Boêmio
A Volta do Boêmio
Nelson Gonçalves
Boemia, aqui me tens de regresso
E suplicante te peço a minha nova inscrição.
Voltei pra rever os amigos que um dia
Eu deixei a chorar de alegria; me acompanha o meu violão.
Boemia, sabendo que andei distante,
Sei que essa gente falante vai agora ironizar:
"Ele voltou! O boêmio voltou novamente.
Partiu daqui tão contente. Por que razão quer voltar?"
Acontece que a mulher que floriu meu caminho
De ternura, meiguice e carinho, sendo a vida do meu coração,
Compreendeu e abraçou-me dizendo a sorrir:
"Meu amor, você pode partir, não esqueça o seu violão.
Vá rever os seus rios, seus montes, cascatas.
Vá sonhar em novas serenatas e abraçar seus amigos leais.
Vá embora, pois me resta o consolo e alegria
De saber que depois da boemia
É de mim que você gosta mais".
Prazer boêmio
Não resisto a pessoas que me dão asas para sonhar. E não que eu seja vagabundo, mas se pudesse tinha um amor a cada segundo. São prazer boêmios difíceis de explicar, só entende quem tem na pele a sensibilidade, no olhar a delicadeza e no sentimento o respeito pelo que tem em mãos. Vou de amores impossíveis à quem se entrega de bandeja. Me inspire um poema que eu te entrego ao meu coração, mesmo que por uma noite.
MINHA BOÊMIA
Boêmio,
Que anda sem pressa,
Sentindo o chão,
Peito aberto e o copo na mão,
Gole de cana,
Verso sagaz,
Vagando no mundo,
Querendo mais,
Beijo na boca,
Esquina qualquer,
Sem hora marcada,
Gostoso o riso,
Cheiro de madrugada,
Coração sem tranca,
Rolê é poesia,
É andança...
PRECISO IR
Quero dormir
Mas tua ausência grita
Faz de mim uma orquestra
de botequim
Boemio em teus olhos
Toco lágrimas com gosto torpe
Escuto saudades em discos de vinis
Bebo a cachaça de ti
Me embriago com tuas lembranças
Choro solidão de nós dois
Apago a luz dos meus sonhos
Quedo-me sob teus sorrisos
Poesio vazio com a porta escancarada
para a dor.
Preciso ir
Pernoitar n'algum canto
até encontrar com meu
depois .
Quem aparenta ser "Boémio" e que prove com naturalidade que nada de alheio é cobiçado, além de exímio é génio.
Homem néscio tem vida fácil e age de forma leviana, um pouco "Boémio", não fosse a isenção de parca sabedoria de alguns, é presa fácil quando possuidor de bens, e como se não bastasse, é perdulário.
Poeta da madrugada
Amores perdido pela a estrada
Noite dividida
Quase sem sono
Boêmio na vida
Parte de costela
Sofrência assumida
Descaso
De face caída
Caminhar pela a estrada de terra
Flor amarela
O outro lado da cerca
Mina de água
Salivar por desejo amoroso
Sinistro
As mesmas teclas da vida insistem
Amor
Ao longo desta sinuosa estrada
Tenho visto
Boêmio na vida
Poeta da madrugada
Não desisto
A alma do boêmio a tudo quer entender, ao vento quer acompanhar, muito fica a observar lenta e atentamente, de tanto observar, o vento acompanhar e querer entender se torna o principal dos vagabundos, bêbado, lendo e lendo e tudo a observar.Assim como qualquer recipiente que enche até não suportar seu conteúdo ele explode causando um caos de rabiscos sem noção até a morte.Aí é quando após a morte os que o acusavam do ossio, apressiam gostosamente o caos dos rabiscos e os chamam de poesia.
Já fui boêmio, já fui beato
Já fui trevas, já fui luz
Já fui choro, já fui riso
Já fui e deixei de ser tantas coisas, tantas vezes, que as vezes me perco em palavras e pensamentos.
Mas fica sempre uma dúvida cruel,
e agora o que sou?
Poema Excêntrico IV
Tu viras noites como o dia que escurece e amanhece
Leva uma vida de boêmio com sutileza
É de um exato sorriso
Mas de um olhar incógnito
É contraditório se dizer ínfimo quando se és grande
És um macho tímido
Alvo como luz que reluz na escuridão
Não, teu cabelo não assusta
E tua conduta é tão pura
Que não há medo de aproximação
Tu és de mistérios absurdos
De um olhar vivo para o mundo
Talvez tua timidez de não insistir em pequenas coisas ou grandes
Seja medo de alcançar o inalcançável
É que de fato és raro o ínfimo se tornar visível.
Boemia.
A volta do “Falso Boemio (a) ” em meio as Festas Tão Vazias de personalidades Descreve uma paisagem escura e Fria sem Grandes Expectativas de dias Vitoriosos. Pois o seu Instrumento é Desafinado e sua Voz Rouca.
Nasceu Sua Irá mesquinha num gesto de Posse que nunca lhe pertenceu. De Nada adianta Melhorar Suas palavras se Você não é nem 10% do que escreve. Veja se no fundo do seu poço a água é limpa porque seu Orgulho mostra uma Impureza em sua alma.
Quase Todo mundo tem um pouco de Boemia. Quando for pra sua casa depois da festa pense que Você é o “verdadeiro Boemio (a)” Porque ser Falso Não ta Com nada.
" Carnaval "
Ela passou na minha vida
vazia
de boêmio e sentimental,
como passa num ano de tristeza
o relâmpago de alegria
do carnaval...
Seus braços me envolveram como serpentinas
frágeis, de papel,
e se romperam coo as serpentinas
que se arrebentam quando o vento sopra
e se soltam no céu....
Ela passou na minha vida, assim,
tal como passa na monotonia
de uma existência banal,
a furtiva beleza e a loucura de um dia
de carnaval !...
Nossa história, - o romance desse dia
sem ódio, sem despeito, sem rancor, sem ciúme,
nem podemos lembrar,
teve o destino irreal de toda fantasia
e a existência de um jato de lança-perfume
atravessando no ar...
O nome dela, não sei;
ela não sabe o meu, - que importa ? - não faz mal...
- Não fôssemos nós dois apenas fantasias
não fosse a nossa história apenas carnaval !...
Estou no cume da solidão, no ápice da carência, como um boemio insone caminhando sozinho pelas vielas frias, e sombrias da madrugada, com seu nome valsando, no cabaré dos meus sentidos.
Boêmio que sou, quando a noite chega e eu fico preso entre as paredes da minha casa, sinto a solidão me devorando aos poucos, com requintes de crueldade. O boêmio não é um vilão e nem um herói. O boêmio é apenas um ser comum, com alguns mistérios, uma certa malandragem e que adora encontrar os amigos à noite.
Que sorriso é seu
o que me deixa delirante com infelicidade.
O velho boêmio que cheira mal era um elogio ao encanto do canto da boca.
Qual a um Boêmio
nas noites a cantar minha alegria noturna
nos braços da noite que me embala pelos bares da vida
eu e um velho e afinado violão
numa mesa cantando canções em versos poéticos
sob os acordes dedilhados afletar com a dama da noite
com quem me deitarei
antes que a noite se despeça Seremos um
até que ambos se esgote
e bem cedo quando o dia nascer
o Boêmio precisa sair
sem se despedir da dama da Noite e se vai o Boêmio
E vi um aluno brilhante,um homem preto, boêmio,professor ,pesquisador, músico, amante do direito e das artes, talvez um dos mais sabio do seu tempo ,eu vi Dunga Trismegisto.
Professora
Carine Silveira
Polifucs
