As Coisas que Perdemos pelo Caminho

É mais fácil legalizar certas coisas do que as legitimar.

Todas as coisas estão sujeitas a leis; apenas a necessidade livre carece de lei.

O homem que tem alma formosa tem sempre algo para dizer; o homem que diz coisas formosas não tem necessariamente uma alma formosa.

Em muitas coisas somos superiores aos animais; mas no animal não há nada que também não possa estar em nós.

A morte que desordena muitas coisas, coordena muitas outras.

Há uma medida em todas as coisas, existem afinal certos limites.

A pintura não é mais que uma ideia de coisas incorporais.

Todos os homens sabem uma quantidade prodigiosa de coisas que ignoram saber. Sabermos tudo quanto sabemos? Essa simples investigação esgota a filosofia.

As leis, no sentido mais amplo, são as relações necessárias que derivam da natureza das coisas.

Para se executarem grandes coisas, há que viver como se nunca devêssemos morrer.

Para ser um grande homem é preciso ter feito grandes coisas, mas não chega ter feito grandes coisas para ser um grande homem.

Há duas coisas que a experiência deve ensinar: a primeira é que é preciso corrigir muita coisa; a segunda é que não se deve corrigir demais.

Quando o interesse é o avaliador dos homens, das coisas e dos eventos, a avaliação é quase sempre imperfeita e pouco exata.

Coisas menores podem tornar-se momentos de grande revelação quando as encontramos pela primeira vez.

Pintar é fazer aparecer uma imagem que não é a da aparência natural das coisas mas que tem a força da realidade.

O nome desfigura as coisas.

Deem-nos as coisas supérfluas da vida e nós as dispensaremos mais as suas necessidades.

O problema dos especialistas é que eles tendem a pensar sempre nas mesmas coisas.

Quando se consegue fazer as coisas comuns da vida de uma maneira fora do comum, dispõe-se da atenção do mundo.

É preciso renunciar às grandes coisas ou então prepará-las com meios simples e abertos.