Aviao sem Asa Fogueira sem Brasa sou eu assim sem
Será que sou o pior?
Vou parar de lembrar e beber para poder pensar.
Me disponho ao vento e mar. Tanto faz.
Sou o pior? Pra que melhor?
Rasque todas as fotos.
Todas aquelas que sempre estarão intactas em seu pensamento.
Todas aquelas que um dia te farão lembrar que não fui o pior.
Quando as luzes da cidades acendem, meu coração acende junto com elas. Me dá vontade de sair. Sou da noite, as coisas ficam mais bonitas e sem valor nessa parte do dia.
Tu es bondoso senhor,digno sou do seu trabalho perante teus filhos,o meu espirito pertence a tuas obras" -
Sou um enigma de contrastes: carrego o peso das responsabilidades, mas ainda busco um sentido maior para mim. Entre a razão e o desejo, entre o dever e a liberdade, caminho por estradas que às vezes parecem desenhadas pelo destino, outras vezes traçadas pela minha própria inquietação. Minha mente nunca descansa, meu coração nunca se entrega por completo, e minha alma, apesar de tudo, ainda anseia por algo que nem sempre consigo nomear. Sou força disfarçada de dúvida, lealdade vestida de questionamento e coragem oculta sob o medo do incerto.
Se, se opor a todo tipo de hierarquia e dominação, é anarquismo, sou um apoiador afirmante, penso que a liberdade é para todos, o que não posso é cometer o crime de seguir um estado antidemocrático que estabelece prisão em um espaço geográfico, sem dar condições aos seus semelhantes terrestres.
Sou matéria buscando saber o caminho e qual iniciativa tomar para não seguir o algoritmo que o sistema da vida propõe e, logo, trago minha sugestão: seja booleano; pense; reflita; se adapte como pseudocódigo, pois, de forma simples, você viverá.
Este é o meu mundo
Este é o meu pouco
O que tenho, sou
O que sou, não temo dar
Mesmo que pouco
Mesmo que inteiro
Este é o meu eu
Este é quem sou
O que deveria ser, é
O que é, muito
Mesmo que tudo
Totalmente… eu
Este meu tudo é teu
Este que tão pouco é
O que é meu eu te dou
O meu tudo, o meu mundo
Mesmo que leve a nada
Mesmo que seja a muito custo
Que meu tudo não seja, pra ti, nada
Se lembrequecustoutudo
POESIA CODA
Sou muitas mãos
E muitas vozes
Também sou muitos ouvidos
E tantas outras expressões
Sou telejornal e novela das 8
Encarte de mercado
Promoção de biscoito
Sou a pausa – do sinal afoito
Astronauta em dois mundos
Indo e vindo neles... amiúde
Alguém que se reinventa
Sou um poema (nas mãos) de Nelson Pimenta
Sendo assim, deixa-me suspenso
Entre configurações de mãos
e grunhidos de meus pais
Sinto deles o cheiro
(até hoje)
Quando falo em sinais
Às vezes sou um corpo doente carregando uma alma, e às vezes sou uma alma doente carregando um corpo.
tem dias que sou silêncio
sem ruídos ao redor
sem fundo musical
tem dias que prefiro a solidão
ver o pôr do sol
ler um livro
tem dias que não falo nada
é melhor manter a boca fechada
não causar danos
tem dias que existo
tem dias que insisto, SER!