Arde
Meu peito arde nessa condição de dor constante,
minha boca se fecha a cada olhar seu pra mim,
aquele olhar que fazia eu me sentir em chamas,
agora é só dor,
nos olhos,
na alma.
Você me procura em outras bocas,
e eu te perco de novo a cada palavra escrita,
nos encontramos a cada instante que nossos olhos se encontram,
juntos,
vidrados,
mesmo com toda a demora pra tirar da minha cabeça,
nesse pequeno instante,
você já me tem de novo.
palavra do homem não é uma ordem:
a palavra do homem é um abismo
O abismo,
que arde como um bosque:
um bosque que ao arder se regenera.
“Saio a rua se e dia o Sol arde , invade a alma me esquenta ... me faz lenta , se e noite procuro a lua fico enfeitiçada enamorada ... de novo fico lenta com calor . Do Sol ? Não...por AMOR, impossível seria não Amar ....”
Pensar sem hipocrisia
Dentro do meu ego covarde
Que alimenta a chama que arde
Pela intolerância do mundo que é sua e também minha
Vou colocando pendências mesmo tarde
Simplesmente a palavra de cada dia
Renova e com o temor se alia
Entendendo simplesmente não ter razão
Pensar sem hipocrisia
Revolto comigo e também com os céus
Não sem de merecimentos e de culpas
Ainda que a Deus são dados os troféus
Mas também me perco no embaraço das lutas
Tão pequeno sou que minha fragilidade mergulha na ingratidão
Penso que sou aquela criança abandonada
Que as bênçãos não são alcançadas
Essa minha vida turbulenta
Emoção que a mente pede arrego
Uma caminhada sem chão
Um caminho do medo
Simplesmente a palavra de cada dia
Renova e com o temor se alia
Entendendo simplesmente não ter razão
Pensar sem hipocrisia
Medo que a enfermidade se apodera
Que os anjos abandonam
Que os sonhos adormeçam
Se o céus não me aceite
Então vou dizer
Pra que viver
Se nunca sou merecedor
De experimentar a água da fonte
Na planície ou no monte
Oh, medo, segredo
Perdoe se errei no enredo.
Giovane Silva Santos
A poesia...
A dor do amor
Nada acalma
Arde no peito
Dilacera a alma.
A dor do amor
Nunca é esquecida
Ameniza com o tempo
E é pra toda a vida.
A dor do amor
Te acompanha nos dias
E as vezes te torna
Uma pessoa fria.
A dor do amor
Se espalha no corpo
Confunde a cabeça
Te deixa até louco.
Mas o que seria da vida
se não fosse o amor ?
O que seria do mundo
se não fossem os romances ?
Como seriam os filmes
se não fossem os beijos ?
E o que seria de nós
se fossemos eternamente sós ?
A dor do amor
Nada atenua
Machuca o coração
E depois continua.
A dor do amor
É pra sempre lembrada
Te deixa inseguro
Com a esperança quebrada.
A dor do amor
Anda junto aos seus passos
Povoa o pensamento
Desatina com os laços.
A dor do amor
É uma falta de sorte
Te deixa tão vivo
Pensando na morte.
Mas o que seria da vida
se não fosse o amor ?
O que seria do mundo
se não fossem os romances ?
Como seriam os filmes
se não fossem os beijos ?
E o que seria de nós
se fossemos eternamente sós ?
SONETO DA RAZÃO
Na prepotência do querer ser altivo
Que arde na desavença em chama
E queima no ódio que não se ama
Acinzentando num desafeto cativo
É um tal sentimento insano, adjetivo
Que então contamina a alma na lama
Do egoísmo, que o zelo nunca clama
O acolher nos abraços, e ser passivo
Que devoto tanto, esse, que flama
A injustiça, num arbítrio explosivo
Tiranizando o viver em um drama
Onde há razão no ato opressivo?
Quando o Verbo, oferta proclama:
- Amar com amor para estar vivo!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
Quando acordo pra vida é como um estalo de prazer, ramifica meu corpo em labaredas sem dizer, arde, pulsa, correnteza sem nome, água que me afoga, vento que me leva a brisa fresca do nascer, quero amar, encantar e mostrar que a vida e feita pra viver.
Já não queima o que em mim brasa,
já não arde a chama que em mim restou.
Já não pássaro o que em mim asa,
já não tem raiz o que em mim voou.
Já não lágrima o que em mim vaza,
já não vaza o vazio que ficou.
Já não canto o que em mim casa.
Moro em mim, mas não estou.
Latinha de refrigerante,
prestigio num lance
que se afoga num instante,
mais sede e desejo arde...
no gosto do metal
infectando o corpo e a alma..
enlatado em um comprimido
o restante torna se o fundo...
um beijo e um sonho que passou.
Eu sou um ser humano relutante em aceita que eu sou so mais um.
Sendo que no meu peito arde dizendo que vou fazer algo incomum
O arrepio da pele
Nos dias frios
A boca pálida
No beijo amargo
E o corpo arde
Em febre sobre o chão
Respiro momentos
Enganando a solidão
SERÁ MESMO, CAMÕES?
Amar nem sempre é fogo
Por vezes, só uma chama
Digo... nem sempre arde
Acaba sendo só morno.
Sinto, nem sempre, tal ferida
Que nem exista no meu mundo
Esvaindo, então, nem dor
Acaba que acaba sendo somente isso.
Talvez seja um ganhar em perder
Confuso demais para contentar
Levando a todos a acreditar
Que essa faísca possa a vir a fogo ser.
Nem preso queira está
Junto a ela poderia até pensar
Se afastando cada vez mais, não dá
Por isso, nem arde, nem há dor.
Um poema na calada da noite, de beber um gole de amor distante.
Misterioso.
Corpo.
Arde.
A alma nudez dos amantes...
O coração vibrante explode.
No escuro o desejo ungi.
Um poema com uma valsa
no gelo, fora do comum.
Transbordante.
Cheiroso.
[Entre a poesia lírica o poema]
Romântco.
Apetitoso.
Lascivo.
Infinito.
Infla de fatal beleza.
LABAREDAS
De João Batista do Lago
Minha poética ‒ chama eterna que arde! ‒
Movimento são de vívidas labaredas
Inquietas procuram todas as consciências
Seja nos casebres ou salões das nobrezas
É flecha mortífera que fere a destreza
Miserável luz de toda dominação
Capaz da subjugação sobre qualquer néscio
Incapaz de perceber sua escravidão
É bala de ouro matando a servidão
Do fiel encantado pelo vil discurso
Hóstia de fel ofertada como pão
Alimento de toda opressão miserável
Que mascara de toda vida o amargor
Encarcerando o ser na história de dor
Saudade só arde quando encosta na pele
Ela queima, ela rasga e não sossega enquanto não fere
A lágrima lavou o rosto, mas não tira o gosto da solidão
Tá pronto pra experimentar
O que é perder um amor que estava na sua mão?
