Antologia Poética
POÉTICA POLÍTICA
Poética política
pô! Ética política?
Crítica!
Tu, esquerda ou direita?
Ex-querda, agora direita.
Troca feita.
Nesta troca de partidos,
como fica teu coração?
-Partido que não.
Ano de eleição:
sorriso para foto,
parece prostituição;
tudo por um voto.
A sensibilidade que brota da alma poética é a doce melodia que embala os sonhos; é a voz persistente que ecoa nas ondas do tempo e alimenta a chama do amor verdadeiro.
"Existe uma forma poética para falar a respeito de desejos sexuais? Assim talvez eu pareça menos pervertida."
Na poética mansidão da madrugada
Sonhos se refugiam na inquietação da alma.
A lua, farol iluminado ao longe
Hoje é quem me faz companhia.
A olhar as estrelas por entre nuvens.
Uma lágrima cai, mas não podem vê-la
Porque é da alma que sai...
Há noites assim,
Em que os corpos não se pedem,
São noites brandas de desejo,
Mãos que repousam em palavras de paz.
A cada noite numa folha branca
Os versos pedem para nascer na
Mansa inquietação com que me cubro
Nos dias em que não estás...
"Quem mandou esperar a situação perfeita? Na vida, ela só existe como imagem poética (ou no photoshop)."
HARMONIA DO AMBIENTE ESCOLAR
Cecília Meirelles, em sua saborosa poética, assim escreve: "Ensinar é acordar a criatura humana dessa espécie de sonambulismo em que tantos se deixam arrastar. Mostrar-lhes a vida em profundidade. Sem pretensão filosófica ou de salvação - mas por uma contemplação poética, afetuosa e participante."
Quando se lê a educação com esse olhar de Cecília, parece que o dia-a-dia na relação professor-aluno é encantado. Muitos dirão que essa elevação afetiva só funciona no plano das idéias e que na prática se assiste a um aviltante processo de destruição das relações humanas.
A violência nas escolas se materializa em agressões verbais e físicas. O professor se sente vítima de um sistema que não o valoriza, portanto não o entende bem, nem o protege. Os alunos parecem prontos para a batalha. Padecem de amor e de limites. A ausência familiar se faz sentir na postura agressiva ou apatia em sala de aula.
Além disso, e talvez por isso, tentam disputar poder com os professores que, por sua vez, se deixam levar em um debate desnecessário. Há um axioma essencial na relação entre professor e aluno: autoridade harmonizada pelo afeto. O aluno precisa de limite e precisa compreender o papel do educador. O educador não pode impor sua autoridade, mas deve conquistá-la. Sem brigas nem ameaças. Sem histeria nem parcimônia. Com o respeito de quem sabe ensinar e aprender e de quem harmoniza as relações.
Há algumas dicas para essa relação harmoniosa. Evidentemente, são a experiência e a disposição do professor que farão com que ele toque na alma do seu aluno - sem isso não há educação. Entre essas dicas, algumas proibições. A primeira delas é que professor não pode brigar com aluno, mesmo que tenha razão. Se isso acontecer, parte da sala torcerá pelo aluno e a outra pelo professor, assim, ele deixa de ser referencial. A segunda: professor não pode colocar apelido em aluno. Terceira: não deve comparar um com o outro - é preciso lembrar que não há homogeneidade no processo educativo, mas heterogeneidade. Quarta: professor não pode se mostrar arrogante nem subserviente. O meio termo é amoroso.
E aí voltamos a Cecília Meirelles. A harmonia no ambiente escolar há de ocorrer quando se consegue quebrar a carcaça que envolve alguns alunos, pela falta de algo que deveria ter vindo antes. É esse sonambulismo, essa postura incorreta frente à vida e frente a si mesmo.
Trata-se de ajudá-lo a viver essa contemplação poética, ou, em termos aristotélicos, a buscar uma aspiração para a vida. Ou ainda em Paulo Freire, ajudá-los a desenvolver autonomia para sonhar.
Aí sim, o professor mostrará autoridade. Autoridade generosa de quem confia e cobra. De quem contrata no melhor sentido da palavra. E é nesse bom caminho que entra o afeto como instrumento de poder e participação. É do olhar do mestre que saem essas virtudes. O olhar que acolhe e que constrange quando necessário. O olhar que se faz cúmplice nas boas conquistas e que lamenta docemente pelo que se perdeu. O olhar que mantém o silêncio na sala de aula, sem gritos ou lamentações, mas que é capaz de chorar pela emoção de mais um aprendiz que encontrou seu caminho.
A harmonia no ambiente escolar não é uma utopia. É talvez uma tarefa complexa que exige o que de melhor podem dar os educadores: competência, coragem e muito, muito amor!
Revista Educacional, edição de setembro de 2007
Minha alma é poética.
Sou feita das confidências da lua,
Das canções caladas da noite escura,
Da voz de quem sonha e do choro de quem não sabe sonhar...
Isso é uma mentira, uma discriminação boba. Tudo depende da veia poética do sujeito. Você já imaginou se Deus deixasse eu fazer eu do jeito que quero, com a cuca que tenho? Eu seria verde, todo bonito. Ninguém ia ser igual a mim. Eu seria um sucesso, o cabelo de ouro, ia ser tudo comigo. Mas me fizeram um crioulo esquisito. Essa história de que branco não faz samba é mentira. E também tem crioulo que não faz samba. Artista nasce em qualquer lugar.
(Obs.: Quando é perguntado certa vez se achava que brancos não sabiam fazer samba.)
O amor nasce, vive e morre pelo poder -delicado- da imagem poética que o amante vê no rosto da amada. O amor prefere a luz de velas. Talvez porque seja isso tudo o que desejamos da pessoa amada: que ela seja uma luz suave que nos ajude a suportaro terror da noite."
Quero licença poética,
E quebrar a censura, e ser livre
Para poder mandar alguém
Para onde eu quiser,
E também ser mandado
Ao bel prazer.
Um dia de delírio
Hoje vou me permitir, dizendo, ou melhor, escrevendo, uma prosa poética, concreta e não sintética, uma chance, oportunidade, mudança, construção, uma viagem no amor, minha doce e violenta fantasia, o que diria a razão, não sei, se um dia acertei ou errei, mas nessa narração eu vou me corromper, desafiando a lei do equilíbrio, vou perder a sanidade e me deleitar nos teus braços, no conforto da pluma sonhadora, do encanto mais saudoso de uma doutora, formada pela sensibilidade da entrega, da paixão, deixando rasgar o doloroso coração, um dia de delírio, eu nos teus beijos, na tua vida, na tua história, na fotografia, na tua memória, oh nesse jardim ai de brotar o aroma mais puro, pois tua minha amada é a flor escolhida, preferida, meu porto seguro.
Giovane Silva Santos
Envelhecer é a coisa mais poética do mundo: até os olhos ficam entre aspas. Deve ser porque entre a infância e a velhice há um instante chamado vida.
Histórias em Versos de Marabá:
Uma Antologia Poética da Terra de Carajás
Marabá, cidade poema
Filha da mistura, mãe da diversidade
Às margens do Tocantins, teu rio, tua veia
Cresceste com o ferro, teu sangue, tua sorte
Carajás, região rica
Em minérios, em vida, em cultura
Atrais olhares, cobiças, disputas
Desafias limites, possibilidades, futura
Marabá e Carajás, terra de contrastes
De beleza e destruição, de luta e resistência
De sonhos e realidades, de arte e ciência
De poesia e reflexão, de amor e consciência
Vamos apenas esperar. Você sabe que nós podemos... ser poéticas e simplesmente perder a cabeça juntas.
(Riley)
Digamos que existem dois tipos de mentes poéticas: uma apta a inventar fábulas e outra disposta a crer nelas.
Nas escolas religiosas, existem crentes célebres pela grandeza de seus conhecimentos e teorias, mas, como acontece à famosa Vênus de Milo, requestada pela pureza de suas linhas, não têm braços para ajudar a ninguém.
APRENDI A AMAR
por Orlandinho |categoria Poesia enviada
Há muito tempo esqueci o que é amar,
há muitos anos não sei o que é perdoar
e então você me dá um motivo para eu me alegrar.
Você é um sonho, uma fantasia
transformou minha tristeza em alegria.
Você é a luz que ilumina o meu dia
e mesmo que á noite venha à escuridão
eu carrego você em meu coração.
Não existem palavras que possam expressar
o motivo que me fez Te amar.
( EMERGÊNCIA POÉTICA )
Insegurança não impede traição, não adianta ser a mulher mais linda do mundo, melhor namorada, amiga, companheira, fogosa todos os dias e toda hora. Se ela não tiver caráter, vai te trair na primeira oportunidade.