Marilina Baccarat

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Não deixe que a saudade lhe sufoque, que a rotina se acomode, que o medo o impeça de tentar...
Esse é um trecho de um texto de Marilina Baccarat, escritora brasileira, que se encontra no livro "Escalando Montanhas"

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Enfim, esperarei o futuro chegar, assim como os pássaros esperam o verão para voarem livremente, e os bulbos entumecidos que esperam a primavera para florescer e exalar o seu perfume.
Marilina Baccarat (escritora brasileira) no livro E a vida tinha razão

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Caminharei por caminhos áridos, tendo como companhia a audácia... Me afastarei de mim mesma, me perderei nas trilhas da solidão, pois, é ali, que me encontro, de onde observo um jardim secreto, com acesso ao templo que há em mim...Medo?... Sim, o tenho...Mas posso perfeitamente entender, que o pavor mora lá e a coragem vive em mim, dentro desse templo, para sempre..
.(Marilina no livro É Mais Ou Menos Assim )

Sou mulher , sou guerreira...
As vezes menina,
querendo brincar de roda,
As vezes, adulta , querendo dançar,
Mas, sou Aquela mulher,
Que nunca tomba,
Quando me puxam o tapete,
Pelas armadilhas da dor...
Sou guerreira, sou mulher...
Com coragem e certeza,
Pois vou descobrindo o meu valor...

Marilina Baccarat escritora brasileira

TEMPO DO AMOR



Constantemente, me perguntam: -Há quanto tempo existe o amor? -Ele vive naquele lugar interdito, onde não podemos alcançá-lo, só senti-lo. Por quê? Não sabemos, pois o amor tem o seu tempo certo de chegar...
O amor tem o tempo em que o mundo foi criado, não importa quanto tempo ele tenha. O que importa é poder senti-lo bem junto a nós...
O amor tem o tempo em que os sonhos começam a nos acariciar, com seu vento doce, que bate em nossa face e nos leva até às alturas alcandoradas...
O tempo do amor é quando começamos a olhar as coisas com mais beleza, na calma da natureza, com interesse de caminharmos crescendo, sempre, no aprendizado de sabermos amar, com o tempo que, a nós, é dado... Tempo de aprendermos acarinhar e sermos acariciada, com todo o tempo do mundo...
Quanto tempo tem o amor? Não é preciso marcar o tempo com os ponteiros do relógio, que giram sem parar, pois, o amor tem o seu tempo de surgir...Ele não respeita o relógio...
As concretizações, que o tempo do amor nos oferta, muitas vezes são nossos lauréis, em outras vezes, são lágrimas, que derramamos pelo caminho, ao ver nosso amor extinguido...Mas, o tempo do amor supera tudo isso, seja tempo de vitória ou de derrota...
Que importa há quanto tempo existe o amor, se tudo é amor em nossa vida. Podemos viver livres, sem medos, porque carregamos a força de nossos desejos e a experiência de que aprendemos a amar, no tempo do amor...
Um dia, quem sabe, poderemos nos dar conta de que andamos inventando muitas histórias para nós mesmas. Isso, para justificar nossas escolhas, nossas frustrações, no tempo do amor, que não tem tempo...
No tempo do amor, construímos teorias, manipulamos lembranças do passado e até inventamos casos. Mas, com o tempo, vamos perceber que, no tempo do amor, não cabe mais desculpas, pois, na torre, na qual se encastela o amor, ela nos protege de tudo e vivemos novas experiências, pois, a porta do castelo, que é o tempo do amor, esteve sempre aberta para nós...



Então, o porquê de nos preocuparmos com quanto tempo existe o amor, se ele vive em nós e nós nele...

Marilina Baccarat no livro "Sempre Amor"

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DO NADA

Acabou o amor naquele momento, veio o assombro e a alegria acabou... Naquele instante, tudo acabou do nada e de tudo, só restou o nada...O dia ficou como um breu, uma noite sem estrelas e sem luar, a quebrar o coração dorido...
Então veio o choro, a discórdia e nossas mãos, que estavam sempre unidas, vieram a tremer. E da ambição do amor, surgiu o medo de não mais ter o amor, que sempre tivemos...
Naquela hora, então, veio o silêncio a calar nossos corações... Vontade de poder viver, não do nada, mas de todo o amor... Veio o temor...
Naquele instante, senti o silêncio, que vinha de dentro de você. E o pranto brotou nos seus olhos azuis, como o céu, fazendo com que os meus lacrimejassem, sem cesar, também...
Os meus olhos se afastaram dos seus. Meu corpo, do nada, também se apartou do seu...
Dos braços, que de tudo me abraçaram, por longo tempo, agora, do nada surgiu o adeus...
Do nada, para mim, o mundo acabou e somente senti o barulho do mar, com suas ondas gigantescas, a parecer querer me sufocar...
E do nada, senti o grande sofrimento do vazio do amor, que, para mim, parecia ser eterno e, agora, do nada, apenas sinto o adeus, que deveria ser do nada, mas é do tudo...
Das intermináveis horas pressentidas, do nada, lembrei-me das promessas calorosas, ditas ao meu ouvido, com ternura...
Do nada senti-me órfã, pois, sem amor, do nada, não somos nada e nem tudo podemos alcançar, sem o amor. Pois, ele poderá vir do nada, mas, nos transportará com tudo, para o amanhã...
Nada restou dos infindos momentos em que vivemos esse grande amor, que surgiu do nada e tudo se transformou... Agora, trago a chama em meu peito, das promessas, que vieram do tudo e agora são nada...
Como viver sem esse amor, se nada, dele, restou em minha essência...O porquê não sei. Pois, somente sei que seu perfume ficou impregnado na minha pele... Um amor, que surgiu do nada e tudo transformou, dando-me alento, mudando o rumo...

Do tudo, esse amor chegou pelos caminhos, que percorri...Mas, depressa, do nada se foi...
Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "Sempre Amor"

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O inverno da vida é quando a velhice se aproxima, ele é nada mais do que o sequestro da primavera da existência, que é quando a juventude chega e a beleza da vida se vê em nós, com toda a sua pureza, dando-nos toda a liberdade, sem pensarmos no inverno, que, um dia, chegará, querendo ou não...
Marilina Baccarat no livro "É Mais Ou Menos Assim"

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O prejulgamento é uma das atitudes mais perniciosas que o ser humano eventualmente possa ter, pois antecipar um fato fazendo um prejulgamento pode ser danoso, e, muitas vezes, pode trazer consequências e sequelas irreversíveis. Mas, muitas vezes, os julgamentos só existem na cabeça do prejulgador, criando, assim, uma tempestade em copo d’água.
A melhor forma de não fazer o prejulgamento é manter sempre um comportamento transparente, que, somado com a humildade, empatia e respeito pelo próximo, jamais iremos prejulgar.
Muitas vezes, fico irritada com certos prejulgamentos. Pessoas pensam que são melhores e mais inteligentes que outras, só porque incluem, em seu currículo de leitura, autores consagrados. Confesso que gosto muito de ler José de Alencar, Machado de Assis e gosto também de Jorge Amado, mas não podemos contestar e ter preconceito contra quem tem gosto diferente e prefere ler algo mais leve e não clássico.
O poeta Oscar Wilde (1854-1900) disse: “não existem livros morais ou imorais”. Se você sentir vontade de ler palavras de autoajuda, romances, água com açúcar, leia. A leitura, antes de mais nada, deve proporcionar prazer ao leitor! Apontar o dedo ao próximo é fácil demais; difícil é se colocar no lugar dele, tentando saber as razões e motivos que o levaram a exercer tais ações.
Assim, antes de fazer qualquer julgamento, é preciso pensar e repensar muito.
Fomos ensinados que somente os títulos clássicos deveriam ser lidos e até mesmo cultuados. E devem ser mesmo, afinal eles agregam conhecimento. Mas quem disse que outros gêneros literários são inválidos?
É um erro crasso pensar que estamos no pódio para sempre...
Já perceberam a quantidade de julgamentos e prejulgamentos, que fazemos o tempo todo, sem nos darmos conta?
Como se isso fosse normal.Triste, não? Pior ainda é ter a ilusão de que, só por estar no pódio, temos o direito de prejulgar alguém. Ledo engano. Importante na vida é atender ao próprio gosto. Se for do seu interesse ler outros gêneros, leia. Claro que eles valem! O seu gosto é o que importa...
Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "Escalando Montanhas" página 46

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É fácil, nos dias de primavera ou verão, deportar esse espectro das marés violentas, para as extremas fronteiras das nossas compaixões, pois somos como o rio, ele, também, tem suas lástimas... Suas águas são luminosas. Mas, quando o sol se afasta, ao findar do dia e o crepúsculo chega, com suas noites geladas, suas mágoas são profundas... Ele sente sua fragilidade, ao ver os barcos ancorados e tudo se torna nostálgico para aquele rio... Assim, somos nós, sentimos a nossa debilidade, quando a gélida noite chega e nossos dós começam a mostrar-nos a triste cena da escuridão, em nossas vidas... Tudo, então, se torna mais difícil, somos tão frágeis quanto ao rio. Qualquer barulho, nessa obscuridade, transforma-nos em pedaços. Nossos corações se modificam em fragmentos de tristeza, pois a noite é melancólica... Somos como o rio, ele com suas águas estacadas e, nós, com nossos sangues parados em nossas veias, esperando a luz do raiar do sol...

Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "Corre como um Rio"

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O sol me espera...
No céu, brancas nuvens desenharam alegres figuras. O meu dia se encheu de sol! Atravesso a ponte, parece perto, logo ali, mas não consigo chegar. O sol me espera do outro lado, estico os braços, abro as mãos, quase chego, sigo em frente. Ainda não consegui alcançar o outro lado. Tento dirigir meu olhar, não ouso olhar para trás, nem desanimar, com as nuvens escuras, pois, sei que, do outro lado da ponte, há claridade, minha bússola vai me orientar. Quisera sentir, na palma da minha mão, essas nuvens brancas, que formam figuras alegres no céu. Como é belo saber que esse sol e esse céu, dissipam toda e qualquer escuridão. Olho o reflexo de mim mesma, na poça que se formou no chão, procuro algo, mas ainda não atravessei a ponte. Ainda não foi desta vez... Mas, em breve será... Atravesso devagar, preciso achar meu norte, seguir a agulha imantada, que anda desorientada, apontando lugares aonde nunca fui... Achar minha rota, não me desviar do caminho, não posso enfrentar rodamoinhos, tenho que contornar obstáculos. A bússola, que carrego comigo, conduz os meus passos, não deixa que eu me afaste de mim mesma.
O céu está claro e a trilha está visível. Aponta-me o caminho, a seguir, a agulha da bússola e me deixo levar pela orientação dela. Não sou andarilha, sequer sei o caminho, não conheço suas trilhas, só minha pena é o que possuo. Ergo a bússola em direção ao horizonte, pois é lá que está a minha verdadeira bússola, só ela pode me ensinar o caminho... Tudo clareou e o caminho se fez novo sobre a ponte, atravessei e encontrei ali, do outro lado, o sol, que estava esperando por mim. Esse sol, cuja luz, entra todos os dias, em meu coração e faz com que, em mim, ele, esse sol radiante, nasça todos os dias.

Marilina Baccarat no livro "Atravessando Pontes"

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Hoje caiu a ficha na corrida do tempo,o ontem se desprende do hoje, o que foi jamais voltará. E mesmo que retorne
o hoje terá entrelinhas e cabe somente a mim decidir qual o caminho devo seguir...
Por mais que seja dura a escolha o certo deverá prevalecer...
Marilina Baccarat no livro "Pelos Caminhos do Viver"...

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Trilhando novos caminhos:

Os novos caminhos escolhidos podem nos levar à vitória... Continuar é preciso, sempre, mesmo enfrentando o vento, que está contra... A elação, em nossas caminhadas, é necessária... Tantas e tantas vezes, se for preciso, caminharemos... Assim, não cederemos à indignação de observar, pelos logradouros, falhas, que, muitas vezes, podem dar uma certa beleza nos andamentos da vida e observaremos que não mais erramos os caminhos... Mantemos a nossa personalidade, com a presunção, que habita em nossa essência... Os tropeços, pelas trilhas, são inevitáveis, em várias situações da vida, mas, por causa deles, não podemos nos acomodar, dissipar a chance de que, com sobrançaria, descobriremos o caminho certo, esquecendo os fatos ruins da vida e trilhando em frente...
Marilina Baccarat no livro "É Mais Ou Menos Assim"

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Você se lembra quando havia só um telefone na casa? Quando estávamos aguardando o telefonema do namorado ficávamos plantadas ao lado do aparelho,impedindo quem fosse de se aproximar, pois a qualquer momento poderia chegar a ligação.
Por causa de somente um telefone na casa, aprendíamos a esperar e a respeitar o direito do outro.
Éramos mais maduras e não crianças mimadas, que querem tudo para si.Sabíamos estar juntas e aproveitar o momento familiar. Era gostoso escutar o disco na vitrola trocando de faixas e sempre alguém pedia: "Poe aquela agora, a terceira".Todos escutavam juntos!
Não sou saudosista nem louvo o passado. Pelo contrário. Acho a tecnologia ótima e agradeço a DEUS por todos os avanços que temos. Estou apontando para um exagero comum entre nós. A falta de partilha e a recusa de viver em sociedade.Essa mania de tornar tudo pessoal e não comunitário, nos precipita a um abismo solitário. Que tudo seja "meu" e nada seja "nosso",com isso ficamos sós e, nos tornamos solitárias e vazias.
Estamos solitárias porque escolhemos não dividir nada, nem coisas, nem espaço e nem nosso coração!
Mude seus hábitos e tente fazer muito mais em companhia dos outros. O resultado vai ser alegria e o prazer que o mundo nos roubou.
Venha, puxe uma cadeira e sente-se aqui ao meu lado!
Marilina Baccarat no livro "Com o Coração Aberto"

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É preciso um esforço consciente, para não permitir que o sofrimento nos torne cegos � beleza da vida, não permitindo que possamos aproveitar o momento de sermos felizes... Sempre é possível recuperar a alegria de termos momentos de felicidade, basta que desejemos isso com toda nossa vontade.
Marilina Baccarat no livro "VIvas Emoções"

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Tudo passará, demora, mas vai passar e sobreviveremos...E aí, passada a tormenta, daqueles benditos raios, chega então a tranquilidade, o livrearbítrio...
Seremos bonitas, desejáveis, invejadas, admiradas por todos, e, o melhor ainda... “Gostosas”...
No livro É Mais Ou Menos Assim

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Reformulamos premissas, em estar em um mundo mais relaxado... Já não queremos mais mudar o mundo e, sim, compreendê-lo...
A passagem do tempo, foi um cerimonial de pompas e circunstâncias. Talvez o último antes da definitiva passagem... Inevitável e necessária...
Marilina Baccarat no livro "É mais ou menos assim "

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E, se quiser ficar ainda pior, nada como olhar as fotos, que estão nos porta-retratos: vai ter um péssimo dia, pela frente, e não diga que eu não avisei... Essas fotos são a sua vida, se for corajosa, jogue-as fora, coloque no lixo, ou leve-as para o fundo do quintal e faça uma bela fogueira. Quem sabe, você vai achar que se livrou do passado. Ledo engano, tenho certeza de que você não vai conseguir. Quem somos nós, se não tivermos passado?
Marilina Leão no livro "Atravessamdo Pontes"

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Várias pessoas já fomos...Cada idade, uma delas, a receber da vida, as dádivas. Tropeçamos, pelo curso da vida, reinventamo-nos após os percalços; a recriar esperas, que nos serviram de ponte para o futuro... É preciso perder e se reinventar...
(Marilina Baccarat no livro "O Eu de Nós"

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Quando todos se calam Quando se calam todas as vozes, reflito sobre mim, sobre o que me rodeia; sobre o que me faz rir e, também, sobre o que me entristece. É possível ouvir as palavras, que o coração murmura, gosto de ouvir essas palavras. Olho no espelho e me vejo. Não consigo fugir de mim mesma. Descubro algumas de minhas qualidades, de meus talentos, de meus dons. Não há como me esconder das minhas dores e limitações. Não existem aparências, não há posições sociais. O valor das vozes, que me rodeiam, costumam vir carregadas de verdades e leveza. O que é realmente importante para mim? O que realmente me é edificante? Gosto do meu silêncio, que está sempre comigo. Amo as pessoas, que são colocadas na minha vida, mesmo que sejam por breve tempo, são pessoas especiais! Marco distâncias, planejo e organizo sonhos. Chego a pegar carona nas asas da imaginação. Vou longe e essas pessoas me acompanham nos sonhos, até onde minhas asas alcançarem. Escuto, ouço o meu silêncio, dizendo-me o que fazer, por onde seguir, o que ser e o que devo mesmo sonhar. Na voz do silêncio, encontro a direção certa. Quando todos se calam, é o meu silêncio que me dá forças para vencer os obstáculos e escalar montanhas.
Quando a noite chega, quando todos se calam, sobram o meu silêncio e eu. Livres de qualquer barulho insensato e desmedido, carregado de ilusões... Não há mais ninguém...
Marilina Baccarat no livro "Escalando Montanhas"

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fenda da ausência, é isso que torna todos extraordinariamente frágeis...É como se estivéssemos em um labirinto, com ruas escuras sem possuirmos uma lanterna em nossas mãos... Lá estava eu procurando entender ...
Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "Corre Como um Rio"

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Mergulhei no tempo, revendo minhas fragilidades,ainda que em pensamento... Em silêncio, mergulho nas minhas sutilezas, como durante toda a minha vida...Continuo, sigo... Permaneço sendo frágil...
Marilina Baccarat no livro "Corre Como Um Rio"

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Para onde vai a absoluta intimidade que se teve com o outro, a atenção, a dedicação, evaporaram? Talvez, em alguma nuvem, onde armazenaram tudo o que viveram e o que sonharam... Tão reais e etéreas, como só as nuvens podem ser... Eternas, sempre... Mas o que viveram, as horas que passaram juntos, que foram sublimes, não podem se acabar... Algo que fica armazenado, e que, mais do que nos faz lembrar, nos acolhe, nos envolve e confirma... As nuvens, que são eternas, guardam o rescaldo de um tempo que sobrevive aos acordos rompidos, às bênçãos desfeitas, às juras esquecidas... Somente ficam o sumo, o substrato, a força do projeto que um dia foi compartilhado pelos dois... Não mais, ficam o afeto espontâneo, o registro das intenções sinceras, da vontade de acertar tudo...

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Lento é o tempo
Vivemos banhados por nuances e pinturas, que se desenham ao longo de nossas vida... Sentimos, em alguns momentos, tristezas, em outros, alegrias... Amores, desamores e, assim, será até que a última página de nossa vida termine de ser pintada, escrita e lacrada... Sabe quando as horas não passam, os dias não correm... Bem, correm sim, passam sim, nós é que não vemos o tempo passar... Ficamos tão absortos, nessa busca do tempo, esperando que ele nos traga algo novo, durante as nossas caminhadas pela vida, que até achamos que o tempo não passa... O tempo se desenha, à nossa frente e, às vezes, gostamos tanto do desenho, que o tempo faz, que corremos para guardar aquele desenho, antes que o tempo resolva apagar e não nos deixe ver a linda tela, que ele desenhou da nossa vida... O tempo é sábio, ele não deixará ficar telas ou papéis em branco, pintará a vida, seja ela vivida em um mar revolto ou numa calmaria de um céu azul e, com um arco-íris, a enfeitá-lo... O tempo desenhará, com suas cores variadas, a vida, com as cores da primavera, do verão, do outono, ou seja, também, do inverno... Mas, nesse vai e vem de cores, o tempo vai, lentamente, pintando as nossas caminhadas, colocando flores em nossos caminhos... Muitas vezes, o céu poderá escurecer, mas o tempo, esse senhor, que nos acompanha, lentamente, saberá colorir o céu... A natureza manda chuva, manda sol e nós, aqui, esperando, impotentes, tendo que segurar nosso choro, nossa vontade, nosso afã... A vida passa e aqui ficamos a postergar, aguardando respostas, que não dependem de nós e que só o tempo trará... Bela é a vida, temos é que saber vivê-la, banhada por nuances e pinturas, que o tempo desenha, não deixando, jamais, que a pintura se transforme em um borrão... O sol forte, muitas vezes, poderá castigar a pintura... Então, o céu, que estava pintado de azul, ficará borrado de nuvens cinzas, que parecem pesadas de toneladas de chuvas, que poderá desabar e estragar o colorido, que o tempo pintou... O tempo é sábio, quando não há cor, os ponteiros do relógio parecem ir e vir em milésimos de segundos, que duram uma eternidade...
Os pensamentos pesam toneladas e nos deixam cansados por não vermos as cores... Mas, chega o tempo trazendo, com ele, uma brisa, que não balança uma folha sequer e o céu, com suas nuvens pesadas, parecem querer desabar... O tempo, com seus passos lentos, com suas telas e os pinceis em punho, coloca o cavalete, abre as tintas, coloca a tela no cavalete e começa a colorir a nossa vida... Manda, para bem longe, o cinza, em que o céu se transformou e embala a nossa vida com nuances, que só ele, o tempo, sabe nos proporcionar... O mundo, lá fora, gira, roda, acontecem coisas, pequenas e grandiosas... Mas, quando a gente sente, pressente, que algo muito grande, muito forte está chegando, não sabemos se é porque queremos, muito, que ficamos achando que estamos tendo pressentimentos... Só queremos, muito, que o tempo passe, que as folhas do calendário virem e o tempo deixe de ser lento... Temos pressa, temos urgência, mas, sentimos que, realmente, o tempo está lento, nós é que não percebemos... Precisamos mergulhar os nossos olhos em sua beleza, que o tempo pintou, para esquecer, por alguns segundos, que só o tempo nos dirá o que não sabemos... Andamos, assim, querendo tudo para ontem, queremos mais, queremos muito...
Andamos, nesse mau humor, por quê? Nessa vontade de que o tempo ande rápido, mas também devagar... Vontade que respostas sejam dadas, medo de quais serão elas... Uma preguiça indizível, uma falta de vontade, pois, o tempo não passa para nós... E, ao mesmo tempo, uma sofreguidão, uma ânsia, uma vontade enorme de sentirmos o tempo passar... Gostaríamos, insuportavelmente queríamos, que, por uns dias, apenas, não sermos... Quem sabe, o tempo, que é lento, nos reservará, uma pintura em sua tela, guardada pelo acaso... Assim, teremos lindas pinturas, com pedaços de nós, que voltaram diferentes no tempo... Seremos banhados por nuances e pinturas, que, somente, o tempo saberá desenhar, enquanto estivermos caminhando, nas trilhas da vida... E, assim, será, até que a última página da nossa vida termine de ser desenhada, pintada e fechada pelo tempo...
Podemos até estar tristes, mas o tempo, ainda que seja lento, colorirá de alegrias, as nossas vidas
Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "É mais ou menos assim"

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Tudo o que a vida nos dá e dela adquirimos, permanecerá em nós...Sejamos pacientes, porque a vivência, não é algo que se possa presentear ou obrigar a aceitarmos...Ou sequer a entender...

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Fazer diferente?
Se você anda cansada dos velhos sabores que sua cabeça tem produzido, cansada do mesmo ponto de vista, vive reclamando do jeito tímido de ser, de suas escolhas, do resultado que colhe de tudo isso, tente fazer diferente! O literalmente genial Albert Einstein disse: ”Não há maior evidência de insanidade do que fazer a mesma coisa dia após dia e esperar resultados diferentes”. Essa frase dele é a mais inspirada resposta para quem se queixa da vida. Pois a regra vale para todas! Noventa e nove por cento do que nos acontece é, direta ou indiretamente, resultado de nossas escolhas. Adoro pão, sempre uso o mesmo, que é o pão Frances, bem torradinho, feito na hora, na padaria. Nunca me ocorreu que eu poderia mudar para pão integral, que é uma delicia, tanto quanto o francês. Era como se não existisse outro jeito de mudar, para mim, pão é pão! Mudei de receita e acho uma delicia! Será que você não tem seguido as mesmas receitas de sempre, para cada pensamento, reação, julgamento, atitude ou no jeito de interagir com as pessoas? Quem não suporta alguma realidade, que lhe cerca, deve parar de esperar que a mudança chegue. Pois ela não vem até nós... Ela vem de nós. Não é fácil, o hábito é traiçoeiro, nos faz agir, ou não, antes mesmo de pensar. Por isso, mudar começa na intenção, no tentar, pensar diferente para enxergar diferente e, por fim, fazer diferente.
Sua vida não é um roteiro de filme, que você pode conhecer o final, que pode regravar cenas e fazer diferente. Muitas vezes, você erra, mas é errando que se aprende o quanto é bom acertar, e é acertando que se aprende a não errar. Quem não tem objetivo não sabe o que quer, nunca chega aonde quer, e sempre fica insatisfeita, quando chega, seja qual for o lugar. Quem não cobra ações corre o risco de ver o barco parar no meio do oceano, por incompetência dos remadores. O que é esquecido, jamais será feito, a não ser que seja cobrado. A frase de Einstein é contundente, mas retrata, precisamente, o que acontecerá aos que teimarem em continuar fazendo o que sempre fizeram. Então? Vamos fazer diferente?

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