Boa Noite minha Querida

⁠É NOITE,OS GATOS SÃO PARDOS

É noite, e tudo é mentira
As poças d'água na rua
enganam os pés incautos,
o assobio engana o medo
dos fantasmas e dos fatos.
É noite,os gatos são pardos...

Os muros todos escondem
ladrões e policiais,
as amizades escondem
os "dedos-duros" fatais.
A noite já foi suave,
já foi ternura,seresta,
namoro,luar e festa,
conversa,banco;quintal,
mas,nesta noite de medo,
a gente nunca distingue
qual é o amigo sincero,
qual é o amor verdadeiro,
e qual a flor cujo cheiro
não é tóxico ou mortal.

As palavras são sussurros,
- as paredes têm ouvidos -
as verdades são traiçoeiras,
os amigos são temidos.
Quem fala palavras boas
pode ser falso ou vendido,
quem grita está insuflando,
quem cala está consentindo..

⁠A Bíblia é para mim
Uma fonte transbordante de alegria
Meditar nela dia e noite dá muito prazer
E me leva ao seio do Senhor.

⁠
a noite tá linda
olha essa lua
Iluminando a rua
vê se combina
eu e você
rima

⁠Caminhando pela noite escura,
aprendi com os grilos a cantar,
mesmo diante do silêncio das incertezas.

Aprendi com os pirilampos, que embora não possa cessar as trevas,
eu posso perfeitamente iluminar o caminho a trilhar.

Aprendi com as estrelas, que a minha luz sempre estará presente nos espaços onde passei,
mesmo quando eu já tenha partido.

Caminhando pela noite, tenho aprendido a ter fé.

⁠Na noite fria a chuva vem, e junto com ela vem o frio da neblina, e na varanda sentada estou.
Imaginando como seria bom os nossos corpos entrelaçados no calor do desejo, aproveitando o frio da noite.

⁠O cão te protege durante toda a noite,
por isso não te esqueça de protegê-lo
durante o dia.

⁠Toda noite despedaça-se
E ao amanhecer se reconstrói
É o ciclo da menina
Que aos doze pintava o céu
Aos quinze imaginava as estrelas
Aos vinte e cinco pisava em flores
Aos trinta alimentava os pássaros, e dialogava com o sol
Aos quarenta partiu-se em duas
Partiu-se em duas e assim nasceu Aurora
Aurora virou estrela
A menina virou anciã
Despedaçou-se a noite
Amanheceu ao se reconstruir

⁠Nessa noite, sem estrelas e fria.
Me fez lembrar de você.
Sem estrelas porque no seu olhar não havia mais brilho.
E fria porque o seu amor algo tão quente, se tornou em gelo em segundos.

⁠A diferença do hoje com o amanhã é simplismente...
Uma noite no meio dos dois. jsl

Foi assim numa noite fria,
a chuva caia lá fora,
e eu deitado na rede da varanda, e o pensamento em você estava, e você nem imaginava que eu ali estava. jsl⁠

⁠DOR SUPREMA

Cai a noite, é outono, o cerrado chuvoso, prosa
o amplo e deserto céu, místico e tão sombrio
uma saudade rameira de angústia tenebrosa
geme, ladeia, se fazendo de um silente vazio
É noite. Chove. A sensação se vê preguiçosa
que só tortura... a recordação provoca arrepio
porque sofre na poética do bardo calamitosa
que só tem nas sombras de um nublado estio

E a noite adentra, e as saudades, uma a uma
pesam na solidão, e assim, a tristura exuma
acordando no sentimento o aperto que aflora
Ah! Eu quisera, planear a felicidade no poema
dum dito amor, um amor, não a dor suprema...
Chove lá fora! Cá dentro a minha alma chora!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
20 março, 2022, 17’52” – Araguari, MG

⁠ROLETA RUSSA
Os corpos caem sobre a valeta
Aumenta a ira na noite injusta
Vidas estouram feito espoleta
Tanques esmagam e ninguém susta
Repetem metas obsoletas
Fora de eixo: roleta russa!

"Dia ou noite;Amanhecer ou escurecer;
Quanto mais eu tomo o açoite;
Menos eu consigo te ver;

Passos firmes contra o chão;
Percebo quão quebrado esta meu coração;
Um errante errado pelo mundo;
Sendo julgado e jogado em um poço sem fundo;

Logo regresso ao escurecer;
O amor não pude compreender;
O choro triste de emoção;
Entrego a ti minha paixão;

Pensamentos correm junto ao vento;
Minha cabeça gira-gira como um catavento;
Tive de aprender que não irei te ter;
Retornando ao belíssimo amanhecer;"

Caminho difuso o cansaço já não vem,
há sorriso nas entrelinhas, há asas na
noite e estrelas...
Há você, que escreve todas as poesias.

Vem de longe aquele perfume… lume
que acende os sentidos…
Há tantos segredos no enredo…
O coração distrai, a pena tece…

Aldrabice... repensar, neste
emaranhado de tolas interrogações?

Brida di Beenergan
resp. dir. aut.⁠

⁠Um dia, sim um dia - não será tanta a noite no mundo -
ainda acredito.

⁠APELO À NOITE
.
O Sol mergulha no horizonte dourado
E logo respingos de luz tornarão
O infinito céu estrelado
E sob a influência da Lua estarão
Os casais apaixonados
Envoltos pelo romântico clarão.
.
Já é tarde
Preciso deixar o meu corpo dormir
Para que o meu espírito acorde
E vá visitar os lugares longe daqui
Os quais os meus olhos não podem
Em hipótese nenhuma invadir.
.
Abrace-me doce noite e sussurre os seus segredos
Através da suave brisa de outono
Me envolva com a escuridão livre dos medos
E cante os seus silêncios no abandono
Para que eu me desprenda do meu corpo terreno
E, conduzido por suas mãos, suba no palco dos sonhos.

⁠Coisas que o amor não explica direito...
Na noite mais profunda as mágoas são parte de um sonho...
Banimento sob o luar...
O fogo é o espírito vivo em nossas vidas...
As estrelas controlam as formas das energias...
O sigilo é puro no amor...

Os céus não tem mais sentindo
Nem noite
Nem dia
Nem luar
As horas também se perderam
Quando perdi seu olhar

Tudo que era eterno
Está a findar
Morreu na confiança que eu tinha
E que ela não quis me dar

Eu amo tanto e mais tanto
Que não tem como explicar
Mas ela não me ama
E por isso devo me afastar
Devo desaparecer
Como a noite absorve o luar

⁠De manhã... rasguei o seu
retrato !

À tarde...colei pedaço pôr
pedaço !

Caiu a noite...olha eu o prendendo de volta na parede do meu quarto !

⁠Na fissura da noite
Eu me deleito a descansar
Mas o descanso não há
Contudo, atrevi a tentar
Em razão de suavizar
Os suspiros, entre tantos outros suspiros
A respiração sem parar
Conduziu meus olhos a se fechar
Fez dá insônia perder solidez
Quando em boa hora,
adormeci de vez