Bebida e Cigarro
Hipocrisia é esperar amor de alguém que não tem pra dar. Como ascender um cigarro e não saber tragar.
FUMANTES
Trago comigo cigarro
Trago
Trago comigo catarro
Trago
Trago nas veias café de ontem
Trago esperança na república do café
Trago, prendo e passo
Traga café do planalto
Traga café do palácio
Verde catarro amarelado
Trago – até quando?
Trago a fumaça dos charutos cubanos
Que jazem no Jaburu após os gozados
Farnéis, coronéis sem patentes
Lama indigente
Trago, prendo e passo
Vicio? Virtude?
Trago o amargo dissabor residente
Presidentes, chapas...Ah! Meus chapas!
Vamos comer fezes de ratos, flambadas na vodka Stalinista
Que tal um trago?
Nação ébria e fumante
Das chuvas de aviões fumegantes
Trago!
Preciso parar de tragar
Preciso parar de fumar
Mas, na duvida que é o próximo dia,
Trago comigo, cigarro.
Luciano Calazans. 09/03/2017
Espero a morte bêbado, com meu cigarro barato, para encarar ela olho a olho e não mostrar fraqueza ao desconhecido.
Vem pra cá, comprei um vinho, mais se quiser te passo um café, vamo fumar aquele cigarro barato, enquanto te ouço falar da vida, e viajo em cada movimento da sua boca, que por menor que seja me causa um efeito enorme, fica aqui, dorme se quiser, vou ficar te observando, te cuidando, imaginando se sonha comigo. Vive na minha vida, mora em mim, meu abraço é casa só pra ti.
Fumando um cigarro atrás do outro, não sei se os tragos dispersam ou alimentam a melancolia nesse duelo de um. É só mais um veneno para enfrentar esse teu oceano de ego em que navego.
Lembra quando você vivia naqueles lábios? Agora ele prefere o cigarro. Arranjou um jeito novo de morrer.
O gosto do cigarro, quando antes na minha boca só o seu sabor...
O álcool que transpira em minha pele, quando antes só o seu perfume...
Os rabiscos de luzes e lembranças, quando antes só o seu rosto...
O som alto, e o barulho de vozes se cruzando, quando antes só o seu tom angelical...
O vazio, quando antes cada canto de mim, era só você...
O amor por mim, quando antes cada sentimento meu, era seu.
Como sempre me pego pensando em você nessa noite fria, só um copo de café e a fumaça de um cigarro, hoje pensei em como te conheci não lembro muito bem pois estava delirando em meus pensamentos mas bem eu lembro da sensação e foi incrível, sempre quis te dizer o quanto te amo estrelinha mas não tenho coragem, talvez algum dia você note ou eu te conte, mas até lá eu quero que saiba que não importa o quão louco eu esteja você sempre vai fazer parte dos meus derilios, meus pensamentos não seguem uma linha mas bem nada na minha vida segue, um dia você vai entender o motivo, mas lembre-se até lá quando eu me perder e só procurar a minha luz na escuridão você vai me achar.
Dessa vez ela se foi,
A dor já se acomodou,
Pegou um cigarro meu,
Acendeu,
falou o quanto doi dizer adeus,
Ficou tudo seu,
Mas você se foi,
Espero teu oi,
reclamando do trabalho,
Mas você se foi,
eu fiquei com toda dor,
juntei ela com o amor,
Amor esse que não te falei,
que juntou com as desculpas que não te dei,
com os erros que acumulei,
eu não te abandonei,
eu só queria mais uma chance de te dizer,
Eu só voei,
na busca constante de crescer,
mas eu nunca esqueci de você.
derrama vinho no sofá:
— Tudo bem meu amor, isso é normal,
mas cuidado com o cigarro aceso em cima da minha…
— Da nossa…
— De nenhum dos dois (Coleção de poesia marginal).
Cigarro
Na noite serena
Não vejo a lua
Só vejo a luz, da brasa que cura
Entre algumas tragadas, só vem o desejo
Talvez seja a “vida”, que eu tanto anseio
Um, dois, três cigarros, será que é desespero
Ou então, só mais um de meus medos
Em meio aos meus dedos
De forma alguma, eu manifesto
O desejo incansável
De descansar junto à meus versos
E ontem bateu a nostalgia
Aquela velha abstinência cai sobre mim
Levanto
Pego um cigarro
Coloco entre os lábios.
Dou a primeira tragada.
E sinto meu corpo relaxar
Começo a pensar
Como algo tão bom
Faz tão mal ao mesmo tempo
E faz com que me sinta mais viva a cada tragada que me mata
E você voltou, como sempre fez, com seu costumeiro cigarro entre os lábios. Me encara com esses seus olhinhos castanhos com ar de curiosidade. Faz isso porque quando se trata de ti, eu perco as estribeiras. Ah menina, sabes que tenho por ti todo apreço do mundo. Mas mesmo assim faz de mim teu brinquedo.
Um lápis, um papel, e um cigarro é tudo que preciso para com as letras, desenhar uma história triste.
To esquecendo o rim, me apaguei ao gim e no cinzeiro de prada o cigarro apaga levando junto os devaneios de madrugada em que o sono havia se perdido. Pesadelos do anoitecer que repetem o cotidiano que gostaria de esquecer, as lembranças tornam um alvoroço o meu consciente contente de tanta atenção. Apaga a luz mãe que a lua conduz a direção dos sonhos.
Cabaré
Eu sentir um cheiro de cigarro
E vinha lá do cabaré
Ouvir também um escarro
E era de homem e mulher
Eu vi o seu fogo aceso
E era tanta fumaça
Que parecia uma chaminé
A sua boca parecia um vulcão
E o seu corpo derrubava
Como um furacão
Você era um perigo
A que se guardava
Um certo abrigo
Á sua perdição
Se ver uma mulher de capuz
E uma argola na orelha
Faça logo o teu sinal da cruz
E corra do mel dessa abelha
Se ela fala demais
Tape logo os seus ouvidos
E também as suas orelhas
Seja muito prevenido
E esconde até
As suas sobrancelhas
O cabaré é um canivete
Lugar onde se enfeitiça
E sai muito pivete
A mulher mascla sua língua
E o seu bolso também
Tudo isso ela faz
Sempre por um vintém
Como quem mascla um chiclete
E deixa morrer á mingua
O caberá é a navalha
E a mulher é a bebida
Chega o homem canalha
E a trata como mulher da vida
Ali corre sangue
E mesmo assim a mulher convida
Sempre em gangue
E quase não tem despedida
De corpo, alma e mente despida
Já quase enlouquecida
Não dispensa nem a gângster
E ainda banca a ensandecida
Á querer sempre mais
E nunca estar agradecida.
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