Serginho Rock

Encontrados 4 pensamentos de Serginho Rock

Não tenho convenções nem preconceitos.
Afinal o que é errado e o que é direito?
Sei que vivo num mundo mesquinho e decadente.
Mas sou um elo rompido da corrente.

Inserida por mariopinheiro

O Poeta da Sarjeta

Por becos e mundos,por ruas escuras
Passarelas da marginália
Desfila o bardo em sua face mais crua
Gritando os seus versos canalhas
Cortantes como navalha
Tolouse Lautrec do verbo
Divino entre a bandalha
Retira palavras concretas do lixo
E cospe verso em sua cara
O seu cavalo de batalha

Párias,pivetes,ninfetas
Produtos "made in sarjeta"
Vida bandida,gente suspeita
Um antro de mutretas

Num jogo de cartas marcadas
Meteu-se com a turma errada
Um traficante,um proxeneta
Um tiro de escopeta
Adeus poeta das sarjetas
Adeus mundanas e ninfetas
Adeus poemas e vinhetas

Inserida por mariopinheiro

Canto meu Ensimesmado

Minha sina musical é um som ensimesmado
Com pitadas de ironia
Recolhido no meu quarto, toco, canto, encho o saco
Experimentando harmonias.
O som vem por um instante, um tanto quanto excitante
Com a mais crua poesia

Sai pra fora canto meu ensimesmado
Liberte este som aprisionado.

O meu sangue sergipano tem a fibra sertaneja
E o canto dos ciganos.
O meu sangue lusitano tem a saga do imigrante
Que cruzou o oceano.
Bebi na fonte dos tebanos, no talento dos baianos
Gil, Raul e Caetano.

Sai pra fora canto meu ensimesmado
Liberte esse som aprisionado.

Quando moço fui bem fundo, fui rebelde debochado
Bicho-grilo vagabundo
Não ligava para o tempo, ia em frente com o vento
Fui Geraldo Viramundo.
Mas vi meu lado aventureiro recolher-se por inteiro
E render-se acomodado.

Sai pra fora canto meu ensimesmado
Liberte esse som aprisionado.

Inserida por mariopinheiro

Por trás da linha do horizonte
Lá embaixo, no vale que aparece
Vejo apertada entre as colinas
Minha pequena Leopoldina

"Trecho da música "Morro do Cruzeiro"

Inserida por mariopinheiro