Joseni Caminha
O verdadeiro educador não se ver como colaborador de uma gestão escolar, mas como professor de uma escola que pensa o seu projeto político pedagógico com o foco no aluno e não nos interesses políticos de um sistema que mantém a rede de ensino, a qual pertence.
Não me reconheço como um colaborador,
busco aproximar-me, ao máximo,
de algo que eu possa
dizer que estou no caminho certo
para ser chamado de educador, pois entendo que escola com gestor e colaboradores, não é escola, é empresa, logo, enquanto a primeira educa, a segunda apenas ensina.
A solidão é um punhal
que perfura lentamente
e a medida que dilacera,
impiedosamente, o coração,
constrói a sensação de insignificância
do ser e o do viver,
pois o solitário percebe que o ser da importância,
é apenas uma questão de uma
relatividade com o tempo.
Palavras são apenas
representações simbólicas,
que liberamos na comunicação,
na maioria das vezes, sem expressão
e sentimentos, sem razão e conhecimento,
sem emoção e verdade,
por isso é que declarações de um verdadeiro amor,
não se concebe por letras,
mas por simples ações silenciosas.
Dizem que os idosos dormem pouco,
acredito que seja porque
o nosso relógio biológico,
sabiamente, compreende
que o viver é uma dádiva
e por isso, quanto mais tempo
vivermos em cada dia,
mais seremos agraciado
pela esse maravilhoso presente
chamado de vida.
A indiferença não é sinônimo
de culpabilidade,
ela é apenas reflexos
da ausência da importância
que sentimos por algo
ou por alguém.
Os nossos atos nem sempre
representam o que sentimos,
pois podemos demonstrar
algum tipo de sentimento
que é interpretado como indiferença,
mas na verdade é apenas uma questão
de como cada um enxerga
uma determinada situação.
A solidão é uma companheira
que incomoda ininterruptamente,
pois sufoca a sua alma,
lembrando-o constantemente
de que você está só.
O verdadeiro amor
não usa de instrumentos para significar
a distância que permeia a relação,
como justificativa do seu enfraquecimento,
pois a solidez do sentimento,
não se abala com a separação momentânea.
A educação que foca na formação para atender exclusivamente à demanda do mercado de trabalho, não educa, apenas instrui para ser um bom profissional.
O que é o tempo afinal?...
Nosso aliado
ou um cruel inimigo em nossas vidas?
...na verdade tudo depende
de como o encaramos, pois se somos daqueles que o olha como uma possibilidade de reverter
uma situação difícil - ele é um aliado,
entretanto, se somos do tipo que o enxergamos como um consumidor
da própria vida, então ele é
o maior de todos os inimigos.
O que verdadeiramente importa
é sabermos lidar com ele,
não o esperando passar,
mas aproveitando-o para viver
o máximo que puder.
E qual a melhor forma?
Cada um tem a sua!
Respeite-a!
Quando olho para o que passou vejo que tudo foi muito rápido, por isso tenho pressa em viver o que ainda posso aproveitar da melhor forma possível.
Quando o currículo é pensado
como o objetivo final a ser alcançado,
a praxis em sala de aula,
não passa de uma ação padronizada
no modo de transmissão de conhecimentos que ignora a especificidade dos aprendizes, por isso não educa, apenas instrui.
A educação é uma ideia
construída pelo homem,
para que possa continuar construindo
novas ideias no futuro,
por meio daqueles que dela
tenha acesso para se construir.
Quando a escola utiliza dos fins
para justificar os meios,
ela abandona os meios
para se chegar aos seus
objetivos constitucionais
estabelecidos e assim,
deixa de ser um centro de construção
para se consagrar, diante de um sistema dominador, como uma instituição formadora.
Não acredito que a vida
para ser entendida
precisa ser sofrida,
porque se assim fosse
como seria possível viver
na negação do sofrer e ao mesmo tempo,
compreender o sentido do viver
para os que são fadados
ao fardo de apenas sobreviver?
A esperança é uma ilusão
que necessitamos construir
para continuarmos firmes
na luta invencível contra
o adversário chamado vida.
O pior mal que o neoliberalismo
ocasionou para humanidade,
foi fazer o homem autonegar-se
em busca da excelência
sem lisura
Somos seres por vir
e nessa condição de
constante construção
aprendemos a cada día
uma nova compreensão
de nossa realidade,
por meio de uma reconstrução contínua
do que verdadeiramente importa
e assim resignificamos o nosso viver.