Betty Milan
"perder o ser amado não significa deixar de tê-lo ao nosso lado.Graças à memória, ele pode permanescer conosco.Fazer o luto é entender isso.Implica tempo e um trabalho subjetivo que leva à consolação"
A paixão é imperiosa. Porque não vive-la aproveitando o máximo, já que a morte real existe e a vida é datada. Nós somos “desejo e pó”.
"... O Amor? Como falar dele?
Sem eliminá-lo dizer o que é?
Se só existe quando me escapa,
como retê-lo numa ou noutra definição?".
O esquecimento é uma questão central para a civilização. Por causa dele, a gente repete os mesmos erros.
A única maneira de vencer a xenofobia é pela linguagem. Espontaneamente, nós gostamos daquilo que é semelhante. Para gostar do diferente, é preciso ouvi-lo.
Se escrevo romances é porque só através deles é possível dizer certas coisas que estão recalcadas. O romance desvela a realidade, põe a injustiça a nu, possibilitando a identificação e eternizando o universo que ele cria.
Gostaria de ser budista para considerar que o envelhecimento é natural e não me tocar. Só que o envelhecimento, em geral, ao qual os budistas se referem, é uma coisa, e o da mãe, em particular, é outro.
Não quero viver com o que terá sobrado de mim. O aumento da sobrevida está danificando a sua vida. Por que nos incutiram a ideia de que estar vivo é só o que importa e que nós estamos vivos enquanto o corpo resiste?