Antologia Poética
tua luz Seduz...
tua alma reluz ...
deixa florir...
deixa fluir...
O que há de melhor
dentro de ti...
desejo intensamente
Contemplar teu belo sorriso
Rendo - me a teus encantos
Vejo - te com um brilho
intenso no olhar...
E algo de bom
nasce dentro de ti.
Não se escrevem livros sendo feliz demais. Porque quando estamos felizes (demais) não temos nem tempo para escrever. Claro que se escrevem livros estando felizes também, ou na normalidade do cotidiano sem qualquer classificação de estado. Porém, os estados emocionais são impulsos e inspirações. Cabe a cada um então o que fazer com o que sente e o que a vida lhe dá, e escritores fazem isso, transformam tudo em uma versão poética, e transformam; logo constroem. (08/02/2018)
Meu amor por você parametriza como a matemática,
Tão difícil e tão quanto desafiador é entende-la.
Mas sempre é legal conhecer seus pontos exatos,
O qual adoro calcular as curvas do seu corpo,
A geometria do seu beijo e a topologia nos seus lábios.
Num sistema único e dinâmico analiso seus limites
Convergindo nossos corpos ao infinito.
A NUDEZ
A nudez é a indiscrição poética
Do pecado na carne pervertendo
A alma na concepção dos desejos.
Iludido pelo encanto transcendental
Que desvirtua o ser e corrói a alma
Levando o indivíduo ao reles suicídio.
Mesmo que a visão enigmática turve
A consciência desequilibrada e torpe.
A nudez é a indiscrição poética
Desmemoriada abrupta e tísica
Em desavergonhada Saliência.
A nudez carnal nada mais é
Do que a descrição
Do obsceno
Poético em
Prosa
&
Versos
D`
G
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D
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O
PROCÓPIO
Ignorância Poética
Mamãe me contou,
Que ficou fascinada,
Quando pequeno, eu lhe disse:
"Quero falar, mas não consigo,
ainda não sei as palavras".
Hoje, cresci e tento escrever poesia,
continuo sem saber me expressar.
Minha mãe agora é você, o meu leitor.
Meu poema, a minha mente de criança:
Sem vocabulário,
Sem rima,
Sem métrica,
Uma tentativa de analogia,
E no final das contas, sem dizer nada.
ARTE POÉTICA
Escrever um poema
é como apanhar um peixe
com as mãos
nunca pesquei assim um peixe
mas posso falar assim
sei que nem tudo o que vem às mãos
é peixe
o peixe debate-se
tenta escapar-se
escapa-se
eu persisto
luto corpo a corpo
com o peixe
ou morremos os dois
ou nos salvamos os dois
tenho de estar atenta
tenho medo de não chegar ao fim
é uma questão de vida ou de morte
quando chego ao fim
descubro que precisei de apanhar o peixe
para me livrar do peixe
livro-me do peixe com o alívio
que não sei dizer
CRÔNICA POÉTICA DO MEU SILÊNCIO...
Para todo escárnio que encobre as dúvidas
sobre de quem sinto saudades, e toda celeuma
sobre meus poemas desestruturados,
meu silêncio basta.
O silêncio é suficiente aos que veem intenção
em tudo que digo ou escrevo,
com a miopia de um gigante.
e interpretação de uma porta.
E com esse mesmo olhar
saem curiando minha vidinha,
tão trivial, se adianta dizer,
com muito drama e comédia como tantas outras.
Enfim, para quem não faz ideia,
meu humilde silêncio.
Para quem acha isso ou aquilo,
dou sucintamente o silêncio.
Porque silêncio é a resposta
para os que não ouvem
não perguntam e nem se calam.
A quietude tem significado quando
a palavra vem antes do
pensamento, expondo
qualquer coisa ou
uma coisa qualquer.
Portanto não tenha pressa.
Porque de mim o que lhe resta
é sentar e contemplar o meu silêncio.
LIBERDADE POÉTICA
A poesia não tem partido
Não é da esquerda, nem da direita
A poesia não tem cheiro, ela é perfumada
A poesia não tem cor, é multicultural
A poesia tem a liberdade escrita na mente
A poesia é amada falada e recitada
A poesia vive no presente, no passado, no futuro
A poesia está agarrada à carne ao corpo
A poesia corre no sangue, fervendo nas veias
............De quem escreve ou escreveu
De quem leu ou lê, de quem sofreu, de quem amou.
Finalizo aqui minhas canções,
E com elas, minha alma poética.,
Cravo na alma minhas lembranças,
E me eternizarei na fantasia
de ter vivido a ilusão
de um grande amor.
(Sócrates Di Lima)
O que dizer da praia? Bem, para alguns deslumbrados a praia foi a forma mais poética que Deus encontrou para traduzir seu desejo de encantar, acalmar, e alentar os quereres humanos.
luarada poética
Que Lua é essa?
Tão linda, que me convida a visitá-la.
Queria Lua, ter uma escada que pudesse chegar perto de ti....
Queria poder em um salto me segurar na primeira estrela para poder contemplar de perto toda sua beleza.
Lua cheia de segredos
Lua cheia de desejos...conte-me tudo...
De repente, vejo se envolver entre os lençóis da noite e ali conversa com estrelas...
Assim me hipnotiza com seus mistérios, que apenas ao vê-la, alivio minha alma.
Existem cheiros inesquecíveis.O cheiro do mar quando se chega em Salvador – uma licença poética, com licença.
O poeta é um fingidor.
Mas não há mau em fingir.
Se não tiver liberdade poética,
Pra sobressair a ética,
Das condições do existir.
Me atire a pedra, bem mirada,
O primeiro camarada
Que nunca precisou fingir.
Alguns fingem por ambição,
Outros por educação
Pra driblar situação.
Até dor, faz-se existir.
Meu fingimento é poesia,
Finjo a dor e a alegria,
Finjo enredo, alegoria
Finjo até que outro dia,
A gente possa enfim fingir.
ARTE POÉTICA
na serra da desordem
no piracambu tapiri
em cada igarapé do pindaré
em cada igarapé do gurupi
existe uma palavra
uma palavra nova para mim
Acho que essa vida urbana acabou que matando um pouco da minha inocência poética, quase lírica, que eu tinha antes de vir para cá. São Paulo é uma cidade contagiante, traiçoeira e extremamente envolvente. Não tem como viver distante de sua realidade. Ou você acompanha o seu ritmo avassalador de megametrópole ou sistematicamente é esmagado, deixado para trás, sem nenhuma compaixão. Salve-se quem puder! O tempo por aqui anda mais depressa, não há espaço para um poeta sonhador, feito eu...
