Antologia Poética

Cerca de 842 frases e pensamentos: Antologia Poética

PERFAZER

No silencio da noite
ao som da intensa madorna
um suspiro propenso
mistura-se a ressonância do sonho
... Quintal de terra
bola de meia, peteca no ar,
menino deixe de brincadeira...
Venha cá?!

O pipa esta solta aos ventos
ao tempo, em seu momento...
Um olhar sob o horizonte do mar...

Menino venha cá?!
Vá correndo ao compadre
volte antes do cuspe secar
traga o fumo, traga a palha
que hoje eu quero pitar.

Freadas buzinas...
Furdunço com ambulância,
tempo pequeno, assina a sina
o sonho acaba
mais um fim de ressonância.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

CONTE E FALE

Sim me diga, diga vai?!
Vai dizer, o que, que há?
Se não me diga, não diga!
Se vai dizer, então diga já.

Se ameaça em dizer...
então, vai ter que falar!
Se não que falar, não ameace
e guarde tudo pra você.

Hum! Resolveu, vai falar?!
Fale logo sem demora?!
Não enrole o blá, blá, blá
diga tudo e vá embora.

Essa hora ainda é tempo
de expor tudo que sabe
diga do seu sentimento
contando toda verdade.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

O poeta é o mais frágil dos sonhadores, rabiscando entre linhas poesia, mostrando que tudo é infinito.

Inserida por 1985hugo

O que não me falta, são dias assim, em que me alimento de poesia!
Ultimamente, até minha respiração está poética...
Cansei de soluçar ou chorar, agora eu quero é só poetar!

Inserida por SiResende

Meu-nosso lugar
Apesar de ser manhã,
ainda era escuro.
Canonizamos
no livro da vida,
o beijo eterno
da bondade
revestida de paixão.
Flores delicadíssimas
ornavam as cabeças,
Milagres em forma
de pedras
sob os pés
em resposta de fé.
Esse vento me abraça
e os sabores das amoras
irrompe o inexpressivo
sorriso.
Fotografei su’alma
com meu olhar. Aqui fica!
Ainda dizem coisas dos tempos
das águas doces-salgadas
do nosso ranchinho.

Inserida por HortenciaNovais

⁠MÉTODO POÉTICO
.
.
Meu método?
O mesmo das Estrelas.
Primeiro, surge uma ideia –
vaga, ou mesmo fantasmagórica.
Ou então uma combinação inesperada
de palavras, por vezes embaraçosa...
Talvez – quem sabe – uma imagem
cujas estranhezas e travessuras
afrontem todos os cânones.
Uma eloquente frase
que cale ao peito
solitária:
sincera
lágrima.
.
Em uma palavra: Poeira
– nuvens de poeira desgarradas
vindas dos confins da mente
e das bordas do acaso.
.
Mas então, depois de muito vagar pelos meus arquivos,
ou de pairar errantemente sobre os meus sonhos,
algumas delas começam a se combinar
– como se, irmãs, viessem
de famílias distintas –
E eis que surge,
alegre,
a Gravidade,
pronta a juntar em um só giro
o que se queria disperso e sem mais rumos:
Ansiosa para, com violenta ternura,
moldar a forma.
.
Por fim, emerge,
do caos girante, uma estrela
– supremo milagre no delirante acaso
de um universo improvável
em sintonia fina.
.
Faz-se o Poema
– estranho acontecimento
cuja tenra fornalha interna
queima a pretensão
de alimentar
as almas...
.
A ti parece, este, um método por demais aleatório?
É porque não sabes de toda a paciência que foi necessária
para não limpar intempestivamente a poeira errante
que por tanto tempo pairava nos escuros céus
dos meus arquivos, sonhos, lembranças.
Quantas vezes fui tentado a deletar
um quase-embrião de verso,
ou quis me desfazer
da tal metáfora
tão desajeitada!
Mas ouvi a voz:
Guarda este pó
que de ti vieste.
.
Sem esta paciência,
não seria possível a criança:
ver, do poema, a forma brotar esperança
como flor que redefine as suas próprias pétalas
e decide, magnífica e hesitante,
se pétalas terá...
.
Ver, da alma poética,
redesenhar-se certo corpo
quando é corpo o que se quer...
E, quando não é isto o que se almeja,
aceitar-se como alma pura-chama,
ou reconhecer-se, mesmo,
tão somente como pó.
a dignidade do pó:
despretensioso,
periférico,
errante.
.
Este é o método:
render-se ao que se tornou possível
no oceano do improvável
com a bem ajustada
sintonia fina.
Respirar
a poesia
como destino
que se fez do acaso...
.
.
[BARROS, José D'Assunção. Revista Sede de Ler, 2024]

Inserida por joseassun

O viajante,
é um cultivador
na linguagem das árvores,
tem vocação para sementes,
e, lança ao campo fértil
a boa palavra

Inserida por AllamTorvic

⁠No Brasil da atualidade
Tá difícil de viver,
É grande a desigualdade
Sem apóio do poder
Somos vítimas forçados,
Pela pátria humilhados
Divididos feito bois.
Pobre serve um avarento
Só mudando o tratamento,
Que a Justiça dá prós dois.

Inserida por PoetaDoAmanha

⁠Rico vive trabalhando
Pra conseguir mais dinheiro,
Está acima de tudo
Ser melhor, ser o primeiro,
Despreza filho e mulher
Pra conseguir o que quer
Não se importa com o que sois.
Pobre serve um avarento
O que muda é o tratamento,
Que a Justiça dá prós dois.

Inserida por PoetaDoAmanha

O ⁠rico não tem sossego
Com medo de empobrecer,
Só pensando em patrimônio
Multiplicar e crescer.
O trabalhador coitado
Vivendo sempre apertado,
Deixa tudo pra depois.
Pobre serve um avarento
O que muda é o tratamento,
Que a justiça dar prós dois.
(Z.B)

Inserida por PoetaDoAmanha

⁠O sábio um dia falou
Uma verdade querente,
Quem se conhece é sabido
Compreendendo o que sente.
Exemplo de inteligência
É possuir competência,
De conhecer outro ser.
Quem possui a força manda
Porém, o que se comanda,
É detentor de poder.

(Z.B)

Inserida por PoetaDoAmanha

⁠A vida é como uma onda, vai e vem as vezes em alta, as vezes em baixa

Inserida por PoetaDoAmanha

"É preciso dar crédito ao poeta, pois as linhas e versos traduzem em si mais que a centelha da inspiração,expõe de forma desvelada fragmentos da alma do poeta,em pleno exercício de evolução."

Inserida por LiaFerraz

A Poesia é o opiáceo da Língua.

Inserida por sammis_reachers

Não há dúvidas no amor! E só para simplificar: amor é paz que nos faz sentir, é luz que nos faz brilhar, é fervor que aquece o nosso ser, é oásis que mata a nossa sede, é alimento que nos sustenta do que existe de melhor no mundo. Pois, o amor é a poética certeza de quem sabe amar.

Inserida por GilBuena

A seca

Uma solitária cigarra, desesperada, chama chuva no Planalto Central. A secura invade os poros dos seres, fazendo de tudo o que tem vida, sem vida. Folhas secas despencam das árvores moribundas, caindo na terra ressequida, já sem nenhum verde, nenhum inseto. Os pássaros voaram para longe em busca do frescor que aqui não tem. O João de Barro que anuncia a chuva, foi para longe. O sol a pino despenca raios matadouros, que há muito deixaram de ser benfazejos. Saudade da chuva caindo e molhando o chão. Saudade das rosas em seu frescor matinal. Saudade de água caindo do céu, mansa, suave, fresquinha.
Ah! Meu chão! Meu torpor!

Inserida por PaolaRhoden

QUINTA

uma questão
de dom?
apenas jeito
de poetar
Donadon!

Inserida por voualivoltoja

QUINTA

quinta caiu
do céu
no meu
quebra-cabeça:
troféu!

Inserida por voualivoltoja

QUINTA

Andreia Donadon
José Colaço
(que dupla):
aplaudo o
golaço!

Inserida por voualivoltoja

QUINTA

sei nada
sei tudo:
na vida
na arte:
SORTUDO!

Inserida por voualivoltoja

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