Maria Lu T S Nishimura

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Há pessoas que são como o vento: ora feito brisa, ora feito a tempestade, mas hoje em dia são chamadas de bipolares mesmo!

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Não de crédito à um idiota, pois serás fadado a conviver com suas idiotices!

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A inteligência e a ignorância

"Onde a inteligência fala
a ignorância cala a boca"!
No ritmo desta escola,
briga a sabida e a tosca!

A ignorância toma a palavra
põe a inteligência rebaixada
e nisso o pensamento lavra
atua em defesa à condenada!

A inteligência foi ofendida
acusada de mentirosa e louca,
de autoritária e até de bandida!

Outras se aliaram a ignorância
soltaram sua falácia remediada
espalharam endêmica sua ânsia!

II

A inteligência ficou em silêncio
conversou com dona sabedoria,
deixando o tolo dizer de um nécio
confabular sua cômica alegoria!

Quem tem razão reivindica direito,
quem tem ignorância faz picuinha,
se vangloria e afirma não ter defeito,
mas, tudo não passa de artimanha!

Logo chegou a paciência e disse:
- Parem já com essa grosseria!
- Santa ignorância! Chega de tolice!

E assim a paz que estava longe,
chegando deu um fim à tagarelice,
depois saiu no trage de um monge!

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A fuga

Ficar passivo, pacífico, aceitar tudo
e somente agradecer é ser vegetal.
Não ajuda, não interfere e é absurdo
este fingimento parecer ser natural!

Somos seres divino cheios de dons:
- Enxergamos, pensamos, criticamos,
amamos, entre tantos outros dons!
Ser imparcial, neutro, sem ânimos

é ser consciente egoísta e orgulhoso,
aquele ser desequilibrado e desatual,
que foge do mundo social perigoso!

Porque está tão preocupado consigo
que molda uma realidade perfeita
para garantir a imagem do seu ego!

II

Pessoas assim temem o "escândalo",
(ser mal visto, vão pensar mal de mim)
e vivem desviando de fato e estímulo
com medo de errar fogem e dizem sim!

Inseguros e extremamente racionais
se orgulham e se acham superiores,
pensam e se iludem ser fenomenais,
escondendo os verdadeiros temores!

Aqueles que calam a boca não falam,
mas vêem, se não forem cegos,
ouvem se não forem surdos,

mas, mesmo assim serão cegos,
mesmo assim serão surdos
pois, seu ego fala e seus atos calam!

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A ladra da divisória

Escola ladra de baixa diretoria,
diz que o seu cargo é superior,
humilham e expõe a acessoria,
do faxineiro, até ao professor!

Acordo dali e acordo de lá, dá,
é cabresto de quando precisar!
Filtra com diligência o é pra já,
paciência é pra poder enganar!

Pra derrubar a máscara da cara,
a intervenção vem do supervisor,
se o humilhado esclarece, declara!

Por fim ficou confirmado a ladra
da divisória que não era tão cara...
Levou pra casa dela ou à quadra?

II

A curiosidade logo se espalhou,
a diretora ladra teria defesa?
Devolveria a divisória que furtou,
ou seria ela condenada e presa?

A história teve pano pra manga,
pois a escola sendo ela pública
tudo foi parar no Palácio Ipiranga
por estância de auditoria jurídica!

Por o país estar no trilho da justiça
a diretora não pode sair dessa ilesa,
e não saiu! - É agora Brasil de raça!

Pois, divisória ou não, roubo é roubo,
foi - se o tempo da opressão de graça.
Chega de furto, de roubo e de rombo!

Inserida por marialu_t_snishimura

Cego estigma

Barragem explodida de lama impura,
desce o morro derrubando meu tudo,
me fere, mata, destrói e ver, me apura,
embora, sobrevivente deste absurdo!

O que ignora lama enfurecida de vício?
Se sou pessoa, sou criança, sou a cria;
sou planta, sou animal, menos seu cio!
A tua soberba gananciosa é vil autoria,

desta lama desastrosa que me vitima,
me faz órfão desta miséria do mundo,
onde tua ganância, a ambição estima!

Na minha inocência te mostro a língua,
a esta escorrida lama de cego estigma,
em que o poder aumenta e não míngua!

Inserida por marialu_t_snishimura

Velho Ano Novo

Quão novo é o velho Ano Novo?
O que te reservas a nova posse?
Se de repente ludibriando o povo
a inevitável politicalha acontece!

Abrigada a negociata no ministério
sem liberdade, poder, nem mando,
se ao povo não esconde o mistério,
a velha ditadura de firme comando!

Presumimos o novo velho tempo,
em que de novo o engano aborrece
e nem tudo na virada passa limpo!

Depois do brinde em tom de agrado
a nova liderança acenta no campo
e também nova grama e novo gado?

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Ponto de partida

Ao novo ano, no tsuru pedidos escrevi,
em suas asas escrevendo lembrei de ti,
desejei pra ti que gosta da poesia daqui
muita saúde, paz, prosperidade e parti...

Fui pra bem longe e deixei - me voar,
no meu vôo, o vento e a tempestade,
o bem e também sem querer magoar,
alguns resquícios de pura maldade!

Dos olhos caíram algumas lágrimas...
Nos meus lábios também sorrisos vi,
houvera ternura e talvez duros dramas!

De tudo guardarei grato aprendizado;
Não quero ser mais, que meus poemas,
no mais agradeço a todos que tem lido!

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Instinto selvagem

Cuido de mim que sou onça selvagem;
O meu rugido estronda floresta afora,
passos velozes deixo sobre a aragem
e sobre as árvores fico pra por a mira...

Pois, da justa forma que me caçam, caço,
a generosidade é somente da natureza,
pelo instinto que fez livre sem duro laço
na selva sem mestrado da cruel certeza!

Em que no tudo se foca a padronização
do quanto mais se pode, mais se explora,
amansa, amassa e no dito, a regra, a lição!

No mais cuido de minha vida de onça
dos outros animais, cuidam a criação...
Entre uns, se extinguem nalguma lança!

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A reencarnação na flor

Matizes e nuanças em luz e esperança
em cada florescer da semente nascida
ainda que há as flores que não se lança,
outras evocam imperando cor definida!

Tantas quantas químicas e descobertas
que imita, que reproduz tenra e vigorosa,
os matizes na fibra tingida das mantas
tão bonitas quanto a flor mais charmosa!

Se fosse assim eu também reproduzida,
queria ser pintura de mim ainda criança
ou ainda aquela alma sem ser nascida...

Possivelmente ainda na fila a reencarnar
aos quantos poderia ser uma planta vinda
e estariam na flor pelo reencarne a esperar!

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Fio de pavio

O três sons iguais nas três palavras
foi traduzindo uma tragédia o vulcão;
Levantou ondas as placas tectônicas,
lavas ardentes as entranhas do chão!

Nenhum deles salvaram-o pelo dom...
Nem tsuru, tsunami, nem Mitsubishi!
Vixi! Na catástrofe dispersou o som
o alvoroço de gritos, muito triste, vixi!

Os bens caros, os carros, até navio
foi levantado feito papel e papelão,
nas ondas do mar alvoroçado e frio!

Mas, se três sons insite o brasileiro
é que ele apita no vulcão seu assobio,
ria lacônico do que fora o estrangeiro!

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O eco da notícia

Olhem, olhem a notícia no jornal!
Ela é polêmica, má e ordinária;
Vejam! A notícia nacional!
Vejam, leiam é extraordinária!

A notícia esplanada toda,
espalhada feito folha no vento,
o povo no olho se farta da danada
e a notícia corre o cumprimento...

No intento declarante mais alerta:
- Perigo, cuidado! Não caia, caia,
caia, caia, no eco o tudo desperta!

De repente restou no eco: - Caia!
O eco para, parada caia e atenta..
- ...aia caia! Atenta a aia, o caia!

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A força da luz

Tudo, tudo mais que o tudo do tudo
vai indo, indo e vou vendo o tempo,
tempo de tudo no meu indo e indo,
de repente tudo para no céu límpido!

Tanto, mais tanto azul e mais azul,
lindo, o mais lindo azul celeste,
encobre a terra do norte ao sul
e no centro uma luz transparente!

A luz tão forte, mas tão forte e forte
mas, doce, serena, toca- me e sinto...
Sinto, sinto a luz, a luz puramente!

É assim na força que a luz emana,
que sinto - me composta e triunfante,
é assim que sou eu vida humana!

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Somente poemas

Somente poemas eu quero aqui,
poemas e mais poemas, apenas;
poemas aqui, poemas por aí,aí,
aí poemas, perto de ti poemas,

perto de mim muitos poemas,
traga poemas de todos os tipos,
que seja seus próprios poemas,
poemas belos e bem bonitos...

-Bonitos? De alguma forma bonito!
Os poemas são canções, músicas.
Em poemas e canções eu acredito,

acredito, acredito e acredito, é isso,
é isso, isso, é isso mesmo repito!
Poemas apenas, nada mais além disso!

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Princesa neutra

Por onde quer que alcance o olhar
À observar milhões de pintinhas
piscando para todo o céu iluminar,
as estrelas brilham quietinhas!

Se por um acaso a lua vier interromper
recobrarei as estrelas sem esconder.
A lua irá ficar ali a meu lado na dela,
mas, saberá que a estrela, que é bela!

Uma a uma brilha sem ofuscar a outra
formando uma grande constelação!
Nenhuma não brilha egoísta do contra.

Estivera eu por conta da imaginação...
do pequeno príncipe, a princesa neutra;
do seu pequeno grande mundo, a ilusão!

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Soneto da criança

Pula, pula num pé só
Gira, ri fazendo careta
Solta pipa sem fazer nó
Noutra é só cambalhota!

Criançada de barulho
Brinca de todo o jeito!
Trás o mundo no peito
Apronta no piscar de olho,

O mundo quer na mão!
Criança pode fazer tudo
Enquanto for por ilusão!

Porque depois crescido
Não pode fazer mais não!
A não ser aí, seu feito mudo!

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Recordação

No que pode assentar a lembrança
De tudo o quanto a experiência faz
Ao que prove para si, ser capaz
Reside o crescer de uma criança!

Depois, eis que vem a adolescência
Em que o espreitar esta na esperança
Do futuro de paz, amor e ciência
No anseio da harmonia e da bonança!

Se faz única cada expectativa
No qual cada um tem seu viver
Naquilo que a teu olhar cativa!

Assim se desperta o merecer
Cada um na sua imagem atrativa
Posto a crescer, recordar e viver!

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A contracifra

Na contracifra de um ser
Que escrita tem cada um?
Na minha alma queria ver
Os olhos de um mutum!

Pusera contice no vento
Deleitou seu pensamento
O auça andando pra traz
Feito gente que mal faz!

Bem - querente tem a flor
Tem o raio do sol radiante
E a sinceridade do amor!

Qualquer intento do mal
Repudiais fervorosamente
Dissipais o demônio com sal!

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Literatice

Em se tratando da coruja
Retratei-me no argumento.
O literato insigne me corrija,
Se necessário, faça relato!

Coruja da minha literatice
Que pra muitos é chatice
Está coisa de obra literária
Á ser sebo de ordem etária,

Tem o "que" de displicência
Mas, na atual circunstância
Não quero fazer relevância!

Ative-me visionária futurista
Sem contudo perder a vista!
Não retalhe um ser de aprumo,

II

Em todo fazer, há conquista!
Senão há que ser taciturno,
Sem imaginação, só infortúnio,
Do tipo que se torna um basta!

Do basta, basta a tramela
Que fecha porta e janela!
É preciso ter a coragem
Até para ser pó de aragem!

Sou ainda tão pequenina
Lá do resgate da minha fé
Não que o meu eu menina

Seja coisa de saudosismo,
Ou outro do nervo do seu pé!
Lanço cá o amplamismo!

III

No mundo de homem boné
Todo feito e coisa de mané
Ficam sonhando com efeito
Da cirurgia dentro do peito!

Do tipo que gosta de engano,
Que vive entrando pelo cano
Nadando no contra da maré!
Andar pra frente e não de ré,

Significa enfrentar o absurdo
E colocar vista no que anseia
Pois, afinal no tudo do mundo

Tem espaço pra tudo que creia!
Creia em Deus e em ti também
Coloque na trilha o seu trem!

IV

Porque se há dizeres assim:
- Se não escolhes, outro fará!
Pois então, não escolha o será
Escolha ser o sim do mocassim,

Ao invés de chinelo de corda!
Apesar de que a crise assusta
Mas, não desista da sua luta
Que tudo há encanto! Acorda!

E daí, que se tem idade na nuca?
Velho (a), novo (a), não importa!
O que importa é ter muita cuca!

Isso cá com os botões que tenho
Deveria evitar álguma resposta,
Contudo, só no riso me contenho!

V

Visto que, o riso é algo displicente
Prefiro a precaução do silenciamento
Onde ordeno o meu pensamento
Na forma, deveras, a mim atraente!

Não quero discutir conduta
Cada um tem sua menuta
Na chave da consciência
Mas, há sempre uma advertência:

- Sabedoria!
Daí a fazer consultoria
Verificada alguma obra,
Há que dispor-se como cobra?

Nem sempre há, que ser um ás!
Faças o que te realizas e gostas
Afinal, sejas um visionário (a) da paz!

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O prólogo da ceia

Quando a terra imponderada se fez
O elemento da matéria se compôs
No triscar da pedra o mito do camponês
Que por certo no talo seco, fogo pôs!

Com o fogo tudo transformou!
Uma pedra também do alto rolou
E logo dotou-se á mera percepção,
Descobrindo o homem sua razão!

Se a chama a pedra continha
O que existiria no aquecer da areia?
Ou no cálculo de uma continha?

Ao atentar para o sangue da veia
Descobriu-se na nudez que tinha...
Feito aí o prólogo da primeira ceia!

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A felicidade interna

Vou tentar um poema engraçado
Para dar de presente a um amigo
Que põe o humor no seu calçado
Ou tenta fazer da lua seu abrigo!

Contudo, tudo o quanto consegue,
É ir ali onde a horta faz convite
Daí colhe repolho, batata e segue,
Come tudo e se farta com apetite!

Depois disso a felicidade aperece
No bom senso ele tenta o drible,
Porém, o inevitável acontece:

- A felicidade interna sai no puum...
A alegria é pra ele algo incomum
E a sequência prossegue: pum, pum!

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O novo déu

Déu do cum-quibus
Buscaram os urubus
Co'a caça na mata
Balburdiava a floresta!

-Isso lá é campanha?
Resmungou o sabiá!
-Para! Só acompanha!
Interveio o velho preá!

Temos que escolher?
Perguntou o coelho!
Temos! É um dever!

O urubu pressionando:
- O dever é um direito!
Acabou se gabando!

II

E daí que na floresta
Depois de toda a festa
Veio a torta do repolho
Trazido pelo boi caolho!

Eita! Que tudo tinha gosto
Dos prazeres dos deuses
Fartaram-se todos eles,
Depois viera o desgosto:

- C'o pum a atmosfera poluíram!
Passou a chover reclamação!
Até greve, os bichos fizeram.

Só que depois de toda confusão
Esqueceram do que reclamaram
Estavam prontos para nova eleição!

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Perigeu em órbita

Perigeu meu cosmo em órbita
Entre os períscios, projeto de luz
Hastilho as estrelas que reluz
No faetone de uma reta!

Meu giro certo feito falena
Pouso no céu faisqueira
E na terra todo o bem conjuro
Sem rasto de mal ratinheiro!

Sou ninféia de dons celestiais
Em fradice ensina os frades
Eu não tenho mais que ais!

Dado que, conto meu passo
Que contérmina não se escondes
Á ser livre e conter-me no espaço!

Inserida por marialu_t_snishimura

Vão do nada

Abre a cortina e expia tua liberdade;
Voe por onde possa sentir- te pleno
Nada é tão urgente quanto fazer - te
É tão mais prudente sentir-te sereno!

Não vivas ansiosamente pelo futuro
Nem tenteis resgatar-te no passado
O presente é mais que suficiente a ti,
Viva plenamente o instante no aqui!

Não apegas - te do lugar e das coisas
Nem ao monte daquilo que te afeiçoas
Aquela exigência do que dita a moda,

Dispensa está regra que incomoda,
Valoriza as pequenas coisas boas
Afinal, o tudo é o ser no vão do nada!

Inserida por marialu_t_snishimura

Bereré

As campanhas de eleição
Não passa de ato ceráceo
Esse de promessa em vão
Que se crê apenas um nécio!

Ainda se põe fazer bereré
Não vêem que andam de ré
Ao eleger qualquer candidato
Que fala de olho no mandato!

Tudo que falam é coerente
Não é atoa que engana a gente
Mas, vou dizer uma real:

- A mudança é o ideal!
O jeito é passar o pente,
Pra fazer um Brasil diferente!

Inserida por marialu_t_snishimura