Às Vezes
Nesta vida tudo vai fluindo e trazendo a beleza dos pequenos gestos, muitas vezes ignorados por nós em virtude do desejo de possuir.
Há às vezes uma certa incongruência do que quero realmente escrever com o que tenho sentido. As vezes o desejo de sentir ultrapassa o poder das palavras. As vezes tudo o que eu quero de verdade, é largar o papel e sentir. Apenas sentir
O segredo é não maximizar a dor da queda, e levantar todas as vezes que for necessário.
Isso vai te fortalecer. Infelizmente você sempre vai encontrar quem queira te derrubar, mas chegará um dia em que só Deus terá esse poder.
Por isso, levante-se, levante-se, levante-se!
Ele detém meus passos errantes. Meus olhares fugidios. Meu semblante por vezes cansado. Ele detém minha alegria intensa e minha tristeza mais profunda. Ele detém minha espera. Meus ombros caídos, minhas pernas fraquejantes. Ele detém o suspiro mudo. A voz que por vezes não fala. Ele detém o verso de todos os versos que um dia fiz. Ele não é meu príncipe encantado. Mas detém de mim tudo o que um dia quis. E eu sem ele, nem me lembro mais quem um dia fui.
As vezes o sorriso congela. Uso-o genericamente. (A)tipicamente. Uso e abuso desse bom senso que a vida fez questão de me fazer usar a quase todo momento. Crio as minhas leis. Estabeleço limites. Até tento colorir quando falta brilho. Mas algumas coisas são de fato, preto e branco. Respeito. E sorrio, claro. As vezes o estômago dá um nó. As vezes tenho enjoos diante de tanto pragmatismo. E uso meu velho sorriso genérico. Em certas situações é o que se tem de mim. Vale lembrar: Não falha nunca.
Eu sei guardar minhas intempéries. Minhas crises de identidade e as vezes meu mau-humor. Não posso dissertar sobre minhas quedas, meus motivos de sair correndo ( as vezes) e minhas demasiadas inseguranças. Talvez eu até conte sobre um dia triste, mas bem pouco pra você poder me oferecer o ombro amigo, o seu tempo quem sabe. Te ofereço minha sinceridade e minha paciência e vale lembrar que não é só isso o que se sabe de mim, mas posso lhe garantir uma coisa, não é uma oferta muito comum. Então, vem comigo?
Acreditem ... as vezes o melhor remédio é ignorar e acreditar que temos um dia após o outro para poder mudar tudo e recomeçar com um novo coração cheio de amor e paz.
Não odiando o próximo nem de longe e nem de perto e, sim dando o que cristo deu por nós, a vida para se vivida com plena consciência que todos somos irmãos, mesmo com as diferenças de cor, crença e pais, mas o importante é que somos todos irmãos. Irmão tem que estender a mão e não atirar uma pedra, porque errar é humano e perdoar é divino.
As vezes tenho vontade de sair a ermo, enganando a mim mesma que isso não é desistir.
Refletir é importante, mas doí.
Aí eu encaro, pois tenho legado e não posso me fazer de rogada. Tem um monte dependendo de mim, pra cair e pra levantar.
Eu dependo de mim e vou conseguir.
Por muitas vezes tive chances de construir um castelo,
Não fiz, por que era de areia.
Por muitas vezes tive chances de ter o que sonhava,
Acordei, por que era pesadelo.
Por muitas vezes tive chances de manipular resultados,
Não fiz, por que era ilusão.
Bonito. Romântico. Apaixonado. Poucas vezes na minha vida conheci um cara como ele. Acho até, que foi o único que gostou de mim de verdade, até hoje. Ele era diferente dos outros, não tinha medo de se expor, de gostar, de demonstrar. Deu a cara à tapa por mim e, eu não soube dar valor. Perdi um cara incrível à troco de nada. Troquei amor por liberdade e acabei ficando sozinha. Eu inconsequente, queria me divertir e só, não pensava em mais nada; namorar definitivamente não estava em meus planos. Deixei escapar a oportunidade mais linda de ser feliz que eu já tive. Ele era quase um príncipe, quase um anjo, um personagem de conto de fadas real na minha vida. Me lembro de como ele me olhava, e hoje eu sei, ninguém nunca me olhou daquele jeito, ninguém nunca me quis daquele jeito. Ninguém. Só ele me entendia e soube esperar o meu tempo que nunca chegou. Seu jeito de falar, de me tratar, de me tocar, não sai da minha cabeça. Meu arrependimento grita alto toda vez que eu lembro que tudo poderia ter sido diferente. Te fiz mal, mas não foi por mal, me desculpa. Hoje está tudo invertido, é você quem sorri por aí, enquanto eu não acho mais graça em ser feliz sozinha. Nossos tempos em desalinho, nossas fases sempre diferentes, não nos deixou ficar juntos. Agora eu sei, você foi o cara certo, na minha hora errada.
Confesso que as vezes é difícil dizer tudo o que penso, não consigo ser tão fiel a tudo que se passa aqui dentro, acredite, é mesmo difícil, mesmo sem ter ninguém me encarando nos olhos.
Perante as minhas dificuldades em vez de lamentar eu prefiro tentar quantas vezes forem necessárias;
"Seria possível?"
Na verdade haveria lógica no que sinto por ti?
Às vezes congelo o tempo em minha mente na tentativa de encontrar as respostas.
Revivo o nosso primeiro encontro, a vontade enorme de te beijar na boca, meus braços estendidos pedindo o calor dos teus. Nossas faces se roçaram num rápido contato, a garganta tão seca que as palavras custaram a sair.
Eu te enxerguei com olhar meigo e tu me viu como um alguém provável.
Lembro da tua face rosada, olhos pintados, batom de cor discreta nos lábios bem feitos e teu perfume quase natural.
Relembro o desejo de ter algumas horas só contigo, para me deliciar em teus contornos, em tua pele macia, no calor humano deixado em leves carícias.
Ainda ouço tua voz, de tom grave, contando as histórias da tua vida. Naqueles instantes tu só queria a atenção, ser ouvida com o coração e não com o peso da razão, eu assim o fiz. E ouviria sempre. Por mim ficaríamos juntas e revivendo o teu passado.
Meu desejo para o presente momento nada mais seria do que te orientar como amiga, te respeitar como pessoa e te amar como uma mulher deve ser amada e que tu fizesses o mesmo por mim. Seria possível?"
