Oaj Oluap
A proclamação de uma única verdade em público é suficiente para desencadear uma reação em cadeia de comportamentos narcisistas, que, ao negarem a fragilidade de seus egos, movem-se em conjunto para silenciar a voz dissidente. Essa dinâmica é um exemplo clássico da doxa aristotélica, na qual a opinião comum é utilizada para reforçar a própria autoimagem. Além disso, a tendência dos narcisistas em cometer atos antiéticos e criminosos para refutar a afirmação de que são antiéticos é um exemplo da vontade de poder nietzschiana, na qual o indivíduo busca afirmar sua própria superioridade moral a qualquer custo, e do fenômeno de dissonância cognitiva no qual vivem.
Nessa sociedade há dois papéis: o de opressor e o de oprimido. Quando você se recusa a assumir o papel de opressor, assume-se que você aceitou o papel de oprimido.
Aquele que é extremamente habilidoso e consegue ocultar quase cem por cento de suas habilidades é tão perigoso e eficaz quanto habilidoso.
O excepcional que oculta suas habilidades e potencialidades com maestria é, verdadeiramente, um gênio.
O brasileiro teme a excelência e dela foge ao negá-la, como um viciado que bebe todos os dias e afirma que a qualquer momento pode parar.
O homem ama, em sua mediocridade e ressentimento, "derrubar" heróis. Os motivos são: a necessidade de um vilão para se sentir forte e justificar suas próprias crenças, ao mesmo tempo que, paradoxalmente, afirma-se "inconscientemente" como o herói (um bom homem) que derrotou ou lutou contra o vilão, e a emoção da "competição", manifestada na cultura do cancelamento.
