Queriam trocar minha mulher por um... Marinho Guzman

Queriam trocar minha mulher por um camelo.

Muita gente nos alertou em 2.013 quando estávamos para embarcar numa viagem que passaria por países árabes, inclusive pelo Egito, dos perigos para turistas, especialmente mulheres novas, bonitas de cabelos e peles claros.
Levamos numa boa, mas tomamos as devidas precauções.
Ninguém poderia esperar que um dia no Cairo, num hotel cinco estrelas, o Mena House Cairo, um egípcio ou sei lá quem estava por debaixo da roupa típica, puxou conversa comigo e perguntou se eu não trocaria Amanda por um camelo.
Levei na brincadeira, dei risada com o cara e até arrisquei uma piada no meu inglês sofrível, dizendo que eu não aceitaria um camelo, mas pensaria numa proposta melhor.
Estamos em 2015 numa outra viagem, passando por países árabes. Nesses dois anos, muitas vezes contei essa história para amigos e todos rimos muito, inclusive a Amanda Palma.
Estivemos a poucos dias em Dubai, lugar que não adianta ver em filme, ler ou ouvir histórias. Só quem vai a Dubai sabe de fato a maravilha da cidade-Estado.
Estávamos no maior shopping do mundo, embevecidos com a beleza, riqueza e outros adjetivos superlativos e eu disse para a Amanda: -Acho que hoje dá negócio, veja como esses árabes ricos te olham. Se me oferecerem três camelos acho que faço negócio.
Com a simplicidade sincera, simpática e mordaz de sempre a Amanda disse:- Puxa, se alguém me dissesse que queria trocar você por uma cervejinha, ou qualquer outra coisa, eu diria que topava ou poderia ficar com você mesmo sem troca.
Rimos bastante e pensando bem, acho que vou parar com essa brincadeira, pois ela pode pensar bem e certamente, em qualquer caso, vai fazer um bom negócio