Frases de Banho
E enquanto a água do chuveiro caia, eu examinava cada linha entre os azulejos do banheiro, pensando em como me mataria, me destruiria, e acabaria comigo de todas as formas, fazer a sua vontade. Eu me conheço bem, e como conheço. Sei que eu aceitar ir a essa festa, me renderia mais do que algumas lágrimas ou músicas tristes sozinho no meu quarto. Eu me lembro de como é ficar mal, eu me sinto como se nunca fosse ter um fim. Mas parece que não tem saída sabe, você tem argumentos, e não posso ir contra eles, mas ir a uma festa na piscina quando você não gosta do seu corpo, e saber que todos os garotos dos quais você tem ciúmes,estarão lá, exibindo seu maravilhoso corpo enquanto ele se diverte na piscina com eles, e você passa seu tempo enchendo a cara do lado de fora, se machucando a cada vez que você olha na direção deles. Eu já fui um masoquista sentimental, e sei que arriscaria ir antigamente, mas agora eu sei do quão longe eu posso ir, e sei de todas as besteiras posso fazer quando estou triste, e não quero correr esse risco. Mas você não consegue entender não é? Você não consegue me entender, não é?!
“A maior das pessoas não gostam de mim!”
O Alecrim dourado. Então, experimentar estar em lugares onde as pessoas não cuidam de suas energias. Tenho certeza que isso doerá muito mais do quê o seu ego ferido. E se não gostam de você, reveja o seu comportamento para com os outros. Na maioria das vezes, o erro não estar no outro e sim você.
Vidro
Embaçando o box do banheiro
A água fervente passeia no meu corpo
Escorre da cabeça ao pés , passa pelo meu corpo e sai pelo ralo .
Inundando- me flui as ideias .
Quanta coisa boa eu posso fazer outras nem tanto não eu deveria cruzo as pernas e me encosto na parede, escuro úmido mas não frio .
É tão quente que consigo suar enquanto me molho .
Aquela sensação na nuca de ser observando aquele arrepio na pontas da orelha.
Sumiu o sussurro .
Neste instante oportuno, adentro numa fascinação hipnotizante por sua venustidade de cor calorosa, natureza exuberante, a suavidade de belas curvas, ondas exultantes de um mar veemente, um banho aprazível de ternura através da sua desenvoltura que é bastante atraente e em certos momentos, misteriosa, de qualquer forma, sempre avivada por seu fervor incessante, uma paixão ardente que se renova com um lindo florescer ainda mais impactante, assim, sua presença é maravilhosa, fortemente, emocionante.
Escrito ou não escrito?
A palavra escolhida
Como uma flor
Colhida
Brota no nosso ser
Toma um banho de luz
Começa a florescer
Ao dia aparecer
Um orvalho a escorrer
Cai no chão
Do poeta?
Do mundo?
Do profundo?
Da solidão?
Da pura fiel emoção
De um poema que nasce
Floresce
Permanece
Dentro do seu
Do meu
Do nosso
Coração
Estava peregrinando na Galícia, em direção à Santiago de Compostela, numa floresta de eucaliptos, subindo um monte, sob uma chuva fria e “fina”. Senti-me cansada e me sentei sobre um “tronco”. Estava com fome e sede. Comi um pedaço de pão e bebi um pouco da água que ainda restava. Mais que de repente, algo inacreditável aconteceu: “Entrei em estado de encantamento e tinha, apenas, uns 3 anos de idade. Estava em Vila Pereira, uma cidadezinha mineira onde vivi nessa idade, e vi aquela casa de telha vã onde morávamos, com uma bica colocada no telhado, por meu saudoso pai, para “aparar” água mas que usávamos para um banho delicioso e lúdico. Foi um dos únicos momentos da minha vida que conheci o que deve ser “felicidade plena” (milagre do Caminho de Santiago?).
Eu, eu não quero ficar sem ti,
quero viver agarrado, grudado,
feito carne e unha,
quero ser o seu batom
e a lingerie que te enfeita,
a água do seu banho,
mas o que eu quero mesmo,
é tirar a sua roupa,
sentir o gosto que o seu sabor tem.
Sem brigas.
Vamos combinar não mais brigar, prometeremos nos comportar, para que não haja discussões, que tal de xampu falar? Entramos no banho com os ingredientes básicos da paz a efetuar.
Água para começar, frasco a agarrar, agentes a base de silício. Ai que suplício...
Óleos de dimeticona e ciclometicone amacia teu cabelo.
Que perigo já, já, sai um ipsilone.
Surge o pantenol ou ácido cítrico que dará ao teu cabelo um brilho mítico. Será meu Thor, por Deus tenha dó, tem coisa melhor? Lembrei-me do espessante, todo xampu tem, deixa que eu lave, vamos com calma. Para o couro cabeludo não coçar, cloreto de amônio costumam colocar, ou o sódio, que ódio, nada mais é que o sal de cozinha, no cabelo a temperar. Uma boa lavada precisa ser dupla, lava-se uma vez para a sujeira retirar, e mais outra para limpinho ficar! Prestando atenção? Até aqui não brigamos... Foi só explicação.
Agora entra uma coisa chamada “modificador”, olha o que faz ele meu amor, dá densidade, cremosidade, também as cores e texturas, surgindo então o brilho perolado, seja caro ou barato é o que se vê no mercado.
Termino com o diestearato de glicol, tenha um pouco de semancol, a banheira já transborda água fora, escorregamos tal e qual caracol.
Faltam os impulsionadores de espuma, que sem eles em suma não há cabelo bonito, é a lauramida DEA e a cocamida DEA, derivados de ácidos graxos, fórmula tenebrosa que não acaba, está ficando chato.
Quer um aspecto de nuvem na cabeça, use trietilenoglicol, fica bem legal e a isso vamos pondo um ponto final!
Então estamos combinados, que permaneça assim, eu lavo seu cabelo e você a mim, não se briga por mais nada, sem papos complicados, só coisas lavadas. Agora que nossos cabelos estão limpos e macios, eu te balbucio no ouvido.
Vamos pra cama brincar de mucama, meu senhorio.
Lelê... lelê...
hoje demorei mais do que o esperado pois enquanto a aguá caia bem devagar suas lembranças me aqueciam naquele banho terno, só então me dei conta a falta de quem mais queria comigo naquele momento.
Acordo, levanto sem ânimo, olho para as coisas ao meu redor, nada tem cor ou brilho, nada mais me surpreende, ando pelas ruas, com destinos já traçados, sem ânimo, sigo até meu ponto final, entro em casa, busco meu banho quente e durmo, e o ciclo volta a se repetir...
Só quero o fim dessa merda toda.
Esperar que uma única intervenção espiritual, energética ou terapeutica resolva nossa vida para sempre e de forma definitiva, é o mesmo que esperar que um único banho mantenha o corpo físico limpo para o resto da existência. Equilíbrio, estabilidade e bem estar exigem cuidados permanentes e constantes.
O sorrir
Privilégio de poucos.
Na infância, adolescência, maturidade...
Ontem ouvi meu anjo querido,
Me alertando.
Vovó quando estava no banho,
Brincando você brigou comigo.
Você se assustou e ficou séria.
Vovó, olhei para você.
Você sorriu, vovó!
Sorri creio que a primeira vez
Que precisei ralhar com você.
Enfim sorrir sempre fez parte do meu viver, logo alegria, alegria.
Você disse que, quando chove, sempre procura o arco-íris. Mas, às vezes, não tem arco-íris. Daí o que você faz? Toma um banho de chuva e grita.
SONETO NA CHUVA
Quantas vezes, pés descalços, enxurrada
A minha infância, na inocência eu brinquei
Águas em versos, chuva molhada, sopeei:
Quantas vezes eu naveguei na sua toada?
Na narração me perdi, no tempo maloquei
As lembranças ali no passado deixada
De memórias fartas, meninice, criançada
Aqui no peito guardada, e nelas estarei...
Céu cinza do cerrado, nuvem carregada
Deixa chover, pois só assim eu alegrarei
Da varia recordação da pluvial derivada
Pingo a pingo, trovoada, no outrora voltei
Água na cara, cachoando na alma calada
De saudades, neste soneto na chuva, falei!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Dezembro, 2016
Cerrado goiano
Hoje estou precisando de uma massagem no ego;
uma maquiagem na autoestima;
uma escova progressiva
no cérebro;
e um banho de loja virtual.
Banhar-me-ei nas águas sagradas do amor, para que eu possa chegar límpida até você. De pés descalços te estenderei as mãos cheias de flores.