Andando na Mesma Direção
Andando pelo parque, numa manhã qualquer. Ouvindo aquela andorinha cantando. Um som incomparável a qualquer outro. Fazia frio naquele dia. Mil coisas passando pela minha cabeça. Resolvi dar uma parada e sentar na beira lo lago. Talvez eu estivesse precisando daquilo. Pra me acalmar um pouco. Mas talvez eu não devesse estar ali. Pois eu sabia que ia chorar. Não sei se por tristeza. Se por pura vontade de chorar. Mas eu ia chorar de qualquer forma. Talvez eu precisasse mesmo chorar um pouco. E colocar pra fora toda aquela confusão que habitava na minha mente. Vi o movimento do outro lado do lago. Era uma manhã qualquer. Uma senhora que andava por lá com seu cachorrinho, acenou pra mim e deu um sorriso de bom dia. Eu também sorri, com os olhos cheios de lágrimas. Naquele momento eu sabia que era daquilo que precisava. Sair e pensar um pouco. Sorrir pra alguém, nem que seja por um só segundo.
Acorda pra vida, estas andando do lado errado. Abre teu olho e tenta ver o que está errado, ainda não é tarde, entende isso. Você tem um Deus maravilhoso, então saia desse erro!
Todo dia que acordo,me pergunto se estou, parada no tempo, ou andando contra o vento. Eu penso em voce a cada momento, percebo que estou apaixonada. Não sei se voce senti o que sinto por voce, mas não tenho como negar. Eu amo voce, e para sempre vou te amar. Não me deixa fora da sua vida. Por que agora eu quero ser mais que amiga. Vou te conta o meu segredo, eu nasci para voce, e voce para mim. Por que eu posso ate errar, é errando que se entende... É amando que se compreende, que o meu amor por voce é para SEMPRE. Eu amo voce, e para sempre vou te amar. Por que o meu amor por voce, nem o tempo vai apagar .
Estou caminhando rumo ao horizonte sem destino,
Andando no meio do nada e com um só sentimento,
Parece que este caminho não vai me levar a lugar nenhum,
Com lágrimas que caiem do meu rosto continuamente.
Eu só quero sumir, pra tentar esquecer.
Mas não importa por que minha consciência esta me destruindo.
Nevoas começam a surgir e no fim dela surge uma luz.
Uma brisa bate em meu rosto, me fazendo sentir uma angústia interminável.
Mas estou chegando ao final dessa estrada.
Pois estou me sentindo mais leve,
Já não sinto meus pés no chão
E só agora esta me dando um alivio
Toda a dor esta se indo
E essa luz que me envolve
Agora sinto uma enorme paz que nunca havia sentido antes.
Agora estou andando nas nuvens. Andando numa ponte para o sempre. Correndo entre as borboletas... Banhando em um raio de luar. E tudo o que quero é cavalgar junto com o vento... Quando estou triste Ele vem a mim com mil sorrisos... Ele me dá uma sensação de libertação... Está tudo bem, está tudo bem Ele diz; Pegue qualquer coisa que você queira, qualquer coisa, e então voe pequena asa...
Podem arrancar um braço ou uma perna mas eu irei continuar andando por aí..Mas e a alma?
Sem ela serei só um esqueleto chacualhando por aí
Hoje em dia é mais fácil você encontrar uma manada de unicórnios andando por ai do que pessoas verdadeiras...
A SALA
Estive andando pela sala essa manhã
A sala esteve rondando ao meu redor
O sofá estava no mesmo lugar
As cadeiras, tapetes e lustres
Tudo como sempre
Eu sentada e a sala girando
Eu girando e a sala parada
As cortinas estavam inquietas
Vestindo o avesso da casa
A casa voando e os pensamentos no chão
Os pensamentos voando e a casa...
Bom...a casa nem estava mais ali
A sala era só meu refúgio
Um dia a Mônica estava andando pela calçada com um pirulito e viu um amigo.
A Mônica adorava ameixa então o amiguinho pegou e disse:
- Você que troca esse seu pirulito por aquela ameixa?
A Mônica disse - "Sim" então ele retrucou:
- Só que você vai te que ir la em cima da arvore.
E ela aceitou.. quando chegou em casa disse tudo para a sua mãe, e a mãe dela disse:
- Mais Mônica e você teve que subir na arvore?
- Sim mamãe!
E a mãe disse:
- Mais minha filha ele só queria ver sua calcinha!
E a Mônica disse:
- Foi por isso mesmo que eu tirei!!
Adoro ver as pessoas andando pela ruas. São verdadeiras caricaturas ambulantes. Cada ser humano é uma poesia singular da beleza divina.
BARCAROLA
eu e (você) andando
, de mãos emprestadas, quase pelas ruas,
sem olhar para cima nem pros lados nem pra frente,
porém em direção ao Futuro. Ou ao Eterno. Ou ainda ao Sublime.
Ou coisa que o valha, ou qualquer coisa
que não valha nada.
eu (e você)
, nós dois, na noite quase escura,
pulando pelos paralelepípedos da rua asfaltada
brincando de amarelinha sem linhas nem pedra,
saltando por cima das regras, sem ligar a mínima,
eu e “você”, sem fôlego, sem direção,
furando sinais, cruzando fora das faixas,
comprando coisas em lojas fechadas
na parte mais feia da cidade
temporariamente morta,
eu e “(você)”, sem tempo, sem horário, sem
pressa nem propósito,
cortando a vitrine com o diamante do anel que
estamos tentando roubar da vitrine
que estamos cortando
com o diamante do anel que ainda vamos roubar
, eu e quase você, bêbados, desbundados, tontos de sono,
prostrados na praia artificial
polindo na areia plástica
a pedra do anel que a gente ia roubar
contando as estrelas que o dia já apagou
vendo o sol nascer às avessas
esperando o barco.
- Ó, lá vem o barco!
O barco.
Ontem, voltando do serviço andando pela praca da Se, comecei a reparar na cidade onde vivo, no comportamento das pessoas, nas coisas vistas e nas coisas "nao vista" e confesso que ela tem muito a nos ensinar.
A beleza da noite me fascina! Luzes focando um canto mal iluminado, nos mostrando que nao precisamos brilhar para sermos notados, e sim ter o suficiente para focarmos no que realmente importa. Calcadas irregulares, nos dando a dica de a vida e isso, uma eterna "inconstância" onde devemos aprender a andar conforme as circunstancias nos fornecidas.
Moradores de rua buscando algo pra se alimentar, um lugar para dormir, e sobreviver a mais um dia ... apenas isso. Eles quebram uma regra imposta pela sociedade, que nos diz: "Quer lidar com circunstancias emergênciais? faca administração!" Situações emergênciais sao as que eles lidam todos os dias e nao precisaram aprender isso em nenhuma instituição de ensino...a vida os ensinou.
Me lembro de uma construção antiga em tons de cinza onde havia na torre três pirâmides sendo igualmente parecidas, apenas uma pequena diferença na pirâmide da ponta, pois estava visivelmente danificada, talvez por estar em um local de difícil acesso ou por fugir um pouco do método padrão das demais. Deixando bem claro que sermos metodistas nao nos torna uma pessoa mais organizada ou alguém mais inteligente, eu vejo simplesmente uma pessoa com medo de se arriscar, arriscar a ganhar ou perder sentimentos que a vida nos oferece, e se refugiam na mesmice de serem o que sao sempre.
E depois de longas voltas pelo quarto, andando para lá e para cá como se estivesse procurando uma saída de emergência; depois de várias doses de café amargo; depois de várias tragadas enquanto andava e goleava o café, descobri a origem do nosso problema.
Descobri o que nos trouxe até aqui. O que nos fez chegar aonde chegamos. Não sei bem onde estás nesse exato momento, mas sei onde estou, e é bem longe de ti. Sinto essa distancia dentro de mim, seu valor não é muito preciso, mas algo me diz que são muitas as milhas que nos separam.
Olho para a janela, e por um misero minuto te vejo na calçada, sentada no banco de ferro pintado de madeira. Por um misero minuto penso que tu voltaste para mim… Engano meu.
Um dia me disseram que nada é para sempre. Disseram-me que com o tempo as coisas vão perdendo a cor; o sol vai se pondo, o dia amarelado vai se tornando cinza, branco… Preto. Olhe para mim! Sou a prova disso. — posso sentir meu sangue em preto e branco. A falta das cores me corta por dentro. Minhas mãos me cortam por fora.
Isso tudo por causa do nosso problema. Pequeno detalhe que separou nossas vidas. Que a fez parecer um café quente esquecido sobre uma cabeceira fria; a cabeceira esfriou o nosso amor. Qual o nosso problema? — você deve estar se perguntando agora, do mesmo jeito que me perguntei durante todos os dias que ficamos separados. A diferença é que eu achei a resposta.
Ela estava bem em baixo do meu nariz e talvez seja por isso que não a conseguia ver. Coisas desse tipo não são vistas, são sentidas. Eu senti, você não. A sua insignificância para comigo me destruiu por dentro. Picou-me em pedaços que foram jogados em um roseiro cheio de espinhos.
Afastei-me. Sumi. Tranquei-me em um quarto. Comecei a viver a minha realidade. Comecei a me relacionar com as pessoas que criei em meu mundo. Eu te troquei por um quarto escuro e opressivo e mesmo assim senti a sua falta lá, senti falta da cor que você costumava me trazer. Do café forte que costumava fazer… Do sorriso que você dava assim que me via. Senti falta das tardes amarelas das quais costumávamos sair para tomar um sorvete enquanto olhávamos os pombos comendo as migalhas de pão caídas do chão.
Mas eu sei. Você não irá voltar. Não irá sentir a minha ausência se eu não anuncia-la. Esse é o nosso problema. Eu fiquei esperando você sentir a minha falta. Esperei você me procurar, me chamar, me gritar… Mas sua boca continua fechada. Não escuto sua voz desde que parti. Eu sinto a sua falta, amor, mas como sempre estou esperando você sentir a minha.
andando no mundo
perdida e sem casa para retornar
eu cheguei no fundo
sem bússola sem sonar
não sei ler nem escrever
meus pais muito cedo decidiram me abandonar
a água ainda por ferver
meus pés estão rachando o chão
eu os escondo para ninguém ver
meu alimento está no lixão
é tanta fome que me faz tremer
e o amanhã eu não sei prever
é tanta discórdia que me faz temer
se eu ainda vou encontrar um lugar que me aceite
é tanta tristeza que me faz gemer
eu com pouco outros com azeite
mas eu não os invejo nisso
só quero que me respeite
já que esse povo é omisso
quero ver as palavras e compreender o que dizem
só assim vou saber para onde ir
quero ver as palavras e compreender o que dizem
só assim vou compreender como sorrir
eu quando criança via a matança
e corria para dentro de casa
tinha esperança
de criar asa
e voar para longe daquilo tudo
e fazer pro tiro um escudo
e agora estou jogada ao vento
tudo acontecendo a um palmo de mim
essa não é uma canção é um lamento
para meu irmão querubim
eu agora faço a curva na estrada
desato a chorar por não saber mais o que sou
se sou bicho, mulher, ou fada
queria ser o trem que já passou
mas se continuo aqui é para seguir em frente
mesmo tendo marcas de inconsequentes
já não me sobram nem os dentes
e tenho uma cicatriz que tirou um de meus olhos
ainda assim sou diferente
e vejo tudo muito bem, mesmo sendo do país dos caolhos
que dizem crentes
que tudo vai mudar
e não fazem nada para criar
chances de isso acontecer
só fazem se amuar
e me amolar com seus discursos
criam regras para me acuar e me tornar um dos expulsos
mas, eu tenho fé ainda
Deus está me olhando lá do céu
quando aprender a escrever
vou dos seus olhos tirar o véu
e amargar suas bocas com o fel
é difícil perceber ou estão se fazendo de burros
na noite ouço urros de horror
e vocês dormem misteriosamente em castelos
e não percebem o terror que é
passar a vida a pedir esmolas de amor
Hoje eu fiquei lembrando daquele dia em que ficamos andando pelas ruazinhas tumultuadas de Porto Alegre.
Eu, deslumbrada com a quantidade de sebos em uma rua só, e você, cheio de orgulho por notar que eu estava gostando tanto da sua cidade.
Não era bem a cidade que me fazia sorrir daquele jeito.
Era o momento raro de felicidade, cumplicidade e carinho que nós estávamos vivendo juntos.
Fazia tanto calor. Lá fora, e no coração.
E era tão bom te ver cheio de orgulho “segurando a mão do amor da sua vida, andando pela cidade dona do seu coração”, como você mesmo disse.
Sim, a vida é feita de momentos. E você fez parte de tantos deles.
Alguns ruins, que me fizerem crescer. E outros lindos, que me ensinaram a acreditar em felicidade.
Ninguém naquelas ruas estava tão feliz como nós dois aquele dia.
Nenhum casal sorria da mesma forma, e nem carregava o mesmo brilho no olhar.
E daquele dia ficaram tantas coisas na memória.
Minha primeira visita à POA, sua mão me puxando, tentando me proteger das pessoas que pareciam ligadas no automático, sem notar o quão importante era aquele passeio pra nós dois...
Uma das lembranças mais lindas que guardo no baú de memórias bonitas.
E materializando aquele dia, um livro de Simone de Beauvoir com uma dedicatória que me faz ter (mais) certeza que foi lindo, e de verdade:
“À minha Karla, com amor e paixão, para inspirar teu coração nessa nossa primeira visita à Porto Alegre, o porto dos casais.”
Inspiração pro coração é o que você sempre será.
Graças a nós dois, eu posso acreditar em amor verdadeiro, e olhar pra trás com uma saudade que só me traz paz.
.
Poucas pessoas conseguem sair da vida de alguém, ficando desse jeito. Pra sempre.
Voltas que eu dou
Voltas que a vida dá
Andando sem parar
Procurando me encontrar
Me perseguindo até me achar.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp