Marilina Baccarat

1 - 25 do total de 357 pensamentos de Marilina Baccarat

Algumas vezes é preciso silenciar, sair de cena e esperar que a sabedoria do tempo termine o espetáculo.

CHUVA.

Gosto de dias chuvosos, a chuva tem uma música, que ora parece ser um adágio, ora parece ser uma sinfonia, tocada pela melhor orquestra do mundo... Mas, hoje, ela parecia estar tocando desgovernadamente, acho que o maestro saiu e a deixou sozinha... Raios explodiam a todo instante, os trovões até apavoravam...
Havia muito tempo, não presenciava uma chuva assim, pois o canto da chuva é um canto doce, que transforma o dia cinzento, em um dia colorido, misturando os tons de azul e cinza...
Gosto do canto da chuva. É um canto que possui diferentes tons e semitons... A chuva tem diferentes andamentos na música, há horas em que ela chega parecendo que está nos arrastando pelo espaço, perpetuando a vida... Éh, a chuva nos faz ver a vida passar pela janela, jamais na rua, pois, não daria para admirá-la. Quando ela se vai, se não fosse o brilho no asfalto molhado, não perceberíamos que ela havia passado.
Mas, hoje, a chuva foi pesada, uma chuva sem o azul e sem o cinza, pintou o ar, com a cor dos maiores desesperos, não houve prédio que não tenha tremido com essa chuva negra... E, o pesado escuro das nuvens, veio junto com os brados dos trovões, varrendo o orgulho humano em enxurradas...
A grande beleza da chuva está em que ela adota uma música diferente para cada olhar, que a contempla. Há música e também há harmonia, mesmo quando ouvimos o estrondo dos trovões... Parece nos querer dizer algo:- Olhe bem dentro de cada gota, há um arco-íris...
Pois não é que ela tem razão!...Pois, quando ela se vai, vemos o infinito arco-íris, que se chama vida.
Marilina Baccarat no livro "E a Vida Tinha razão"

Mas quem disse que as folhas de Outono são folhas mortas? Elas dançam valsa bem lenta, quando o vento as embala ao redor das árvores.

Marilina Baccarat de Almeida Leão
LEÃO, M., Pelos Caminhos do Viver, Scortecci Editora, 2013

Às vezes, é preciso saber renunciar, não ouvir, nem contemporizar. Sair pela porta da frente sem a fechar, pedir silêncio, paz e sossego, sem dor, sem tristeza e sem medo de seguir em busca da vitória.

A vida tinha razão, porque, no decorrer dela,aprendemos, com os momentos de alegrias, também,indagamos o porquê da cura, depois de muito sofrimento. Ninguém nos mostra melhor do que a vida,abrindo-nos uma porta e mostrando-nos que devemos aguentar os sentimentos torpes e prosseguir...
Há muitos caminhos a seguir, dentro dos sentimentos, isso, a vida mostra-nos que a felicidade não é um intento a ser seguido: Felicidade é um estado de
espírito e não um desígnio da vida...
Todos querem ser felizes, mas a vida, com sua razão, nos mostra que não há aprendizado, pois, muitas vezes, a prosperidade vem embalada em um pacote de sofrimento... então, as velhas portas abertas mostram-nos que não há dor sem espaço em nós...
Quando enfrentamos o luto, aprendemos a conviver com o passamento...
Não podemos controlar o nosso emocional,se nunca fomos rejeitados... O processo de aceitar a paz, mesmo diante de um sofrimento, é enriquecedor, pois, aprendemos a ser solidários e compreensíveis...
O que, de fato, não aconteceria, se a vida fosse
um mar de rosas...
Aprendemos a enxergar a realidade tal qual ela é.
E, assim, vamos valorizar o que, realmente, importa..., as pessoas, dotadas de astúcia e discrição, adquiriram essas qualidades, depois de muitas lágrimas e muitas noites de insônia...
As melhores melodias do mundo foram escritas, na pauta, em um momento de melancolia...
E as mais contagiantes poesias, em um período de
muita saudade...
Beethoven, quando escreveu a Nona Sinfonia,foi em um tempo de profunda tristeza e sofrimento...
E Fernando Pessoa escreveu a maioria de seus textos, quando se sentia aborrecido, enfadado..., tudo isso leva-nos a pensar que as portas abertas tinham razão,quando nos mostraram as trilhas certas e enxugaram
nossas lágrimas...
Sem a alegria, a vida torna-se triste, mas, sem as horas de tristezas, não podemos ter a evolução emocional, em nossa caminhada pela vida afora...
É preciso enxergar além do horizonte, bem atrás das nuvens e acreditar que a vida tem sua razão,quando nos dá a oportunidade de confiar que dias
melhores virão...
Superar os desafios impostos pela vida é ter o direito de saber ultrapassar as velhas portas abertas,e, por ela, ter a certeza de que o caminho é o certo, o
da sabedoria...
Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "Velhas Portas" página 9

A expectativa de iniciar uma nova etapa nos faz sofrer, temer, duvidar... Chega até a nos angustiar. Porém a vida nos impõe recomeços, simplesmente, porque ela desabrocha por todos os lados e a todo instante. E avançar é preciso!

"Num cantinho da floresta, o Outono toca flauta para que as folhas dancem".(Marilina Baccarat De Almeida Leão).

Como gosto de pessoas que veem beleza nas coisas mais simples. Que têm coragem, que sofrem, que amam, que se emocionam por coisas simples.

Você já parou para pensar nas profissões que sua mãe exerceu dentro da sua vida?
Ela é (ou foi) de uma sabedoria sem par...Ela foi decoradora, você deve se lembrar, que ela sempre encontrou um lugar, no melhor móvel de sua casa, para expor seus trabalhos, que você fazia na escola, não é mesmo?...Foi diplomata sem nunca ter passado pelo Itamarati! Sim, ela resolvia com perspicácia todos os conflitos entre seus irmãos e você, não é mesmo?...Também foi escritora quando você precisava colocar no papel as ideias desencontradas de sua cabecinha infantil, ela lhe ajudava a compor as frases, não é verdade?
Foi também enfermeira, ela lhe curou todas as vezes que você se machucou, lembra?...Analista também ela foi, quando conseguiu apenas com um olhar, descobrir que você estava namorando na adolescência...Até hoje ela é uma ecologista, que planta frutas no seu quintal, deixando algumas em uma vasilha para os pássaros... E além, de todas essas funções que exerceu com êxito, é também prendada...
Tenho certeza que é uma eximia cozinheira, bordadeira e dona de casa, não é?...Nunca lhe falta força de vontade. Talvez seja esse o segredo de tanta competência!
Que a vida dessa mulher lhe inspire agora e por todo o sempre!

As rosas vermelhas representam amor, respeito, alegria, são as ideais para se oferecer a alguém, que esteja apaixonado, pois, as rosas vermelhas trazem, com elas, um certo encantamento...

A escritora Marilina Baccarat de Almeida Leão, foi empossada como acadêmica imortal, na academia de letras de Valparaiso no Chile. Terra de Plablo Neruda.

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Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "escalando montanhas": "Mas quem disse que as folhas de...

"Mas quem disse que as folhas de Outono são folhas mortas? Elas dançam valsa bem lenta, quando o vento as toca para outro lado da floresta!"(Marilina Baccarat De Almeida Leão)

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A MULHER E A ESTRELA
Por Marilina Baccarat de Almeida Leão

Por uma porta aberta, olhava a bela mulher de cabelos cor de fogo e mãos com dedos
compridos, os olhos perdidos, buscando, no céu de fim de tarde, quando a noite já
começava a cair, uma estrela. Aquela estrela, que sempre parecia aumentar o brilho, para
que ela, encantada, pudesse estabelecer um diálogo com a Estrela.
Ao encontrá-la, abriria um sorriso, daria uma boa noite à estrela e a conversa começaria,como qualquer outra, contaria do sol ou da chuva, da família e das amigas, quando cansasse, sentaria no batente da porta e respiraria fundo o cheiro do jasmim... Várias vezes,descreveu, para sua amiga estrela, o que era o aroma, só que não adiantava muito,pois a estrela não entendia...Descrevia a aspereza da terra e a maciez da grama, do gosto salgado da lágrima, do doce da fruta, do amargo do jiló, do gelado do sorvete. E então a confusão estava feita:- O que é sorvete?
Sorrindo, a mulher dizia:- Esquece e me fala do que você vê. A estrela então dizia:-
Daqui, durante o dia, posso ver pouco, pois o sol me bloqueia, vejo nuances de cinza,
pontos coloridos, indo e vindo, lentos ou rápidos demais, os ruídos são tantos que me confundo, houve uma vez que quase caí, um vento muito forte passou por mim, senti um cheiro estranho, minhas amigas, que estão aqui, há muito tempo, disseram que são aviões de guerra, senti o cheiro da morte, você já sentiu esse cheiro?
A mulher respondeu que sim, mas, não queria falar sobre isso, era triste demais, não a morte em si, mas, sim, como se morre na guerra...
Para aliviar a tristeza da voz, que sentiu da mulher, a estrela então começou a falar:-
agora mesmo vejo muito bem, você e seus cabelos vermelhos, o branco do que se chama jasmim, e muitas luzes, que, daqui, parecem iguais a mim. A senhora então sorriu com a gentileza dela e descreveu que, da terra, ela via a estrela com um enorme brilho,que a distância fazia com que ela parecesse uma fada ou um anjo. A estrela ficou feliz e disse que poderia vir à terra morar e ser vizinha da sua amiga, sentir os cheiros, a aspereza da terra, o gelado do sorvete e o perfume do jasmim, sentir a vida...
Sábia, a mulher de cabelos vermelhos lhe explicou que, se ela viesse, maravilhoso
seria, contudo, como conseguiria voltar ao céu?
A estrela então respondeu que não poderia voltar, pois, na terra ficaria, mesmo que
fosse jogada ao mar, onde nasce a lua. Ainda, assim, não retornaria e nem sequer estrela do mar se tornaria...
Então a doce senhora lhe pediu que no céu ficasse e iluminasse as noites escuras,
junto com a lua e no dia em que, do céu, ela visse um rasgão de luz, correria e a abraçaria,juntando assim o céu e a terra em poesia única, onde a grama macia a faria repousar sobre os olhos de suas companheiras do céu...E então, eternas, na terra, seria a mulher e a estrela...

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Marilina Baccarat de Almeida Leão-escritora brasileira: O DIA EM QUE O CRAVO BRIGOU COM A ROSA ...
Esse texto foi elaborado na oficina literária do Varal do Brasil, com várias escritoras.

O DIA EM QUE O CRAVO BRIGOU COM A ROSA

A briga foi assim:
Disseram à rosa
que o cravo beijou
a camélia cheirosa.
Pronto!
Foi o fim.
Nunca mais o cravo e a rosa
viveram felizes no jardim.
A rosa sempre chorosa,
o cravo quase sem cor
e a rosa se despetala
e o cravo morre de amor.
No canteiro, margaridas
ficam zombando, atrevidas,
desse romance sem fim.
E mais; poetas perversos,
à falta de novos versos,
catam rimas no jardim.
Marilina Baccarat de Almeida Leão-escritora brasileira

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Quero flores.
Marilina Baccarat de Almeida Leão

Hoje, enquanto Setembro
Chega e a chuva
Cai forte lá fora
E o friozinho outonal
Começa a dar os ares
De sua graça,
Prometo a mim mesma
Que não deixarei mais
Que faltem flores,
Nem que seja eu mesma,
A dá-las à mim.

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BIOGRAFIA DE Marilina Baccarat de Almeida Leão
Nasceu em São Paulo, Capital, onde viveu sua infância e juventude. É descendente de franceses. Seu avô (francês) José Baccarat, foi delegado e prefeito de Santos-SP, na década de quarenta. Foi professora de música clássica e canto erudi¬to, com especialização em órgão. É casada com José Almeida Leão, advogado aposentado do Banco do Brasil e professor aposentado do curso de Direito da Universidade Estadual de Londrina.

É afiliada à REBRA – Rede de Escritoras Brasileiras. Pertence a ALG – Academia de Letras de Goiás.
É acadêmica imortal na Academia de Ciências, Letras e Artes de Vitória (ES) e foi nomeada uma cadeira patronímica em seu nome.
No dia 28 de fevereiro de 2015, recebeu da Associação Internacional de Escritores, o Prêmio de Escritora Destaque de 2014. É acadêmica na ALAF – Academia de Letras e Artes de Fortaleza (CE). É acadêmica fundadora da Academia de Artes de Minas Gerais.
Pertence à Academia de Letras de Valparaiso-Chile.
Livros já lançados: Com o Coração Aberto; Pelos Caminhos do Viver; Colorindo a Vida; Escalando Montanhas; Atravessando Pontes; Alamedas do Coração; Em Busca dos Sonhos; Andanças pela Vida; Viajando nas Lembranças; Vivas Emoções; Encantos da Vida; Beleza da Felicidade, que será lançado em Dezembro/2015
Radicada em Londrina (PR), chamada de pequena Londres.

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Por Marilina Baccarat de Almeida Leão
As lembranças são como um concerto de uma grande orquestra sinfônica, em noite de gala no Municipal. Assistir a um concerto de gala, no municipal, nos leva até às alturas alcandoradas, mexendo com o mais profundo do nosso ser. Quando uma orquestra não segue o maestro, o músico se distrai, tudo vai meio que às cegas, pois, todos ficam sem nada saber o que fazer. Assim, são nossas lembranças, elas têm que seguir seu maestro, que é o nosso pensamento. Tudo, ali, no nosso pensar, fica gravado e escrito em uma partitura, dentro da nossa memória. Se as lembranças não estiverem conectadas com o nosso consciente, que seria o instrumento e o nosso pensamento sendo o maestro, tudo iria ficar às cegas, não iriamos ter as lembranças gravadas em nosso pensar. Mas, como elas seguem a pauta, olham para o maestro e fazem do jeito, que ele quer, tudo fica harmonioso. Na partitura da música, além de segui-la, o músico há de olhar para o maestro e entender a vontade dele. Se ele quiser florear a música ou, apenas, colori-la, os músicos têm que acompanhá-lo, do contrário não sairá nada com harmonia. O nosso pensamento é o maestro de nossas lembranças, queiramos ou não, é ele quem rege nossas lembranças. É por isso que temos todas elas em perfeita harmonia, podem passar anos, que lá estão elas nos fazendo lembrar de tudo o que passou. Quando as lembranças tristes surgem, é quando a orquestra desafina e o nosso pensamento fica aflito, querendo que entrem certo, que lembrem de alegrias! Há lembranças, que são teimosas e insis
tem em sair da pauta, desafinam, vão para os caminhos tortuosos e, com isso, ficamos melancólicos. Mas, o maestro toma a frente, exige que o nosso pensar pegue a partitura da alegria e desafie as lembranças, que só querem mostrar as partes tristes, que já passaram. Há lembranças, que não lembramos mais que lá estão, mas, o maestro resolve reunir toda a orquestra de lembranças com os instrumentos do pensar e, com elas, tomar o lugar de uma grande sinfônica, em uma grande apresentação. É quando as boas lembranças, reunidas, formam os instrumentos de corda e a alegria será a solista. As lembranças tristes, também, vão compor a orquestra, mas, o maestro as coloca lá nos fundos, para tocar a percussão... Ah, se elas não se comportarem, vão ser excluídas da orquestra e nunca mais farão parte dela. Todas elas vão ficar ótimas... Algumas inverossímeis e até divertidas, em um concerto, que, ao chegar, ao final, será capaz de levar, às lágrimas, qualquer mortal.

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Foi lançado o novo livro de Marilina Baccarat de Almeida Leão, na livraria Curitiba no shopping Catuaí. Esse livro tem o selo editorial da Scortecci Editora e da REBRA (rede de escritoras brasileiras)

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Biografia de Marilina Baccarat de Almeida Leão.
Nascida em São Paulo - Capital, radicada em Londrina desde 1964. Escritora e músicista, com 13 livros editados.
Seu avô José Baccarat, foi prefeito e delegado de Santos na década de quarenta.
É acadêmica imortal, na academia de Letras de Vitória ES
Pertence a REBA - rede de escritoras do Brasil e pertence também a AJEB - associação de jornalistas e escritoras do Brasil.

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Inicia mais uma semana Por Marilina Baccarat de Almeida Leão

Sinto-me como se
estivesse caminhando por entre lírios, íris, glicínias lilases, rumo ao caminho das minhas lembranças... Sentindo um aroma de mel, abelhas voando, levando, nas suas asas translúcidas, perfumes, cheiros, aromas dessa doce manhã, que dá início a uma nova semana... Preparei tela, cavalete, pincéis, aquarela... Mas, a magnífica alvorada trazia pinceladas rápidas, com gotas de tintas, que a natureza pintou, antes de mim. A tela da vida, que eu via, ali, era pura magia! Amanhecia, no meu jardim, dando um colorido todo especial... As flores balançavam com o vento e eu me sentia como uma menina, estragando o jardim, arrancando as flores, que davam cor e beleza ao jardim... Eu era uma criança e não sabia o valor e o encanto, que há em um jardim, vivia estragando as flores... À véspera do início da semana, pensávamos que poderíamos colher todas as flores, até que a repreensão da mãe vinha: - Flor é para enfeitar o jardim e não para ser arrancada... As flores devem ter uma constituição entre elas, pois não é possível existir tanta beleza em um jardim florido! Flores, com espinhos, não deveriam se misturar, pois, uma hora, as melífluas iriam se ferir... A rainha de todas elas, que é a rosa, certamente, acabaria por machucar as outras coitadas... E, assim, me senti como uma menina, que gostava de estragar o jardim da mãe, sem saber que aquilo não era correto. Arrancava uma margarida e esfarelava o miolo dela e espalhava pelo jardim, adorava fazer isso. Depois de alguns dias, lá estavam as margaridas brotando e enfeitando o jardim. Não deixava nem uma margarida com o miolo, coitada, pois dizem que as flores, também, sentem dores... E, assim, sentindo dores ou não, se curavam e logo estavam lindas e formosas. Um verdadeiro milagre! Continuei nas viagens por minhas lembranças e veio-me, à mente, a vida dos girassóis... Como era interessante, poder acompanhá-los, no percurso, que eles faziam, acompanhando o sol... Em minhas lembranças, sinto-me como uma menina, que adorava o amanhecer, estando no jardim, observando as flores... O sol começava a despontar e parecia que as flores tinham luz própria... Quando a noite chegava, vinha o sereno e elas brilhavam, também, mas, sem aquele brilho do sol, que lhes dava luz própria... E eu, continuando a caminhar pelas minhas lembranças, relembrando de um passado, que está bem distante, mas, dentro de minha memória, é como se estivesse no presente, colhendo flores e desprezando os espinhos.

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Inicia mais uma semana Por Marilina Baccarat de Almeida Leão

Sinto-me como se
estivesse caminhando por entre lírios, íris, glicínias lilases, rumo ao caminho das minhas lembranças... Sentindo um aroma de mel, abelhas voando, levando, nas suas asas translúcidas, perfumes, cheiros, aromas dessa doce manhã, que dá início a uma nova semana... Preparei tela, cavalete, pincéis, aquarela... Mas, a magnífica alvorada trazia pinceladas rápidas, com gotas de tintas, que a natureza pintou, antes de mim. A tela da vida, que eu via, ali, era pura magia! Amanhecia, no meu jardim, dando um colorido todo especial... As flores balançavam com o vento e eu me sentia como uma menina, estragando o jardim, arrancando as flores, que davam cor e beleza ao jardim... Eu era uma criança e não sabia o valor e o encanto, que há em um jardim, vivia estragando as flores... À véspera do início da semana, pensávamos que poderíamos colher todas as flores, até que a repreensão da mãe vinha: - Flor é para enfeitar o jardim e não para ser arrancada... As flores devem ter uma constituição entre elas, pois não é possível existir tanta beleza em um jardim florido! Flores, com espinhos, não deveriam se misturar, pois, uma hora, as melífluas iriam se ferir... A rainha de todas elas, que é a rosa, certamente, acabaria por machucar as outras coitadas... E, assim, me senti como uma menina, que gostava de estragar o jardim da mãe, sem saber que aquilo não era correto. Arrancava uma margarida e esfarelava o miolo dela e espalhava pelo jardim, adorava fazer isso. Depois de alguns dias, lá estavam as margaridas brotando e enfeitando o jardim. Não deixava nem uma margarida com o miolo, coitada, pois dizem que as flores, também, sentem dores... E, assim, sentindo dores ou não, se curavam e logo estavam lindas e formosas. Um verdadeiro milagre! Continuei nas viagens por minhas lembranças e veio-me, à mente, a vida dos girassóis... Como era interessante, poder acompanhá-los, no percurso, que eles faziam, acompanhando o sol... Em minhas lembranças, sinto-me como uma menina, que adorava o amanhecer, estando no jardim, observando as flores... O sol começava a despontar e parecia que as flores tinham luz própria... Quando a noite chegava, vinha o sereno e elas brilhavam, também, mas, sem aquele brilho do sol, que lhes dava luz própria... E eu, continuando a caminhar pelas minhas lembranças, relembrando de um passado, que está bem distante, mas, dentro de minha memória, é como se estivesse no presente, colhendo flores e desprezando os espinhos.

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Marilina Baccarat de Almeida Leão, é escritora brasileira, nascida em São Paulo -capital, onde passou sua infância e juventude. Casada com José de Almeida Leão. Moravem Londrina Pr

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Você sabe quem é Marilina Baccarat?
Curiosidades da escritora brasileira Marilina Baccarat de Almeida Leão.
Nasceu em São Paulo - Capital, de família tradicional e nobre. Seu bisavô veio para o Brasil em 1870, para montar aqui, uma sucursal da fabrica de cristais Baccarat.
Neta de José Baccarat, que foi delegado e prefeito de Santos entre 1930-1940.
Marilina tem livros traduzidos para o francês e Inglês, é conhecida no mundo todo. Pertence a várias academias de letras, e a principal é de Valparaíso-no Chile.
É também musicista de renome.
Com mais de 16 livros editados, entre contos e crônicas, também é detentora de vários prêmios. Recebeu em Portugal, a medalha Luiz Vaz de Camões, o maior prêmio para os escritores portugueses.

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A escritora brasileira Marilina Baccarat de Almeida Leão, receberá dia 14/07/2017 na Assembléia Legislativa de Forianópolis, o prêmio de melhor livro do ano :"É Mais ou Menos Assim". Foi considerado o Best Seler, como sendo o livro mais vendido do ano.
A comenda será entregue no dia 14/-7/2017 em Florianópolis.

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⁠Atrás de uma mulher forte, habita uma menina que soube se reinventar.

Marilina Baccarat De Almeida Leão
Escritora brasileira premiada no Brasil e no exterior

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