Bebida e Cigarro
Dessa vez ela se foi,
A dor já se acomodou,
Pegou um cigarro meu,
Acendeu,
falou o quanto doi dizer adeus,
Ficou tudo seu,
Mas você se foi,
Espero teu oi,
reclamando do trabalho,
Mas você se foi,
eu fiquei com toda dor,
juntei ela com o amor,
Amor esse que não te falei,
que juntou com as desculpas que não te dei,
com os erros que acumulei,
eu não te abandonei,
eu só queria mais uma chance de te dizer,
Eu só voei,
na busca constante de crescer,
mas eu nunca esqueci de você.
Os finais cheiram a vinho e cigarro. Os finais são madrugadas silenciosas com filmes entediantes e comidas de micro-ondas. Os finais têm olhos vazios no espelho e a voz áspera no bom dia obrigatório para porteiros e secretárias. Os finais se drogam em casas noturnas obscuras e voltam para casa sozinhos, mais melancólicos do que quando saíram. Finais são blasé, tomam ansiolíticos e não atendem ao telefone. Finais gostam de cafés fortes, banhos longos, conversas curtas. Escutam a rádio, comem pouco, têm passos lentos. Eles estão por toda a parte com barbas por fazer, roupas amassadas, sorrisos fechados, pouca maquiagem. É sábado, meio dia, o sol mostra seu melhor sorriso e eles fecham as cortinas para a luz não entrar no quarto.
Uma manhã
Um sorriso,
Uma inspiraçao,
Um gole de café,
Um cigarro
Uma emoçao.
Sol raiando nas Aguas do lago
Um Cheiro de saudade,
Calor dum Abraço
Alívio
Dói-me a alma e é tanto o meu sofrimento
Quero aliviar-me, acendo um cigarro
E esta estranha espécie de sentimento
Vai saindo na forma de catarro.
Emoções loucas, malucas
Sai tudo pela boca, num bramido
É o desespero que escutas
De quem acredita estar tudo perdido.
Tenho a consciência a ferver
Para este crime não existe redenção,
E continua loucamente a doer,
Acabou-se a alegria, o amor, a paixão.
No túnel apagou-se uma luz
Já nada a minha alma ilumina
Tudo está perdido...
Agora é a raiva que me conduz,
Por isso, apenas imagina,
O tamanho do meu bramido!
Ultimamente, luz só enxergo na faísca do isqueiro, ao deixar brasa vívida na ponta do meu cigarro; escuto somente o romper dos meus pulmões, enchendo-se da fumaça doce e insalubre, antes palatar incípedo e indesejado ar puro; sinto apenas o coice da nicotina adentrando veias a fora; e guardo tão somente as incontáveis bitucas despojadas pelo único caminhar percorrido.
"E a cada tragada no meu cigarro, eu vou pensando e percebendo, o quão ingenua eu sou quando o assunto é o AMOR. Não só o amor entre homem e mulher, mas toda forma de amor. Sou carente demais quando o assunto é gostar, se apaixonar e amar. Por ser carente, eu me jogo de cabeça em todas as aventuras amorosas. Por ser carente, todo cara que me trata bem, e mostra interesse, eu penso ser o cara da minha vida. Por ser carente, eu amo todos os colegas pensando que são amigos, quando na verdade esse amor nunca é recíproco. Por ser carente, eu me guardo demais, e acabo não demonstrando amor por aqueles que realmente me amam.
Hoje foi mais um daqueles dias que o "amor" me virou as costas, foi mais um daqueles dias em que eu continuo sofrendo por dentro. Foi mais um daqueles dias que eu paro e penso: Vai ser sempre assim?. Hoje é mais um daqueles dias em que meu coração se despedaça, e eu pego meu kit costura, cola, fita adesiva e band-aid, e novamente tiro forças de onde eu não tenho para reconstruir meu coração. Sabe por quê? Porque mesmo acontecendo tudo isso, eu ainda ACREDITO NO AMOR!"
Levanta mulher
Pentea esse cabelo
Toma um café
Fuma um cigarro
Vai brincar de ser feliz
Samba na cara do medo
Que hoje o mundo é teu.
Ainda resta esse cigarro forte
Ainda resta essa música lenta
Coração está fraco (mulheres)
Há essas mulheres elegantes
Perdemos o ar e a razão
Não posso te ter
Mas mesmo assim vou te amar
Você sempre vai aparecer mesmo ,
Mentindo um amor incondicional
A noite está fria e pra passar o frio, acendi o cigarro e enquanto observava a fumaça subir e girar em diversas direções eu pensei comigo: Tu parece essa fumaça, tu sempre vai em diversas direções, diversos lugares e diversos momentos. Assim como eu trago essa fumaça pra dentro de mim, eu faço o mesmo contigo, eu te trago pra dentro de mim, pra dentro do meu coração e pra dentro dos meus sentimentos.
Porém nessa noite fria eu penso o quanto faz falta um calor humano e o quanto eu queria teu calor e queria tá contigo. E pra manter esses pensamentos eu acendo outro cigarro, observo a fumaça dançando e te imagino dançando perto de mim e te tragando pra dentro do meu coração e do meu peito.
Cevei no mate
a saudade de casa
e a lembrança das asas
de um coração doído
traguei no cigarro
o sonho da minha mulher
e com o barro
nos pés
voltei pra infância
Perdoa, amada
se tu quer ir embora
e eu não deixo
a vida parece inválida
sem teu beijo
e os acordes do meu violão
são as batidas do coração
que te deixo
Me recebe, amada
se eu bater na tua porta trancada
dos amores que amou
porque a morada
que eu tenho
são os olhares
que de manhã cedo te dou
Fale o que precisa
o meu coração é vento
e não importa a brisa
eu só quero o momento
que o meu abraço te abriga
e obriga
que meu dia tenha sorrisos teus
porque, amada
meus sorrisos são lágrimas, longe dos seus
porque, amada
minha vida é amarga
sem tu e eu.
As vezes o amor é igual ao cigarro, ele é aceso as pessoas curtem os momentos da nicotina, compartilham a mesma fumaça e quando fica só o toco um deles ou joga fora ou fica pisando até que o cigarro se apague.
Lembro-me da minha mãe fumando seu cigarro sentada próxima a janela, olhar distante, perdida em pensamentos, imersa em um mundo secreto, lembro-me de observa-la e procurar no horizonte o que prendia a atenção de seus olhos, lembro-me da voz de Roberto de fundo se fazendo presente, lembro-me de querer compreender aquele silencio que emanava dela, lembro-me que seu silencio me deixava irrequieta. Hoje olhei para ela novamente e consegui vê aquela mesma mulher de 15 anos atrás, vi em seu rosto as marcas deixadas pelo tempo, vi o mesmo olhar distante, em sua cadeira próxima a janela, a voz de Roberto ainda presente, era como voltar ao tempo à diferença é que a olhei e vi que ela não estava ali por obrigação ou arrependimento, mas somente perdida em memórias de um tempo além da janela.
Comprei uma carteira de cigarros chamada "vida". Dela fumei o cigarro do amor, da saudade, do arrependimento, da frustração, da decepção, da dor, da alegria, e da mágoa. Fumei, queimei-os todos. As bitucas joguei fora e nem vi onde. Só o que sobrou foi alguma fumaça deles dentro de mim...
Lá debaixo de uma árvore morta eu vou estar, fumando meu cigarro francês e olhando as lembranças que você me deixou, chorando e me destruindo, amarga e solitária como sempre, eu vou estar lá, esperando a minha vida acabar...
