Arde
Soneto da Paixão
Aqui estou, angustiado, sinto tanto sem querer
Preso por vontade, arde o pensamento em você.
Pulso mudo, despedaço o sol num sonho verde
Espaço vago, arde em ferida e faz-se perder.
Roseiras esplêndidas afligem com espinhos o meu ser;
Cai o céu sobre o mar ascende a chama do prazer,
Estremecem as montanhas, cadentes anjos presente,
Em confusão de sentidos esperam aflito o amanhecer
Suplica paz que já não tem, em dias de albatroz.
Descontente segue adiante sem desmerecer
Resiste, sem hesitar, ao vendaval que vem veloz
Tudo passa vai para espaço sideral, em voz
Cântica, descobre o som do próprio amor
Paixão ardente, impossível mais veroz.
Por quê?
Sinto cravado, impregnado em mim
Sinto, mas não da mesma forma de outrora
Já não arde feito brasa, já não me faz insana
Já não me tira o sono, nem me faz sonhar
Mas nunca pareceu tão sólido, tão intacto, tão seguro.
Eu que tanto contemplo o perigo
O inesperado, as paixões avassaladoras
O frio na barriga.
Cá estou, presa, paralisada nesta história
Que não mais me empolga
Mas que não me deixa ir
Tenho que decidir?
Entre a aventura e a solidez
O entusiasmo e a calmaria
A segurança e a aventura
A paixão e o amor
Por que nos dizem o que fazer?
Por que querem que façamos escolhas?
Preciso dos dois.
O amor tudo sofre, tudo crê,
Tudo supera,
O amor não arde em ciúmes,
Não se ufana.
O amor verdadeiro...
O amor, igual a tarde, arde e passa
E como o tempo, esvai-se na hora tardia
A dor que fica, no coração se instala
Se juntando às dores que nele existia.
Entusiasta, extremado de energia, fogo arde, é paixão
Extrovertido e passional, faz da iniciativa todo movimento
Imprevisível, inflamável, encolerizado em dura expressão
Impaciente e impulsivo, túrgido, queimor em sentimento.
Lembranças de um amor
Aquela saudade
Aquele sentimento que parte
Aquela dor que arde
Aquele que me deixou
Aquele que nem me considerou
Aquele que me abandonou
Aqueles versos que ele recitou
Aqueles dizeres lindos que ele declamou
Aqueles eu te amo que ele sussurrou
Tudo isso ele me causou
Tudo isso ele me deixou
Tudo isso ele me falou
Mas não me tirou
Mas ele não me arrancou
Mas ele não roubou as lembranças de esquecer do verdadeiro amor
Meu Corpo Arde em Febre
Por favor,
Diga que você me detesta,
Me diga que você não me ama
Para que eu possa passar a noite inteira chorando
Enquanto leio os versos fúnebres
Do poeta Augusto Dos Anjos.
Eu gosto de drama,
Eu preciso de drama,
Eu respiro o drama,
Eu sou o drama,
Dá-me drama,
Eu gosto de sofrer,
Se nasci masoquista
O que posso fazer?
Por favor,
Não economize os seus insultos contra mim!
Por favor,diga que você não me ama,
Eu preciso desse drama!
Diga que você me acha estranha,
Anormal e insuportavelmente dramática!
Por favor,
Diga que eu sou feia e mal-amada!
Por favor,
Me xingue de doente,louca,imatura,neurótica,
Moça pobre latino – americana subdesenvolvida!
Por favor,me xinga,
Pois não vivo
Sem ao menos um drama por dia
Com direito à lágrimas de sangue
E pensamentos sifilíticos em Miami!
Meu corpo arde em febre
Ansiando o drama
Dos seus sofrimentos e vãs preces.
Minha alma convulsiona
Desejando em êxtase que você me diga
Que prefere as outras mulheres.
Por favor,
Não se preocupe comigo,
Eu não quero a cura!
Eu quero que a minha doença
Se misture com a sua.
Eu quero que todos os vírus e microorganismos
Deteriorem os meus órgãos:
Bexiga,rins,coração,
Estômago.ovários e pulmão!
Quero sentir intensamente
A dor e o ardor
Dos cortes das cirurgias
Feitas em mim
E ouvir o médico me dizer assim:
"Você passará sua vida inteira
Na mesa do centro cirúrgico
Sentindo meu gélido bisturi
Cortar a sua pele arrancando seus cistos,
E o calafrio da agulha da anestesia
Sendo cravada na sua dorsal espinha."
Quero ser enterrada viva
E gritar sentindo
Meu corpo morrer de agonia.
Existe alguma lei neste mundo
Me proibindo de ser feliz
Mesmo diante do sofrimento?
Mas ainda que existisse essa lei
Eu não a obedeceria,
Quero sorrir de tristeza
E chorar de alegria!
Por favor,
Leia atentamente
Cada verso desta poesia doente!
Não se preocupe,
Estou muito à vontade
E plenamente acostumada
A ver os homens que amei e que amo
Em suas fotos com seus pares românticos,
(Ó,suas mulheres amadas!)
Adoro ser torturada
Com essas imagens hilárias:
Foto pra mim não significa nada!
Eu suplico:
Diga que você me detesta,
Diga que você não me ama,
Eu preciso desse drama.
Diga que você me acha estranha,
Insuportavelmente dramática,
Feia e mal-amada!
Misture a sua doença com a minha
De modo que nunca mais tenha cura,
Quero sentir os dolorosos espasmos dessa tortura;
Para que eu possa passar a noite inteira chorando
Enquanto leio os versos fúnebres
Do poeta Augusto Dos Anjos.
[...] A gota sáfica observante d'alma
translucida vem dos olhos o véu de sal,
que goteja e arde no coração [...]
Uma calça vermelha, não em nome desse amor dos dias de hoje, aquele que mata o coração, que arde de ciúmes e egoísmo. Talvez em nome desse amor de hoje que sangra, que chora lágrimas de sangue. Uma calça vermelha em nome do amor de todos os tempos, aquele que não espera, que não deseja, que não faz pedido. Aquele que é. Que existe. Que ama.
Querer-te
Quero-te!
Arde-me a alma por Vós
e, no entanto fraca
é minha vontade.
Bastaria o sim
desposado sem palavras
com todo o tudo de meu ser.
E não mais distâncias
por mais longínquo fosse o caminho.
Ou dolorosa a solidão.
Consumar a minha entrega
em inefável Comunhão.
"O lado claro do Sol"
O lado claro do sol
é o lado do dia,
é o lado que arde,
que queima e irradia.
O lado claro do sol
é o que bronzeia, é o que
dá a cor da pele o viço,
e na areia da praia o rebuliço.
O lado claro do sol
é o lado frenético,
o lado da lida de
quem veio à vida com
arreio e não a passeio.
O lado claro do sol
é lado bom e quente
é o lado de gente que
esquenta a gente.
O lado claro do sol
é o lado do dia,
de gente bonita que
apesar das tristezas
é só a-le-gria !!
Emoção
A emoção é o fogo que arde nas vísceras e queima a alma.
Vermelha que nem sangue, que mancha e ameaça a vida.
Da qual parece que engolimos o mundo, sem tempo pra digerir,
A emoção é desesperadora, que nos remete a instintos primitivos,
É biológico, tão forte quanto à fome, tão devastadora quanto à raiva, nos leva a ira e ao medo.
O medo de sentir, perder, sofrer ou morrer.
A emoção é o não saber, o desprazer de ter o que não pode ser ou a ilusão de ver o que jamais racionalmente poderia sentir.
Ela vem em socorro da intolerância de nossas frustrações,
Leva o ser ao sofrimento de viver e, sobretudo, é a passagem entre o viver e o morrer.
Sem ti,
Sou uma rosa perdida
Num jardim de primaveras.
Sou um fogo que não arde,
Uma chama que não queima.
Sem ti,
Sou um ar que não respira,
Sou uma mancha que não sai
Sou uma parte, nunca um todo.
Sem ti,
Não sou prosa, não sou verso,
Sou algo desalinhado
Que desafina nas cordas da vida.
Sem ti,
Sou mágoa, sou sofrimento
Sou oco de pensamento
Sou fantasia sem ilusão.
Sem ti,
Sou tristeza na alvorada,
Sou parte de um nada,
Sou pedra sem calçada.
Sem ti,
Sou frio bem gelado
Sou estrada sem asfalto
Sou medo sem cura.
Sem ti,
Sou um rosto sem sorriso
Sou olhar sem brilho
Sou forma sem formato.
Sem ti,
Sou coração sem alma,
Sou desejo sem fogo,
Sou tudo e não sou nada.
Você é o vento que não passa, é chuva contínua que não molha, é fogo que arde, mas não queima, é sol que nunca se põe; é por fim a lua que vejo sempre de longe sem me contentar de tocá-la somente com a alma.
Cava-te covas covarde que arde na lata do lixo.
Chama-te largo profundo , faz-te isca pro bicho do mato.
Deita-te em cama de espinhos pontudo, fere-te em fogo gelado,mas grite calado .
Manda-te pra outro lado da vida sem passagem de volta.
Faça-te de gato e sapato bicudo que mata barata no canto, morda-te sua língua traíra.
Enterra com terra a cova cavada.
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