João Pereira Coutinho
"Imaginando que Deus tenha deixado em paz a costela de Adão, nós jamais teríamos saído das cavernas. Jamais teria havido vontade de melhorar, de refinar. As mulheres são o verdadeiro elemento civilizador da espécie masculina."
A filosofia vale por si própria – pelo prazer do conhecimento e do pensamento sobre a condição humana.
Por que motivo partimos sempre do pressuposto de que os "direitos das minorias" devem ter precedência sobre os valores de quem vive e sempre viveu em determinadas sociedades, nações ou culturas?
É um erro afirmar que os "intelectuais revolucionários" que admiram Che Guevara continuam a prestar-lhe homenagem apesar da violência e do crime. Pelo contrário: a violência e o crime estão no centro dessa homenagem.
No fundo, é isso que separa um conservador de um revolucionário: o primeiro não está disposto a sacrificar a geração presente em troca de um fim abstrato.
Vivemos permanentemente divididos entre a vontade de sermos livres e a vontade de pertencermos a alguém.
Em rigor, não amamos pessoas; amamos ideias de pessoas e não toleramos que a realidade não esteja ao nível dos nossos delírios.
Odiar os homens não tem nada de especial. Conhecendo a espécie, diria que é quase um milagre o fato de mulheres se interessarem por nós.
Quem está confortável com a sua identidade sexual não se sente ameaçado com a vida privada dos outros.
Importante lição: o “isentão”, longe de ser um covarde, assume a posição corajosa de ser senhor da sua liberdade interior, sem procurar os confortos de um partido, de uma facção, de uma causa.
Os mais pobres votam na direita populista porque, entre outras razões, as causas culturais ou identitárias são mais importantes do que os benefícios econômicos.