica mais jovem e empobrecida.
Um intelectual é alguém que, de hábito, não se distingue exatamente por seu intelecto. Atribui tal qualitativo a si mesmo para compensar a impotência natural que intui em suas capacidades.
Bolero de inverno no cerrado
No cerrado, seco, o sol da manhã
Nos tortos galhos, o ipê, a cortesã
De um inverno, em uma festa pagã
Desperta o capricho do deus tupã
Degustando a aurora tal um leviatã
E numa angústia, o orvalho, num afã
Do céu azul, num infinito, de malsã
Craquela o dia no seu tão árido divã
Do duro fado, tão pouco gentleman
E tão árido, tal uma agridoce romã
E vem o alvor, com o frígido de hortelã
Bafejando poeira cheia de balangandã
Tintando a flora em um rubro poncã
Zunindo o vento tal um som de tantã
Num bolero ávido por um outro amanhã...
São gemidos, uivos, sofreguidão
Correndo pelo sulco do cascalhado chão
Emergindo desse pântano, ressequida solidão.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, 27 julho 2018
Brasília, DF
Meu amor foi tão sincero
que nem ela acreditou,
e ao som de um bolero,
em devaneios fraquejou.
O ciúme é uma tormenta
tempestade em alto mar,
represa que arrebenta,
e o sentimento pode afogar.
Quero a paz da madrugada
chega de aturar ingratidão,
nessa noite tão estrelada,
tenho de volta meu coração.
Agora vou dar um tempo
em sonhos e fantasia,
até o total esquecimento,
do que restou dessa agonia.
Vou viajar na poesia
chega de contestação,
falar de amor e alegria,
desejo e muita paixão.
Em minhas horas vadias
em bares vou encontrar,
violão, mulheres e boemia
para a saudade matar.
Vou ver decotes ousados
e lábios cor de carmim,
voltar aos anos dourados,
que por amor esqueci.
Beijar na boca fogosa
de quem só pensa em viver,
querendo ser uma rosa,
para quem queira colher.
Cantando a mesma canção
que tanto te encantou,
vou despertar a emoção,
que teu ciúme apagou.
Em belos motéis coloridos
vou passar de mão em mão,
ouvindo falsos gemidos,
embriagando-me de ilusão.
Então quando a loucura findar
regressando a realidade,
irei desesperado te procurar,
quase morto de saudade.
Sob a luz do teu lindo olhar,
temendo que digas não,
teu perdão irei rogar,
porque és minha paixão.
Te darei uma bela rosa,
em teus braços irei jurar,
que na vida caprichosa,
para sempre irei te amar.
E da lição que o mundo
tristemente me ensinou,
não esquecerei um segundo,
que nada substitui teu amor.
De meus sonhos a única realidade é que te amo de verdade.
Dançamos; dançamos valsa, salsa, bolero; aqueles sentimentais, que pareciam compostos pelo que vivemos; trilha sonoras de nossas vidas. Dançamos samba; eu observava os teus remelexos, teus trejeitos, o teu decote, o teu corpo... acho que falei do brilho dos teus cabelos mechados, do teu batom de framboesa, acho que elogiei teu perfume, teus sapatos de couro de cobra, encantei-me com a ametista nos teus brincos de ouro branco, tua saia de viscose, tua gargantilha de ouro, acho que mencionei os lustres do ambiente, a neblina que escorria pela vidraça, as bebidas coloridas nas taças, que mais pareciam ornamentos às mesas. Rimos dos casais que perdiam a compostura, de uma ou outra gafe, de alguém que escorregou na pista; acho que declamei um poema, um daqueles que você gostava, mas nunca se lembrava e acabava engolindo um ou outro verso; mencionei o último hit de Adele, a sensibilidade de Cecília, a amargura melancólica de “O RETRATO” esperei tanto por aquele momento e tanto fantasiei; tanto te falei, mas nada disse; mas será que eu tinha mesmo algo a dizer...?
Vejo histórias que se repetem ao som de um bolero, vejo pessoas se perdendo em suas escolhas e por ter seguidos critérios infiéis para seus próprios princípios.
Quem é você?
Quero te conhecer
Quero dançar com você
Até o dia amanhecer
Bolero, samba, forró
O que aparecer
Quero conhecer o seu corpo
Mergulhar em seu sorriso.
E do mundo esquecer
Eu quero te conhecer
E o seu corpo ter.
Cansaço me resume...
Cansado de falar tanto de ninguém
Sabe nenhum caso sério a som de bolero que aparenta ser tão utopia em um tempo de tanta turbulência no mundo
Sou capaz de desligar tudo nesse olhar.. mas que olhar é esse que busco procurar mas é tão difícil de se achar.
Parece mais fácil escavar um mundo com um colher de sobremesa e uma escova se dente, buscar se enganar com uma realidade que nos dias de hoje se mostram cada dia mais deficiente no simples fato de demonstrar amor.
O BOLERO DAS ILUSÕES
No baile, brota a magia... 🌹 bolero,
Me chamas para dançar... 🌹bolero,
Bolero o olhar seduz, apaixona... 🌹 bolero,
Meu pensamento voa... 🌹 bolero,
Os passos erro, erro... 🌹bolero,
Tu calmamente sussurra no meu ouvido, 🌹
-Calma, olha pra mim! Sintonia! 🌹 Bolero,
O olhar? É tudo que fala! 🌹 Bolero,
Incomensurável o olhar que me domina... 🌹 Bolero,
Olhar de dançarino sedutor... 🌹bolero,
És tu dançarino... 🌹 bolero,
Negro, alto, expressivo, bolero,
Flamenguista como eu sou, bolero
Rubro é a cor do amor... 🌹bolero,
Combina com 🌹 🌹 vermelhas,
Morangos vermelhos 🍓 🍓... bolero,
Camisola transparente vermelha... 🌹 bolero,
Lençóis de seda vermelhos... 🌹bolero,
Corações apaixonados... 🌹 bolero,
É um vale tudo... 🌹 bolero...bolero
Valsa, giro, perfume que exala dos corpos…🌹bolero,
O suor que faz brilhar o rosto... 🌹bolero,
Sou sua, sou sua dama, princesa, mulher... 🌹bolero,
Dançarino, tu és o vendedor de sonhos... 🌹bolero,
Nunca os deixe-os faltar . 🌹bolero,
Na tua bolsa preta...bolero,
Escondidinhos, recheados de amor... 🌹 bolero,
Muitas querem comprar…🌹bolero,
Eu já comprei e os quero guardar... 🌹bolero,
De todos os recheios...bolero 🌹
Dançarino, adentre na utopia da minha poesia... 🌹
FETICHE
Bolero movimento angelical, ❤
Lento, suave, abraços, ❤
Conexão de olhares, ❤
Graça natural de beleza, ❤
Deslizamos os pés no salão, ❤
Embalo, carinho, fulgor, ❤
O valsado exuberante, ❤
Recheio de som e amor, ❤
Em um passado latente, ❤
Domínio de corações, ❤
Sempre os olhos se encontram, ❤
Sorriem junto com os lábios, ❤
E buscam nossa paixão, ❤
É bom estar ao teu lado, ❤
Onde encantando minha alma, ❤
Sem mistérios profundos, ❤
Bolero dança divina, ❤
Sorriso do coração ❤
BAILE DE MÁSCARAS
Bolero, sorri com os olhos,
O olhar é o ímã que seduz,
Torna o bailado romântico,
Verdadeira conexão,
Estamos em tempos de pandemia,
Máscaras escondem o sorriso,
Mas temos a magia de sorrir com os olhos,
Não podemos dançar romanticamente abraçados,
Mas podemos sonhar,
Sonhar com um baile de máscaras,
Sim, um baile de máscaras,
Onde todos sorriem com o olhar,
O olhar diz tudo,
Não é preciso falar,
O olhar fala tanto, tanto...
Que os telespectadores percebem,
Convido a todos para bailar,
Na magia da minha poesia,
Bolero dos mascarados,
Ouçam a música,
Pura utopia,
No salão lusco-fusco,
Em tempos de pandemia...
Bolero dos mascarados...
