Arte
A arte está ligada à moral, diria eu. Uma das maneiras como se dá essa ligação é que a arte pode proporcionar um prazer moral; mas o prazer moral próprio da arte não é o prazer de aprovar ou desaprovar tal ou qual ação. O prazer moral na arte, bem como o serviço moral que a arte realiza, consiste na gratificação inteligente da consciência.
Se a criação é o reflexo do criador e a arte é o espelho do artista, então a natureza deve ser o retrato de Deus.
"A arte não é só o que se vê, é o que nos atravessa quando ninguém está a olhar."
(inspirada nas reflexões sobre design e 3D)
Nossa linguagem é arte, ciência, humor e afeto. Nossa missão: tornar o mundo mais habitável para quem nunca coube nele. Se não for para rir, poetizar e incluir — nem nos chame.
Básicologia é a arte de se bastar,
De amar a si mesmo sem precisar provar,
De viver o simples, o real, o agora,
De encontrar na leveza a alegria que aflora.
A hipersensibilidade é premissa da arte..
A arte é premissa para um mundo mais humano...
A humanidade rejeita os hipersensiveis...
Talvez o mundo não mereça a arte...
Mas não há humanidade possível sem sensibilidade.
Expresso arte para não desistir de mim e nem dos outros à minha volta. Porque a arte me resgata, me refaz, me levanta. A cultura é do povo e nunca será uma propriedade latifundiária, cercada por muros de exclusão. Ela nasce na rua, pulsa no corpo, ecoa nas vozes, e pertence a todos que a vivem.
Zilda — Mãe, Artesã e Guerreira
Zilda, nome forte, de mulher decidida,
Mãe que fez da arte o fio que tece a vida.
Com linhas, pincéis, agulhas e cores,
Transforma o simples em eternos amores.
Suas mãos, pequenas fábricas de ternura,
Tecem crochê com paciência e doçura.
No tecido, costura não só panos, mas histórias,
Cada ponto, um pedaço das suas memórias.
Com tintas pinta flores que nunca murcham,
Modela o biscuit como quem esculpe a alma,
E entre um artesanato e outro, dá risada,
Mesmo quando a vida foi dura e pesada.
Ah, Zilda… mulher de mil batalhas vencidas,
Suportou as dores, curou feridas,
Mas nunca, nunca perdeu a fé —
Na esperança, no amor, no que vier.
Exemplo de caráter, de ética, de bondade,
Honesta, íntegra, exemplo de verdade.
Cuida dos filhos como quem rega jardim,
E agora acolhe os netos, com o mesmo amor sem fim.
É colo, é conselho, é oração silenciosa,
É força, é coragem, é presença amorosa.
Não se cansa, não desiste, não recua,
Seus passos seguem firmes, sua alma continua.
Nos dias difíceis, ensinou a resistir,
Nos dias felizes, ensinou a sorrir.
E quem a vê, trabalhando com tanto carinho,
Sabe que Zilda é luz, é afeto, é caminho.
Mãe, te celebramos com orgulho e emoção,
Tua vida é poesia, é arte, é inspiração.
E no crochê invisível que tece nosso destino,
Sabemos: teu amor é o mais belo artesanato divino.
Procuro entender qual é o sentido de querer ser arte, se o artista não é valorizado. Sinto a necessidade de clamar pelo reconhecimento de um saber que muitos fingem ter. Mal sabem eles da dor e da angústia que habitam no artista, do que pode tê-lo levado a escrever, a se expressar. Mal sabem eles dos flashes que passam pela mente ao tentar traduzir um sentimento sem rumo, apenas vago — exposto para que todos leiam e talvez entendam, com simplicidade, a emoção que a arte tentou mostrar.
Não conheço melhor definição da palavra arte que esta: “A arte é o homem acrescentado à natureza”.
A arte, mesmo quando provocativa, não pode ser confundida com crime, sob pena de silenciarmos vozes que desafiam o status quo e promovem o debate em uma sociedade democrática.
Senhores, certamente afirmo-vos que, se a arte não existisse, eu não seria capaz de enxergar beleza na vida; preferível seria estar morto a viver sem arte.
Na arte eu encontro Deus, e encontro a mim mesmo,
Sou apenas aquilo que sou, para lá do que tento ser.
Cada estrofe é um gesto sagrado,
Cada nota, uma reza silenciosa.
O meu coração é um altar que sacrifica hesitações,
Meu corpo, um templo sem portas e paredes.
O pincel é como um incenso que sobe ao alto,
Unindo o traço ao mistério de criar,
Onde o invisível ganha forma e o impossível torna-se real.
Na criação, tudo faz sentido, e nada é banal,
Foi este o primeiro ato divino: o ato de criar.
E não há fé maior que a coragem de moldar,
De dar forma ao barro.
O mundo é minha igreja vasta e imensa,
Cada gesto genuíno é como um sacramento,
Onde o infinito encontra espaço no instante.
Na arte, o Eterno revela-se próximo,
E comigo fala, e comigo fica, em uma eterna comunhão.
DIVERSIDADE LATINO-AMERICANA
De norte a sul, leste ou oeste. A arte de se expressar move fronteiras.
VIVA A CULTURA LATINO-AMERICANA
A centralização europeia não apaga nem muda toda nossa magnitude, nossa diversidade.
Somos marcados por intensas cicatrizes, mas sempre fizemos delas o início de lindas jornadas e inspiradoras histórias de resistência e luta. Através das mágoas, esculpimos representativas e belas culturas! Honrar hoje e sempre nossas histórias, pois por mais longe que fomos, o bom filho a casa torna!
