Susan Sontag
As únicas respostas interessantes são aquelas que destroem as perguntas.
A inteligência é uma espécie de paladar que nos dá a capacidade de saborear ideias.
Eu não estava querendo que meus sonhos interpretassem minha vida, mas antes que minha vida interpretasse meus sonhos.
A interpretação não é (como supõem muitos) um valor absoluto, um ato do espírito situado em algum reino intemporal das capacidades. A interpretação também precisa ser avaliada no âmbito de uma visão histórica da consciência humana. Em alguns contextos culturais, a interpretação é um ato que libera. E uma forma de rever, de transpor valores, de fugir do passado morto. Em outros contextos culturais, é reacionária, impertinente, covarde, asfixiante.
Faça coisas. Seja curiosa, persistente. Não espere por um empurrão da inspiração ou por um beijo da sociedade na sua testa. Preste atenção. É tudo sobre prestar atenção. É tudo sobre captar o máximo que você puder do que está por aí e não deixar que desculpas e que a monotonia de algumas obrigações diminuam sua vida.
Muitos fotógrafos continuam a preferir imagens a preto e branco, pois consideram-nas mais delicadas e sóbrias do que a cor - ou menos "voyeuristas" e menos sentimentais ou cruamente miméticas.
Os homens gostam da guerra. Ela exerce uma eterna sedução sobre eles, pela intensidade da experiência, pela oportunidade de fugir ao marasmo da vida familiar.
As sociedades industriais transformam os seus cidadãos em viciados de imagens; trata-se da mais irresistível forma de poluição mental.
Eu não quero saber de alguém inteligente; qualquer situação entre as pessoas, quando elas são realmente humanas umas com as outras, produz inteligência.
Vivemos numa época assim, em que o projeto de interpretação é em larga medida reacionário e sufocante.
Uma obra de arte não tem conteúdo no mesmo sentido em que o mundo não tem conteúdo. Ambos existem. Não precisam de nenhuma justificativa nem poderiam tê-la.
A arte está ligada à moral, diria eu. Uma das maneiras como se dá essa ligação é que a arte pode proporcionar um prazer moral; mas o prazer moral próprio da arte não é o prazer de aprovar ou desaprovar tal ou qual ação. O prazer moral na arte, bem como o serviço moral que a arte realiza, consiste na gratificação inteligente da consciência.